‘Pachinko’: Lee Minho, astro sul-coreano, conta o que aprendeu com a série baseada em livro premiado


Segunda temporada da série que conta os dramas de uma família de imigrantes acaba de estrear no streaming. Elenco e criadores de ‘Pachinko’ conversaram com o ‘Estadão’ sobre a adaptação de um dos melhores livros do século, segundo o ‘NYT’

Por Mariane Morisawa

Um dos maiores astros da Coreia do Sul, com mais de 90 milhões de seguidores nas redes sociais, Lee Minho é modesto ao falar de sua fama. “Eu não escolho papeis seguindo planos predefinidos para a minha carreira”, disse o ator de 37 anos, em entrevista ao Estadão sobre a segunda temporada de Pachinko, que estreia nesta sexta-feira, 23, com episódios semanais no Apple TV+. “Mas eu sempre penso se uma história vai ter ressonância com diferentes pessoas, independentemente do período em que se passa, da cultura, da etnia.”

Pachinko, cuja primeira temporada venceu o Peabody Award, o Gotham Awards de série estreante e o Film Independent Spirit Awards de melhor elenco, representa uma certa mudança de ares para Lee. A série baseada no livro premiado de Min Jin Lee, eleito o 15º melhor livro do século pelo jornal The New York Times, é a primeira produção norte-americana do ator – Pachinko é falada majoritariamente em coreano e japonês, com as cores das legendas indicando a diferença entre os idiomas.

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O ator Lee Minho, astro de Pachinko, na divulgação da nova temporada da série da AppleTV+, em agosto, em NY Foto: Marion Curtis/Starpix/Apple TV+/Divulgação

Um antagonista para Lee Minho

Aqui, Lee Minho, conhecido por personagens românticos em k-dramas como Herdeiros (2013) e O Rei Eterno (2020) – com a famosa cena em que, montado em um cavalo branco, salva a mocinha em plena Gwanghwamun Plaza –, interpreta o antagonista Koh Hansu.

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Ele é um homem misterioso, ambicioso e rico que lucra com a ocupação de seu país pelo Japão nos anos 1930. Hansu encanta-se por Sunja (Minha Kim), uma adolescente pobre e cheia de personalidade, e a persegue, engravidando-a. Ela então descobre que Hansu tem uma família, recusa-se a ser a amante e acaba se casando com o pastor cristão Isak (Steve Sanghyun Noh). Os dois imigram para Osaka, no Japão.

Cena da série 'Pachinko' Foto: Divulgação/Apple TV+

Na segunda temporada, há um salto temporal para 1945, com Sunja lutando para sustentar seus dois filhos e protegê-los da Segunda Guerra Mundial. Nesse momento ela reencontra Hansu, que tem meios de proteger Sunja, o filho dos dois, Noa, e o menino de Sunja e Isak, Mozasu, em meio aos pesados bombardeios norte-americanos que culminarão com as bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki. “Nossa tela ficou muito maior, com personagens novos, assim como os desafios enfrentados por eles”, disse a showrunner Soo Hugh.

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Uma história de sobrevivência e resistência

Pachinko intercala a história da Sunja jovem, interpretada por Minha Kim, com a personagem idosa (Youn Yuh-Jung, ganhadora do Oscar de atriz coadjuvante por Minari) vivendo no Japão moderno dos anos 1980. Seu filho Mozasu (Soji Arai) está abrindo um “pachinko”, uma casa de máquinas de jogos comuns no Japão. Seu neto Solomon (Jin Ha), que estudou nos Estados Unidos, está tentando se reerguer com um esquema duvidoso e arriscado, depois de ser demitido da empresa onde trabalhava. Mesmo depois de tantos anos morando no Japão, Sunja sente-se estrangeira. Solomon, nascido no país, continua sofrendo discriminação como seu pai e seu tio no passado.

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Para a criadora da série Soo Hugh, Pachinko trata de sobrevivência e resistência. “Nesses anos fazendo esta série, aprendi que alguns entendem a sobrevivência como colocar comida na mesa e ter água para beber. O básico. Mas há aqueles que percebem que a vida tem de ser mais do que isso. A sobrevivência não é suficiente. É preciso resistir e, para isso, é preciso viver sob um código moral. Hansu, por exemplo, ainda não sabe disso.”

