‘Betty, a Feia’ volta após 20 anos: ‘Sentimos falta de assistir algo em família’, diz atriz


Atores da versão original da novela colombiana retornam aos seus personagens para uma série do Prime Video que tenta modernizar a produção que foi fenômeno na América Latina no início do milênio

Por Matheus Mans

Há um certo impacto ao ligar a câmera e dar de cara com os atores da versão original de Betty, a Feia. Afinal, eles ficaram cristalizados na memória de muitas pessoas na versão mais jovem de cada um deles, há mais de duas décadas, quando a primeira versão da novela colombiana rodou o mundo. Agora, eles retornam ao seus personagens para a nova série Betty, A Feia: A História Continua, que chegou ao Prime Video na sexta-feira, 19.

Na novela original, Betty (Ana María Orozco) é uma moça sonhadora e inteligente, mas considerada feia pelas pessoas ao seu redor. Quando começa a trabalhar em uma empresa e se apaixona pelo chefe, Armando Mendoza (Jorge Enrique Abello), ela faz de tudo para salvar a companhia da falência – até passar por uma transformação que marcou as telenovelas.

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A nova produção fala sobre Betty, agora 20 anos depois do final da novela. Enquanto ela trabalha duro para reconstruir o vínculo com sua filha adolescente, sua relação com o marido se deteriora. Isso a faz questionar se tomou a decisão correta há duas décadas e a reimaginar sua vida, a partir de tudo que aconteceu e não aconteceu.

“Não é voltar a ser a Betty de 25 anos atrás, porque essa história já foi contada. Não queríamos repetir nada, pensando em garantir o sucesso recriando o que já foi feito. A ideia era avançar”, conta Ana María, em entrevista ao Estadão. “O universo de Betty já existe, então nos situamos nele e pensamos no que aconteceu nesses anos e como estão hoje.”

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Para Jorge Enrique, o essencial é mostrar que a alegria continua viva entre eles – e na história de Betty. “Primeiro, tive que aceitar que tenho uma aparência diferente da que tinha [naquela época]”, diz ele, rindo. “Mas é importante mostrar ao público que, apesar do tempo, não perdemos o brilho, o humor, aquilo que tanto gostavam de ver. Para isso, precisei me preparar muito bem – mentalmente, dramaticamente, fisicamente, e estar atualizado.”

A transformação da novela

Betty, a Feia é um sucesso que faz parte de uma cultura maior da América Latina com as novelas, as grandes histórias e os melodramas. No entanto, é inegável de que há algo de especial nessa história – bateu o recorde de novela mais bem sucedida pelo Guinness Book, o livro dos recordes, foi ao ar em 180 países, dublada em 15 idiomas e adaptada em 28 territórios.

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Jorge Enrique Abello, Juanita Molina, Ana María Orozco, protagonistas de 'Betty, A Feia: A História Continua' Foto: Hernán Puentes/Prime Video/Divulgação

Ainda assim, há algo de diferente nessa nova estreia. Betty, a Feia chega ao streaming deixando o formato de novela para trás para ser, enfim, uma série – com menos episódios, menos melodrama. É a novela da era do streaming. Precisa ser mais rápida e mais curta.

“As plataformas têm tentado manter o gênero de super série na América Latina, pois acreditam que o melodrama ainda é algo que o público latino-americano precisa”, contextualiza Jorge. “Agora, acho que devemos redefinir o conceito de melodrama para nos entendermos de outra maneira. Precisamos continuar explorando nossa cultura e idiossincrasia, construindo projetos que realmente falem de nós mesmos, fazendo da televisão um lugar onde podemos nos ver como cultura e família. Isso é importantíssimo.”

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Ana María Orozco (Beatriz Pinzón Solano) em cena de 'Betty, A Feia: A História Continua' Foto: Ana Maria Toro Chacon/Prime Video/Divulgação

Como Jorge ressalta, é natural que o conteúdo mude. A história de uma mulher que é lida como feia, sem qualquer sobressalto, não se encaixa mais. “A história não é mais sobre um homem tirando uma mulher da lama para torná-la uma grande dama. Já existem mulheres empoderadas que ascendem por conta própria, mudando a estrutura do melodrama”, diz.

Ana María, depois de dizer que está por fora desse mercado, parece se atentar para o que vem pela frente. “Há uma tentativa de resgatar a novela e o melodrama. As pessoas sentem falta”, diz. “Afinal, a gente começa a sentir falta de momentos de assistir algo em família, todas as noites, algo que dure mais tempo. Mesmo em tempos de correria, com tudo sendo visto no celular, acredito que haverá um retorno gradual. As coisas se modificaram e adaptaram aos formatos de plataforma, mas acho que as novelas ainda vão continuar.”

