'The Crown': Assistimos a série e contamos como a nova temporada escancara o coração da realeza


Desilusões amorosas, guerras e crise econômica fazem parte da mistura explosiva desta quarta temporada, que surpreende com as tramas de Lady Diana, com Emma Corrin, e Margaret Thatcher, interpretada por Gillian Anderson

Por Leandro Nunes

Quando The Crown estreou sua primeira temporada em 2016, a produção original da Netflix trouxe a ousadia de unir o relato de inspiração histórica e visual deslumbrante. Mas não foi só isso.

A proposta era unir diferentes públicos, no interesse pela reconstituição da trama política da época e também pelos bastidores da realeza. Não deu outra. No ano seguinte, a série levou os principais prêmios do ano com uma narrativa ainda remota: a jovem Lilibet aceitando o desafio de se tornar rainha da Inglaterra, no fim dos anos 1950.

Emma Corrin. Desilusões amorosas, guerras e crise econômica fazem parte da mistura explosiva da novatemporada que surpreende com atrama de Lady Diana Foto: NETFLIX
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A cada nova temporada, a fórmula do criador Peter Morgan se mostrou mais potente que nunca. The Crown conseguiu façanhas como trocar o elenco, na transição das décadas, e ainda garantir interpretações premiadas ao público, como a de Claire Foy e Olivia Colman, ambas as atrizes no papel da regente.

Depois de três temporadas, é impossível não dizer que The Crown, que estreia neste domingo, chegou em 2020 com uma das tramas mais aguardadas: a conturbada relação de Diana Spencer, a Lady Di, e a política devastadora da ex-Primeira-ministra do Reino Unido, Margaret Thatcher.

A estreante do ano, a atriz Emma Corrin, está reluzente no papel da jovem - considerada uma criança para o solteirão e futuro marido Charles (Josh O'Connor). Do primeiro encontro com o príncipe, nos versinhos trocados de Sonho de Uma Noite de Verão, às discussões acaloradas, Lady Di entra para a família real fuzilada por inseguranças.

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Apesar de brilhar nos olhos azuis da personagem, o romantismo que Diana carrega consigo não sobreviverá à realeza. E ela não está sozinha, como defende a princesa Margaret, de Helena Bonham-Carter. A Coroa precisa parar de interferir na formação dos matrimônios. Ou o amor se vingará.

Aliás, esta temporada é feita de desilusões amorosas. O luxo que envolve a vida da realeza é incapaz de substituir anseios por carinho e afirmação. Sofrimento que a irmã de Elizabeth II já enfrentava desde a primeira temporada.

Entre a turnê pela Austrália e as crises de bulimia, Diana se vê acompanhada apenas das joias e vestidos, e do ainda pequeno William. A série não esconde a negligência do pai, Charles, que prefere se esconder na aprovação quase juvenil de da então amante Camila. 

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A amargura parece assombrar a todos. Princesa Anne (Erin Doherty) também vai reclamar de solidão para sua mãe, a rainha. E Tobias Menzies, o príncipe Philip, serve de consciência para Elizabeth II, na supervisão de cada membro da realeza.

No campo político, Gillian Anderson chega com o desafio de trazer mais uma mulher forte ao elenco: Margaret Thatcher. Como se fosse impossível, a atriz traz um registro de interpretação diverso de Meryl Streep, no filme A Dama de Ferro, e mostra uma primeira-ministra ainda às descobertas de seu ofício - e de seu poder.

Gillian Anderson chega com o desafio de trazer mais uma mulher forte ao elenco: Margaret Thatcher Foto: NETFLIX
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A insatisfação com o time de ministros é o primeiro ruído que desperta a força de uma mulher decidida em suas reformas impopulares. Sobre o desemprego que assola o país, a série traz um episódio sobre o caso real de Michael Fagan, o homem que invadiu o quarto da Rainha, em 1982.

É dele que Elizabeth II vai escutar os principais impactos da política de desastre de Thatcher na vida do povo inglês. Sem reservas e nenhum pudor, as duas mulheres se encontrarão no palácio, antagonistas de uma guerra interna, e silenciosa, que inicia uma crise inédita após o vazamento da informação pela imprensa.

Decepcionados no amor, os moradores do Palácio também vão se desencantar com a natureza da coisa Real. Essa temporada resgata uma história das primas renegadas de Elizabeth II, um caso de raízes bem profanas, para não dizer, eugenistas.

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As irmãs Nerissa e Katherine Bowes-Lyon, consideradas mortas segundo a árvore genealógica da realeza, estavam internadas em um hospital psiquiátrico desde 1941. O caso foi a público em 1987. As irmãs nunca receberam a visita da família real.

