‘A Casa do Dragão’ aposta na representatividade e coloca mulheres no centro


Série derivada de ‘Game of Thrones’ é mais diversa e promete tratar violência sexual de maneira diferente

Por Mariane Morisawa
Atualização:

Game of Thrones teve algumas das personagens femininas mais marcantes dos últimos anos, de Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) a Cersei Lannister (Lena Headey), passando por Brienne de Tarth (Gwendoline Christie), Arya Stark (Maisie Williams) e até, quem diria, Sansa Stark (Sophie Turner). 

Ainda assim, a série criada por David Benioff e D.B. Weiss e baseada na obra de George R.R. Martin frequentemente foi acusada de explorar a nudez feminina e o estupro como ferramenta narrativa, sem que suas consequências fossem investigadas. E, também, de ser quase totalmente branca. 

Cena da série 'A Casa do Dragão/ House of the Dragon' Foto: HBO
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A Casa do Dragão, ou House of the Dragon, o primeiro spin-off de Game of Thrones, que estreia amanhã (domingo, 21), às 22h, na HBO e na HBO Max, promete mais representatividade racial e de gênero. “A missão de Ryan Condal e Miguel Sapochnik (os showrunners) era equilibrar essas áreas”, disse Eve Best, que interpreta a Princesa Rhaenys, em entrevista com a participação do Estadão. “O mundo cresceu bastante desde a primeira temporada de Game of Thrones. Houve muitas mudanças. Várias coisas não são mais toleradas. E isso se refletiu na escalação do elenco e na motivação da história.”

O ator Steve Toussaint, que faz o poderoso Lorde Corlys Velaryon, marido de Rhaenys, concordou. “Um bom drama, seja de época ou não, é um reflexo do tempo em que foi feito”, disse. “Então este drama é um bom reflexo do mundo em que vivemos agora, embora se passe em um universo de fantasia. E nós vivemos em um mundo em que estamos ouvindo vozes mais diversas. As mulheres são catalisadoras da história. Mas também temos mulheres diretoras e diretores não-brancos fazendo a série. E isso só pode ser bom.” Mesmo assim, Toussaint foi alvo de ataques racistas nas redes sociais. 

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Westeros, um continente fictício, mas inspirado na Europa da Idade Média, é um patriarcado. As mulheres vão sofrer com isso, mas os showrunners prometem mais cuidado nas cenas de sexo e violência sexual. O resumo principal da história, pelo menos na primeira temporada, é a frase de Rhaenys: “Os homens preferem incendiar o reino do que ver uma mulher ascender ao Trono de Ferro”. Foi o que aconteceu com ela, rejeitada a assumir o governo do continente de Westeros, que acabou nas mãos de seu primo Viserys I (Paddy Considine). Por isso, fica conhecida como “a rainha que não foi”. “Ela é meio como a Hillary Clinton, a melhor pessoa para ocupar a posição, preterida por ser mulher”, disse a atriz. “Rhaenys tem experiência política, é extremamente inteligente e qualificada, mas não tem papel na corte.”

A mesma questão vai assombrar a filha do rei Viserys, Rhaenyra (Milly Alcock na adolescência e Emma D’Arcy na fase adulta). Quando o rei se vê sem herdeiros homens, e seu irmão Daemon (Matt Smith) cometendo atrocidades, ele acaba escolhendo Rhaenyra como sua herdeira. “Rhaenyra vê como as regras se aplicam de forma completamente diferente para ela e para o tio Daemon, só por ela ser mulher e ele, homem”, disse D’Arcy, que se identifica como pessoa não-binária, em entrevista com a participação do Estadão. D’Arcy contou ter se identificado, de certa forma, com a personagem. “Rhaenyra se sente em descompasso com a maneira como é vista pelo mundo, restringida pela feminilidade, consciente do espaço concedido aos homens. Ela entende bem a dinâmica de gênero e anseia pela mesma liberdade que os homens têm.”

Game of Thrones teve algumas das personagens femininas mais marcantes dos últimos anos, de Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) a Cersei Lannister (Lena Headey), passando por Brienne de Tarth (Gwendoline Christie), Arya Stark (Maisie Williams) e até, quem diria, Sansa Stark (Sophie Turner). 

Ainda assim, a série criada por David Benioff e D.B. Weiss e baseada na obra de George R.R. Martin frequentemente foi acusada de explorar a nudez feminina e o estupro como ferramenta narrativa, sem que suas consequências fossem investigadas. E, também, de ser quase totalmente branca. 

