Satyros arriscam nova estética ao montar texto de Jon Fosse


Conhecido por criações polêmicas e de tom performático, grupo lança-se em obra de precisão matemática

Por Maria Eugenia de Menezes

Adormecidos é o novo espetáculo dos Satyros. Mas não parece. Para quem acompanha a trajetória do grupo, dado a autores profanos e criações polêmicas, pode soar surpreendente essa escolha pela obra de Jon Fosse.

Premiado mundo afora, o autor norueguês é conhecido por sua escrita musical, seu apego ao silêncio e ao ritmo, por compor uma dramaturgia de aspecto ascético e acento metafísico. “Ele nos leva realmente a um lugar muito diferente daquele a que estamos habituados”, acredita o diretor Rodolfo García Vázquez. “Existe algo de matemático no que Fosse propõe. Os gestos, o tempo, a maneira como os atores devem andar em cena: Tudo é calculado. É como se fosse uma coreografia dramática.”

Enaltecido por uns, diminuído por outros, o escritor já teve alguns de seus textos montados no Brasil, entre eles Sonho de Outono, Roxo, Um Dia, no Verão. Em quase todos, os temas levados à cena poderiam ser considerados banais: amor, relacionamentos, despedidas, separações. Só que em Fosse não importa necessariamente o que é dito, mas de que maneira se diz. Com suas pausas, fluxos e refluxos peculiares. “Para mergulhar nesse universo, tivemos que tomar os caminhos mais diferentes. Estudamos de física quântica a budismo para criar o espetáculo”, conta García Vázquez.

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Originalmente, Adormecidos conta com dez personagens.Na leitura dos Satyros, cinco atores se revezam nos papéis. As ações se colocam majoritariamente em torno de dois casais – um de meia-idade, outro mais velho – que não conhecem, mas surgem para alugar um mesmo apartamento. “Só que não sabemos se eles estão vivendo em um mesmo tempo ou se estão habitando tempos diferentes”, observa o encenador.

Os eternos conflitos entre homem e mulher despontam na criação. As expectativas frustradas. Os desejos nunca realizados. “Mas ele está falando, principalmente, da maneira como o amor se defronta com a morte”, crê García Vázquez. “Diante de um texto de precisão matemática, esperávamos que as pessoas se relacionassem com ele de uma maneira mais racional do que emocional. Mas o que temos visto é uma catarse do público.”

Encenações realistas costumam solapar diversos dos aspectos propostos pelo autor. Na hora de compor o espetáculo, os Satyros buscou escapar dessa armadilha criando uma cenografia que acentue ainda mais o “mistério” próprio do texto. Biombos e espelhos servem para criar reflexos em cena. “Como uma caixa de mágica. Onde não sabemos ao certo onde estão os atores, onde eles aparecem e desaparecem”, define o diretor.

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ADORMECIDOSEspaço Satyros 1. Praça Roosevelt, 214, Consolação, 3258-6345. R$ 20. 5ª, 21h30; 6ª e sáb., 22h30. Até 19/12. Hoje, pré-estreia, às 21h30, grátis.

Adormecidos é o novo espetáculo dos Satyros. Mas não parece. Para quem acompanha a trajetória do grupo, dado a autores profanos e criações polêmicas, pode soar surpreendente essa escolha pela obra de Jon Fosse.

Premiado mundo afora, o autor norueguês é conhecido por sua escrita musical, seu apego ao silêncio e ao ritmo, por compor uma dramaturgia de aspecto ascético e acento metafísico. “Ele nos leva realmente a um lugar muito diferente daquele a que estamos habituados”, acredita o diretor Rodolfo García Vázquez. “Existe algo de matemático no que Fosse propõe. Os gestos, o tempo, a maneira como os atores devem andar em cena: Tudo é calculado. É como se fosse uma coreografia dramática.”

Enaltecido por uns, diminuído por outros, o escritor já teve alguns de seus textos montados no Brasil, entre eles Sonho de Outono, Roxo, Um Dia, no Verão. Em quase todos, os temas levados à cena poderiam ser considerados banais: amor, relacionamentos, despedidas, separações. Só que em Fosse não importa necessariamente o que é dito, mas de que maneira se diz. Com suas pausas, fluxos e refluxos peculiares. “Para mergulhar nesse universo, tivemos que tomar os caminhos mais diferentes. Estudamos de física quântica a budismo para criar o espetáculo”, conta García Vázquez.

Originalmente, Adormecidos conta com dez personagens.Na leitura dos Satyros, cinco atores se revezam nos papéis. As ações se colocam majoritariamente em torno de dois casais – um de meia-idade, outro mais velho – que não conhecem, mas surgem para alugar um mesmo apartamento. “Só que não sabemos se eles estão vivendo em um mesmo tempo ou se estão habitando tempos diferentes”, observa o encenador.

