RIO - Em um dia cuja a programação do Rock in Rio foi eclética, pra dizer o mínimo, a tentativa mais ousada do Palco Sunset – juntar uma orquestra de 32 músicos e 4 MC’s do hip hop – acabou virando um baile do gênero, encerrando a agenda do espaço nesta quinta-feira, 3.
Com cordas e sopros, a participação da orquestra na verdade entrou pouco nos arranjos das músicas durante a maior parte do show, ainda dependente das programações eletrônicas, espinha dorsal do hip hop. Mais ao fim do show, nomeado Hip Hop Hurricane, a presença dos sopros se impõe e uma grandiosidade se ensaia.
Mas é o fato de os quatro rappers – Rael, Rincon Sapiência, Agir e Baco Exu do Blues – permanecerem no palco (quase) o tempo todo deu um ar de legitimação para o experimento, que se ganha um elemento de ineditismo parece apontar que o Sunset ainda tem alguma resistência ao gênero, embora essa resistência esteja diminuindo ao longo dos anos (Mano Brown, Edi Rock e Emicida subiram ao mesmo palco durante os dias anteriores do evento).
Do rap-reggae de Rael às rimas de Portugal de Agir, os quatro MCs apresentaram algumas de suas músicas mais conhecidas – como, é claro, Te Amo Desgraça, do ainda jovem Baco, vencedora de canção do ano do Prêmio Multishow em 2018.
Talvez juntar uma orquestra com quatro MCs seja algo que só aconteça no Rock in Rio – e o leitor pode tirar a melhor conclusão sobre essa constatação. O show termina com O Hip Hop É Foda, música de Rael que parece transmitir e deixar uma mensagem no ar do festival.
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