De peito aberto e com revelações um tanto sombrias, a nova temporada de The Crown marca um ponto sem retorno. A coroa que brilha não é mais capaz de disfarçar a dor e o sofrimento. E seu peso faz todo mundo se curvar, até os de sangue real.

Quando The Crown estreou sua primeira temporada em 2016, a produção original da Netflix trouxe a ousadia de unir o relato de inspiração histórica e visual deslumbrante. Mas não foi só isso.

A proposta era unir diferentes públicos, no interesse pela reconstituição da trama política da época e também pelos bastidores da realeza. Não deu outra. No ano seguinte, a série levou os principais prêmios do ano com uma narrativa ainda remota: a jovem Lilibet aceitando o desafio de se tornar rainha da Inglaterra, no fim dos anos 1950.

Emma Corrin. Desilusões amorosas, guerras e crise econômica fazem parte da mistura explosiva da novatemporada que surpreende com atrama de Lady Diana Foto: NETFLIX

A cada nova temporada, a fórmula do criador Peter Morgan se mostrou mais potente que nunca. The Crown conseguiu façanhas como trocar o elenco, na transição das décadas, e ainda garantir interpretações premiadas ao público, como a de Claire Foy e Olivia Colman, ambas as atrizes no papel da regente.

Depois de três temporadas, é impossível não dizer que The Crown, que estreia neste domingo, chegou em 2020 com uma das tramas mais aguardadas: a conturbada relação de Diana Spencer, a Lady Di, e a política devastadora da ex-Primeira-ministra do Reino Unido, Margaret Thatcher.

A estreante do ano, a atriz Emma Corrin, está reluzente no papel da jovem - considerada uma criança para o solteirão e futuro marido Charles (Josh O'Connor). Do primeiro encontro com o príncipe, nos versinhos trocados de Sonho de Uma Noite de Verão, às discussões acaloradas, Lady Di entra para a família real fuzilada por inseguranças.

Apesar de brilhar nos olhos azuis da personagem, o romantismo que Diana carrega consigo não sobreviverá à realeza. E ela não está sozinha, como defende a princesa Margaret, de Helena Bonham-Carter. A Coroa precisa parar de interferir na formação dos matrimônios. Ou o amor se vingará.

Aliás, esta temporada é feita de desilusões amorosas. O luxo que envolve a vida da realeza é incapaz de substituir anseios por carinho e afirmação. Sofrimento que a irmã de Elizabeth II já enfrentava desde a primeira temporada.

Entre a turnê pela Austrália e as crises de bulimia, Diana se vê acompanhada apenas das joias e vestidos, e do ainda pequeno William. A série não esconde a negligência do pai, Charles, que prefere se esconder na aprovação quase juvenil de da então amante Camila. 

A amargura parece assombrar a todos. Princesa Anne (Erin Doherty) também vai reclamar de solidão para sua mãe, a rainha. E Tobias Menzies, o príncipe Philip, serve de consciência para Elizabeth II, na supervisão de cada membro da realeza.

No campo político, Gillian Anderson chega com o desafio de trazer mais uma mulher forte ao elenco: Margaret Thatcher. Como se fosse impossível, a atriz traz um registro de interpretação diverso de Meryl Streep, no filme A Dama de Ferro, e mostra uma primeira-ministra ainda às descobertas de seu ofício - e de seu poder.

Gillian Anderson chega com o desafio de trazer mais uma mulher forte ao elenco: Margaret Thatcher Foto: NETFLIX

A insatisfação com o time de ministros é o primeiro ruído que desperta a força de uma mulher decidida em suas reformas impopulares. Sobre o desemprego que assola o país, a série traz um episódio sobre o caso real de Michael Fagan, o homem que invadiu o quarto da Rainha, em 1982.

É dele que Elizabeth II vai escutar os principais impactos da política de desastre de Thatcher na vida do povo inglês. Sem reservas e nenhum pudor, as duas mulheres se encontrarão no palácio, antagonistas de uma guerra interna, e silenciosa, que inicia uma crise inédita após o vazamento da informação pela imprensa.

Decepcionados no amor, os moradores do Palácio também vão se desencantar com a natureza da coisa Real. Essa temporada resgata uma história das primas renegadas de Elizabeth II, um caso de raízes bem profanas, para não dizer, eugenistas.

As irmãs Nerissa e Katherine Bowes-Lyon, consideradas mortas segundo a árvore genealógica da realeza, estavam internadas em um hospital psiquiátrico desde 1941. O caso foi a público em 1987. As irmãs nunca receberam a visita da família real.