Cena da série 'A Casa do Dragão/ House of the Dragon' Foto: HBO

 

A Casa do Dragão, ou House of the Dragon, o primeiro spin-off de Game of Thrones, que estreia amanhã (domingo, 21), às 22h, na HBO e na HBO Max, promete mais representatividade racial e de gênero. “A missão de Ryan Condal e Miguel Sapochnik (os showrunners) era equilibrar essas áreas”, disse Eve Best, que interpreta a Princesa Rhaenys, em entrevista com a participação do Estadão. “O mundo cresceu bastante desde a primeira temporada de Game of Thrones. Houve muitas mudanças. Várias coisas não são mais toleradas. E isso se refletiu na escalação do elenco e na motivação da história.”

O ator Steve Toussaint, que faz o poderoso Lorde Corlys Velaryon, marido de Rhaenys, concordou. “Um bom drama, seja de época ou não, é um reflexo do tempo em que foi feito”, disse. “Então este drama é um bom reflexo do mundo em que vivemos agora, embora se passe em um universo de fantasia. E nós vivemos em um mundo em que estamos ouvindo vozes mais diversas. As mulheres são catalisadoras da história. Mas também temos mulheres diretoras e diretores não-brancos fazendo a série. E isso só pode ser bom.” Mesmo assim, Toussaint foi alvo de ataques racistas nas redes sociais. 

Westeros, um continente fictício, mas inspirado na Europa da Idade Média, é um patriarcado. As mulheres vão sofrer com isso, mas os showrunners prometem mais cuidado nas cenas de sexo e violência sexual. O resumo principal da história, pelo menos na primeira temporada, é a frase de Rhaenys: “Os homens preferem incendiar o reino do que ver uma mulher ascender ao Trono de Ferro”. Foi o que aconteceu com ela, rejeitada a assumir o governo do continente de Westeros, que acabou nas mãos de seu primo Viserys I (Paddy Considine). Por isso, fica conhecida como “a rainha que não foi”. “Ela é meio como a Hillary Clinton, a melhor pessoa para ocupar a posição, preterida por ser mulher”, disse a atriz. “Rhaenys tem experiência política, é extremamente inteligente e qualificada, mas não tem papel na corte.”

A mesma questão vai assombrar a filha do rei Viserys, Rhaenyra (Milly Alcock na adolescência e Emma D’Arcy na fase adulta). Quando o rei se vê sem herdeiros homens, e seu irmão Daemon (Matt Smith) cometendo atrocidades, ele acaba escolhendo Rhaenyra como sua herdeira. “Rhaenyra vê como as regras se aplicam de forma completamente diferente para ela e para o tio Daemon, só por ela ser mulher e ele, homem”, disse D’Arcy, que se identifica como pessoa não-binária, em entrevista com a participação do Estadão. D’Arcy contou ter se identificado, de certa forma, com a personagem. “Rhaenyra se sente em descompasso com a maneira como é vista pelo mundo, restringida pela feminilidade, consciente do espaço concedido aos homens. Ela entende bem a dinâmica de gênero e anseia pela mesma liberdade que os homens têm.”

Game of Thrones teve algumas das personagens femininas mais marcantes dos últimos anos, de Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) a Cersei Lannister (Lena Headey), passando por Brienne de Tarth (Gwendoline Christie), Arya Stark (Maisie Williams) e até, quem diria, Sansa Stark (Sophie Turner). 

Ainda assim, a série criada por David Benioff e D.B. Weiss e baseada na obra de George R.R. Martin frequentemente foi acusada de explorar a nudez feminina e o estupro como ferramenta narrativa, sem que suas consequências fossem investigadas. E, também, de ser quase totalmente branca. 

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A Casa do Dragão, ou House of the Dragon, o primeiro spin-off de Game of Thrones, que estreia amanhã (domingo, 21), às 22h, na HBO e na HBO Max, promete mais representatividade racial e de gênero. “A missão de Ryan Condal e Miguel Sapochnik (os showrunners) era equilibrar essas áreas”, disse Eve Best, que interpreta a Princesa Rhaenys, em entrevista com a participação do Estadão. “O mundo cresceu bastante desde a primeira temporada de Game of Thrones. Houve muitas mudanças. Várias coisas não são mais toleradas. E isso se refletiu na escalação do elenco e na motivação da história.”

O ator Steve Toussaint, que faz o poderoso Lorde Corlys Velaryon, marido de Rhaenys, concordou. “Um bom drama, seja de época ou não, é um reflexo do tempo em que foi feito”, disse. “Então este drama é um bom reflexo do mundo em que vivemos agora, embora se passe em um universo de fantasia. E nós vivemos em um mundo em que estamos ouvindo vozes mais diversas. As mulheres são catalisadoras da história. Mas também temos mulheres diretoras e diretores não-brancos fazendo a série. E isso só pode ser bom.” Mesmo assim, Toussaint foi alvo de ataques racistas nas redes sociais. 

