‘Minha Lady Jane’ repete ‘Bridgerton’ ao modernizar passado e reescrever a História


Série do Prime Video imagina um mundo em que a rainha Jane Grey, da Inglaterra, não foi deposta e nem decapitada aos 17 anos; produtoras e elenco contam bastidores ao ‘Estadão’

Por Matheus Mans

A história de Jane Grey é trágica: foi declarada Rainha da Inglaterra ainda muito jovem, aos 17 anos, em uma daquelas confusões familiares típicas da Coroa britânica. Só que o tempo no trono durou pouco: ficou ali apenas nove dias, até ser deposta e, enfim, decapitada. Mas e se isso não tivesse acontecido? E se Jane tivesse se mantido Rainha? É essa a pergunta que tenta responder a série Minha Lady Jane, estreia do Prime Video da última sexta-feira, 28.

Com ares de Bridgerton e de Emma (filme que tenta modernizar o texto de Jane Austen), Minha Lady Jane assume seu tom de ficção especulativa rompendo barreiras – e a História. Ao renegar e reinventar parte do passado, a série não tem medo de mudar tudo e se aproximar mais do século 21 do que do século 16. Mulheres são mais livres, o sexo é despudorado.

continua após a publicidade

Gemma Burgess, produtora executiva da série, conta que tudo começou quando ela viu uma pessoa lendo o livro que inspirou a produção no metrô de Nova York. Ficou fascinada ao notar que a jovem não tirava os olhos do livro. Logo correu atrás dos direitos - no Brasil, o romance foi publicado em 2017 pela Gutenberg, com o mesmo título.

“Parecia destino poder recontar a história trágica de Jane de uma maneira que a reinventa, passando da donzela em perigo a uma heroína que controla seu próprio destino”, diz Burgess ao Estadão. Meredith Glynn, que também assina a produção de Minha Lady Jane, conta que o tom mais moderno surgiu naturalmente enquanto pensavam na reescrita da jornada da protagonista.

continua após a publicidade

“Fizemos tudo com muito humor, como uma carta de amor aos nossos filmes favoritos dos anos 1980 e 1990″, diz. “Queríamos uma história moderna sobre uma jovem descobrindo seu próprio poder. Queríamos uma abordagem moderna sobre sexo, amor e muitas outras coisas. Achamos que os Tudor eram mais divertidos do que talvez tenham sido retratados na TV. Escrevemos para fazer um ao outro rir, com um tom afiado e um coração caloroso.”

Emily Bader é Lady Jane Grey em 'Minha Lady Jane', do Prime Video. Foto: Jonathan Prime/Prime Video/Divulgação

Reescrevendo a História

continua após a publicidade

Nesse processo todo, os atores Emily Bader e Edward Bluemel são o coração da série. Ela, Lady Jane. Ele, Lord Guildford, a grande paixão da protagonista. “Lady Jane é uma jovem intelectual e determinada, com ideais independentes que estão constantemente em conflito não apenas com sua família, mas também com o mundo em que vive”, contextualiza a atriz em entrevista ao Estadão. “A história começa em um momento crucial, onde tudo está prestes a mudar. Adoro isso, onde desde o primeiro episódio algo acontece e tudo muda.”

É esse, aliás, o grande acerto narrativo de Minha Lady Jane. Ao começar em um momento um tanto quanto delicado na vida de Jane, a produção consegue prender o público desde o primeiro momento – que espera pela conclusão daquela situação, que chega só no final. É uma série que não perde tempo explicando muitas coisas, principalmente por se desgarrar da História e não precisar justificar as ações, ideias e atitudes de seus personagens.

Edward Bluemel (Lord Guildford Dudley) e Emily Bader (Lady Jane Grey) em 'Minha Lady Jane'. Foto: Jonathan Prime/Prime Video/Divulgação
continua após a publicidade

Curiosamente, Bader e Bluemel não leram o livro que originou a série – preferiram ficar só no roteiro. Ambos queriam se libertar da História, de seus personagens e seguir em frente.

“Eu pesquisei Guildford Dudley e vi um retrato dele, mas ele não se parece nada comigo, o que, de certa forma, foi libertador. O mun do que estamos retratando é baseado na história, mas quebra muitas regras, o que foi uma parte divertida do processo”, explica Edward.