Há um certo impacto ao ligar a câmera e dar de cara com os atores da versão original de Betty, a Feia. Afinal, eles ficaram cristalizados na memória de muitas pessoas na versão mais jovem de cada um deles, há mais de duas décadas, quando a primeira versão da novela colombiana rodou o mundo. Agora, eles retornam ao seus personagens para a nova série Betty, A Feia: A História Continua, que chegou ao Prime Video na sexta-feira, 19.

Na novela original, Betty (Ana María Orozco) é uma moça sonhadora e inteligente, mas considerada feia pelas pessoas ao seu redor. Quando começa a trabalhar em uma empresa e se apaixona pelo chefe, Armando Mendoza (Jorge Enrique Abello), ela faz de tudo para salvar a companhia da falência – até passar por uma transformação que marcou as telenovelas.

A nova produção fala sobre Betty, agora 20 anos depois do final da novela. Enquanto ela trabalha duro para reconstruir o vínculo com sua filha adolescente, sua relação com o marido se deteriora. Isso a faz questionar se tomou a decisão correta há duas décadas e a reimaginar sua vida, a partir de tudo que aconteceu e não aconteceu.

“Não é voltar a ser a Betty de 25 anos atrás, porque essa história já foi contada. Não queríamos repetir nada, pensando em garantir o sucesso recriando o que já foi feito. A ideia era avançar”, conta Ana María, em entrevista ao Estadão. “O universo de Betty já existe, então nos situamos nele e pensamos no que aconteceu nesses anos e como estão hoje.”

Para Jorge Enrique, o essencial é mostrar que a alegria continua viva entre eles – e na história de Betty. “Primeiro, tive que aceitar que tenho uma aparência diferente da que tinha [naquela época]”, diz ele, rindo. “Mas é importante mostrar ao público que, apesar do tempo, não perdemos o brilho, o humor, aquilo que tanto gostavam de ver. Para isso, precisei me preparar muito bem – mentalmente, dramaticamente, fisicamente, e estar atualizado.”

A transformação da novela

Betty, a Feia é um sucesso que faz parte de uma cultura maior da América Latina com as novelas, as grandes histórias e os melodramas. No entanto, é inegável de que há algo de especial nessa história – bateu o recorde de novela mais bem sucedida pelo Guinness Book, o livro dos recordes, foi ao ar em 180 países, dublada em 15 idiomas e adaptada em 28 territórios.

Jorge Enrique Abello, Juanita Molina, Ana María Orozco, protagonistas de 'Betty, A Feia: A História Continua' Foto: Hernán Puentes/Prime Video/Divulgação

Ainda assim, há algo de diferente nessa nova estreia. Betty, a Feia chega ao streaming deixando o formato de novela para trás para ser, enfim, uma série – com menos episódios, menos melodrama. É a novela da era do streaming. Precisa ser mais rápida e mais curta.

“As plataformas têm tentado manter o gênero de super série na América Latina, pois acreditam que o melodrama ainda é algo que o público latino-americano precisa”, contextualiza Jorge. “Agora, acho que devemos redefinir o conceito de melodrama para nos entendermos de outra maneira. Precisamos continuar explorando nossa cultura e idiossincrasia, construindo projetos que realmente falem de nós mesmos, fazendo da televisão um lugar onde podemos nos ver como cultura e família. Isso é importantíssimo.”

Ana María Orozco (Beatriz Pinzón Solano) em cena de 'Betty, A Feia: A História Continua' Foto: Ana Maria Toro Chacon/Prime Video/Divulgação

Como Jorge ressalta, é natural que o conteúdo mude. A história de uma mulher que é lida como feia, sem qualquer sobressalto, não se encaixa mais. “A história não é mais sobre um homem tirando uma mulher da lama para torná-la uma grande dama. Já existem mulheres empoderadas que ascendem por conta própria, mudando a estrutura do melodrama”, diz.

Ana María, depois de dizer que está por fora desse mercado, parece se atentar para o que vem pela frente. “Há uma tentativa de resgatar a novela e o melodrama. As pessoas sentem falta”, diz. “Afinal, a gente começa a sentir falta de momentos de assistir algo em família, todas as noites, algo que dure mais tempo. Mesmo em tempos de correria, com tudo sendo visto no celular, acredito que haverá um retorno gradual. As coisas se modificaram e adaptaram aos formatos de plataforma, mas acho que as novelas ainda vão continuar.”

