Streaming: ‘Silo’ traz um olhar sobre o futuro da vida no subsolo


Série da Apple TV+ mostra como vive a última população da Terra

Por Mark Kennedy

AP - A narrativa distópica vai para o subsolo este mês com a chegada de Silo, da Apple TV+, uma história emocionante e ambiciosa sobre a última população da Terra vivendo muito abaixo da superfície.

Algo terrível aconteceu e deixou o planeta tóxico, então 10 mil pessoas estão se escondendo em um enorme silo subterrâneo de um quilômetro de profundidade até que seja seguro sair. Eles cultivam alimentos, mantêm um enorme gerador de energia e reciclam tudo.

Mas também há uma sensação de pavor aqui, além de segredos, mistérios e assassinatos suspeitos. O que exatamente aconteceu com a Terra? O que é essa conversa sobre uma rebelião 140 anos atrás? Onde estão todos os livros? Será que podemos confiar no que o governo está dizendo?

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Rebecca Ferguson em cena da série "Silo" Foto: Rekha Garton / Appel TV+ /AP

“A vida no silo é muito boa em certos aspectos. As pessoas fazem parte dessa causa, que é basicamente continuar vivas até o dia em que for seguro sair de casa. Então sentem que têm essa missão em comum”, diz o criador e showrunner, Graham Yost. “Mas você tem a sensação de que houve um pequeno programa eugênico para tentar eliminar a curiosidade, a independência, a obstinação - todas essas coisas humanas desagradáveis. E você também tem a sensação de que não vai dar certo”.

Uma das rebeldes é a heroína da série em dez episódios, uma mulher chamada Juliette, engenheira de infância trágica que busca respostas sobre o silo. Ela é interpretada por Rebecca Ferguson, que diz ter sido atraída pela complexidade do trabalho.

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“Se você e eu agora tivéssemos de ficar presos num silo e precisássemos evoluir e sobreviver, o que aconteceria? É uma espécie de mistura de O Senhor das Moscas com Greta Thunberg com pessoas que questionam o status quo. Vai ser um caos”, diz a atriz, conhecida pelos filmes Duna e Missão: Impossível.

Baseado na trilogia best-seller de Hugh Howey, Silo também é estrelado por Tim Robbins, David Oyelowo, Rashida Jones e Will Patton. Os dois primeiros episódios estão disponíveis a partir de sexta, 5.

O ator Tim Robbins em cena da série "Silo" Foto: Apple TV+ / AP
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É uma construção de mundo que se revela lentamente. Há coisas familiares - tatuadores, policiais reclamando da papelada e bandejas de gelo - mas também algumas notas diferentes. As moedas são quadradas, o suicídio é crime e ninguém sabe o que é uma caixinha de balas - relíquia dos tempos antigos cuja posse é ilegal.

A série traz duas ideias filosóficas opostas: que a humanidade é boa e a sociedade a torna má; que homens e mulheres nascem fundamentalmente maus e a sociedade os domestica.

As pessoas dentro do silo são informadas de que o lado de fora virou uma terra arrasada e, portanto, formaram um sistema de governo que pode ser carinhosamente chamado de ditadura branda, como a Alemanha Oriental na década de 1980. Qualquer um que questione o sistema é expulso - enviado para o que parece ser um deserto, onde todos os assistem desmoronar e morrer em minutos. Ou será que não?

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“Embora a vida no silo não seja terrível, também não é agradável. Tem alguma coisa errada, e essa batalha entre a verdade e a ordem é algo que vai se estender por toda a série”, diz Yost.

Houve tentativas anteriores de levar os livros de Howey para as telas, mas Yost acha que sua série de TV em dez horas é a melhor - até por ecoar o livro fazendo Juliette aparecer apenas nos últimos minutos do primeiro episódio para tomar o centro da trama.

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“É ousado. E faz sentido”, diz Ferguson. “É uma história sendo construída em torno de um mundo onde você não precisa ver tudo através das lentes da personagem que vai guiar você pelo enredo. Adoro esse tipo de narrativa”.

A aparência da vida no silo é cuidadosamente apresentada, com a maioria dos itens feitos de metal e plástico, já que no subsolo é difícil cultivar árvores para extrair madeira. Tem muito pó e sujeira, iluminação fraca e uma grande escadaria que conecta os 144 andares de concreto, com a agricultura no meio e a classe trabalhadora na parte inferior.

