Retrato do fotoclubismo nacional


Auge e a retomada do movimento fotoclubista são fios condutores da mostra Fotoclubismo Brasileiro, que pode ser visitada no Museu da Imagem e do Som

Por Agencia Estado

Na história da fotografia moderna, o movimento fotoclubista teve sua parcela de contribuição na modernização da linguagem e na aproximação com o conceito de obra de arte. Depois de viver um período de auge no Brasil, entre os anos 40 e meados dos anos 60, o fotoclubismo amargou um processo de declínio, para recentemente ganhar novo fôlego. Esses dois momentos distintos do movimento - seu auge e retomada - são fios condutores da mostra Fotoclubismo Brasileiro, que pode ser visitada a partir deste sábado, no Museu da Imagem e do Som (MIS). A mostra foi dividida em duas exposição paralelas: uma delas, a 24ª Bienal de Arte Fotográfica Brasileira em Preto e Branco, está instalada no primeiro andar e foca a produção contemporânea; enquanto a outra, Retrospectiva Fotoclubistas Brasileiros dos anos 40 a 70, encontra-se no segundo andar. Para entender a importância desse evento, é necessário compreender primeiro a relevância do fotoclube. O conceito, em si, despontou em fins de século 19, início do século 20, na Europa e nos EUA. Existia um contexto favorável para a organização de clubes formados por profissionais de diferentes áreas, que viam na fotografia um hobby. Naquela época, a fotografia deixava de ser restrita e passou a ser praticada por amadores. Para o fotógrafo Iatã Cannabrava, organizador da mostra, há de se encarar o termo ?amador? de maneira não pejorativa. ?O amador é só o que não vive daquela atividade?, define. Fato que, para ele, não deve desqualificá-lo. O mesmo vale para o campo da fotografia. ?O fotoclubismo nasceu com três diretrizes básicas: discutir a fotografia, sair fotografando e participar de salões, bienais.? No Brasil, os fotoclubistas despontaram no início do século 20, no Rio, que, ao longo das três primeiras décadas, se sustentou como o centro do fotoclubismo brasileiro, segundo já afirmaram os estudiosos Helouise Costa e Renato Rodrigues. Nesse período, São Paulo encontrava-se em desvantagem, por causa da falta de uma melhor organização dos grupos. Mais tarde, no entanto, São Paulo deixou sua marca no movimento, ao romper com o academicismo e o pictorialismo, que até então apontavam as diretrizes aos clubes. Um passo importante foi a fundação do Fotoclube Bandeirantes, criado em 1939, por um grupo de amadores que costumava se reunir para discutir fotografia. Abria-se espaço para uma manifestação artística, em que o fotógrafo tinha liberdade para experimentar e exercitar o trabalho autoral. Os modos de expressão eram diversos, indo da fotografia arquitetônica à surrealista e concretista. Desse movimento pioneiro surgiram nomes como Thomaz Farkas, German Lorca e Geraldo de Barros. O declínio veio com o fortalecimento do fotojornalismo e da fotografia de publicidade. Reunindo cerca de 200 imagens, a mostra Fotoclubismo Brasileiro, segundo Iatã Cannabr, tem a missão de chamar a atenção para a história do movimento e o futuro do fotoclubismo, num mundo onde a fotografia se faz ainda mais acessível graças ao advento da digital. Estes e outros temas devem ser discutidos na mesa-redonda que será realizada hoje, das 14 às 17 horas, com a participação de Helouise Costa, Simonetta Persichetti, Ricardo Mendes e Rubens Fernandes. Fotoclubismo Brasileiro. MIS. Avenida Europa, 158, Jardim Europa, 3062-9197. 3.ª a dom., 12 h às 20 h. Grátis. Até 23/7. Abertura 24/06, às 14 horas, com mesa-redonda

