Análise Emmy 2022: Academia de Televisão precisa ver mais televisão


A cerimônia da premiação só foi boa quando deixou as obviedades de lado e abriu o olhar para novidades e representatividade

Por Mariane Morisawa

A falta de ousadia e curiosidade da Academia de Televisão já tinha ficado evidente nas indicações ao Emmy, mas a premiação da noite de ontem reforçou ainda mais esses defeitos.

A cerimônia pareceu um repeteco de anos anteriores: Succession foi o melhor drama, Ted Lasso, a melhor comédia. Jason Sudeikis ganhou o Emmy de melhor ator de comédia por Ted Lasso, Brett Goldstein, o de melhor ator coadjuvante de comédia, também por Ted Lasso, Jean Smart, o de melhor atriz de comédia por Hacks. Todos esses atores venceram ano passado pelos mesmos papéis. Zendaya, melhor atriz de drama por Euphoria, e Julia Garner, melhor atriz coadjuvante de drama por Ozark, também ganharam em anos anteriores.

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São todas excelentes, mas, na era da “televisão em excesso”, com mais de 700 programas para escolher, é no mínimo acomodação premiar as mesmas séries em diversas categorias, em anos seguidos. Mesmo dar dez prêmios para uma mesma série, como para The White Lotus, em uma subdivisão concorrida como minissérie ou antologia, parece exagero.

Zendaya (E) e Lizzo, ambas vencedoras do 74º Emmy Awards Foto: Jordan Strauss/Invision/AP

Ou então a Academia está dizendo que se produz muito, mas quase nada merece levar um troféu para colocar na estante. Dados os elogios a Better Call Saul, Only Murders in the Building, Abbott Elementary, Ruptura, Yellowjackets, Barry, fora as que nem receberam indicações, parece só preguiça de sair do lugar-comum mesmo.

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O descompasso ficou mais evidente nas categorias em que o Emmy deu vez para vozes novas e/ou diversas. Alguém tem dúvida de que os discursos de Lizzo, melhor programa de competição com Lizzo’s Watch Out for the Big Grrrls, e Sheryl Lee Ralph, melhor atriz coadjuvante de comédia por Abbott Elementary, foram os melhores da noite? Ou que entre os melhores momentos estiveram as vitórias de Lee Jung-Jae, melhor ator de drama, e Hwang Dong-hyuk, melhor direção de drama, ambos por Round 6? Jung-Jae é o primeiro asiático a ganhar na categoria e o primeiro ator de drama a vencer por uma série em língua não-inglesa.

A cerimônia ainda teve a capacidade de cortar o discurso de Jennifer Coolidge, melhor atriz de minissérie ou antologia por The White Lotus, que poderia durar mais do que certas tentativas de fazer graça na premiação.

Para o ano que vem, seria legal que a Academia de Televisão provasse que realmente gosta de televisão, inclusive daquela mais inclusiva.

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Lee Jung-jae recebe o prêmio de melhor ator por 'Round 6' Foto: Patrick T. Fallon/AFP

A falta de ousadia e curiosidade da Academia de Televisão já tinha ficado evidente nas indicações ao Emmy, mas a premiação da noite de ontem reforçou ainda mais esses defeitos.

A cerimônia pareceu um repeteco de anos anteriores: Succession foi o melhor drama, Ted Lasso, a melhor comédia. Jason Sudeikis ganhou o Emmy de melhor ator de comédia por Ted Lasso, Brett Goldstein, o de melhor ator coadjuvante de comédia, também por Ted Lasso, Jean Smart, o de melhor atriz de comédia por Hacks. Todos esses atores venceram ano passado pelos mesmos papéis. Zendaya, melhor atriz de drama por Euphoria, e Julia Garner, melhor atriz coadjuvante de drama por Ozark, também ganharam em anos anteriores.

São todas excelentes, mas, na era da “televisão em excesso”, com mais de 700 programas para escolher, é no mínimo acomodação premiar as mesmas séries em diversas categorias, em anos seguidos. Mesmo dar dez prêmios para uma mesma série, como para The White Lotus, em uma subdivisão concorrida como minissérie ou antologia, parece exagero.

Zendaya (E) e Lizzo, ambas vencedoras do 74º Emmy Awards Foto: Jordan Strauss/Invision/AP

Ou então a Academia está dizendo que se produz muito, mas quase nada merece levar um troféu para colocar na estante. Dados os elogios a Better Call Saul, Only Murders in the Building, Abbott Elementary, Ruptura, Yellowjackets, Barry, fora as que nem receberam indicações, parece só preguiça de sair do lugar-comum mesmo.

