Análise: ‘Sandman’ - A série que transcendeu os quadrinhos e virou fenômeno pop


Por que demorou tanto para chegar a vez de um fenômeno de público e crítica como 'Sandman'? Aparentemente, o criador Neil Gaiman quis esperar 'a hora certa'

Por Pedro Cirne

Quando Neil Gaiman iniciou a série em quadrinhos Sandman, em 1989, o terreno estava pavimentado para o surgimento de um novo super-herói – afinal, era uma revista mensal da DC Comics, editora de Superman e Batman. Mas o seu protagonista não era um super-herói, e Sandman, publicada originalmente até 1996, foi uma que misturou fantasia, terror e mitologia para se tornar um fenômeno pop.

Tom Sturridge como Rei dos Sonhos em 'Sandman', que estreia em 5 de agosto da Netflix. Foto: Netflix

A rigor, não há Sandman é apenas o título da série e não há ninguém com este nome entre seus principais personagens. O protagonista é a entidade chamada Sonho, um dos sete irmãos da família conhecida como Perpétuos. Na mitologia criada por Gaiman, eles são as entidades que regem o universo, pairando acima dos deuses. Entre os seis irmãos de Sonho está a Morte, que também tem um papel importante na HQ.

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Gaiman criou um rol de personagens absolutamente cativantes. Sonho é educado, formal, rígido, intransigente. Sua irmã, Morte, é exatamente quem o nome indica, mas com o visual bem diferente do que se poderia esperar dela. Aquela que significa o fim da vida aparece aos mortais com uma jovem gótica linda, bem-humorada e paciente. Por mais que sejam mais do que divinos, suas qualidades e defeitos, cuidadosamente narrados pelo roteirista britânico, os aproximam da humanidade – e dos leitores. 

A falta de sociabilidade de Sonho se alia ao excesso de carisma e empatia da Morte. Juntos, os dois personagens se tornaram símbolos de uma série que estourou a bolha do público-alvo e passou a ser apreciada por leitores de todas as idades – mais mulheres do que homens, inclusive. Surgiram pôsteres, camisetas, citações em filmes e músicas... pegava bem dizer que gostava de Neil Gaiman. Por um tempo, aqui no Brasil, até vi gente escrever que Sandman não era “quadrinho”, mas “literatura”. Bobagem. É uma HQ muito bem feita e sem vergonha de ser quadrinho, como se nota pelas citações que faz.

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As adaptações de HQs para cinema e TV ficaram cada vez mais frequentes nas últimas duas décadas, especialmente com o fenômeno do Universo Cinematográfico Marvel. Personagens pouco conhecidos, como a dupla Manto & Adaga, o Pacificador e até o mordomo do Batman ganharam suas próprias séries. Por que demorou tanto para chegar a vez de um fenômeno de público e crítica como Sandman

Aparentemente, o criador Gaiman quis esperar “a hora certa”. Ou seja, um projeto que respeitasse os intricados conceitos por trás de sua complexa obra-prima. Será que este momento finalmente chegou?

Quando Neil Gaiman iniciou a série em quadrinhos Sandman, em 1989, o terreno estava pavimentado para o surgimento de um novo super-herói – afinal, era uma revista mensal da DC Comics, editora de Superman e Batman. Mas o seu protagonista não era um super-herói, e Sandman, publicada originalmente até 1996, foi uma que misturou fantasia, terror e mitologia para se tornar um fenômeno pop.

Tom Sturridge como Rei dos Sonhos em 'Sandman', que estreia em 5 de agosto da Netflix. Foto: Netflix

A rigor, não há Sandman é apenas o título da série e não há ninguém com este nome entre seus principais personagens. O protagonista é a entidade chamada Sonho, um dos sete irmãos da família conhecida como Perpétuos. Na mitologia criada por Gaiman, eles são as entidades que regem o universo, pairando acima dos deuses. Entre os seis irmãos de Sonho está a Morte, que também tem um papel importante na HQ.

Gaiman criou um rol de personagens absolutamente cativantes. Sonho é educado, formal, rígido, intransigente. Sua irmã, Morte, é exatamente quem o nome indica, mas com o visual bem diferente do que se poderia esperar dela. Aquela que significa o fim da vida aparece aos mortais com uma jovem gótica linda, bem-humorada e paciente. Por mais que sejam mais do que divinos, suas qualidades e defeitos, cuidadosamente narrados pelo roteirista britânico, os aproximam da humanidade – e dos leitores. 