Youn Yuh-Jung, vencedora do Oscar, em 'Pachinko' Foto: Divulgação/Apple TV+
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Sunja, com certeza, integra a turma dos resistentes. Na década de 1980, seu neto Solomon teme estar decepcionando a avó, que passou por tanto para que ele tivesse uma vida melhor, ou “pateticamente fácil”, como ele mesmo diz. Ainda assim, Solomon enfrenta as dificuldades de seu tempo. “As coisas deveriam ser mais fáceis para ele”, diz Sunja a um amigo. A resposta sintetiza o espírito de Pachinko: “Não importa a época, a vida nunca é fácil”.

Um relacionamento complicado

Hansu e Sunja são uma prova de que nada é isto ou aquilo. Os dois têm uma relação para lá de complicada. Sunja só tinha 16 anos quando eles se conheceram, e ele é um sujeito moralmente ambíguo. “Eu acho que o relacionamento entre os dois é mais do que amor entre homem e mulher”, disse Lee Minho. “Para Hansu, Sunja é alguém que traz de volta os sentimentos de seus dias mais gloriosos, algo de que ele sente falta. Quando Hansu vê Sunja, ele pensa em seu passado brilhante e sente-se vivo novamente.”

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Para a showrunner Soo Hugh, é natural que as pessoas tenham visões diferentes sobre esse relacionamento. “Quando eles se reencontram após 14 anos, enxergam-se nas sombras de quem foram, mas também reconhecem quanto mudaram”, disse. “É interessante ver como as pessoas interpretam de maneiras diferentes essa relação. Alguns dizem que com certeza é uma história de amor, enquanto outras acham que é bem mais problemático que isso. Eu acho que ambas as respostas estão corretas.”

Na segunda temporada, os dois se aproximam não como amantes, mas como pais e humanos. Agora, eles estão em estágios mais próximos de desenvolvimento. “O amor por Hansu é a única coisa que Sunja não consegue controlar”, contou a atriz Minha Kim. “Mas, na segunda temporada, vemos esse relacionamento amadurecer de maneira mais complexa.”

Ter Lee Minho nesse papel é um trunfo para a série. “Quando vejo o que ele fez com esse personagem nas duas temporadas, dá para perceber como sua atuação está mais forte. Na segunda temporada, ele oferece diferentes tons a Hansu, que aparece mais vulnerável. Nunca vimos Minho assim anteriormente.”

Lee Minho afirmou que interpretar Hansu lhe permitiu pensar mais profundamente como pessoa e não apenas como ator. “Pude refletir sobre qual é minha força motriz e meu desejo real.”

Minha Kim, que tem em Sunja seu primeiro grande papel, disse aprender muito com a personagem. “Ela prospera em meio a dificuldades e desafios, mas é muito determinada e muito resiliente. Eu gostaria de ser como ela quando crescer”, disse a atriz sul-coreana.

Um dos maiores astros da Coreia do Sul, com mais de 90 milhões de seguidores nas redes sociais, Lee Minho é modesto ao falar de sua fama. “Eu não escolho papeis seguindo planos predefinidos para a minha carreira”, disse o ator de 37 anos, em entrevista ao Estadão sobre a segunda temporada de Pachinko, que estreia nesta sexta-feira, 23, com episódios semanais no Apple TV+. “Mas eu sempre penso se uma história vai ter ressonância com diferentes pessoas, independentemente do período em que se passa, da cultura, da etnia.”

Pachinko, cuja primeira temporada venceu o Peabody Award, o Gotham Awards de série estreante e o Film Independent Spirit Awards de melhor elenco, representa uma certa mudança de ares para Lee. A série baseada no livro premiado de Min Jin Lee, eleito o 15º melhor livro do século pelo jornal The New York Times, é a primeira produção norte-americana do ator – Pachinko é falada majoritariamente em coreano e japonês, com as cores das legendas indicando a diferença entre os idiomas.