Westeros, um continente fictício, mas inspirado na Europa da Idade Média, é um patriarcado. As mulheres vão sofrer com isso, mas os showrunners prometem mais cuidado nas cenas de sexo e violência sexual. O resumo principal da história, pelo menos na primeira temporada, é a frase de Rhaenys: “Os homens preferem incendiar o reino do que ver uma mulher ascender ao Trono de Ferro”. Foi o que aconteceu com ela, rejeitada a assumir o governo do continente de Westeros, que acabou nas mãos de seu primo Viserys I (Paddy Considine). Por isso, fica conhecida como “a rainha que não foi”. “Ela é meio como a Hillary Clinton, a melhor pessoa para ocupar a posição, preterida por ser mulher”, disse a atriz. “Rhaenys tem experiência política, é extremamente inteligente e qualificada, mas não tem papel na corte.”

A mesma questão vai assombrar a filha do rei Viserys, Rhaenyra (Milly Alcock na adolescência e Emma D’Arcy na fase adulta). Quando o rei se vê sem herdeiros homens, e seu irmão Daemon (Matt Smith) cometendo atrocidades, ele acaba escolhendo Rhaenyra como sua herdeira. “Rhaenyra vê como as regras se aplicam de forma completamente diferente para ela e para o tio Daemon, só por ela ser mulher e ele, homem”, disse D’Arcy, que se identifica como pessoa não-binária, em entrevista com a participação do Estadão. D’Arcy contou ter se identificado, de certa forma, com a personagem. “Rhaenyra se sente em descompasso com a maneira como é vista pelo mundo, restringida pela feminilidade, consciente do espaço concedido aos homens. Ela entende bem a dinâmica de gênero e anseia pela mesma liberdade que os homens têm.”

Game of Thrones teve algumas das personagens femininas mais marcantes dos últimos anos, de Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) a Cersei Lannister (Lena Headey), passando por Brienne de Tarth (Gwendoline Christie), Arya Stark (Maisie Williams) e até, quem diria, Sansa Stark (Sophie Turner). 

Ainda assim, a série criada por David Benioff e D.B. Weiss e baseada na obra de George R.R. Martin frequentemente foi acusada de explorar a nudez feminina e o estupro como ferramenta narrativa, sem que suas consequências fossem investigadas. E, também, de ser quase totalmente branca. 

Cena da série 'A Casa do Dragão/ House of the Dragon' Foto: HBO

 

A Casa do Dragão, ou House of the Dragon, o primeiro spin-off de Game of Thrones, que estreia amanhã (domingo, 21), às 22h, na HBO e na HBO Max, promete mais representatividade racial e de gênero. “A missão de Ryan Condal e Miguel Sapochnik (os showrunners) era equilibrar essas áreas”, disse Eve Best, que interpreta a Princesa Rhaenys, em entrevista com a participação do Estadão. “O mundo cresceu bastante desde a primeira temporada de Game of Thrones. Houve muitas mudanças. Várias coisas não são mais toleradas. E isso se refletiu na escalação do elenco e na motivação da história.”

O ator Steve Toussaint, que faz o poderoso Lorde Corlys Velaryon, marido de Rhaenys, concordou. “Um bom drama, seja de época ou não, é um reflexo do tempo em que foi feito”, disse. “Então este drama é um bom reflexo do mundo em que vivemos agora, embora se passe em um universo de fantasia. E nós vivemos em um mundo em que estamos ouvindo vozes mais diversas. As mulheres são catalisadoras da história. Mas também temos mulheres diretoras e diretores não-brancos fazendo a série. E isso só pode ser bom.” Mesmo assim, Toussaint foi alvo de ataques racistas nas redes sociais. 

Westeros, um continente fictício, mas inspirado na Europa da Idade Média, é um patriarcado. As mulheres vão sofrer com isso, mas os showrunners prometem mais cuidado nas cenas de sexo e violência sexual. O resumo principal da história, pelo menos na primeira temporada, é a frase de Rhaenys: “Os homens preferem incendiar o reino do que ver uma mulher ascender ao Trono de Ferro”. Foi o que aconteceu com ela, rejeitada a assumir o governo do continente de Westeros, que acabou nas mãos de seu primo Viserys I (Paddy Considine). Por isso, fica conhecida como “a rainha que não foi”. “Ela é meio como a Hillary Clinton, a melhor pessoa para ocupar a posição, preterida por ser mulher”, disse a atriz. “Rhaenys tem experiência política, é extremamente inteligente e qualificada, mas não tem papel na corte.”