A falta de sociabilidade de Sonho se alia ao excesso de carisma e empatia da Morte. Juntos, os dois personagens se tornaram símbolos de uma série que estourou a bolha do público-alvo e passou a ser apreciada por leitores de todas as idades – mais mulheres do que homens, inclusive. Surgiram pôsteres, camisetas, citações em filmes e músicas... pegava bem dizer que gostava de Neil Gaiman. Por um tempo, aqui no Brasil, até vi gente escrever que Sandman não era “quadrinho”, mas “literatura”. Bobagem. É uma HQ muito bem feita e sem vergonha de ser quadrinho, como se nota pelas citações que faz.

As adaptações de HQs para cinema e TV ficaram cada vez mais frequentes nas últimas duas décadas, especialmente com o fenômeno do Universo Cinematográfico Marvel. Personagens pouco conhecidos, como a dupla Manto & Adaga, o Pacificador e até o mordomo do Batman ganharam suas próprias séries. Por que demorou tanto para chegar a vez de um fenômeno de público e crítica como Sandman

Aparentemente, o criador Gaiman quis esperar “a hora certa”. Ou seja, um projeto que respeitasse os intricados conceitos por trás de sua complexa obra-prima. Será que este momento finalmente chegou?

Quando Neil Gaiman iniciou a série em quadrinhos Sandman, em 1989, o terreno estava pavimentado para o surgimento de um novo super-herói – afinal, era uma revista mensal da DC Comics, editora de Superman e Batman. Mas o seu protagonista não era um super-herói, e Sandman, publicada originalmente até 1996, foi uma que misturou fantasia, terror e mitologia para se tornar um fenômeno pop.

Tom Sturridge como Rei dos Sonhos em 'Sandman', que estreia em 5 de agosto da Netflix. Foto: Netflix

A rigor, não há Sandman é apenas o título da série e não há ninguém com este nome entre seus principais personagens. O protagonista é a entidade chamada Sonho, um dos sete irmãos da família conhecida como Perpétuos. Na mitologia criada por Gaiman, eles são as entidades que regem o universo, pairando acima dos deuses. Entre os seis irmãos de Sonho está a Morte, que também tem um papel importante na HQ.

Gaiman criou um rol de personagens absolutamente cativantes. Sonho é educado, formal, rígido, intransigente. Sua irmã, Morte, é exatamente quem o nome indica, mas com o visual bem diferente do que se poderia esperar dela. Aquela que significa o fim da vida aparece aos mortais com uma jovem gótica linda, bem-humorada e paciente. Por mais que sejam mais do que divinos, suas qualidades e defeitos, cuidadosamente narrados pelo roteirista britânico, os aproximam da humanidade – e dos leitores. 

A falta de sociabilidade de Sonho se alia ao excesso de carisma e empatia da Morte. Juntos, os dois personagens se tornaram símbolos de uma série que estourou a bolha do público-alvo e passou a ser apreciada por leitores de todas as idades – mais mulheres do que homens, inclusive. Surgiram pôsteres, camisetas, citações em filmes e músicas... pegava bem dizer que gostava de Neil Gaiman. Por um tempo, aqui no Brasil, até vi gente escrever que Sandman não era “quadrinho”, mas “literatura”. Bobagem. É uma HQ muito bem feita e sem vergonha de ser quadrinho, como se nota pelas citações que faz.

As adaptações de HQs para cinema e TV ficaram cada vez mais frequentes nas últimas duas décadas, especialmente com o fenômeno do Universo Cinematográfico Marvel. Personagens pouco conhecidos, como a dupla Manto & Adaga, o Pacificador e até o mordomo do Batman ganharam suas próprias séries. Por que demorou tanto para chegar a vez de um fenômeno de público e crítica como Sandman

Aparentemente, o criador Gaiman quis esperar “a hora certa”. Ou seja, um projeto que respeitasse os intricados conceitos por trás de sua complexa obra-prima. Será que este momento finalmente chegou?

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