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‘The White Lotus’ vem para o Brasil na terceira temporada? Queremos


Série da HBO exibiu último episódio da segunda temporada neste domingo, 12, com final satisfatório e inesperado; redes sociais clamam por temporada no Brasil, que reúne todas os elementos para receber a produção

Por Simião Castro
Atualização:

The White Lotus é a nova série mais querida do Twitter. E a HBO exibiu nesta domingo, 12, o surpreendente último episódio da 2ª temporada, gerando uma avalanche de comentários e manifestações dos fãs nas redes sociais.

A series finale encerra competentemente o arco escolhido para esta etapa da história da comédia dramática. A trama se passa sempre em uma unidade do resort de luxo The White Lotus. Na primeira temporada, no Havaí, e na segunda na região italiana da Sicília.

The White Lotus, da HBO Max, mostra excentricidades e obscurantismos da elite (Foto: Divulgação/HBO Max) Foto: Divulgação/HBO
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Além de acompanhar os perrengues chiques dos super-ricos, a série segue uma receita já recorrente de aprensentar um mistério logo de cara e voltar no tempo para mostrar como chegou até lá. Neste caso, é sempre a descoberta de um corpo que dá início a tudo e segura a audiência que fica sem saber o que esperar. E é presenteada - ou não - com uma reviravolta.

Receita antiga em perspectiva arejada

Outra receita bem sucedida é a de começar em uma atmosfera muito otimista e ir revelando os elementos mais obscuros de cada personagem à medida que o roteiro avança. O espaço de tempo de uma semana possibilita uma sensação de que tudo será resolvido logo.

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A sequência inicial do primeiro episódio da primeira temporada é genial, determinando de cara o tom de que nada é exatamente o que parece. Com o passar do tempo os podres vão emergindo e complicando a narrativa até culminar no completo caos. Do qual, inclusive, às vezes o dinheiro consegue ajudar a tirar o corpo fora.

Alguns dos diálogos são tão absurdos que é impossível que não ocorram. Na real, é certo que já presenciamos vários deles. Esta capacidade de tornar familiares contextos e situações muitos distantes da realidade da maioria das pessoas é um enorme mérito de The White Lotus, para assistir no streaming.

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O que envolve

A etapa havaiana da série discute questões políticas e sociais com mais intensidade, com uma forte pegada de luta de classes - na maior parte do tempo, nas entrelinhas -, o que talvez traduza um pouco do desejo das audiências de 2021. Desta vez, a militância cede um pouco o lugar para questões levemente mais emotivas.

De todo modo, o foco nas relações e, especialmente, nos aspectos mais tóxicos dos relacionamentos segue presente e conduz competentementre a trama. As disputas de poder pautadas pelo dinheiro, sexo e posições de autoridade também provocam o choque de realidade - por vezes triste cruel como no caso da personagem Rachel Patton (Alexandra Daddario).

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Desta vez o conflito mais sensível é centrado na dupla de casais formada por Harper (Aubrey Plaza), Ethan (Will Sharpe), Cameron (Theo James) e Daphne Sullivan (Meghann Fahy) - aliás, dêem um Emmy para esta mulher! Outro recado recorrente é o de que ser muito bonzinho pode não ajudar tanto. Mas talvez te mantenha vivo.

A fotografia, os horizontes paradisíacos e um certo apelo ao corpo ajudam a seduzir o espectador. O que justifica o pedido mais recorrente dos usuários das redes sociais: a próxima temporada se passar no Brasil. O que não faltam por aqui são cenários deslumbrantes, malandragens de primeira, rixas conjugais, ricos decadentes, corpos esculturais e crimes sanguinolentos.

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No total são 13 episódios que valem totalmente a maratona. As duas temporadas completas já estão disponíveis no HBO Max. Bom lembrar que a classificação etária é 16 anos.

A temporada 1 alcança 89% de aprovação no índice dos críticos e 70% na avaliação do público, no Rotten Tomatoes. A temporada encerrada ontem manteve a avaliação dos especialistas, mas o público não gostou tanto, com apenas 53% de aprovação.

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A alma da série

Jennifer Coolidge é a grande estrela da série, com a pesonagem Tanya McQuoid. A única a sobreviver - não literalmente - da primeira para a segunda temporada. Os outros personagens que não foram mortos ficaram por lá. E para ver o destino dela nesta é preciso assistir à produção, muito cedo para dar spoiler.

A atriz é escolada nas comédias hollywoodianas e experimentou o retorno às graças do público - não que tenha saído algum dia - com este papel hipnotizantemente insuportável em The White Lotus. E agradou também à crítica e aos prêmios: ela venceu o Emmy 2022 e o Critics Choice Award de Melhor Atriz Coadjuvante em Minissérie ou Telefilme pela perua da 1ª temporada.