Já Emily teve outro sentimento ao se deparar com o retrato de sua personagem. “Havia uma visão tão forte no roteiro que nos sentimos seguros em usá-los como nossa base. Existe um famoso retrato de Lady Jane que eu queria ver quando cheguei a Londres. Ver essa pintura me ajudou a perceber a responsabilidade de contar a história dela”, diz. “Embora já tenha havido uma adaptação que mostrou o lado mais histórico, esta versão dá a ela a oportunidade de um futuro melhor. Foi uma honra poder reinterpretar sua história.”

A história de Jane Grey é trágica: foi declarada Rainha da Inglaterra ainda muito jovem, aos 17 anos, em uma daquelas confusões familiares típicas da Coroa britânica. Só que o tempo no trono durou pouco: ficou ali apenas nove dias, até ser deposta e, enfim, decapitada. Mas e se isso não tivesse acontecido? E se Jane tivesse se mantido Rainha? É essa a pergunta que tenta responder a série Minha Lady Jane, estreia do Prime Video da última sexta-feira, 28.

Com ares de Bridgerton e de Emma (filme que tenta modernizar o texto de Jane Austen), Minha Lady Jane assume seu tom de ficção especulativa rompendo barreiras – e a História. Ao renegar e reinventar parte do passado, a série não tem medo de mudar tudo e se aproximar mais do século 21 do que do século 16. Mulheres são mais livres, o sexo é despudorado.

Gemma Burgess, produtora executiva da série, conta que tudo começou quando ela viu uma pessoa lendo o livro que inspirou a produção no metrô de Nova York. Ficou fascinada ao notar que a jovem não tirava os olhos do livro. Logo correu atrás dos direitos - no Brasil, o romance foi publicado em 2017 pela Gutenberg, com o mesmo título.

“Parecia destino poder recontar a história trágica de Jane de uma maneira que a reinventa, passando da donzela em perigo a uma heroína que controla seu próprio destino”, diz Burgess ao Estadão. Meredith Glynn, que também assina a produção de Minha Lady Jane, conta que o tom mais moderno surgiu naturalmente enquanto pensavam na reescrita da jornada da protagonista.

“Fizemos tudo com muito humor, como uma carta de amor aos nossos filmes favoritos dos anos 1980 e 1990″, diz. “Queríamos uma história moderna sobre uma jovem descobrindo seu próprio poder. Queríamos uma abordagem moderna sobre sexo, amor e muitas outras coisas. Achamos que os Tudor eram mais divertidos do que talvez tenham sido retratados na TV. Escrevemos para fazer um ao outro rir, com um tom afiado e um coração caloroso.”

Emily Bader é Lady Jane Grey em 'Minha Lady Jane', do Prime Video. Foto: Jonathan Prime/Prime Video/Divulgação

Reescrevendo a História

Nesse processo todo, os atores Emily Bader e Edward Bluemel são o coração da série. Ela, Lady Jane. Ele, Lord Guildford, a grande paixão da protagonista. “Lady Jane é uma jovem intelectual e determinada, com ideais independentes que estão constantemente em conflito não apenas com sua família, mas também com o mundo em que vive”, contextualiza a atriz em entrevista ao Estadão. “A história começa em um momento crucial, onde tudo está prestes a mudar. Adoro isso, onde desde o primeiro episódio algo acontece e tudo muda.”

É esse, aliás, o grande acerto narrativo de Minha Lady Jane. Ao começar em um momento um tanto quanto delicado na vida de Jane, a produção consegue prender o público desde o primeiro momento – que espera pela conclusão daquela situação, que chega só no final. É uma série que não perde tempo explicando muitas coisas, principalmente por se desgarrar da História e não precisar justificar as ações, ideias e atitudes de seus personagens.

Edward Bluemel (Lord Guildford Dudley) e Emily Bader (Lady Jane Grey) em 'Minha Lady Jane'. Foto: Jonathan Prime/Prime Video/Divulgação

Curiosamente, Bader e Bluemel não leram o livro que originou a série – preferiram ficar só no roteiro. Ambos queriam se libertar da História, de seus personagens e seguir em frente.

“Eu pesquisei Guildford Dudley e vi um retrato dele, mas ele não se parece nada comigo, o que, de certa forma, foi libertador. O mun do que estamos retratando é baseado na história, mas quebra muitas regras, o que foi uma parte divertida do processo”, explica Edward.

Já Emily teve outro sentimento ao se deparar com o retrato de sua personagem. “Havia uma visão tão forte no roteiro que nos sentimos seguros em usá-los como nossa base. Existe um famoso retrato de Lady Jane que eu queria ver quando cheguei a Londres. Ver essa pintura me ajudou a perceber a responsabilidade de contar a história dela”, diz. “Embora já tenha havido uma adaptação que mostrou o lado mais histórico, esta versão dá a ela a oportunidade de um futuro melhor. Foi uma honra poder reinterpretar sua história.”

