Coluna quinzenal do jornalista e escritor Sérgio Augusto sobre literatura

Opinião|Tudo em família


E prossegue a busca pela verdadeira identidade da misteriosa Elena Ferrante

Por Sérgio Augusto
Atualização:

Às primeiras especulações sobre a verdadeira identidade da misteriosa Elena Ferrante, o nome de Domenico Starnone surgiu como pule de dez, turbinado por um colunista do jornal L’Unità. O escritor contestou o babado, com uma justificativa mais do que convincente: “Seria um idiota se dispensasse as glórias de uma consagração literária sem precedentes na Itália dos últimos 50 anos”. E voltou a cuidar de sua própria produção ficcional. 

As especulações continuaram e Starnone, que também é jornalista e roteirista de telefilmes, só foi deixado em paz no ano passado depois que um colega de profissão, Claudio Gatti, entregou a tradutora Anita Raja como a verdadeira face da escritora napolitana, sem contudo apresentar qualquer prova irrefutável. Seja lá quem for Elena Ferrante, uma coisa é inegável: Starnone pôs ainda mais pulgas atrás da orelha ao escrever um romance intitulado Lacci (Laços), publicado na Itália no outono de 2014, ainda inédito no Brasil e só há Pouco traduzido para o inglês pela escritora anglo-americana de origem indiana Jhumpa Lahiri. 

Umas 40 páginas mais curto que Os Dias de Abandono - para muitos, inclusive o locutor que vos fala - o melhor livro de Ferrante, Lacci é menos uma réplica que um contraponto ao bode conjugal vivido pelo casal daquele romance. O que teria acontecido a Olga e Mário, o casal separado por Ferrante, se os dois tivessem tentado uma reconciliação e voltado a viver juntos?  Quem agora relata os percalços de uma separação não é a esposa abandonada, mas o marido que se mandou de casa. Ele se chama Aldo. Morava com a mulher (Vanda) em Nápoles e mudou-se para Roma, igualmente enrabichado por uma jovem professora universitária, chamada Ligia. Vanda e Aldo também têm um casal de filhos e um animal de estimação (no caso, um gato) de relevante importância na trama. Outras similaridades mais nos reserva Starnone no seu vai e vem narrativo: as duas abandonadas casaram com a mesma idade (22 anos), são alucinadamente ciumentas e obcecadas com as despesas domésticas. 

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Os Dias de Abandono começa numa tarde de abril, em Turim, com Mário comunicando a Olga que sairá de casa. Estão casados há 15 anos, mas Mário apaixonou-se por Carla e vai com ela dividir o mesmo teto. Seis dias depois da separação, Olga, senhora da narrativa, inicia por carta um desesperado, e muitas vezes patético, cerco ao sumido e sua amante. 

Laços começa com uma irada carta da mulher abandonada ao marido que a deixou. “Caso não tenha notado, prezado senhor, permita-me lembrá-lo de que sou sua esposa. Sei que isso já foi do seu agrado e de repente deixou de ser. Sei que você finge que eu não existo, que nunca existi, para não fazer feio em seu círculo de amigos intelectuais.” Quem lê a carta - esta e as demais escritas por Vanda - é Aldo, o marido, narrador das duas primeiras partes do romance. Na terceira parte, quem assume e arredonda a narrativa é Anna, filha do casal. 

Aldo abandonou Vanda após 12 anos de vida em comum. Numa “suave manhã” de abril de 1974. Outra coincidência. E uma suspeita: abril não é o mais cruel dos meses só na poesia de Eliot.  A pendenga conjugal articulada por Starnone nos leva, com idas e vindas no tempo e no espaço, até 2014, com o casal setentão e os filhos na meia-idade. Aldo se autodefine como um sujeito “artificialmente distraído”, mas sua maior fraqueza é ser um poltrão, um escravo da mulher, quase uma versão masculina da mulher abandonada pelo marido no romance de Ferrante.  Vanda? Não seria exagero qualificá-la de megera. Mas bons motivos não lhe faltam para os constantes surtos de mau humor. “Como ela ficou desagradável”, comenta uma amiga do casal. “É difícil sofrer polidamente”, responde o indulgente, mas culpadíssimo, Aldo. 

