Há saída para violência no Rio? Série ‘Cidade de Deus’ retoma o filme com nova resposta; conheça


Em 6 episódios, seriado da HBO Max dirigido por Aly Muritiba se volta à força feminina e à luta da comunidade, com Roberta Rodrigues, Sabrina Rosa, Marcos Palmeira e Thiago Martins. ‘Estadão’ visitou o set em SP

Por Bárbara Correa
Atualização:

“Quem é meu pai, mãe?”. “Eu sou seu pai, sua mãe, sua avó. Eu te criei sozinha”. O diálogo entre os atores Dhonata Augusto e Sabrina Rosa foi gravado na comunidade paulistana 12 do Cinga. Mas a atmosfera é carioca, já que ele foi registrado durante as gravações de Cidade de Deus. Eles dão vida a Delano e Cintia, e antecipam a trama que será retratada na série da HBO Max.

A história se passa 20 anos depois do filme. Já é possível adiantar que a personagem violentada por Zé Pequeno, crime que desencadeou a guerra entre o líder do tráfico e Mané Galinha, teve um filho que saiu da Cidade de Deus para virar policial.

Outro momento da gravação em São Paulo, acompanhada pelo Estadão, também ilustra o cerne da história que chega ao streaming em 2024, ainda sem data exata confirmada. Cintia cuida de um centro comunitário, mas cogita entrar para a política e, imediatamente, é interrompida pelo filho, que a repreende lembrando de um lema central para o desenvolvimento dessa nova trama:

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“Cresci escutando a senhora dizer que temos que mudar as coisas de dentro para fora. Tentei fazer isso na polícia. Se a senhora sair do centro comunitário, quem vai fazer isso?”, indaga Delano.

A personagem Cintia, vivida por Sabrina Rosa Foto: RENATO NASCIMENTO

Acontece que, diferentemente do slogan do filme de 2002, “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”, agora o “mudar as coisas de dentro para fora” diz muito sobre o retrato contemporâneo que o diretor Aly Muritiba está desenvolvendo.

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“Isso significava que na favela não tinha jeito, era sem escapatória, e a série é o inverso disso. A gente vai ficar, é uma perspectiva de luta e resistência”, explica o diretor. Não à toa, o seriado se propõe a centralizar a história dos “atores sociais” da comunidade, com uma narrativa, majoritariamente, feminina.

“Nossa atenção é muito mais para os atores sociais dentro da comunidade. Ao contrário do filme, em que a narrativa é toda muito masculina, na série, é muito mais feminina. As grandes personagens da história, para além do Buscapé, são as vividas por Roberta Rodrigues (Berenice) e Sabrina Rosa. Claro que existe também a violência, o mundo do crime, mas tudo é visto pela perspectiva de quem sofre as consequências disso”, afirma Aly.

O que se mantém?

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A trama do filme se encerra nos anos 1980 e o seriado vai mostrar os anos 2000. Ainda que o intuito seja um novo retrato dessa comunidade, o diretor reitera que a estética e alguns recursos foram usados propositalmente para causar a sensação de estar assistindo a Cidade de Deus.

O personagem Buscapé, vivido por Alexandre Rodrigues Foto: RENATO NASCIMENTO

Buscapé segue sendo o narrador e algumas memórias são resgatadas através de flashbacks de cenas do filme. Alguns materiais que não entraram no longa na época foram digitalizados e estarão presentes na série.

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Alexandre Rodrigues comenta que a inocência de seu personagem se mantém, mas ele chega com mais maturidade e uma relação diferente com a favela. “Ele continua a paixão pela fotografia, mas se perdeu um pouco, porque precisou deixar a comunidade para trabalhar”, inicia.

“A série vai mostrar que muitas pessoas perdem oportunidade de trabalho por não conseguirem sair em momentos de guerra e violência. Agora, ele mora em Copacabana, gosta de ser chamado de Wilson, que é o nome real dele. Ele tem uma visão mais distante de lá, mas a personalidade é resgatada pelos amigos”, afirma.

Outro personagem que retorna é Braddock, de Thiago Martins. Vinte anos depois, o menino que matou Zé Pequeno volta à Cidade de Deus, e passa a disputar o controle do tráfico com Curió, vivido por Marcos Palmeira.

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Thiago conta que seu personagem ficou preso por seis anos e volta como um “furacão de conflitos”. “Quem assistir vai ver a guerra em si, mas ela não é por questões de poder. Tem uma história familiar, de traição, de dúvida, milícia vindo por trás. Cidade de Deus vai ser um seriado meio labirinto”, afirma.

O personagem Braddock, vivido por Thiago Martins Foto: Lais Lima

O que mudou?