Os eternos conflitos entre homem e mulher despontam na criação. As expectativas frustradas. Os desejos nunca realizados. “Mas ele está falando, principalmente, da maneira como o amor se defronta com a morte”, crê García Vázquez. “Diante de um texto de precisão matemática, esperávamos que as pessoas se relacionassem com ele de uma maneira mais racional do que emocional. Mas o que temos visto é uma catarse do público.”

Encenações realistas costumam solapar diversos dos aspectos propostos pelo autor. Na hora de compor o espetáculo, os Satyros buscou escapar dessa armadilha criando uma cenografia que acentue ainda mais o “mistério” próprio do texto. Biombos e espelhos servem para criar reflexos em cena. “Como uma caixa de mágica. Onde não sabemos ao certo onde estão os atores, onde eles aparecem e desaparecem”, define o diretor.

ADORMECIDOSEspaço Satyros 1. Praça Roosevelt, 214, Consolação, 3258-6345. R$ 20. 5ª, 21h30; 6ª e sáb., 22h30. Até 19/12. Hoje, pré-estreia, às 21h30, grátis.

Adormecidos é o novo espetáculo dos Satyros. Mas não parece. Para quem acompanha a trajetória do grupo, dado a autores profanos e criações polêmicas, pode soar surpreendente essa escolha pela obra de Jon Fosse.

Premiado mundo afora, o autor norueguês é conhecido por sua escrita musical, seu apego ao silêncio e ao ritmo, por compor uma dramaturgia de aspecto ascético e acento metafísico. “Ele nos leva realmente a um lugar muito diferente daquele a que estamos habituados”, acredita o diretor Rodolfo García Vázquez. “Existe algo de matemático no que Fosse propõe. Os gestos, o tempo, a maneira como os atores devem andar em cena: Tudo é calculado. É como se fosse uma coreografia dramática.”

Enaltecido por uns, diminuído por outros, o escritor já teve alguns de seus textos montados no Brasil, entre eles Sonho de Outono, Roxo, Um Dia, no Verão. Em quase todos, os temas levados à cena poderiam ser considerados banais: amor, relacionamentos, despedidas, separações. Só que em Fosse não importa necessariamente o que é dito, mas de que maneira se diz. Com suas pausas, fluxos e refluxos peculiares. “Para mergulhar nesse universo, tivemos que tomar os caminhos mais diferentes. Estudamos de física quântica a budismo para criar o espetáculo”, conta García Vázquez.

Originalmente, Adormecidos conta com dez personagens.Na leitura dos Satyros, cinco atores se revezam nos papéis. As ações se colocam majoritariamente em torno de dois casais – um de meia-idade, outro mais velho – que não conhecem, mas surgem para alugar um mesmo apartamento. “Só que não sabemos se eles estão vivendo em um mesmo tempo ou se estão habitando tempos diferentes”, observa o encenador.

Os eternos conflitos entre homem e mulher despontam na criação. As expectativas frustradas. Os desejos nunca realizados. “Mas ele está falando, principalmente, da maneira como o amor se defronta com a morte”, crê García Vázquez. “Diante de um texto de precisão matemática, esperávamos que as pessoas se relacionassem com ele de uma maneira mais racional do que emocional. Mas o que temos visto é uma catarse do público.”

Encenações realistas costumam solapar diversos dos aspectos propostos pelo autor. Na hora de compor o espetáculo, os Satyros buscou escapar dessa armadilha criando uma cenografia que acentue ainda mais o “mistério” próprio do texto. Biombos e espelhos servem para criar reflexos em cena. “Como uma caixa de mágica. Onde não sabemos ao certo onde estão os atores, onde eles aparecem e desaparecem”, define o diretor.

ADORMECIDOSEspaço Satyros 1. Praça Roosevelt, 214, Consolação, 3258-6345. R$ 20. 5ª, 21h30; 6ª e sáb., 22h30. Até 19/12. Hoje, pré-estreia, às 21h30, grátis.

Adormecidos é o novo espetáculo dos Satyros. Mas não parece. Para quem acompanha a trajetória do grupo, dado a autores profanos e criações polêmicas, pode soar surpreendente essa escolha pela obra de Jon Fosse.

Premiado mundo afora, o autor norueguês é conhecido por sua escrita musical, seu apego ao silêncio e ao ritmo, por compor uma dramaturgia de aspecto ascético e acento metafísico. “Ele nos leva realmente a um lugar muito diferente daquele a que estamos habituados”, acredita o diretor Rodolfo García Vázquez. “Existe algo de matemático no que Fosse propõe. Os gestos, o tempo, a maneira como os atores devem andar em cena: Tudo é calculado. É como se fosse uma coreografia dramática.”