Quando o público encontra Juliette pela primeira vez, ela é a engenheira-chefe na parte inferior, mantendo o gerador funcionando - “Ela praticamente mantém todo mundo vivo no silo”, diz um admirador - e aí os acontecimentos a empurram para o topo da estrutura, onde estão os líderes e burocratas.

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“Adoramos a ideia da heroína relutante”, diz Yost. “Ela não se propôs a ser heroína. Foi empurrada a contragosto. E é o tipo de heroína sobre a qual gostamos de escrever”.

Ele espera ser recompensado com uma segunda, terceira e quarta temporadas para desenvolver esse mundo subterrâneo. E torce para que os fãs também recorram aos livros em que se baseia - com um pedido.

“É como eu disse a Hugh: ‘Só quero que todo mundo que assistir à série leia os livros DEPOIS de terminar de assistir à série’”. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

AP - A narrativa distópica vai para o subsolo este mês com a chegada de Silo, da Apple TV+, uma história emocionante e ambiciosa sobre a última população da Terra vivendo muito abaixo da superfície.

Algo terrível aconteceu e deixou o planeta tóxico, então 10 mil pessoas estão se escondendo em um enorme silo subterrâneo de um quilômetro de profundidade até que seja seguro sair. Eles cultivam alimentos, mantêm um enorme gerador de energia e reciclam tudo.

Mas também há uma sensação de pavor aqui, além de segredos, mistérios e assassinatos suspeitos. O que exatamente aconteceu com a Terra? O que é essa conversa sobre uma rebelião 140 anos atrás? Onde estão todos os livros? Será que podemos confiar no que o governo está dizendo?

Rebecca Ferguson em cena da série "Silo" Foto: Rekha Garton / Appel TV+ /AP

“A vida no silo é muito boa em certos aspectos. As pessoas fazem parte dessa causa, que é basicamente continuar vivas até o dia em que for seguro sair de casa. Então sentem que têm essa missão em comum”, diz o criador e showrunner, Graham Yost. “Mas você tem a sensação de que houve um pequeno programa eugênico para tentar eliminar a curiosidade, a independência, a obstinação - todas essas coisas humanas desagradáveis. E você também tem a sensação de que não vai dar certo”.

Uma das rebeldes é a heroína da série em dez episódios, uma mulher chamada Juliette, engenheira de infância trágica que busca respostas sobre o silo. Ela é interpretada por Rebecca Ferguson, que diz ter sido atraída pela complexidade do trabalho.

“Se você e eu agora tivéssemos de ficar presos num silo e precisássemos evoluir e sobreviver, o que aconteceria? É uma espécie de mistura de O Senhor das Moscas com Greta Thunberg com pessoas que questionam o status quo. Vai ser um caos”, diz a atriz, conhecida pelos filmes Duna e Missão: Impossível.

Baseado na trilogia best-seller de Hugh Howey, Silo também é estrelado por Tim Robbins, David Oyelowo, Rashida Jones e Will Patton. Os dois primeiros episódios estão disponíveis a partir de sexta, 5.

O ator Tim Robbins em cena da série "Silo" Foto: Apple TV+ / AP

É uma construção de mundo que se revela lentamente. Há coisas familiares - tatuadores, policiais reclamando da papelada e bandejas de gelo - mas também algumas notas diferentes. As moedas são quadradas, o suicídio é crime e ninguém sabe o que é uma caixinha de balas - relíquia dos tempos antigos cuja posse é ilegal.

A série traz duas ideias filosóficas opostas: que a humanidade é boa e a sociedade a torna má; que homens e mulheres nascem fundamentalmente maus e a sociedade os domestica.

As pessoas dentro do silo são informadas de que o lado de fora virou uma terra arrasada e, portanto, formaram um sistema de governo que pode ser carinhosamente chamado de ditadura branda, como a Alemanha Oriental na década de 1980. Qualquer um que questione o sistema é expulso - enviado para o que parece ser um deserto, onde todos os assistem desmoronar e morrer em minutos. Ou será que não?