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Bem escrito, fluente como um romance policial (a comparação não é gratuita, pois um arrombamento misterioso, outro detalhe em comum com Os Dias de Abandono, lhe confere a aparência de um whodunit), Laços é, simultaneamente, um compassivo drama familiar e uma ansiosa comédia de erros amarrados por laços concretos e metafóricos. Laços amarram objetos; laços unem pessoas. Em italiano, atar (“allaciare”) compartilha a mesma raiz de deixar, abandonar (“laciare”). Os sapatos desastradamente enlaçados que ilustram a capa de todas as edições do romance configuram um trocadilho visual. Foi o próprio Starnone quem a pinçou de um velho livro de gravuras. 

Quem agora entra nessa história é Jhumpa Lahiri. Alfabetizada em bengali e inglês, com algumas obras literárias traduzidas no Brasil, entre as quais, Intérprete de Males, que lhe valeu um prêmio Pulitzer, Lahiri se enfeitiçou pela sonoridade do italiano, no início do milênio, e decidiu italianar-se por completo. Cinco anos atrás, autoexilou-se do inglês, meteu a cara na língua de Elena Ferrante e foi morar em Roma com o marido e os filhos. Três anos depois, publicou seu primeiro escrito em italiano: Altre Parole. Ao ler Lacci, identificou-se com seu narrador, Aldo (como ela “também em busca de liberdade e felicidade”), e os astuciosos comentários de Starnone e seus personagens sobre a revolução sexual, a libertação feminina, a situação política e social da Itália das últimas décadas, e aceitou traduzi-lo para o inglês. Lacci virou Ties e já pode ser baixado no kindle. Além de traduzi-lo, Lahiri escreveu-lhe um excelente prefácio. 

Partindo do duplo sentido do verbo “contenere” (conter, guardar, mas também, como em português, limitar e controlar), Lahiri divaga sobre recipientes, contêineres, vasos, envelopes, onde segredos se ocultam como numa série de caixas chinesas, até que alguém os descubra e liberte, e as transforme em caixas de Pandora. “O amor é um contêiner em que enfiamos tudo”, desabafa Vanda, ao ver seu lar (outro contêiner) em ruínas. 

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Por falar em laços e coincidências, quem traduziu o livro italiano de Lahiri para o inglês foi Ann Goldstein, a mesma tradutora de todas as obras de Elena Ferrante. Starnone, palpitante detalhe que deixei para o final, é casado com Anita Raja. Tudo em família.

Às primeiras especulações sobre a verdadeira identidade da misteriosa Elena Ferrante, o nome de Domenico Starnone surgiu como pule de dez, turbinado por um colunista do jornal L’Unità. O escritor contestou o babado, com uma justificativa mais do que convincente: “Seria um idiota se dispensasse as glórias de uma consagração literária sem precedentes na Itália dos últimos 50 anos”. E voltou a cuidar de sua própria produção ficcional. 

As especulações continuaram e Starnone, que também é jornalista e roteirista de telefilmes, só foi deixado em paz no ano passado depois que um colega de profissão, Claudio Gatti, entregou a tradutora Anita Raja como a verdadeira face da escritora napolitana, sem contudo apresentar qualquer prova irrefutável. Seja lá quem for Elena Ferrante, uma coisa é inegável: Starnone pôs ainda mais pulgas atrás da orelha ao escrever um romance intitulado Lacci (Laços), publicado na Itália no outono de 2014, ainda inédito no Brasil e só há Pouco traduzido para o inglês pela escritora anglo-americana de origem indiana Jhumpa Lahiri. 