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“No filme, a Cidade de Deus é uma personagem repleta de potências, mas também muitas carências. Está muito próximo de um ponto de virada, de reflexão. Ou a coisa implode em violência ou explode em potência de combate. Na série, a comunidade está disposta a se juntar para brigar, batalhar, celebrar, viver e gozar”, reitera o diretor.

Roberta Rodrigues e Sabrina Rosa apontam que esse “ponto de virada” no filme sempre foi através das personagens femininas, que eram fundamentais para “costurar a jornada masculina”, como diz Sabrina, que lembra que sua personagem no longa sequer tinha um nome.

“Das grandes viradas: do Cabeleira, tinha Berenice. A virada do Zé Pequeno era a Cintia. A do Buscapé era a jornalista Alice também. Então, sempre teve uma mulher que fez a virada da história”, lembra Roberta.

A personagem Berenice, vivida por Roberta Rodrigues Foto: RENATO NASCIMENTO

Agora, além da jornada de Cintia com o centro comunitário, Roberta volta com uma nova Berenice. Na história, ela é uma cabeleireira que muda de vida e vai parar na política.

“Normalmente, são as mulheres pretas que fazem transformações dentro das comunidades. Minha personagem já era empoderada no filme, mas, depois de ser presa, ela transforma sua carga em potência”, explica.

Para Sabrina, esse retrato da Cidade de Deus, para além da violência, que mostra a vida dos moradores “da porta para dentro”, é um cotidiano que “com certeza existia e só foi ocultado”.

“No meio daquela guerra, tinham as mulheres ali, só que a série só jogou as lentes para isso agora. A diferença é que a câmera está apontada para essas famílias. Essa é a verdadeira realidade dentro de uma comunidade. Tem violência, sim, infelizmente, mas não é só isso. Finalmente, estamos colocando essas pessoas no lugar de dignidade que é delas também”, conclui.

“Quem é meu pai, mãe?”. “Eu sou seu pai, sua mãe, sua avó. Eu te criei sozinha”. O diálogo entre os atores Dhonata Augusto e Sabrina Rosa foi gravado na comunidade paulistana 12 do Cinga. Mas a atmosfera é carioca, já que ele foi registrado durante as gravações de Cidade de Deus. Eles dão vida a Delano e Cintia, e antecipam a trama que será retratada na série da HBO Max.

A história se passa 20 anos depois do filme. Já é possível adiantar que a personagem violentada por Zé Pequeno, crime que desencadeou a guerra entre o líder do tráfico e Mané Galinha, teve um filho que saiu da Cidade de Deus para virar policial.

Outro momento da gravação em São Paulo, acompanhada pelo Estadão, também ilustra o cerne da história que chega ao streaming em 2024, ainda sem data exata confirmada. Cintia cuida de um centro comunitário, mas cogita entrar para a política e, imediatamente, é interrompida pelo filho, que a repreende lembrando de um lema central para o desenvolvimento dessa nova trama:

“Cresci escutando a senhora dizer que temos que mudar as coisas de dentro para fora. Tentei fazer isso na polícia. Se a senhora sair do centro comunitário, quem vai fazer isso?”, indaga Delano.

A personagem Cintia, vivida por Sabrina Rosa Foto: RENATO NASCIMENTO

Acontece que, diferentemente do slogan do filme de 2002, “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”, agora o “mudar as coisas de dentro para fora” diz muito sobre o retrato contemporâneo que o diretor Aly Muritiba está desenvolvendo.

“Isso significava que na favela não tinha jeito, era sem escapatória, e a série é o inverso disso. A gente vai ficar, é uma perspectiva de luta e resistência”, explica o diretor. Não à toa, o seriado se propõe a centralizar a história dos “atores sociais” da comunidade, com uma narrativa, majoritariamente, feminina.

“Nossa atenção é muito mais para os atores sociais dentro da comunidade. Ao contrário do filme, em que a narrativa é toda muito masculina, na série, é muito mais feminina. As grandes personagens da história, para além do Buscapé, são as vividas por Roberta Rodrigues (Berenice) e Sabrina Rosa. Claro que existe também a violência, o mundo do crime, mas tudo é visto pela perspectiva de quem sofre as consequências disso”, afirma Aly.

O que se mantém?

A trama do filme se encerra nos anos 1980 e o seriado vai mostrar os anos 2000. Ainda que o intuito seja um novo retrato dessa comunidade, o diretor reitera que a estética e alguns recursos foram usados propositalmente para causar a sensação de estar assistindo a Cidade de Deus.

O personagem Buscapé, vivido por Alexandre Rodrigues Foto: RENATO NASCIMENTO

Buscapé segue sendo o narrador e algumas memórias são resgatadas através de flashbacks de cenas do filme. Alguns materiais que não entraram no longa na época foram digitalizados e estarão presentes na série.