O ator Lee Minho, astro de Pachinko, na divulgação da nova temporada da série da AppleTV+, em agosto, em NY Foto: Marion Curtis/Starpix/Apple TV+/Divulgação

Um antagonista para Lee Minho

Aqui, Lee Minho, conhecido por personagens românticos em k-dramas como Herdeiros (2013) e O Rei Eterno (2020) – com a famosa cena em que, montado em um cavalo branco, salva a mocinha em plena Gwanghwamun Plaza –, interpreta o antagonista Koh Hansu.

Ele é um homem misterioso, ambicioso e rico que lucra com a ocupação de seu país pelo Japão nos anos 1930. Hansu encanta-se por Sunja (Minha Kim), uma adolescente pobre e cheia de personalidade, e a persegue, engravidando-a. Ela então descobre que Hansu tem uma família, recusa-se a ser a amante e acaba se casando com o pastor cristão Isak (Steve Sanghyun Noh). Os dois imigram para Osaka, no Japão.

Cena da série 'Pachinko' Foto: Divulgação/Apple TV+

Na segunda temporada, há um salto temporal para 1945, com Sunja lutando para sustentar seus dois filhos e protegê-los da Segunda Guerra Mundial. Nesse momento ela reencontra Hansu, que tem meios de proteger Sunja, o filho dos dois, Noa, e o menino de Sunja e Isak, Mozasu, em meio aos pesados bombardeios norte-americanos que culminarão com as bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki. “Nossa tela ficou muito maior, com personagens novos, assim como os desafios enfrentados por eles”, disse a showrunner Soo Hugh.

Uma história de sobrevivência e resistência

Pachinko intercala a história da Sunja jovem, interpretada por Minha Kim, com a personagem idosa (Youn Yuh-Jung, ganhadora do Oscar de atriz coadjuvante por Minari) vivendo no Japão moderno dos anos 1980. Seu filho Mozasu (Soji Arai) está abrindo um “pachinko”, uma casa de máquinas de jogos comuns no Japão. Seu neto Solomon (Jin Ha), que estudou nos Estados Unidos, está tentando se reerguer com um esquema duvidoso e arriscado, depois de ser demitido da empresa onde trabalhava. Mesmo depois de tantos anos morando no Japão, Sunja sente-se estrangeira. Solomon, nascido no país, continua sofrendo discriminação como seu pai e seu tio no passado.

Para a criadora da série Soo Hugh, Pachinko trata de sobrevivência e resistência. “Nesses anos fazendo esta série, aprendi que alguns entendem a sobrevivência como colocar comida na mesa e ter água para beber. O básico. Mas há aqueles que percebem que a vida tem de ser mais do que isso. A sobrevivência não é suficiente. É preciso resistir e, para isso, é preciso viver sob um código moral. Hansu, por exemplo, ainda não sabe disso.”

Youn Yuh-Jung, vencedora do Oscar, em 'Pachinko' Foto: Divulgação/Apple TV+

Sunja, com certeza, integra a turma dos resistentes. Na década de 1980, seu neto Solomon teme estar decepcionando a avó, que passou por tanto para que ele tivesse uma vida melhor, ou “pateticamente fácil”, como ele mesmo diz. Ainda assim, Solomon enfrenta as dificuldades de seu tempo. “As coisas deveriam ser mais fáceis para ele”, diz Sunja a um amigo. A resposta sintetiza o espírito de Pachinko: “Não importa a época, a vida nunca é fácil”.

Um relacionamento complicado

Hansu e Sunja são uma prova de que nada é isto ou aquilo. Os dois têm uma relação para lá de complicada. Sunja só tinha 16 anos quando eles se conheceram, e ele é um sujeito moralmente ambíguo. “Eu acho que o relacionamento entre os dois é mais do que amor entre homem e mulher”, disse Lee Minho. “Para Hansu, Sunja é alguém que traz de volta os sentimentos de seus dias mais gloriosos, algo de que ele sente falta. Quando Hansu vê Sunja, ele pensa em seu passado brilhante e sente-se vivo novamente.”