De peito aberto e com revelações um tanto sombrias, a nova temporada de The Crown marca um ponto sem retorno. A coroa que brilha não é mais capaz de disfarçar a dor e o sofrimento. E seu peso faz todo mundo se curvar, até os de sangue real.

Quando The Crown estreou sua primeira temporada em 2016, a produção original da Netflix trouxe a ousadia de unir o relato de inspiração histórica e visual deslumbrante. Mas não foi só isso.

A proposta era unir diferentes públicos, no interesse pela reconstituição da trama política da época e também pelos bastidores da realeza. Não deu outra. No ano seguinte, a série levou os principais prêmios do ano com uma narrativa ainda remota: a jovem Lilibet aceitando o desafio de se tornar rainha da Inglaterra, no fim dos anos 1950.

Emma Corrin. Desilusões amorosas, guerras e crise econômica fazem parte da mistura explosiva da novatemporada que surpreende com atrama de Lady Diana Foto: NETFLIX

A cada nova temporada, a fórmula do criador Peter Morgan se mostrou mais potente que nunca. The Crown conseguiu façanhas como trocar o elenco, na transição das décadas, e ainda garantir interpretações premiadas ao público, como a de Claire Foy e Olivia Colman, ambas as atrizes no papel da regente.

Depois de três temporadas, é impossível não dizer que The Crown, que estreia neste domingo, chegou em 2020 com uma das tramas mais aguardadas: a conturbada relação de Diana Spencer, a Lady Di, e a política devastadora da ex-Primeira-ministra do Reino Unido, Margaret Thatcher.

A estreante do ano, a atriz Emma Corrin, está reluzente no papel da jovem - considerada uma criança para o solteirão e futuro marido Charles (Josh O'Connor). Do primeiro encontro com o príncipe, nos versinhos trocados de Sonho de Uma Noite de Verão, às discussões acaloradas, Lady Di entra para a família real fuzilada por inseguranças.

Apesar de brilhar nos olhos azuis da personagem, o romantismo que Diana carrega consigo não sobreviverá à realeza. E ela não está sozinha, como defende a princesa Margaret, de Helena Bonham-Carter. A Coroa precisa parar de interferir na formação dos matrimônios. Ou o amor se vingará.

Aliás, esta temporada é feita de desilusões amorosas. O luxo que envolve a vida da realeza é incapaz de substituir anseios por carinho e afirmação. Sofrimento que a irmã de Elizabeth II já enfrentava desde a primeira temporada.

Entre a turnê pela Austrália e as crises de bulimia, Diana se vê acompanhada apenas das joias e vestidos, e do ainda pequeno William. A série não esconde a negligência do pai, Charles, que prefere se esconder na aprovação quase juvenil de da então amante Camila. 

A amargura parece assombrar a todos. Princesa Anne (Erin Doherty) também vai reclamar de solidão para sua mãe, a rainha. E Tobias Menzies, o príncipe Philip, serve de consciência para Elizabeth II, na supervisão de cada membro da realeza.

No campo político, Gillian Anderson chega com o desafio de trazer mais uma mulher forte ao elenco: Margaret Thatcher. Como se fosse impossível, a atriz traz um registro de interpretação diverso de Meryl Streep, no filme A Dama de Ferro, e mostra uma primeira-ministra ainda às descobertas de seu ofício - e de seu poder.

Gillian Anderson chega com o desafio de trazer mais uma mulher forte ao elenco: Margaret Thatcher Foto: NETFLIX

A insatisfação com o time de ministros é o primeiro ruído que desperta a força de uma mulher decidida em suas reformas impopulares. Sobre o desemprego que assola o país, a série traz um episódio sobre o caso real de Michael Fagan, o homem que invadiu o quarto da Rainha, em 1982.

É dele que Elizabeth II vai escutar os principais impactos da política de desastre de Thatcher na vida do povo inglês. Sem reservas e nenhum pudor, as duas mulheres se encontrarão no palácio, antagonistas de uma guerra interna, e silenciosa, que inicia uma crise inédita após o vazamento da informação pela imprensa.

Decepcionados no amor, os moradores do Palácio também vão se desencantar com a natureza da coisa Real. Essa temporada resgata uma história das primas renegadas de Elizabeth II, um caso de raízes bem profanas, para não dizer, eugenistas.

As irmãs Nerissa e Katherine Bowes-Lyon, consideradas mortas segundo a árvore genealógica da realeza, estavam internadas em um hospital psiquiátrico desde 1941. O caso foi a público em 1987. As irmãs nunca receberam a visita da família real.

De peito aberto e com revelações um tanto sombrias, a nova temporada de The Crown marca um ponto sem retorno. A coroa que brilha não é mais capaz de disfarçar a dor e o sofrimento. E seu peso faz todo mundo se curvar, até os de sangue real.