O descompasso ficou mais evidente nas categorias em que o Emmy deu vez para vozes novas e/ou diversas. Alguém tem dúvida de que os discursos de Lizzo, melhor programa de competição com Lizzo’s Watch Out for the Big Grrrls, e Sheryl Lee Ralph, melhor atriz coadjuvante de comédia por Abbott Elementary, foram os melhores da noite? Ou que entre os melhores momentos estiveram as vitórias de Lee Jung-Jae, melhor ator de drama, e Hwang Dong-hyuk, melhor direção de drama, ambos por Round 6? Jung-Jae é o primeiro asiático a ganhar na categoria e o primeiro ator de drama a vencer por uma série em língua não-inglesa.

A cerimônia ainda teve a capacidade de cortar o discurso de Jennifer Coolidge, melhor atriz de minissérie ou antologia por The White Lotus, que poderia durar mais do que certas tentativas de fazer graça na premiação.

Para o ano que vem, seria legal que a Academia de Televisão provasse que realmente gosta de televisão, inclusive daquela mais inclusiva.

Lee Jung-jae recebe o prêmio de melhor ator por 'Round 6' Foto: Patrick T. Fallon/AFP

A falta de ousadia e curiosidade da Academia de Televisão já tinha ficado evidente nas indicações ao Emmy, mas a premiação da noite de ontem reforçou ainda mais esses defeitos.

A cerimônia pareceu um repeteco de anos anteriores: Succession foi o melhor drama, Ted Lasso, a melhor comédia. Jason Sudeikis ganhou o Emmy de melhor ator de comédia por Ted Lasso, Brett Goldstein, o de melhor ator coadjuvante de comédia, também por Ted Lasso, Jean Smart, o de melhor atriz de comédia por Hacks. Todos esses atores venceram ano passado pelos mesmos papéis. Zendaya, melhor atriz de drama por Euphoria, e Julia Garner, melhor atriz coadjuvante de drama por Ozark, também ganharam em anos anteriores.

São todas excelentes, mas, na era da “televisão em excesso”, com mais de 700 programas para escolher, é no mínimo acomodação premiar as mesmas séries em diversas categorias, em anos seguidos. Mesmo dar dez prêmios para uma mesma série, como para The White Lotus, em uma subdivisão concorrida como minissérie ou antologia, parece exagero.

Zendaya (E) e Lizzo, ambas vencedoras do 74º Emmy Awards Foto: Jordan Strauss/Invision/AP

Ou então a Academia está dizendo que se produz muito, mas quase nada merece levar um troféu para colocar na estante. Dados os elogios a Better Call Saul, Only Murders in the Building, Abbott Elementary, Ruptura, Yellowjackets, Barry, fora as que nem receberam indicações, parece só preguiça de sair do lugar-comum mesmo.

O descompasso ficou mais evidente nas categorias em que o Emmy deu vez para vozes novas e/ou diversas. Alguém tem dúvida de que os discursos de Lizzo, melhor programa de competição com Lizzo’s Watch Out for the Big Grrrls, e Sheryl Lee Ralph, melhor atriz coadjuvante de comédia por Abbott Elementary, foram os melhores da noite? Ou que entre os melhores momentos estiveram as vitórias de Lee Jung-Jae, melhor ator de drama, e Hwang Dong-hyuk, melhor direção de drama, ambos por Round 6? Jung-Jae é o primeiro asiático a ganhar na categoria e o primeiro ator de drama a vencer por uma série em língua não-inglesa.

A cerimônia ainda teve a capacidade de cortar o discurso de Jennifer Coolidge, melhor atriz de minissérie ou antologia por The White Lotus, que poderia durar mais do que certas tentativas de fazer graça na premiação.

Para o ano que vem, seria legal que a Academia de Televisão provasse que realmente gosta de televisão, inclusive daquela mais inclusiva.

Lee Jung-jae recebe o prêmio de melhor ator por 'Round 6' Foto: Patrick T. Fallon/AFP

A falta de ousadia e curiosidade da Academia de Televisão já tinha ficado evidente nas indicações ao Emmy, mas a premiação da noite de ontem reforçou ainda mais esses defeitos.

A cerimônia pareceu um repeteco de anos anteriores: Succession foi o melhor drama, Ted Lasso, a melhor comédia. Jason Sudeikis ganhou o Emmy de melhor ator de comédia por Ted Lasso, Brett Goldstein, o de melhor ator coadjuvante de comédia, também por Ted Lasso, Jean Smart, o de melhor atriz de comédia por Hacks. Todos esses atores venceram ano passado pelos mesmos papéis. Zendaya, melhor atriz de drama por Euphoria, e Julia Garner, melhor atriz coadjuvante de drama por Ozark, também ganharam em anos anteriores.