Na história da fotografia moderna, o movimento fotoclubista teve sua parcela de contribuição na modernização da linguagem e na aproximação com o conceito de obra de arte. Depois de viver um período de auge no Brasil, entre os anos 40 e meados dos anos 60, o fotoclubismo amargou um processo de declínio, para recentemente ganhar novo fôlego. Esses dois momentos distintos do movimento - seu auge e retomada - são fios condutores da mostra Fotoclubismo Brasileiro, que pode ser visitada a partir deste sábado, no Museu da Imagem e do Som (MIS). A mostra foi dividida em duas exposição paralelas: uma delas, a 24ª Bienal de Arte Fotográfica Brasileira em Preto e Branco, está instalada no primeiro andar e foca a produção contemporânea; enquanto a outra, Retrospectiva Fotoclubistas Brasileiros dos anos 40 a 70, encontra-se no segundo andar. Para entender a importância desse evento, é necessário compreender primeiro a relevância do fotoclube. O conceito, em si, despontou em fins de século 19, início do século 20, na Europa e nos EUA. Existia um contexto favorável para a organização de clubes formados por profissionais de diferentes áreas, que viam na fotografia um hobby. Naquela época, a fotografia deixava de ser restrita e passou a ser praticada por amadores. Para o fotógrafo Iatã Cannabrava, organizador da mostra, há de se encarar o termo ?amador? de maneira não pejorativa. ?O amador é só o que não vive daquela atividade?, define. Fato que, para ele, não deve desqualificá-lo. O mesmo vale para o campo da fotografia. ?O fotoclubismo nasceu com três diretrizes básicas: discutir a fotografia, sair fotografando e participar de salões, bienais.? No Brasil, os fotoclubistas despontaram no início do século 20, no Rio, que, ao longo das três primeiras décadas, se sustentou como o centro do fotoclubismo brasileiro, segundo já afirmaram os estudiosos Helouise Costa e Renato Rodrigues. Nesse período, São Paulo encontrava-se em desvantagem, por causa da falta de uma melhor organização dos grupos. Mais tarde, no entanto, São Paulo deixou sua marca no movimento, ao romper com o academicismo e o pictorialismo, que até então apontavam as diretrizes aos clubes. Um passo importante foi a fundação do Fotoclube Bandeirantes, criado em 1939, por um grupo de amadores que costumava se reunir para discutir fotografia. Abria-se espaço para uma manifestação artística, em que o fotógrafo tinha liberdade para experimentar e exercitar o trabalho autoral. Os modos de expressão eram diversos, indo da fotografia arquitetônica à surrealista e concretista. Desse movimento pioneiro surgiram nomes como Thomaz Farkas, German Lorca e Geraldo de Barros. O declínio veio com o fortalecimento do fotojornalismo e da fotografia de publicidade. Reunindo cerca de 200 imagens, a mostra Fotoclubismo Brasileiro, segundo Iatã Cannabr, tem a missão de chamar a atenção para a história do movimento e o futuro do fotoclubismo, num mundo onde a fotografia se faz ainda mais acessível graças ao advento da digital. Estes e outros temas devem ser discutidos na mesa-redonda que será realizada hoje, das 14 às 17 horas, com a participação de Helouise Costa, Simonetta Persichetti, Ricardo Mendes e Rubens Fernandes. Fotoclubismo Brasileiro. MIS. Avenida Europa, 158, Jardim Europa, 3062-9197. 3.ª a dom., 12 h às 20 h. Grátis. Até 23/7. Abertura 24/06, às 14 horas, com mesa-redonda

Na história da fotografia moderna, o movimento fotoclubista teve sua parcela de contribuição na modernização da linguagem e na aproximação com o conceito de obra de arte. Depois de viver um período de auge no Brasil, entre os anos 40 e meados dos anos 60, o fotoclubismo amargou um processo de declínio, para recentemente ganhar novo fôlego. Esses dois momentos distintos do movimento - seu auge e retomada - são fios condutores da mostra Fotoclubismo Brasileiro, que pode ser visitada a partir deste sábado, no Museu da Imagem e do Som (MIS). A mostra foi dividida em duas exposição paralelas: uma delas, a 24ª Bienal de Arte Fotográfica Brasileira em Preto e Branco, está instalada no primeiro andar e foca a produção contemporânea; enquanto a outra, Retrospectiva Fotoclubistas Brasileiros dos anos 40 a 70, encontra-se no segundo andar. Para entender a importância desse evento, é necessário compreender primeiro a relevância do fotoclube. O conceito, em si, despontou em fins de século 19, início do século 20, na Europa e nos EUA. Existia um contexto favorável para a organização de clubes formados por profissionais de diferentes áreas, que viam na fotografia um hobby. Naquela época, a fotografia deixava de ser restrita e passou a ser praticada por amadores. Para o fotógrafo Iatã Cannabrava, organizador da mostra, há de se encarar o termo ?amador? de maneira não pejorativa. ?O amador é só o que não vive daquela atividade?, define. Fato que, para ele, não deve desqualificá-lo. O mesmo vale para o campo da fotografia. ?O fotoclubismo nasceu com três diretrizes básicas: discutir a fotografia, sair fotografando e participar de salões, bienais.? No Brasil, os fotoclubistas despontaram no início do século 20, no Rio, que, ao longo das três primeiras décadas, se sustentou como o centro do fotoclubismo brasileiro, segundo já afirmaram os estudiosos Helouise Costa e Renato Rodrigues. Nesse período, São Paulo encontrava-se em desvantagem, por causa da falta de uma melhor organização dos grupos. Mais tarde, no entanto, São Paulo deixou sua marca no movimento, ao romper com o academicismo e o pictorialismo, que até então apontavam as diretrizes aos clubes. Um passo importante foi a fundação do Fotoclube Bandeirantes, criado em 1939, por um grupo de amadores que costumava se reunir para discutir fotografia. Abria-se espaço para uma manifestação artística, em que o fotógrafo tinha liberdade para experimentar e exercitar o trabalho autoral. Os modos de expressão eram diversos, indo da fotografia arquitetônica à surrealista e concretista. Desse movimento pioneiro surgiram nomes como Thomaz Farkas, German Lorca e Geraldo de Barros. O declínio veio com o fortalecimento do fotojornalismo e da fotografia de publicidade. Reunindo cerca de 200 imagens, a mostra Fotoclubismo Brasileiro, segundo Iatã Cannabr, tem a missão de chamar a atenção para a história do movimento e o futuro do fotoclubismo, num mundo onde a fotografia se faz ainda mais acessível graças ao advento da digital. Estes e outros temas devem ser discutidos na mesa-redonda que será realizada hoje, das 14 às 17 horas, com a participação de Helouise Costa, Simonetta Persichetti, Ricardo Mendes e Rubens Fernandes. Fotoclubismo Brasileiro. MIS. Avenida Europa, 158, Jardim Europa, 3062-9197. 3.ª a dom., 12 h às 20 h. Grátis. Até 23/7. Abertura 24/06, às 14 horas, com mesa-redonda

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