Alexandre Rodrigues comenta que a inocência de seu personagem se mantém, mas ele chega com mais maturidade e uma relação diferente com a favela. “Ele continua a paixão pela fotografia, mas se perdeu um pouco, porque precisou deixar a comunidade para trabalhar”, inicia.

“A série vai mostrar que muitas pessoas perdem oportunidade de trabalho por não conseguirem sair em momentos de guerra e violência. Agora, ele mora em Copacabana, gosta de ser chamado de Wilson, que é o nome real dele. Ele tem uma visão mais distante de lá, mas a personalidade é resgatada pelos amigos”, afirma.

Outro personagem que retorna é Braddock, de Thiago Martins. Vinte anos depois, o menino que matou Zé Pequeno volta à Cidade de Deus, e passa a disputar o controle do tráfico com Curió, vivido por Marcos Palmeira.

Thiago conta que seu personagem ficou preso por seis anos e volta como um “furacão de conflitos”. “Quem assistir vai ver a guerra em si, mas ela não é por questões de poder. Tem uma história familiar, de traição, de dúvida, milícia vindo por trás. Cidade de Deus vai ser um seriado meio labirinto”, afirma.

O personagem Braddock, vivido por Thiago Martins Foto: Lais Lima

O que mudou?

“No filme, a Cidade de Deus é uma personagem repleta de potências, mas também muitas carências. Está muito próximo de um ponto de virada, de reflexão. Ou a coisa implode em violência ou explode em potência de combate. Na série, a comunidade está disposta a se juntar para brigar, batalhar, celebrar, viver e gozar”, reitera o diretor.

Roberta Rodrigues e Sabrina Rosa apontam que esse “ponto de virada” no filme sempre foi através das personagens femininas, que eram fundamentais para “costurar a jornada masculina”, como diz Sabrina, que lembra que sua personagem no longa sequer tinha um nome.

“Das grandes viradas: do Cabeleira, tinha Berenice. A virada do Zé Pequeno era a Cintia. A do Buscapé era a jornalista Alice também. Então, sempre teve uma mulher que fez a virada da história”, lembra Roberta.

A personagem Berenice, vivida por Roberta Rodrigues Foto: RENATO NASCIMENTO

Agora, além da jornada de Cintia com o centro comunitário, Roberta volta com uma nova Berenice. Na história, ela é uma cabeleireira que muda de vida e vai parar na política.

“Normalmente, são as mulheres pretas que fazem transformações dentro das comunidades. Minha personagem já era empoderada no filme, mas, depois de ser presa, ela transforma sua carga em potência”, explica.

Para Sabrina, esse retrato da Cidade de Deus, para além da violência, que mostra a vida dos moradores “da porta para dentro”, é um cotidiano que “com certeza existia e só foi ocultado”.

“No meio daquela guerra, tinham as mulheres ali, só que a série só jogou as lentes para isso agora. A diferença é que a câmera está apontada para essas famílias. Essa é a verdadeira realidade dentro de uma comunidade. Tem violência, sim, infelizmente, mas não é só isso. Finalmente, estamos colocando essas pessoas no lugar de dignidade que é delas também”, conclui.

“Quem é meu pai, mãe?”. “Eu sou seu pai, sua mãe, sua avó. Eu te criei sozinha”. O diálogo entre os atores Dhonata Augusto e Sabrina Rosa foi gravado na comunidade paulistana 12 do Cinga. Mas a atmosfera é carioca, já que ele foi registrado durante as gravações de Cidade de Deus. Eles dão vida a Delano e Cintia, e antecipam a trama que será retratada na série da HBO Max.

A história se passa 20 anos depois do filme. Já é possível adiantar que a personagem violentada por Zé Pequeno, crime que desencadeou a guerra entre o líder do tráfico e Mané Galinha, teve um filho que saiu da Cidade de Deus para virar policial.

Outro momento da gravação em São Paulo, acompanhada pelo Estadão, também ilustra o cerne da história que chega ao streaming em 2024, ainda sem data exata confirmada. Cintia cuida de um centro comunitário, mas cogita entrar para a política e, imediatamente, é interrompida pelo filho, que a repreende lembrando de um lema central para o desenvolvimento dessa nova trama:

“Cresci escutando a senhora dizer que temos que mudar as coisas de dentro para fora. Tentei fazer isso na polícia. Se a senhora sair do centro comunitário, quem vai fazer isso?”, indaga Delano.