Enaltecido por uns, diminuído por outros, o escritor já teve alguns de seus textos montados no Brasil, entre eles Sonho de Outono, Roxo, Um Dia, no Verão. Em quase todos, os temas levados à cena poderiam ser considerados banais: amor, relacionamentos, despedidas, separações. Só que em Fosse não importa necessariamente o que é dito, mas de que maneira se diz. Com suas pausas, fluxos e refluxos peculiares. “Para mergulhar nesse universo, tivemos que tomar os caminhos mais diferentes. Estudamos de física quântica a budismo para criar o espetáculo”, conta García Vázquez.

Originalmente, Adormecidos conta com dez personagens.Na leitura dos Satyros, cinco atores se revezam nos papéis. As ações se colocam majoritariamente em torno de dois casais – um de meia-idade, outro mais velho – que não conhecem, mas surgem para alugar um mesmo apartamento. “Só que não sabemos se eles estão vivendo em um mesmo tempo ou se estão habitando tempos diferentes”, observa o encenador.

Os eternos conflitos entre homem e mulher despontam na criação. As expectativas frustradas. Os desejos nunca realizados. “Mas ele está falando, principalmente, da maneira como o amor se defronta com a morte”, crê García Vázquez. “Diante de um texto de precisão matemática, esperávamos que as pessoas se relacionassem com ele de uma maneira mais racional do que emocional. Mas o que temos visto é uma catarse do público.”

Encenações realistas costumam solapar diversos dos aspectos propostos pelo autor. Na hora de compor o espetáculo, os Satyros buscou escapar dessa armadilha criando uma cenografia que acentue ainda mais o “mistério” próprio do texto. Biombos e espelhos servem para criar reflexos em cena. “Como uma caixa de mágica. Onde não sabemos ao certo onde estão os atores, onde eles aparecem e desaparecem”, define o diretor.

ADORMECIDOSEspaço Satyros 1. Praça Roosevelt, 214, Consolação, 3258-6345. R$ 20. 5ª, 21h30; 6ª e sáb., 22h30. Até 19/12. Hoje, pré-estreia, às 21h30, grátis.

Adormecidos é o novo espetáculo dos Satyros. Mas não parece. Para quem acompanha a trajetória do grupo, dado a autores profanos e criações polêmicas, pode soar surpreendente essa escolha pela obra de Jon Fosse.

Premiado mundo afora, o autor norueguês é conhecido por sua escrita musical, seu apego ao silêncio e ao ritmo, por compor uma dramaturgia de aspecto ascético e acento metafísico. “Ele nos leva realmente a um lugar muito diferente daquele a que estamos habituados”, acredita o diretor Rodolfo García Vázquez. “Existe algo de matemático no que Fosse propõe. Os gestos, o tempo, a maneira como os atores devem andar em cena: Tudo é calculado. É como se fosse uma coreografia dramática.”

Enaltecido por uns, diminuído por outros, o escritor já teve alguns de seus textos montados no Brasil, entre eles Sonho de Outono, Roxo, Um Dia, no Verão. Em quase todos, os temas levados à cena poderiam ser considerados banais: amor, relacionamentos, despedidas, separações. Só que em Fosse não importa necessariamente o que é dito, mas de que maneira se diz. Com suas pausas, fluxos e refluxos peculiares. “Para mergulhar nesse universo, tivemos que tomar os caminhos mais diferentes. Estudamos de física quântica a budismo para criar o espetáculo”, conta García Vázquez.

Originalmente, Adormecidos conta com dez personagens.Na leitura dos Satyros, cinco atores se revezam nos papéis. As ações se colocam majoritariamente em torno de dois casais – um de meia-idade, outro mais velho – que não conhecem, mas surgem para alugar um mesmo apartamento. “Só que não sabemos se eles estão vivendo em um mesmo tempo ou se estão habitando tempos diferentes”, observa o encenador.

Os eternos conflitos entre homem e mulher despontam na criação. As expectativas frustradas. Os desejos nunca realizados. “Mas ele está falando, principalmente, da maneira como o amor se defronta com a morte”, crê García Vázquez. “Diante de um texto de precisão matemática, esperávamos que as pessoas se relacionassem com ele de uma maneira mais racional do que emocional. Mas o que temos visto é uma catarse do público.”

Encenações realistas costumam solapar diversos dos aspectos propostos pelo autor. Na hora de compor o espetáculo, os Satyros buscou escapar dessa armadilha criando uma cenografia que acentue ainda mais o “mistério” próprio do texto. Biombos e espelhos servem para criar reflexos em cena. “Como uma caixa de mágica. Onde não sabemos ao certo onde estão os atores, onde eles aparecem e desaparecem”, define o diretor.

ADORMECIDOSEspaço Satyros 1. Praça Roosevelt, 214, Consolação, 3258-6345. R$ 20. 5ª, 21h30; 6ª e sáb., 22h30. Até 19/12. Hoje, pré-estreia, às 21h30, grátis.

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