“Embora a vida no silo não seja terrível, também não é agradável. Tem alguma coisa errada, e essa batalha entre a verdade e a ordem é algo que vai se estender por toda a série”, diz Yost.

Houve tentativas anteriores de levar os livros de Howey para as telas, mas Yost acha que sua série de TV em dez horas é a melhor - até por ecoar o livro fazendo Juliette aparecer apenas nos últimos minutos do primeiro episódio para tomar o centro da trama.

“É ousado. E faz sentido”, diz Ferguson. “É uma história sendo construída em torno de um mundo onde você não precisa ver tudo através das lentes da personagem que vai guiar você pelo enredo. Adoro esse tipo de narrativa”.

A aparência da vida no silo é cuidadosamente apresentada, com a maioria dos itens feitos de metal e plástico, já que no subsolo é difícil cultivar árvores para extrair madeira. Tem muito pó e sujeira, iluminação fraca e uma grande escadaria que conecta os 144 andares de concreto, com a agricultura no meio e a classe trabalhadora na parte inferior.

Quando o público encontra Juliette pela primeira vez, ela é a engenheira-chefe na parte inferior, mantendo o gerador funcionando - “Ela praticamente mantém todo mundo vivo no silo”, diz um admirador - e aí os acontecimentos a empurram para o topo da estrutura, onde estão os líderes e burocratas.

“Adoramos a ideia da heroína relutante”, diz Yost. “Ela não se propôs a ser heroína. Foi empurrada a contragosto. E é o tipo de heroína sobre a qual gostamos de escrever”.

Ele espera ser recompensado com uma segunda, terceira e quarta temporadas para desenvolver esse mundo subterrâneo. E torce para que os fãs também recorram aos livros em que se baseia - com um pedido.

“É como eu disse a Hugh: ‘Só quero que todo mundo que assistir à série leia os livros DEPOIS de terminar de assistir à série’”. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

AP - A narrativa distópica vai para o subsolo este mês com a chegada de Silo, da Apple TV+, uma história emocionante e ambiciosa sobre a última população da Terra vivendo muito abaixo da superfície.

Algo terrível aconteceu e deixou o planeta tóxico, então 10 mil pessoas estão se escondendo em um enorme silo subterrâneo de um quilômetro de profundidade até que seja seguro sair. Eles cultivam alimentos, mantêm um enorme gerador de energia e reciclam tudo.

Mas também há uma sensação de pavor aqui, além de segredos, mistérios e assassinatos suspeitos. O que exatamente aconteceu com a Terra? O que é essa conversa sobre uma rebelião 140 anos atrás? Onde estão todos os livros? Será que podemos confiar no que o governo está dizendo?

Rebecca Ferguson em cena da série "Silo" Foto: Rekha Garton / Appel TV+ /AP

“A vida no silo é muito boa em certos aspectos. As pessoas fazem parte dessa causa, que é basicamente continuar vivas até o dia em que for seguro sair de casa. Então sentem que têm essa missão em comum”, diz o criador e showrunner, Graham Yost. “Mas você tem a sensação de que houve um pequeno programa eugênico para tentar eliminar a curiosidade, a independência, a obstinação - todas essas coisas humanas desagradáveis. E você também tem a sensação de que não vai dar certo”.

Uma das rebeldes é a heroína da série em dez episódios, uma mulher chamada Juliette, engenheira de infância trágica que busca respostas sobre o silo. Ela é interpretada por Rebecca Ferguson, que diz ter sido atraída pela complexidade do trabalho.

“Se você e eu agora tivéssemos de ficar presos num silo e precisássemos evoluir e sobreviver, o que aconteceria? É uma espécie de mistura de O Senhor das Moscas com Greta Thunberg com pessoas que questionam o status quo. Vai ser um caos”, diz a atriz, conhecida pelos filmes Duna e Missão: Impossível.

Baseado na trilogia best-seller de Hugh Howey, Silo também é estrelado por Tim Robbins, David Oyelowo, Rashida Jones e Will Patton. Os dois primeiros episódios estão disponíveis a partir de sexta, 5.

O ator Tim Robbins em cena da série "Silo" Foto: Apple TV+ / AP

É uma construção de mundo que se revela lentamente. Há coisas familiares - tatuadores, policiais reclamando da papelada e bandejas de gelo - mas também algumas notas diferentes. As moedas são quadradas, o suicídio é crime e ninguém sabe o que é uma caixinha de balas - relíquia dos tempos antigos cuja posse é ilegal.