Há um certo impacto ao ligar a câmera e dar de cara com os atores da versão original de Betty, a Feia. Afinal, eles ficaram cristalizados na memória de muitas pessoas na versão mais jovem de cada um deles, há mais de duas décadas, quando a primeira versão da novela colombiana rodou o mundo. Agora, eles retornam ao seus personagens para a nova série Betty, A Feia: A História Continua, que chegou ao Prime Video na sexta-feira, 19.

Na novela original, Betty (Ana María Orozco) é uma moça sonhadora e inteligente, mas considerada feia pelas pessoas ao seu redor. Quando começa a trabalhar em uma empresa e se apaixona pelo chefe, Armando Mendoza (Jorge Enrique Abello), ela faz de tudo para salvar a companhia da falência – até passar por uma transformação que marcou as telenovelas.

A nova produção fala sobre Betty, agora 20 anos depois do final da novela. Enquanto ela trabalha duro para reconstruir o vínculo com sua filha adolescente, sua relação com o marido se deteriora. Isso a faz questionar se tomou a decisão correta há duas décadas e a reimaginar sua vida, a partir de tudo que aconteceu e não aconteceu.

“Não é voltar a ser a Betty de 25 anos atrás, porque essa história já foi contada. Não queríamos repetir nada, pensando em garantir o sucesso recriando o que já foi feito. A ideia era avançar”, conta Ana María, em entrevista ao Estadão. “O universo de Betty já existe, então nos situamos nele e pensamos no que aconteceu nesses anos e como estão hoje.”

Para Jorge Enrique, o essencial é mostrar que a alegria continua viva entre eles – e na história de Betty. “Primeiro, tive que aceitar que tenho uma aparência diferente da que tinha [naquela época]”, diz ele, rindo. “Mas é importante mostrar ao público que, apesar do tempo, não perdemos o brilho, o humor, aquilo que tanto gostavam de ver. Para isso, precisei me preparar muito bem – mentalmente, dramaticamente, fisicamente, e estar atualizado.”

A transformação da novela

Betty, a Feia é um sucesso que faz parte de uma cultura maior da América Latina com as novelas, as grandes histórias e os melodramas. No entanto, é inegável de que há algo de especial nessa história – bateu o recorde de novela mais bem sucedida pelo Guinness Book, o livro dos recordes, foi ao ar em 180 países, dublada em 15 idiomas e adaptada em 28 territórios.

Jorge Enrique Abello, Juanita Molina, Ana María Orozco, protagonistas de 'Betty, A Feia: A História Continua' Foto: Hernán Puentes/Prime Video/Divulgação

Ainda assim, há algo de diferente nessa nova estreia. Betty, a Feia chega ao streaming deixando o formato de novela para trás para ser, enfim, uma série – com menos episódios, menos melodrama. É a novela da era do streaming. Precisa ser mais rápida e mais curta.

“As plataformas têm tentado manter o gênero de super série na América Latina, pois acreditam que o melodrama ainda é algo que o público latino-americano precisa”, contextualiza Jorge. “Agora, acho que devemos redefinir o conceito de melodrama para nos entendermos de outra maneira. Precisamos continuar explorando nossa cultura e idiossincrasia, construindo projetos que realmente falem de nós mesmos, fazendo da televisão um lugar onde podemos nos ver como cultura e família. Isso é importantíssimo.”

Ana María Orozco (Beatriz Pinzón Solano) em cena de 'Betty, A Feia: A História Continua' Foto: Ana Maria Toro Chacon/Prime Video/Divulgação

Como Jorge ressalta, é natural que o conteúdo mude. A história de uma mulher que é lida como feia, sem qualquer sobressalto, não se encaixa mais. “A história não é mais sobre um homem tirando uma mulher da lama para torná-la uma grande dama. Já existem mulheres empoderadas que ascendem por conta própria, mudando a estrutura do melodrama”, diz.

Ana María, depois de dizer que está por fora desse mercado, parece se atentar para o que vem pela frente. “Há uma tentativa de resgatar a novela e o melodrama. As pessoas sentem falta”, diz. “Afinal, a gente começa a sentir falta de momentos de assistir algo em família, todas as noites, algo que dure mais tempo. Mesmo em tempos de correria, com tudo sendo visto no celular, acredito que haverá um retorno gradual. As coisas se modificaram e adaptaram aos formatos de plataforma, mas acho que as novelas ainda vão continuar.”