A personagem Cintia, vivida por Sabrina Rosa Foto: RENATO NASCIMENTO

Acontece que, diferentemente do slogan do filme de 2002, “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”, agora o “mudar as coisas de dentro para fora” diz muito sobre o retrato contemporâneo que o diretor Aly Muritiba está desenvolvendo.

“Isso significava que na favela não tinha jeito, era sem escapatória, e a série é o inverso disso. A gente vai ficar, é uma perspectiva de luta e resistência”, explica o diretor. Não à toa, o seriado se propõe a centralizar a história dos “atores sociais” da comunidade, com uma narrativa, majoritariamente, feminina.

“Nossa atenção é muito mais para os atores sociais dentro da comunidade. Ao contrário do filme, em que a narrativa é toda muito masculina, na série, é muito mais feminina. As grandes personagens da história, para além do Buscapé, são as vividas por Roberta Rodrigues (Berenice) e Sabrina Rosa. Claro que existe também a violência, o mundo do crime, mas tudo é visto pela perspectiva de quem sofre as consequências disso”, afirma Aly.

O que se mantém?

A trama do filme se encerra nos anos 1980 e o seriado vai mostrar os anos 2000. Ainda que o intuito seja um novo retrato dessa comunidade, o diretor reitera que a estética e alguns recursos foram usados propositalmente para causar a sensação de estar assistindo a Cidade de Deus.

O personagem Buscapé, vivido por Alexandre Rodrigues Foto: RENATO NASCIMENTO

Buscapé segue sendo o narrador e algumas memórias são resgatadas através de flashbacks de cenas do filme. Alguns materiais que não entraram no longa na época foram digitalizados e estarão presentes na série.

Alexandre Rodrigues comenta que a inocência de seu personagem se mantém, mas ele chega com mais maturidade e uma relação diferente com a favela. “Ele continua a paixão pela fotografia, mas se perdeu um pouco, porque precisou deixar a comunidade para trabalhar”, inicia.

“A série vai mostrar que muitas pessoas perdem oportunidade de trabalho por não conseguirem sair em momentos de guerra e violência. Agora, ele mora em Copacabana, gosta de ser chamado de Wilson, que é o nome real dele. Ele tem uma visão mais distante de lá, mas a personalidade é resgatada pelos amigos”, afirma.

Outro personagem que retorna é Braddock, de Thiago Martins. Vinte anos depois, o menino que matou Zé Pequeno volta à Cidade de Deus, e passa a disputar o controle do tráfico com Curió, vivido por Marcos Palmeira.

Thiago conta que seu personagem ficou preso por seis anos e volta como um “furacão de conflitos”. “Quem assistir vai ver a guerra em si, mas ela não é por questões de poder. Tem uma história familiar, de traição, de dúvida, milícia vindo por trás. Cidade de Deus vai ser um seriado meio labirinto”, afirma.

O personagem Braddock, vivido por Thiago Martins Foto: Lais Lima

O que mudou?

“No filme, a Cidade de Deus é uma personagem repleta de potências, mas também muitas carências. Está muito próximo de um ponto de virada, de reflexão. Ou a coisa implode em violência ou explode em potência de combate. Na série, a comunidade está disposta a se juntar para brigar, batalhar, celebrar, viver e gozar”, reitera o diretor.

Roberta Rodrigues e Sabrina Rosa apontam que esse “ponto de virada” no filme sempre foi através das personagens femininas, que eram fundamentais para “costurar a jornada masculina”, como diz Sabrina, que lembra que sua personagem no longa sequer tinha um nome.

“Das grandes viradas: do Cabeleira, tinha Berenice. A virada do Zé Pequeno era a Cintia. A do Buscapé era a jornalista Alice também. Então, sempre teve uma mulher que fez a virada da história”, lembra Roberta.

A personagem Berenice, vivida por Roberta Rodrigues Foto: RENATO NASCIMENTO

Agora, além da jornada de Cintia com o centro comunitário, Roberta volta com uma nova Berenice. Na história, ela é uma cabeleireira que muda de vida e vai parar na política.

“Normalmente, são as mulheres pretas que fazem transformações dentro das comunidades. Minha personagem já era empoderada no filme, mas, depois de ser presa, ela transforma sua carga em potência”, explica.

Para Sabrina, esse retrato da Cidade de Deus, para além da violência, que mostra a vida dos moradores “da porta para dentro”, é um cotidiano que “com certeza existia e só foi ocultado”.

“No meio daquela guerra, tinham as mulheres ali, só que a série só jogou as lentes para isso agora. A diferença é que a câmera está apontada para essas famílias. Essa é a verdadeira realidade dentro de uma comunidade. Tem violência, sim, infelizmente, mas não é só isso. Finalmente, estamos colocando essas pessoas no lugar de dignidade que é delas também”, conclui.

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