À rigor, ela intrepreta a mesma personagem de sempre. O - péssimo - esteriótipo da loira burra, espalhafatosa e sem noção. O brilhantismo dessa atuação recente, no entanto, se justifica pela posição de socialite brega e podre de rica, autocentrada, egoísta e deliciosamente desconfortável que vai ganhando camadas de drama e surrealismo no correr dos espisódios.

The White Lotus é a nova série mais querida do Twitter. E a HBO exibiu nesta domingo, 12, o surpreendente último episódio da 2ª temporada, gerando uma avalanche de comentários e manifestações dos fãs nas redes sociais.

A series finale encerra competentemente o arco escolhido para esta etapa da história da comédia dramática. A trama se passa sempre em uma unidade do resort de luxo The White Lotus. Na primeira temporada, no Havaí, e na segunda na região italiana da Sicília.

The White Lotus, da HBO Max, mostra excentricidades e obscurantismos da elite (Foto: Divulgação/HBO Max) Foto: Divulgação/HBO

Além de acompanhar os perrengues chiques dos super-ricos, a série segue uma receita já recorrente de aprensentar um mistério logo de cara e voltar no tempo para mostrar como chegou até lá. Neste caso, é sempre a descoberta de um corpo que dá início a tudo e segura a audiência que fica sem saber o que esperar. E é presenteada - ou não - com uma reviravolta.

Receita antiga em perspectiva arejada

Outra receita bem sucedida é a de começar em uma atmosfera muito otimista e ir revelando os elementos mais obscuros de cada personagem à medida que o roteiro avança. O espaço de tempo de uma semana possibilita uma sensação de que tudo será resolvido logo.

A sequência inicial do primeiro episódio da primeira temporada é genial, determinando de cara o tom de que nada é exatamente o que parece. Com o passar do tempo os podres vão emergindo e complicando a narrativa até culminar no completo caos. Do qual, inclusive, às vezes o dinheiro consegue ajudar a tirar o corpo fora.

Alguns dos diálogos são tão absurdos que é impossível que não ocorram. Na real, é certo que já presenciamos vários deles. Esta capacidade de tornar familiares contextos e situações muitos distantes da realidade da maioria das pessoas é um enorme mérito de The White Lotus, para assistir no streaming.

O que envolve

A etapa havaiana da série discute questões políticas e sociais com mais intensidade, com uma forte pegada de luta de classes - na maior parte do tempo, nas entrelinhas -, o que talvez traduza um pouco do desejo das audiências de 2021. Desta vez, a militância cede um pouco o lugar para questões levemente mais emotivas.

De todo modo, o foco nas relações e, especialmente, nos aspectos mais tóxicos dos relacionamentos segue presente e conduz competentementre a trama. As disputas de poder pautadas pelo dinheiro, sexo e posições de autoridade também provocam o choque de realidade - por vezes triste cruel como no caso da personagem Rachel Patton (Alexandra Daddario).

Desta vez o conflito mais sensível é centrado na dupla de casais formada por Harper (Aubrey Plaza), Ethan (Will Sharpe), Cameron (Theo James) e Daphne Sullivan (Meghann Fahy) - aliás, dêem um Emmy para esta mulher! Outro recado recorrente é o de que ser muito bonzinho pode não ajudar tanto. Mas talvez te mantenha vivo.

A fotografia, os horizontes paradisíacos e um certo apelo ao corpo ajudam a seduzir o espectador. O que justifica o pedido mais recorrente dos usuários das redes sociais: a próxima temporada se passar no Brasil. O que não faltam por aqui são cenários deslumbrantes, malandragens de primeira, rixas conjugais, ricos decadentes, corpos esculturais e crimes sanguinolentos.

No total são 13 episódios que valem totalmente a maratona. As duas temporadas completas já estão disponíveis no HBO Max. Bom lembrar que a classificação etária é 16 anos.

A temporada 1 alcança 89% de aprovação no índice dos críticos e 70% na avaliação do público, no Rotten Tomatoes. A temporada encerrada ontem manteve a avaliação dos especialistas, mas o público não gostou tanto, com apenas 53% de aprovação.

A alma da série

Jennifer Coolidge é a grande estrela da série, com a pesonagem Tanya McQuoid. A única a sobreviver - não literalmente - da primeira para a segunda temporada. Os outros personagens que não foram mortos ficaram por lá. E para ver o destino dela nesta é preciso assistir à produção, muito cedo para dar spoiler.

A atriz é escolada nas comédias hollywoodianas e experimentou o retorno às graças do público - não que tenha saído algum dia - com este papel hipnotizantemente insuportável em The White Lotus. E agradou também à crítica e aos prêmios: ela venceu o Emmy 2022 e o Critics Choice Award de Melhor Atriz Coadjuvante em Minissérie ou Telefilme pela perua da 1ª temporada.

À rigor, ela intrepreta a mesma personagem de sempre. O - péssimo - esteriótipo da loira burra, espalhafatosa e sem noção. O brilhantismo dessa atuação recente, no entanto, se justifica pela posição de socialite brega e podre de rica, autocentrada, egoísta e deliciosamente desconfortável que vai ganhando camadas de drama e surrealismo no correr dos espisódios.