Há um certo impacto ao ligar a câmera e dar de cara com os atores da versão original de Betty, a Feia. Afinal, eles ficaram cristalizados na memória de muitas pessoas na versão mais jovem de cada um deles, há mais de duas décadas, quando a primeira versão da novela colombiana rodou o mundo. Agora, eles retornam ao seus personagens para a nova série Betty, A Feia: A História Continua, que chegou ao Prime Video na sexta-feira, 19.

Na novela original, Betty (Ana María Orozco) é uma moça sonhadora e inteligente, mas considerada feia pelas pessoas ao seu redor. Quando começa a trabalhar em uma empresa e se apaixona pelo chefe, Armando Mendoza (Jorge Enrique Abello), ela faz de tudo para salvar a companhia da falência – até passar por uma transformação que marcou as telenovelas.

A nova produção fala sobre Betty, agora 20 anos depois do final da novela. Enquanto ela trabalha duro para reconstruir o vínculo com sua filha adolescente, sua relação com o marido se deteriora. Isso a faz questionar se tomou a decisão correta há duas décadas e a reimaginar sua vida, a partir de tudo que aconteceu e não aconteceu.

“Não é voltar a ser a Betty de 25 anos atrás, porque essa história já foi contada. Não queríamos repetir nada, pensando em garantir o sucesso recriando o que já foi feito. A ideia era avançar”, conta Ana María, em entrevista ao Estadão. “O universo de Betty já existe, então nos situamos nele e pensamos no que aconteceu nesses anos e como estão hoje.”

Para Jorge Enrique, o essencial é mostrar que a alegria continua viva entre eles – e na história de Betty. “Primeiro, tive que aceitar que tenho uma aparência diferente da que tinha [naquela época]”, diz ele, rindo. “Mas é importante mostrar ao público que, apesar do tempo, não perdemos o brilho, o humor, aquilo que tanto gostavam de ver. Para isso, precisei me preparar muito bem – mentalmente, dramaticamente, fisicamente, e estar atualizado.”

A transformação da novela

Betty, a Feia é um sucesso que faz parte de uma cultura maior da América Latina com as novelas, as grandes histórias e os melodramas. No entanto, é inegável de que há algo de especial nessa história – bateu o recorde de novela mais bem sucedida pelo Guinness Book, o livro dos recordes, foi ao ar em 180 países, dublada em 15 idiomas e adaptada em 28 territórios.

Jorge Enrique Abello, Juanita Molina, Ana María Orozco, protagonistas de 'Betty, A Feia: A História Continua' Foto: Hernán Puentes/Prime Video/Divulgação

Ainda assim, há algo de diferente nessa nova estreia. Betty, a Feia chega ao streaming deixando o formato de novela para trás para ser, enfim, uma série – com menos episódios, menos melodrama. É a novela da era do streaming. Precisa ser mais rápida e mais curta.

“As plataformas têm tentado manter o gênero de super série na América Latina, pois acreditam que o melodrama ainda é algo que o público latino-americano precisa”, contextualiza Jorge. “Agora, acho que devemos redefinir o conceito de melodrama para nos entendermos de outra maneira. Precisamos continuar explorando nossa cultura e idiossincrasia, construindo projetos que realmente falem de nós mesmos, fazendo da televisão um lugar onde podemos nos ver como cultura e família. Isso é importantíssimo.”

Ana María Orozco (Beatriz Pinzón Solano) em cena de 'Betty, A Feia: A História Continua' Foto: Ana Maria Toro Chacon/Prime Video/Divulgação

Como Jorge ressalta, é natural que o conteúdo mude. A história de uma mulher que é lida como feia, sem qualquer sobressalto, não se encaixa mais. “A história não é mais sobre um homem tirando uma mulher da lama para torná-la uma grande dama. Já existem mulheres empoderadas que ascendem por conta própria, mudando a estrutura do melodrama”, diz.

Ana María, depois de dizer que está por fora desse mercado, parece se atentar para o que vem pela frente. “Há uma tentativa de resgatar a novela e o melodrama. As pessoas sentem falta”, diz. “Afinal, a gente começa a sentir falta de momentos de assistir algo em família, todas as noites, algo que dure mais tempo. Mesmo em tempos de correria, com tudo sendo visto no celular, acredito que haverá um retorno gradual. As coisas se modificaram e adaptaram aos formatos de plataforma, mas acho que as novelas ainda vão continuar.”

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