O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), explicou ao Estadão o que motivou o impedimento do show de Roberto Carlos na noite desta sexta-feira 19, no centro de eventos que fica na Arena Pacaembu.
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“Nós cumprimos uma determinada de impedir um evento que não garantia a segurança para as pessoas conforme avaliação do Corpo de Bombeiros e técnicos da Prefeitura”, disse Nunes. “Infelizmente não tinha como autorizar devido o risco as pessoas”.
O show de Roberto Carlos celebraria também o aniversário do artista, que completa 83 anos.
Entenda o caso
Cancelado pela Prefeitura de São Paulo, o show de Roberto marcaria também o aniversário do artista de 83 anos e inauguraria o Mercado Pago Hall, centro de eventos que fica na Arena Pacaembu.
A decisão oficial da prefeitura foi comunicada por volta das 16h30, alegando falta de segurança no local. “A Prefeitura não autorizou a realização do show do cantor Roberto Carlos, que seria realizado na noite desta sexta-feira (19), na Arena Pacaembu. A decisão foi tomada após a comprovação de falta de segurança durante vistoria conjunta dos Bombeiros e Contru, órgão municipal que atesta justamente a segurança de edificações”, diz o comunicado.
Nesse mesmo horário, a Allegra Pacaembu ainda afirmava que o show ocorreria normalmente e, minutos depois, ainda enviou um e-mail para as pessoas que compraram o ingresso dizendo que a apresentação estava confirmada.
Por volta de 17h45, no entanto, a concessionária voltou atrás e informou o cancelamento.
O centro de convenções onde a apresentação de Roberto Carlos está prevista para ocorrer foi projetado para receber até 8,5 mil pessoas. Entretanto, nesse show do cantor, deve receber um público do pouco menos de 3 mil pessoas. Os ingressos custavam até R$ 1.350.
Reembolso é previsto no Código de Defesa do Consumidor, segundo Procon-SP
O Procon-SP também emitiu um comunicado a respeito do ressarcimento dos valores de ingresso. Segundo órgão, “a insegurança que ronda o show do cantor Roberto Carlos, no Estádio do Pacaembu nesta sexta-feira (19), seja pelas condições do local ou mesmo pelas informações conflitantes que não garantem a realização do espetáculo, podem ensejar pedidos de ressarcimento por parte dos consumidores”.
Uma equipe do órgão se encaminhará para o local do evento para fiscalizar o alvará de funcionamento e outras normas do Código de Defesa do Consumidor.
O comunicado segue: “Não havendo aval das autoridades, mesmo que o show aconteça, o consumidor pode pedir reembolso, uma vez que ele não é obrigado a colocar em risco sua segurança”.
O reembolso está garantido de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, explica o texto, que sugere que os consumidores entrem em contato no site (www.procon.sp.gov.br) caso não obtenham respostas sobre a política de reembolso ou na falta de outras explicações.
A concessionária Allegra Pacaembu e a Four Even Eventos e Produções, responsáveis pelo show cancelado, já informaram a política de reembolso para quem comprou o ingresso virtualmente.