A série traz duas ideias filosóficas opostas: que a humanidade é boa e a sociedade a torna má; que homens e mulheres nascem fundamentalmente maus e a sociedade os domestica.

As pessoas dentro do silo são informadas de que o lado de fora virou uma terra arrasada e, portanto, formaram um sistema de governo que pode ser carinhosamente chamado de ditadura branda, como a Alemanha Oriental na década de 1980. Qualquer um que questione o sistema é expulso - enviado para o que parece ser um deserto, onde todos os assistem desmoronar e morrer em minutos. Ou será que não?

“Embora a vida no silo não seja terrível, também não é agradável. Tem alguma coisa errada, e essa batalha entre a verdade e a ordem é algo que vai se estender por toda a série”, diz Yost.

Houve tentativas anteriores de levar os livros de Howey para as telas, mas Yost acha que sua série de TV em dez horas é a melhor - até por ecoar o livro fazendo Juliette aparecer apenas nos últimos minutos do primeiro episódio para tomar o centro da trama.

“É ousado. E faz sentido”, diz Ferguson. “É uma história sendo construída em torno de um mundo onde você não precisa ver tudo através das lentes da personagem que vai guiar você pelo enredo. Adoro esse tipo de narrativa”.

A aparência da vida no silo é cuidadosamente apresentada, com a maioria dos itens feitos de metal e plástico, já que no subsolo é difícil cultivar árvores para extrair madeira. Tem muito pó e sujeira, iluminação fraca e uma grande escadaria que conecta os 144 andares de concreto, com a agricultura no meio e a classe trabalhadora na parte inferior.

Quando o público encontra Juliette pela primeira vez, ela é a engenheira-chefe na parte inferior, mantendo o gerador funcionando - “Ela praticamente mantém todo mundo vivo no silo”, diz um admirador - e aí os acontecimentos a empurram para o topo da estrutura, onde estão os líderes e burocratas.

“Adoramos a ideia da heroína relutante”, diz Yost. “Ela não se propôs a ser heroína. Foi empurrada a contragosto. E é o tipo de heroína sobre a qual gostamos de escrever”.

Ele espera ser recompensado com uma segunda, terceira e quarta temporadas para desenvolver esse mundo subterrâneo. E torce para que os fãs também recorram aos livros em que se baseia - com um pedido.

“É como eu disse a Hugh: ‘Só quero que todo mundo que assistir à série leia os livros DEPOIS de terminar de assistir à série’”. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

AP - A narrativa distópica vai para o subsolo este mês com a chegada de Silo, da Apple TV+, uma história emocionante e ambiciosa sobre a última população da Terra vivendo muito abaixo da superfície.

Algo terrível aconteceu e deixou o planeta tóxico, então 10 mil pessoas estão se escondendo em um enorme silo subterrâneo de um quilômetro de profundidade até que seja seguro sair. Eles cultivam alimentos, mantêm um enorme gerador de energia e reciclam tudo.

Mas também há uma sensação de pavor aqui, além de segredos, mistérios e assassinatos suspeitos. O que exatamente aconteceu com a Terra? O que é essa conversa sobre uma rebelião 140 anos atrás? Onde estão todos os livros? Será que podemos confiar no que o governo está dizendo?

Rebecca Ferguson em cena da série "Silo" Foto: Rekha Garton / Appel TV+ /AP

“A vida no silo é muito boa em certos aspectos. As pessoas fazem parte dessa causa, que é basicamente continuar vivas até o dia em que for seguro sair de casa. Então sentem que têm essa missão em comum”, diz o criador e showrunner, Graham Yost. “Mas você tem a sensação de que houve um pequeno programa eugênico para tentar eliminar a curiosidade, a independência, a obstinação - todas essas coisas humanas desagradáveis. E você também tem a sensação de que não vai dar certo”.

Uma das rebeldes é a heroína da série em dez episódios, uma mulher chamada Juliette, engenheira de infância trágica que busca respostas sobre o silo. Ela é interpretada por Rebecca Ferguson, que diz ter sido atraída pela complexidade do trabalho.