Umas 40 páginas mais curto que Os Dias de Abandono - para muitos, inclusive o locutor que vos fala - o melhor livro de Ferrante, Lacci é menos uma réplica que um contraponto ao bode conjugal vivido pelo casal daquele romance. O que teria acontecido a Olga e Mário, o casal separado por Ferrante, se os dois tivessem tentado uma reconciliação e voltado a viver juntos?  Quem agora relata os percalços de uma separação não é a esposa abandonada, mas o marido que se mandou de casa. Ele se chama Aldo. Morava com a mulher (Vanda) em Nápoles e mudou-se para Roma, igualmente enrabichado por uma jovem professora universitária, chamada Ligia. Vanda e Aldo também têm um casal de filhos e um animal de estimação (no caso, um gato) de relevante importância na trama. Outras similaridades mais nos reserva Starnone no seu vai e vem narrativo: as duas abandonadas casaram com a mesma idade (22 anos), são alucinadamente ciumentas e obcecadas com as despesas domésticas. 

Os Dias de Abandono começa numa tarde de abril, em Turim, com Mário comunicando a Olga que sairá de casa. Estão casados há 15 anos, mas Mário apaixonou-se por Carla e vai com ela dividir o mesmo teto. Seis dias depois da separação, Olga, senhora da narrativa, inicia por carta um desesperado, e muitas vezes patético, cerco ao sumido e sua amante. 

Laços começa com uma irada carta da mulher abandonada ao marido que a deixou. “Caso não tenha notado, prezado senhor, permita-me lembrá-lo de que sou sua esposa. Sei que isso já foi do seu agrado e de repente deixou de ser. Sei que você finge que eu não existo, que nunca existi, para não fazer feio em seu círculo de amigos intelectuais.” Quem lê a carta - esta e as demais escritas por Vanda - é Aldo, o marido, narrador das duas primeiras partes do romance. Na terceira parte, quem assume e arredonda a narrativa é Anna, filha do casal. 

Aldo abandonou Vanda após 12 anos de vida em comum. Numa “suave manhã” de abril de 1974. Outra coincidência. E uma suspeita: abril não é o mais cruel dos meses só na poesia de Eliot.  A pendenga conjugal articulada por Starnone nos leva, com idas e vindas no tempo e no espaço, até 2014, com o casal setentão e os filhos na meia-idade. Aldo se autodefine como um sujeito “artificialmente distraído”, mas sua maior fraqueza é ser um poltrão, um escravo da mulher, quase uma versão masculina da mulher abandonada pelo marido no romance de Ferrante.  Vanda? Não seria exagero qualificá-la de megera. Mas bons motivos não lhe faltam para os constantes surtos de mau humor. “Como ela ficou desagradável”, comenta uma amiga do casal. “É difícil sofrer polidamente”, responde o indulgente, mas culpadíssimo, Aldo. 

Bem escrito, fluente como um romance policial (a comparação não é gratuita, pois um arrombamento misterioso, outro detalhe em comum com Os Dias de Abandono, lhe confere a aparência de um whodunit), Laços é, simultaneamente, um compassivo drama familiar e uma ansiosa comédia de erros amarrados por laços concretos e metafóricos. Laços amarram objetos; laços unem pessoas. Em italiano, atar (“allaciare”) compartilha a mesma raiz de deixar, abandonar (“laciare”). Os sapatos desastradamente enlaçados que ilustram a capa de todas as edições do romance configuram um trocadilho visual. Foi o próprio Starnone quem a pinçou de um velho livro de gravuras. 