Para a showrunner Soo Hugh, é natural que as pessoas tenham visões diferentes sobre esse relacionamento. “Quando eles se reencontram após 14 anos, enxergam-se nas sombras de quem foram, mas também reconhecem quanto mudaram”, disse. “É interessante ver como as pessoas interpretam de maneiras diferentes essa relação. Alguns dizem que com certeza é uma história de amor, enquanto outras acham que é bem mais problemático que isso. Eu acho que ambas as respostas estão corretas.”

Na segunda temporada, os dois se aproximam não como amantes, mas como pais e humanos. Agora, eles estão em estágios mais próximos de desenvolvimento. “O amor por Hansu é a única coisa que Sunja não consegue controlar”, contou a atriz Minha Kim. “Mas, na segunda temporada, vemos esse relacionamento amadurecer de maneira mais complexa.”

Ter Lee Minho nesse papel é um trunfo para a série. “Quando vejo o que ele fez com esse personagem nas duas temporadas, dá para perceber como sua atuação está mais forte. Na segunda temporada, ele oferece diferentes tons a Hansu, que aparece mais vulnerável. Nunca vimos Minho assim anteriormente.”

Lee Minho afirmou que interpretar Hansu lhe permitiu pensar mais profundamente como pessoa e não apenas como ator. “Pude refletir sobre qual é minha força motriz e meu desejo real.”

Minha Kim, que tem em Sunja seu primeiro grande papel, disse aprender muito com a personagem. “Ela prospera em meio a dificuldades e desafios, mas é muito determinada e muito resiliente. Eu gostaria de ser como ela quando crescer”, disse a atriz sul-coreana.

Um dos maiores astros da Coreia do Sul, com mais de 90 milhões de seguidores nas redes sociais, Lee Minho é modesto ao falar de sua fama. “Eu não escolho papeis seguindo planos predefinidos para a minha carreira”, disse o ator de 37 anos, em entrevista ao Estadão sobre a segunda temporada de Pachinko, que estreia nesta sexta-feira, 23, com episódios semanais no Apple TV+. “Mas eu sempre penso se uma história vai ter ressonância com diferentes pessoas, independentemente do período em que se passa, da cultura, da etnia.”

Pachinko, cuja primeira temporada venceu o Peabody Award, o Gotham Awards de série estreante e o Film Independent Spirit Awards de melhor elenco, representa uma certa mudança de ares para Lee. A série baseada no livro premiado de Min Jin Lee, eleito o 15º melhor livro do século pelo jornal The New York Times, é a primeira produção norte-americana do ator – Pachinko é falada majoritariamente em coreano e japonês, com as cores das legendas indicando a diferença entre os idiomas.

O ator Lee Minho, astro de Pachinko, na divulgação da nova temporada da série da AppleTV+, em agosto, em NY Foto: Marion Curtis/Starpix/Apple TV+/Divulgação

Um antagonista para Lee Minho

Aqui, Lee Minho, conhecido por personagens românticos em k-dramas como Herdeiros (2013) e O Rei Eterno (2020) – com a famosa cena em que, montado em um cavalo branco, salva a mocinha em plena Gwanghwamun Plaza –, interpreta o antagonista Koh Hansu.

Ele é um homem misterioso, ambicioso e rico que lucra com a ocupação de seu país pelo Japão nos anos 1930. Hansu encanta-se por Sunja (Minha Kim), uma adolescente pobre e cheia de personalidade, e a persegue, engravidando-a. Ela então descobre que Hansu tem uma família, recusa-se a ser a amante e acaba se casando com o pastor cristão Isak (Steve Sanghyun Noh). Os dois imigram para Osaka, no Japão.

Cena da série 'Pachinko' Foto: Divulgação/Apple TV+

Na segunda temporada, há um salto temporal para 1945, com Sunja lutando para sustentar seus dois filhos e protegê-los da Segunda Guerra Mundial. Nesse momento ela reencontra Hansu, que tem meios de proteger Sunja, o filho dos dois, Noa, e o menino de Sunja e Isak, Mozasu, em meio aos pesados bombardeios norte-americanos que culminarão com as bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki. “Nossa tela ficou muito maior, com personagens novos, assim como os desafios enfrentados por eles”, disse a showrunner Soo Hugh.