“Se você e eu agora tivéssemos de ficar presos num silo e precisássemos evoluir e sobreviver, o que aconteceria? É uma espécie de mistura de O Senhor das Moscas com Greta Thunberg com pessoas que questionam o status quo. Vai ser um caos”, diz a atriz, conhecida pelos filmes Duna e Missão: Impossível.

Baseado na trilogia best-seller de Hugh Howey, Silo também é estrelado por Tim Robbins, David Oyelowo, Rashida Jones e Will Patton. Os dois primeiros episódios estão disponíveis a partir de sexta, 5.

O ator Tim Robbins em cena da série "Silo" Foto: Apple TV+ / AP

É uma construção de mundo que se revela lentamente. Há coisas familiares - tatuadores, policiais reclamando da papelada e bandejas de gelo - mas também algumas notas diferentes. As moedas são quadradas, o suicídio é crime e ninguém sabe o que é uma caixinha de balas - relíquia dos tempos antigos cuja posse é ilegal.

A série traz duas ideias filosóficas opostas: que a humanidade é boa e a sociedade a torna má; que homens e mulheres nascem fundamentalmente maus e a sociedade os domestica.

As pessoas dentro do silo são informadas de que o lado de fora virou uma terra arrasada e, portanto, formaram um sistema de governo que pode ser carinhosamente chamado de ditadura branda, como a Alemanha Oriental na década de 1980. Qualquer um que questione o sistema é expulso - enviado para o que parece ser um deserto, onde todos os assistem desmoronar e morrer em minutos. Ou será que não?

“Embora a vida no silo não seja terrível, também não é agradável. Tem alguma coisa errada, e essa batalha entre a verdade e a ordem é algo que vai se estender por toda a série”, diz Yost.

Houve tentativas anteriores de levar os livros de Howey para as telas, mas Yost acha que sua série de TV em dez horas é a melhor - até por ecoar o livro fazendo Juliette aparecer apenas nos últimos minutos do primeiro episódio para tomar o centro da trama.

“É ousado. E faz sentido”, diz Ferguson. “É uma história sendo construída em torno de um mundo onde você não precisa ver tudo através das lentes da personagem que vai guiar você pelo enredo. Adoro esse tipo de narrativa”.

A aparência da vida no silo é cuidadosamente apresentada, com a maioria dos itens feitos de metal e plástico, já que no subsolo é difícil cultivar árvores para extrair madeira. Tem muito pó e sujeira, iluminação fraca e uma grande escadaria que conecta os 144 andares de concreto, com a agricultura no meio e a classe trabalhadora na parte inferior.

Quando o público encontra Juliette pela primeira vez, ela é a engenheira-chefe na parte inferior, mantendo o gerador funcionando - “Ela praticamente mantém todo mundo vivo no silo”, diz um admirador - e aí os acontecimentos a empurram para o topo da estrutura, onde estão os líderes e burocratas.

“Adoramos a ideia da heroína relutante”, diz Yost. “Ela não se propôs a ser heroína. Foi empurrada a contragosto. E é o tipo de heroína sobre a qual gostamos de escrever”.

Ele espera ser recompensado com uma segunda, terceira e quarta temporadas para desenvolver esse mundo subterrâneo. E torce para que os fãs também recorram aos livros em que se baseia - com um pedido.

“É como eu disse a Hugh: ‘Só quero que todo mundo que assistir à série leia os livros DEPOIS de terminar de assistir à série’”. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

AP - A narrativa distópica vai para o subsolo este mês com a chegada de Silo, da Apple TV+, uma história emocionante e ambiciosa sobre a última população da Terra vivendo muito abaixo da superfície.

Algo terrível aconteceu e deixou o planeta tóxico, então 10 mil pessoas estão se escondendo em um enorme silo subterrâneo de um quilômetro de profundidade até que seja seguro sair. Eles cultivam alimentos, mantêm um enorme gerador de energia e reciclam tudo.

Mas também há uma sensação de pavor aqui, além de segredos, mistérios e assassinatos suspeitos. O que exatamente aconteceu com a Terra? O que é essa conversa sobre uma rebelião 140 anos atrás? Onde estão todos os livros? Será que podemos confiar no que o governo está dizendo?