The White Lotus é a nova série mais querida do Twitter. E a HBO exibiu nesta domingo, 12, o surpreendente último episódio da 2ª temporada, gerando uma avalanche de comentários e manifestações dos fãs nas redes sociais.

A series finale encerra competentemente o arco escolhido para esta etapa da história da comédia dramática. A trama se passa sempre em uma unidade do resort de luxo The White Lotus. Na primeira temporada, no Havaí, e na segunda na região italiana da Sicília.

The White Lotus, da HBO Max, mostra excentricidades e obscurantismos da elite (Foto: Divulgação/HBO Max) Foto: Divulgação/HBO

Além de acompanhar os perrengues chiques dos super-ricos, a série segue uma receita já recorrente de aprensentar um mistério logo de cara e voltar no tempo para mostrar como chegou até lá. Neste caso, é sempre a descoberta de um corpo que dá início a tudo e segura a audiência que fica sem saber o que esperar. E é presenteada - ou não - com uma reviravolta.

Receita antiga em perspectiva arejada

Outra receita bem sucedida é a de começar em uma atmosfera muito otimista e ir revelando os elementos mais obscuros de cada personagem à medida que o roteiro avança. O espaço de tempo de uma semana possibilita uma sensação de que tudo será resolvido logo.

A sequência inicial do primeiro episódio da primeira temporada é genial, determinando de cara o tom de que nada é exatamente o que parece. Com o passar do tempo os podres vão emergindo e complicando a narrativa até culminar no completo caos. Do qual, inclusive, às vezes o dinheiro consegue ajudar a tirar o corpo fora.

Alguns dos diálogos são tão absurdos que é impossível que não ocorram. Na real, é certo que já presenciamos vários deles. Esta capacidade de tornar familiares contextos e situações muitos distantes da realidade da maioria das pessoas é um enorme mérito de The White Lotus, para assistir no streaming.

O que envolve

A etapa havaiana da série discute questões políticas e sociais com mais intensidade, com uma forte pegada de luta de classes - na maior parte do tempo, nas entrelinhas -, o que talvez traduza um pouco do desejo das audiências de 2021. Desta vez, a militância cede um pouco o lugar para questões levemente mais emotivas.

De todo modo, o foco nas relações e, especialmente, nos aspectos mais tóxicos dos relacionamentos segue presente e conduz competentementre a trama. As disputas de poder pautadas pelo dinheiro, sexo e posições de autoridade também provocam o choque de realidade - por vezes triste cruel como no caso da personagem Rachel Patton (Alexandra Daddario).

Desta vez o conflito mais sensível é centrado na dupla de casais formada por Harper (Aubrey Plaza), Ethan (Will Sharpe), Cameron (Theo James) e Daphne Sullivan (Meghann Fahy) - aliás, dêem um Emmy para esta mulher! Outro recado recorrente é o de que ser muito bonzinho pode não ajudar tanto. Mas talvez te mantenha vivo.

A fotografia, os horizontes paradisíacos e um certo apelo ao corpo ajudam a seduzir o espectador. O que justifica o pedido mais recorrente dos usuários das redes sociais: a próxima temporada se passar no Brasil. O que não faltam por aqui são cenários deslumbrantes, malandragens de primeira, rixas conjugais, ricos decadentes, corpos esculturais e crimes sanguinolentos.

No total são 13 episódios que valem totalmente a maratona. As duas temporadas completas já estão disponíveis no HBO Max. Bom lembrar que a classificação etária é 16 anos.

A temporada 1 alcança 89% de aprovação no índice dos críticos e 70% na avaliação do público, no Rotten Tomatoes. A temporada encerrada ontem manteve a avaliação dos especialistas, mas o público não gostou tanto, com apenas 53% de aprovação.

A alma da série

Jennifer Coolidge é a grande estrela da série, com a pesonagem Tanya McQuoid. A única a sobreviver - não literalmente - da primeira para a segunda temporada. Os outros personagens que não foram mortos ficaram por lá. E para ver o destino dela nesta é preciso assistir à produção, muito cedo para dar spoiler.

A atriz é escolada nas comédias hollywoodianas e experimentou o retorno às graças do público - não que tenha saído algum dia - com este papel hipnotizantemente insuportável em The White Lotus. E agradou também à crítica e aos prêmios: ela venceu o Emmy 2022 e o Critics Choice Award de Melhor Atriz Coadjuvante em Minissérie ou Telefilme pela perua da 1ª temporada.

À rigor, ela intrepreta a mesma personagem de sempre. O - péssimo - esteriótipo da loira burra, espalhafatosa e sem noção. O brilhantismo dessa atuação recente, no entanto, se justifica pela posição de socialite brega e podre de rica, autocentrada, egoísta e deliciosamente desconfortável que vai ganhando camadas de drama e surrealismo no correr dos espisódios.

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