Quando The Crown estreou sua primeira temporada em 2016, a produção original da Netflix trouxe a ousadia de unir o relato de inspiração histórica e visual deslumbrante. Mas não foi só isso.

A proposta era unir diferentes públicos, no interesse pela reconstituição da trama política da época e também pelos bastidores da realeza. Não deu outra. No ano seguinte, a série levou os principais prêmios do ano com uma narrativa ainda remota: a jovem Lilibet aceitando o desafio de se tornar rainha da Inglaterra, no fim dos anos 1950.

Emma Corrin. Desilusões amorosas, guerras e crise econômica fazem parte da mistura explosiva da novatemporada que surpreende com atrama de Lady Diana Foto: NETFLIX

A cada nova temporada, a fórmula do criador Peter Morgan se mostrou mais potente que nunca. The Crown conseguiu façanhas como trocar o elenco, na transição das décadas, e ainda garantir interpretações premiadas ao público, como a de Claire Foy e Olivia Colman, ambas as atrizes no papel da regente.

Depois de três temporadas, é impossível não dizer que The Crown, que estreia neste domingo, chegou em 2020 com uma das tramas mais aguardadas: a conturbada relação de Diana Spencer, a Lady Di, e a política devastadora da ex-Primeira-ministra do Reino Unido, Margaret Thatcher.

A estreante do ano, a atriz Emma Corrin, está reluzente no papel da jovem - considerada uma criança para o solteirão e futuro marido Charles (Josh O'Connor). Do primeiro encontro com o príncipe, nos versinhos trocados de Sonho de Uma Noite de Verão, às discussões acaloradas, Lady Di entra para a família real fuzilada por inseguranças.

Apesar de brilhar nos olhos azuis da personagem, o romantismo que Diana carrega consigo não sobreviverá à realeza. E ela não está sozinha, como defende a princesa Margaret, de Helena Bonham-Carter. A Coroa precisa parar de interferir na formação dos matrimônios. Ou o amor se vingará.

Aliás, esta temporada é feita de desilusões amorosas. O luxo que envolve a vida da realeza é incapaz de substituir anseios por carinho e afirmação. Sofrimento que a irmã de Elizabeth II já enfrentava desde a primeira temporada.

Entre a turnê pela Austrália e as crises de bulimia, Diana se vê acompanhada apenas das joias e vestidos, e do ainda pequeno William. A série não esconde a negligência do pai, Charles, que prefere se esconder na aprovação quase juvenil de da então amante Camila. 

A amargura parece assombrar a todos. Princesa Anne (Erin Doherty) também vai reclamar de solidão para sua mãe, a rainha. E Tobias Menzies, o príncipe Philip, serve de consciência para Elizabeth II, na supervisão de cada membro da realeza.

No campo político, Gillian Anderson chega com o desafio de trazer mais uma mulher forte ao elenco: Margaret Thatcher. Como se fosse impossível, a atriz traz um registro de interpretação diverso de Meryl Streep, no filme A Dama de Ferro, e mostra uma primeira-ministra ainda às descobertas de seu ofício - e de seu poder.

Gillian Anderson chega com o desafio de trazer mais uma mulher forte ao elenco: Margaret Thatcher Foto: NETFLIX

A insatisfação com o time de ministros é o primeiro ruído que desperta a força de uma mulher decidida em suas reformas impopulares. Sobre o desemprego que assola o país, a série traz um episódio sobre o caso real de Michael Fagan, o homem que invadiu o quarto da Rainha, em 1982.

É dele que Elizabeth II vai escutar os principais impactos da política de desastre de Thatcher na vida do povo inglês. Sem reservas e nenhum pudor, as duas mulheres se encontrarão no palácio, antagonistas de uma guerra interna, e silenciosa, que inicia uma crise inédita após o vazamento da informação pela imprensa.

Decepcionados no amor, os moradores do Palácio também vão se desencantar com a natureza da coisa Real. Essa temporada resgata uma história das primas renegadas de Elizabeth II, um caso de raízes bem profanas, para não dizer, eugenistas.

As irmãs Nerissa e Katherine Bowes-Lyon, consideradas mortas segundo a árvore genealógica da realeza, estavam internadas em um hospital psiquiátrico desde 1941. O caso foi a público em 1987. As irmãs nunca receberam a visita da família real.

De peito aberto e com revelações um tanto sombrias, a nova temporada de The Crown marca um ponto sem retorno. A coroa que brilha não é mais capaz de disfarçar a dor e o sofrimento. E seu peso faz todo mundo se curvar, até os de sangue real.

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