São todas excelentes, mas, na era da “televisão em excesso”, com mais de 700 programas para escolher, é no mínimo acomodação premiar as mesmas séries em diversas categorias, em anos seguidos. Mesmo dar dez prêmios para uma mesma série, como para The White Lotus, em uma subdivisão concorrida como minissérie ou antologia, parece exagero.

Zendaya (E) e Lizzo, ambas vencedoras do 74º Emmy Awards Foto: Jordan Strauss/Invision/AP

Ou então a Academia está dizendo que se produz muito, mas quase nada merece levar um troféu para colocar na estante. Dados os elogios a Better Call Saul, Only Murders in the Building, Abbott Elementary, Ruptura, Yellowjackets, Barry, fora as que nem receberam indicações, parece só preguiça de sair do lugar-comum mesmo.

O descompasso ficou mais evidente nas categorias em que o Emmy deu vez para vozes novas e/ou diversas. Alguém tem dúvida de que os discursos de Lizzo, melhor programa de competição com Lizzo’s Watch Out for the Big Grrrls, e Sheryl Lee Ralph, melhor atriz coadjuvante de comédia por Abbott Elementary, foram os melhores da noite? Ou que entre os melhores momentos estiveram as vitórias de Lee Jung-Jae, melhor ator de drama, e Hwang Dong-hyuk, melhor direção de drama, ambos por Round 6? Jung-Jae é o primeiro asiático a ganhar na categoria e o primeiro ator de drama a vencer por uma série em língua não-inglesa.

A cerimônia ainda teve a capacidade de cortar o discurso de Jennifer Coolidge, melhor atriz de minissérie ou antologia por The White Lotus, que poderia durar mais do que certas tentativas de fazer graça na premiação.

Para o ano que vem, seria legal que a Academia de Televisão provasse que realmente gosta de televisão, inclusive daquela mais inclusiva.

Lee Jung-jae recebe o prêmio de melhor ator por 'Round 6' Foto: Patrick T. Fallon/AFP

A falta de ousadia e curiosidade da Academia de Televisão já tinha ficado evidente nas indicações ao Emmy, mas a premiação da noite de ontem reforçou ainda mais esses defeitos.

A cerimônia pareceu um repeteco de anos anteriores: Succession foi o melhor drama, Ted Lasso, a melhor comédia. Jason Sudeikis ganhou o Emmy de melhor ator de comédia por Ted Lasso, Brett Goldstein, o de melhor ator coadjuvante de comédia, também por Ted Lasso, Jean Smart, o de melhor atriz de comédia por Hacks. Todos esses atores venceram ano passado pelos mesmos papéis. Zendaya, melhor atriz de drama por Euphoria, e Julia Garner, melhor atriz coadjuvante de drama por Ozark, também ganharam em anos anteriores.

São todas excelentes, mas, na era da “televisão em excesso”, com mais de 700 programas para escolher, é no mínimo acomodação premiar as mesmas séries em diversas categorias, em anos seguidos. Mesmo dar dez prêmios para uma mesma série, como para The White Lotus, em uma subdivisão concorrida como minissérie ou antologia, parece exagero.

Zendaya (E) e Lizzo, ambas vencedoras do 74º Emmy Awards Foto: Jordan Strauss/Invision/AP

Ou então a Academia está dizendo que se produz muito, mas quase nada merece levar um troféu para colocar na estante. Dados os elogios a Better Call Saul, Only Murders in the Building, Abbott Elementary, Ruptura, Yellowjackets, Barry, fora as que nem receberam indicações, parece só preguiça de sair do lugar-comum mesmo.

O descompasso ficou mais evidente nas categorias em que o Emmy deu vez para vozes novas e/ou diversas. Alguém tem dúvida de que os discursos de Lizzo, melhor programa de competição com Lizzo’s Watch Out for the Big Grrrls, e Sheryl Lee Ralph, melhor atriz coadjuvante de comédia por Abbott Elementary, foram os melhores da noite? Ou que entre os melhores momentos estiveram as vitórias de Lee Jung-Jae, melhor ator de drama, e Hwang Dong-hyuk, melhor direção de drama, ambos por Round 6? Jung-Jae é o primeiro asiático a ganhar na categoria e o primeiro ator de drama a vencer por uma série em língua não-inglesa.

A cerimônia ainda teve a capacidade de cortar o discurso de Jennifer Coolidge, melhor atriz de minissérie ou antologia por The White Lotus, que poderia durar mais do que certas tentativas de fazer graça na premiação.

Para o ano que vem, seria legal que a Academia de Televisão provasse que realmente gosta de televisão, inclusive daquela mais inclusiva.

Lee Jung-jae recebe o prêmio de melhor ator por 'Round 6' Foto: Patrick T. Fallon/AFP

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