Rebecca Ferguson em cena da série "Silo" Foto: Rekha Garton / Appel TV+ /AP

“A vida no silo é muito boa em certos aspectos. As pessoas fazem parte dessa causa, que é basicamente continuar vivas até o dia em que for seguro sair de casa. Então sentem que têm essa missão em comum”, diz o criador e showrunner, Graham Yost. “Mas você tem a sensação de que houve um pequeno programa eugênico para tentar eliminar a curiosidade, a independência, a obstinação - todas essas coisas humanas desagradáveis. E você também tem a sensação de que não vai dar certo”.

Uma das rebeldes é a heroína da série em dez episódios, uma mulher chamada Juliette, engenheira de infância trágica que busca respostas sobre o silo. Ela é interpretada por Rebecca Ferguson, que diz ter sido atraída pela complexidade do trabalho.

“Se você e eu agora tivéssemos de ficar presos num silo e precisássemos evoluir e sobreviver, o que aconteceria? É uma espécie de mistura de O Senhor das Moscas com Greta Thunberg com pessoas que questionam o status quo. Vai ser um caos”, diz a atriz, conhecida pelos filmes Duna e Missão: Impossível.

Baseado na trilogia best-seller de Hugh Howey, Silo também é estrelado por Tim Robbins, David Oyelowo, Rashida Jones e Will Patton. Os dois primeiros episódios estão disponíveis a partir de sexta, 5.

O ator Tim Robbins em cena da série "Silo" Foto: Apple TV+ / AP

É uma construção de mundo que se revela lentamente. Há coisas familiares - tatuadores, policiais reclamando da papelada e bandejas de gelo - mas também algumas notas diferentes. As moedas são quadradas, o suicídio é crime e ninguém sabe o que é uma caixinha de balas - relíquia dos tempos antigos cuja posse é ilegal.

A série traz duas ideias filosóficas opostas: que a humanidade é boa e a sociedade a torna má; que homens e mulheres nascem fundamentalmente maus e a sociedade os domestica.

As pessoas dentro do silo são informadas de que o lado de fora virou uma terra arrasada e, portanto, formaram um sistema de governo que pode ser carinhosamente chamado de ditadura branda, como a Alemanha Oriental na década de 1980. Qualquer um que questione o sistema é expulso - enviado para o que parece ser um deserto, onde todos os assistem desmoronar e morrer em minutos. Ou será que não?

“Embora a vida no silo não seja terrível, também não é agradável. Tem alguma coisa errada, e essa batalha entre a verdade e a ordem é algo que vai se estender por toda a série”, diz Yost.

Houve tentativas anteriores de levar os livros de Howey para as telas, mas Yost acha que sua série de TV em dez horas é a melhor - até por ecoar o livro fazendo Juliette aparecer apenas nos últimos minutos do primeiro episódio para tomar o centro da trama.

“É ousado. E faz sentido”, diz Ferguson. “É uma história sendo construída em torno de um mundo onde você não precisa ver tudo através das lentes da personagem que vai guiar você pelo enredo. Adoro esse tipo de narrativa”.

A aparência da vida no silo é cuidadosamente apresentada, com a maioria dos itens feitos de metal e plástico, já que no subsolo é difícil cultivar árvores para extrair madeira. Tem muito pó e sujeira, iluminação fraca e uma grande escadaria que conecta os 144 andares de concreto, com a agricultura no meio e a classe trabalhadora na parte inferior.

Quando o público encontra Juliette pela primeira vez, ela é a engenheira-chefe na parte inferior, mantendo o gerador funcionando - “Ela praticamente mantém todo mundo vivo no silo”, diz um admirador - e aí os acontecimentos a empurram para o topo da estrutura, onde estão os líderes e burocratas.

“Adoramos a ideia da heroína relutante”, diz Yost. “Ela não se propôs a ser heroína. Foi empurrada a contragosto. E é o tipo de heroína sobre a qual gostamos de escrever”.

Ele espera ser recompensado com uma segunda, terceira e quarta temporadas para desenvolver esse mundo subterrâneo. E torce para que os fãs também recorram aos livros em que se baseia - com um pedido.

“É como eu disse a Hugh: ‘Só quero que todo mundo que assistir à série leia os livros DEPOIS de terminar de assistir à série’”. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

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