Uma história de sobrevivência e resistência

Pachinko intercala a história da Sunja jovem, interpretada por Minha Kim, com a personagem idosa (Youn Yuh-Jung, ganhadora do Oscar de atriz coadjuvante por Minari) vivendo no Japão moderno dos anos 1980. Seu filho Mozasu (Soji Arai) está abrindo um “pachinko”, uma casa de máquinas de jogos comuns no Japão. Seu neto Solomon (Jin Ha), que estudou nos Estados Unidos, está tentando se reerguer com um esquema duvidoso e arriscado, depois de ser demitido da empresa onde trabalhava. Mesmo depois de tantos anos morando no Japão, Sunja sente-se estrangeira. Solomon, nascido no país, continua sofrendo discriminação como seu pai e seu tio no passado.

Para a criadora da série Soo Hugh, Pachinko trata de sobrevivência e resistência. “Nesses anos fazendo esta série, aprendi que alguns entendem a sobrevivência como colocar comida na mesa e ter água para beber. O básico. Mas há aqueles que percebem que a vida tem de ser mais do que isso. A sobrevivência não é suficiente. É preciso resistir e, para isso, é preciso viver sob um código moral. Hansu, por exemplo, ainda não sabe disso.”

Youn Yuh-Jung, vencedora do Oscar, em 'Pachinko' Foto: Divulgação/Apple TV+

Sunja, com certeza, integra a turma dos resistentes. Na década de 1980, seu neto Solomon teme estar decepcionando a avó, que passou por tanto para que ele tivesse uma vida melhor, ou “pateticamente fácil”, como ele mesmo diz. Ainda assim, Solomon enfrenta as dificuldades de seu tempo. “As coisas deveriam ser mais fáceis para ele”, diz Sunja a um amigo. A resposta sintetiza o espírito de Pachinko: “Não importa a época, a vida nunca é fácil”.

Um relacionamento complicado

Hansu e Sunja são uma prova de que nada é isto ou aquilo. Os dois têm uma relação para lá de complicada. Sunja só tinha 16 anos quando eles se conheceram, e ele é um sujeito moralmente ambíguo. “Eu acho que o relacionamento entre os dois é mais do que amor entre homem e mulher”, disse Lee Minho. “Para Hansu, Sunja é alguém que traz de volta os sentimentos de seus dias mais gloriosos, algo de que ele sente falta. Quando Hansu vê Sunja, ele pensa em seu passado brilhante e sente-se vivo novamente.”

Para a showrunner Soo Hugh, é natural que as pessoas tenham visões diferentes sobre esse relacionamento. “Quando eles se reencontram após 14 anos, enxergam-se nas sombras de quem foram, mas também reconhecem quanto mudaram”, disse. “É interessante ver como as pessoas interpretam de maneiras diferentes essa relação. Alguns dizem que com certeza é uma história de amor, enquanto outras acham que é bem mais problemático que isso. Eu acho que ambas as respostas estão corretas.”

Na segunda temporada, os dois se aproximam não como amantes, mas como pais e humanos. Agora, eles estão em estágios mais próximos de desenvolvimento. “O amor por Hansu é a única coisa que Sunja não consegue controlar”, contou a atriz Minha Kim. “Mas, na segunda temporada, vemos esse relacionamento amadurecer de maneira mais complexa.”

Ter Lee Minho nesse papel é um trunfo para a série. “Quando vejo o que ele fez com esse personagem nas duas temporadas, dá para perceber como sua atuação está mais forte. Na segunda temporada, ele oferece diferentes tons a Hansu, que aparece mais vulnerável. Nunca vimos Minho assim anteriormente.”

Lee Minho afirmou que interpretar Hansu lhe permitiu pensar mais profundamente como pessoa e não apenas como ator. “Pude refletir sobre qual é minha força motriz e meu desejo real.”

Minha Kim, que tem em Sunja seu primeiro grande papel, disse aprender muito com a personagem. “Ela prospera em meio a dificuldades e desafios, mas é muito determinada e muito resiliente. Eu gostaria de ser como ela quando crescer”, disse a atriz sul-coreana.

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