A mesma questão vai assombrar a filha do rei Viserys, Rhaenyra (Milly Alcock na adolescência e Emma D’Arcy na fase adulta). Quando o rei se vê sem herdeiros homens, e seu irmão Daemon (Matt Smith) cometendo atrocidades, ele acaba escolhendo Rhaenyra como sua herdeira. “Rhaenyra vê como as regras se aplicam de forma completamente diferente para ela e para o tio Daemon, só por ela ser mulher e ele, homem”, disse D’Arcy, que se identifica como pessoa não-binária, em entrevista com a participação do Estadão. D’Arcy contou ter se identificado, de certa forma, com a personagem. “Rhaenyra se sente em descompasso com a maneira como é vista pelo mundo, restringida pela feminilidade, consciente do espaço concedido aos homens. Ela entende bem a dinâmica de gênero e anseia pela mesma liberdade que os homens têm.”

Game of Thrones teve algumas das personagens femininas mais marcantes dos últimos anos, de Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) a Cersei Lannister (Lena Headey), passando por Brienne de Tarth (Gwendoline Christie), Arya Stark (Maisie Williams) e até, quem diria, Sansa Stark (Sophie Turner). 

Ainda assim, a série criada por David Benioff e D.B. Weiss e baseada na obra de George R.R. Martin frequentemente foi acusada de explorar a nudez feminina e o estupro como ferramenta narrativa, sem que suas consequências fossem investigadas. E, também, de ser quase totalmente branca. 

Cena da série 'A Casa do Dragão/ House of the Dragon' Foto: HBO

 

A Casa do Dragão, ou House of the Dragon, o primeiro spin-off de Game of Thrones, que estreia amanhã (domingo, 21), às 22h, na HBO e na HBO Max, promete mais representatividade racial e de gênero. “A missão de Ryan Condal e Miguel Sapochnik (os showrunners) era equilibrar essas áreas”, disse Eve Best, que interpreta a Princesa Rhaenys, em entrevista com a participação do Estadão. “O mundo cresceu bastante desde a primeira temporada de Game of Thrones. Houve muitas mudanças. Várias coisas não são mais toleradas. E isso se refletiu na escalação do elenco e na motivação da história.”

O ator Steve Toussaint, que faz o poderoso Lorde Corlys Velaryon, marido de Rhaenys, concordou. “Um bom drama, seja de época ou não, é um reflexo do tempo em que foi feito”, disse. “Então este drama é um bom reflexo do mundo em que vivemos agora, embora se passe em um universo de fantasia. E nós vivemos em um mundo em que estamos ouvindo vozes mais diversas. As mulheres são catalisadoras da história. Mas também temos mulheres diretoras e diretores não-brancos fazendo a série. E isso só pode ser bom.” Mesmo assim, Toussaint foi alvo de ataques racistas nas redes sociais. 

Westeros, um continente fictício, mas inspirado na Europa da Idade Média, é um patriarcado. As mulheres vão sofrer com isso, mas os showrunners prometem mais cuidado nas cenas de sexo e violência sexual. O resumo principal da história, pelo menos na primeira temporada, é a frase de Rhaenys: “Os homens preferem incendiar o reino do que ver uma mulher ascender ao Trono de Ferro”. Foi o que aconteceu com ela, rejeitada a assumir o governo do continente de Westeros, que acabou nas mãos de seu primo Viserys I (Paddy Considine). Por isso, fica conhecida como “a rainha que não foi”. “Ela é meio como a Hillary Clinton, a melhor pessoa para ocupar a posição, preterida por ser mulher”, disse a atriz. “Rhaenys tem experiência política, é extremamente inteligente e qualificada, mas não tem papel na corte.”

A mesma questão vai assombrar a filha do rei Viserys, Rhaenyra (Milly Alcock na adolescência e Emma D’Arcy na fase adulta). Quando o rei se vê sem herdeiros homens, e seu irmão Daemon (Matt Smith) cometendo atrocidades, ele acaba escolhendo Rhaenyra como sua herdeira. “Rhaenyra vê como as regras se aplicam de forma completamente diferente para ela e para o tio Daemon, só por ela ser mulher e ele, homem”, disse D’Arcy, que se identifica como pessoa não-binária, em entrevista com a participação do Estadão. D’Arcy contou ter se identificado, de certa forma, com a personagem. “Rhaenyra se sente em descompasso com a maneira como é vista pelo mundo, restringida pela feminilidade, consciente do espaço concedido aos homens. Ela entende bem a dinâmica de gênero e anseia pela mesma liberdade que os homens têm.”

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