A história de Jane Grey é trágica: foi declarada Rainha da Inglaterra ainda muito jovem, aos 17 anos, em uma daquelas confusões familiares típicas da Coroa britânica. Só que o tempo no trono durou pouco: ficou ali apenas nove dias, até ser deposta e, enfim, decapitada. Mas e se isso não tivesse acontecido? E se Jane tivesse se mantido Rainha? É essa a pergunta que tenta responder a série Minha Lady Jane, estreia do Prime Video da última sexta-feira, 28.

Com ares de Bridgerton e de Emma (filme que tenta modernizar o texto de Jane Austen), Minha Lady Jane assume seu tom de ficção especulativa rompendo barreiras – e a História. Ao renegar e reinventar parte do passado, a série não tem medo de mudar tudo e se aproximar mais do século 21 do que do século 16. Mulheres são mais livres, o sexo é despudorado.

Gemma Burgess, produtora executiva da série, conta que tudo começou quando ela viu uma pessoa lendo o livro que inspirou a produção no metrô de Nova York. Ficou fascinada ao notar que a jovem não tirava os olhos do livro. Logo correu atrás dos direitos - no Brasil, o romance foi publicado em 2017 pela Gutenberg, com o mesmo título.

“Parecia destino poder recontar a história trágica de Jane de uma maneira que a reinventa, passando da donzela em perigo a uma heroína que controla seu próprio destino”, diz Burgess ao Estadão. Meredith Glynn, que também assina a produção de Minha Lady Jane, conta que o tom mais moderno surgiu naturalmente enquanto pensavam na reescrita da jornada da protagonista.

“Fizemos tudo com muito humor, como uma carta de amor aos nossos filmes favoritos dos anos 1980 e 1990″, diz. “Queríamos uma história moderna sobre uma jovem descobrindo seu próprio poder. Queríamos uma abordagem moderna sobre sexo, amor e muitas outras coisas. Achamos que os Tudor eram mais divertidos do que talvez tenham sido retratados na TV. Escrevemos para fazer um ao outro rir, com um tom afiado e um coração caloroso.”

Emily Bader é Lady Jane Grey em 'Minha Lady Jane', do Prime Video. Foto: Jonathan Prime/Prime Video/Divulgação

Reescrevendo a História

Nesse processo todo, os atores Emily Bader e Edward Bluemel são o coração da série. Ela, Lady Jane. Ele, Lord Guildford, a grande paixão da protagonista. “Lady Jane é uma jovem intelectual e determinada, com ideais independentes que estão constantemente em conflito não apenas com sua família, mas também com o mundo em que vive”, contextualiza a atriz em entrevista ao Estadão. “A história começa em um momento crucial, onde tudo está prestes a mudar. Adoro isso, onde desde o primeiro episódio algo acontece e tudo muda.”

É esse, aliás, o grande acerto narrativo de Minha Lady Jane. Ao começar em um momento um tanto quanto delicado na vida de Jane, a produção consegue prender o público desde o primeiro momento – que espera pela conclusão daquela situação, que chega só no final. É uma série que não perde tempo explicando muitas coisas, principalmente por se desgarrar da História e não precisar justificar as ações, ideias e atitudes de seus personagens.

Edward Bluemel (Lord Guildford Dudley) e Emily Bader (Lady Jane Grey) em 'Minha Lady Jane'. Foto: Jonathan Prime/Prime Video/Divulgação

Curiosamente, Bader e Bluemel não leram o livro que originou a série – preferiram ficar só no roteiro. Ambos queriam se libertar da História, de seus personagens e seguir em frente.

“Eu pesquisei Guildford Dudley e vi um retrato dele, mas ele não se parece nada comigo, o que, de certa forma, foi libertador. O mun do que estamos retratando é baseado na história, mas quebra muitas regras, o que foi uma parte divertida do processo”, explica Edward.

Já Emily teve outro sentimento ao se deparar com o retrato de sua personagem. “Havia uma visão tão forte no roteiro que nos sentimos seguros em usá-los como nossa base. Existe um famoso retrato de Lady Jane que eu queria ver quando cheguei a Londres. Ver essa pintura me ajudou a perceber a responsabilidade de contar a história dela”, diz. “Embora já tenha havido uma adaptação que mostrou o lado mais histórico, esta versão dá a ela a oportunidade de um futuro melhor. Foi uma honra poder reinterpretar sua história.”