Quem agora entra nessa história é Jhumpa Lahiri. Alfabetizada em bengali e inglês, com algumas obras literárias traduzidas no Brasil, entre as quais, Intérprete de Males, que lhe valeu um prêmio Pulitzer, Lahiri se enfeitiçou pela sonoridade do italiano, no início do milênio, e decidiu italianar-se por completo. Cinco anos atrás, autoexilou-se do inglês, meteu a cara na língua de Elena Ferrante e foi morar em Roma com o marido e os filhos. Três anos depois, publicou seu primeiro escrito em italiano: Altre Parole. Ao ler Lacci, identificou-se com seu narrador, Aldo (como ela “também em busca de liberdade e felicidade”), e os astuciosos comentários de Starnone e seus personagens sobre a revolução sexual, a libertação feminina, a situação política e social da Itália das últimas décadas, e aceitou traduzi-lo para o inglês. Lacci virou Ties e já pode ser baixado no kindle. Além de traduzi-lo, Lahiri escreveu-lhe um excelente prefácio. 

Partindo do duplo sentido do verbo “contenere” (conter, guardar, mas também, como em português, limitar e controlar), Lahiri divaga sobre recipientes, contêineres, vasos, envelopes, onde segredos se ocultam como numa série de caixas chinesas, até que alguém os descubra e liberte, e as transforme em caixas de Pandora. “O amor é um contêiner em que enfiamos tudo”, desabafa Vanda, ao ver seu lar (outro contêiner) em ruínas. 

Por falar em laços e coincidências, quem traduziu o livro italiano de Lahiri para o inglês foi Ann Goldstein, a mesma tradutora de todas as obras de Elena Ferrante. Starnone, palpitante detalhe que deixei para o final, é casado com Anita Raja. Tudo em família.

Às primeiras especulações sobre a verdadeira identidade da misteriosa Elena Ferrante, o nome de Domenico Starnone surgiu como pule de dez, turbinado por um colunista do jornal L’Unità. O escritor contestou o babado, com uma justificativa mais do que convincente: “Seria um idiota se dispensasse as glórias de uma consagração literária sem precedentes na Itália dos últimos 50 anos”. E voltou a cuidar de sua própria produção ficcional. 

As especulações continuaram e Starnone, que também é jornalista e roteirista de telefilmes, só foi deixado em paz no ano passado depois que um colega de profissão, Claudio Gatti, entregou a tradutora Anita Raja como a verdadeira face da escritora napolitana, sem contudo apresentar qualquer prova irrefutável. Seja lá quem for Elena Ferrante, uma coisa é inegável: Starnone pôs ainda mais pulgas atrás da orelha ao escrever um romance intitulado Lacci (Laços), publicado na Itália no outono de 2014, ainda inédito no Brasil e só há Pouco traduzido para o inglês pela escritora anglo-americana de origem indiana Jhumpa Lahiri. 

Umas 40 páginas mais curto que Os Dias de Abandono - para muitos, inclusive o locutor que vos fala - o melhor livro de Ferrante, Lacci é menos uma réplica que um contraponto ao bode conjugal vivido pelo casal daquele romance. O que teria acontecido a Olga e Mário, o casal separado por Ferrante, se os dois tivessem tentado uma reconciliação e voltado a viver juntos?  Quem agora relata os percalços de uma separação não é a esposa abandonada, mas o marido que se mandou de casa. Ele se chama Aldo. Morava com a mulher (Vanda) em Nápoles e mudou-se para Roma, igualmente enrabichado por uma jovem professora universitária, chamada Ligia. Vanda e Aldo também têm um casal de filhos e um animal de estimação (no caso, um gato) de relevante importância na trama. Outras similaridades mais nos reserva Starnone no seu vai e vem narrativo: as duas abandonadas casaram com a mesma idade (22 anos), são alucinadamente ciumentas e obcecadas com as despesas domésticas. 

Os Dias de Abandono começa numa tarde de abril, em Turim, com Mário comunicando a Olga que sairá de casa. Estão casados há 15 anos, mas Mário apaixonou-se por Carla e vai com ela dividir o mesmo teto. Seis dias depois da separação, Olga, senhora da narrativa, inicia por carta um desesperado, e muitas vezes patético, cerco ao sumido e sua amante. 