A história de Jane Grey é trágica: foi declarada Rainha da Inglaterra ainda muito jovem, aos 17 anos, em uma daquelas confusões familiares típicas da Coroa britânica. Só que o tempo no trono durou pouco: ficou ali apenas nove dias, até ser deposta e, enfim, decapitada. Mas e se isso não tivesse acontecido? E se Jane tivesse se mantido Rainha? É essa a pergunta que tenta responder a série Minha Lady Jane, estreia do Prime Video da última sexta-feira, 28.

Com ares de Bridgerton e de Emma (filme que tenta modernizar o texto de Jane Austen), Minha Lady Jane assume seu tom de ficção especulativa rompendo barreiras – e a História. Ao renegar e reinventar parte do passado, a série não tem medo de mudar tudo e se aproximar mais do século 21 do que do século 16. Mulheres são mais livres, o sexo é despudorado.

Gemma Burgess, produtora executiva da série, conta que tudo começou quando ela viu uma pessoa lendo o livro que inspirou a produção no metrô de Nova York. Ficou fascinada ao notar que a jovem não tirava os olhos do livro. Logo correu atrás dos direitos - no Brasil, o romance foi publicado em 2017 pela Gutenberg, com o mesmo título.

“Parecia destino poder recontar a história trágica de Jane de uma maneira que a reinventa, passando da donzela em perigo a uma heroína que controla seu próprio destino”, diz Burgess ao Estadão. Meredith Glynn, que também assina a produção de Minha Lady Jane, conta que o tom mais moderno surgiu naturalmente enquanto pensavam na reescrita da jornada da protagonista.

“Fizemos tudo com muito humor, como uma carta de amor aos nossos filmes favoritos dos anos 1980 e 1990″, diz. “Queríamos uma história moderna sobre uma jovem descobrindo seu próprio poder. Queríamos uma abordagem moderna sobre sexo, amor e muitas outras coisas. Achamos que os Tudor eram mais divertidos do que talvez tenham sido retratados na TV. Escrevemos para fazer um ao outro rir, com um tom afiado e um coração caloroso.”

Emily Bader é Lady Jane Grey em 'Minha Lady Jane', do Prime Video. Foto: Jonathan Prime/Prime Video/Divulgação

Reescrevendo a História

Nesse processo todo, os atores Emily Bader e Edward Bluemel são o coração da série. Ela, Lady Jane. Ele, Lord Guildford, a grande paixão da protagonista. “Lady Jane é uma jovem intelectual e determinada, com ideais independentes que estão constantemente em conflito não apenas com sua família, mas também com o mundo em que vive”, contextualiza a atriz em entrevista ao Estadão. “A história começa em um momento crucial, onde tudo está prestes a mudar. Adoro isso, onde desde o primeiro episódio algo acontece e tudo muda.”

É esse, aliás, o grande acerto narrativo de Minha Lady Jane. Ao começar em um momento um tanto quanto delicado na vida de Jane, a produção consegue prender o público desde o primeiro momento – que espera pela conclusão daquela situação, que chega só no final. É uma série que não perde tempo explicando muitas coisas, principalmente por se desgarrar da História e não precisar justificar as ações, ideias e atitudes de seus personagens.

Edward Bluemel (Lord Guildford Dudley) e Emily Bader (Lady Jane Grey) em 'Minha Lady Jane'. Foto: Jonathan Prime/Prime Video/Divulgação

Curiosamente, Bader e Bluemel não leram o livro que originou a série – preferiram ficar só no roteiro. Ambos queriam se libertar da História, de seus personagens e seguir em frente.

“Eu pesquisei Guildford Dudley e vi um retrato dele, mas ele não se parece nada comigo, o que, de certa forma, foi libertador. O mun do que estamos retratando é baseado na história, mas quebra muitas regras, o que foi uma parte divertida do processo”, explica Edward.

Já Emily teve outro sentimento ao se deparar com o retrato de sua personagem. “Havia uma visão tão forte no roteiro que nos sentimos seguros em usá-los como nossa base. Existe um famoso retrato de Lady Jane que eu queria ver quando cheguei a Londres. Ver essa pintura me ajudou a perceber a responsabilidade de contar a história dela”, diz. “Embora já tenha havido uma adaptação que mostrou o lado mais histórico, esta versão dá a ela a oportunidade de um futuro melhor. Foi uma honra poder reinterpretar sua história.”

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.