Laços começa com uma irada carta da mulher abandonada ao marido que a deixou. “Caso não tenha notado, prezado senhor, permita-me lembrá-lo de que sou sua esposa. Sei que isso já foi do seu agrado e de repente deixou de ser. Sei que você finge que eu não existo, que nunca existi, para não fazer feio em seu círculo de amigos intelectuais.” Quem lê a carta - esta e as demais escritas por Vanda - é Aldo, o marido, narrador das duas primeiras partes do romance. Na terceira parte, quem assume e arredonda a narrativa é Anna, filha do casal. 

Aldo abandonou Vanda após 12 anos de vida em comum. Numa “suave manhã” de abril de 1974. Outra coincidência. E uma suspeita: abril não é o mais cruel dos meses só na poesia de Eliot.  A pendenga conjugal articulada por Starnone nos leva, com idas e vindas no tempo e no espaço, até 2014, com o casal setentão e os filhos na meia-idade. Aldo se autodefine como um sujeito “artificialmente distraído”, mas sua maior fraqueza é ser um poltrão, um escravo da mulher, quase uma versão masculina da mulher abandonada pelo marido no romance de Ferrante.  Vanda? Não seria exagero qualificá-la de megera. Mas bons motivos não lhe faltam para os constantes surtos de mau humor. “Como ela ficou desagradável”, comenta uma amiga do casal. “É difícil sofrer polidamente”, responde o indulgente, mas culpadíssimo, Aldo. 

Bem escrito, fluente como um romance policial (a comparação não é gratuita, pois um arrombamento misterioso, outro detalhe em comum com Os Dias de Abandono, lhe confere a aparência de um whodunit), Laços é, simultaneamente, um compassivo drama familiar e uma ansiosa comédia de erros amarrados por laços concretos e metafóricos. Laços amarram objetos; laços unem pessoas. Em italiano, atar (“allaciare”) compartilha a mesma raiz de deixar, abandonar (“laciare”). Os sapatos desastradamente enlaçados que ilustram a capa de todas as edições do romance configuram um trocadilho visual. Foi o próprio Starnone quem a pinçou de um velho livro de gravuras. 

Quem agora entra nessa história é Jhumpa Lahiri. Alfabetizada em bengali e inglês, com algumas obras literárias traduzidas no Brasil, entre as quais, Intérprete de Males, que lhe valeu um prêmio Pulitzer, Lahiri se enfeitiçou pela sonoridade do italiano, no início do milênio, e decidiu italianar-se por completo. Cinco anos atrás, autoexilou-se do inglês, meteu a cara na língua de Elena Ferrante e foi morar em Roma com o marido e os filhos. Três anos depois, publicou seu primeiro escrito em italiano: Altre Parole. Ao ler Lacci, identificou-se com seu narrador, Aldo (como ela “também em busca de liberdade e felicidade”), e os astuciosos comentários de Starnone e seus personagens sobre a revolução sexual, a libertação feminina, a situação política e social da Itália das últimas décadas, e aceitou traduzi-lo para o inglês. Lacci virou Ties e já pode ser baixado no kindle. Além de traduzi-lo, Lahiri escreveu-lhe um excelente prefácio. 

Partindo do duplo sentido do verbo “contenere” (conter, guardar, mas também, como em português, limitar e controlar), Lahiri divaga sobre recipientes, contêineres, vasos, envelopes, onde segredos se ocultam como numa série de caixas chinesas, até que alguém os descubra e liberte, e as transforme em caixas de Pandora. “O amor é um contêiner em que enfiamos tudo”, desabafa Vanda, ao ver seu lar (outro contêiner) em ruínas. 

Por falar em laços e coincidências, quem traduziu o livro italiano de Lahiri para o inglês foi Ann Goldstein, a mesma tradutora de todas as obras de Elena Ferrante. Starnone, palpitante detalhe que deixei para o final, é casado com Anita Raja. Tudo em família.

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