Partituras sem contratempos

Hoje o céu chora por Stevie Ray Vaughan


Há 25 anos morria Stevie Ray Vaughan, cuja curta carreira de apenas seis anos deixou marcas profundas na história do blues. Herdeiro não reivindicado do virtuosismo de Jimi Hendrix, Steve morreu em um acidente de helicóptero nas montanhas do Wisconsin. O blues perdeu um de seus intérpretes mais vigorosos.

Por Carlos de Oliveira

Mesmo os mais puristas do blues o respeitavam e ainda lhe rendem homenagens. Se Muddy Waters carrega a justa fama de ter popularizado o blues elétrico,o texano de Dallas Stevie Ray Vaughan bem que merece o título de um dos mais viscerais intérpretes desse gênero.

Stevie Ray e sua guitarra preferida, a 'Number One'. Blues elétrico e amor por Hendrix.  Foto: Estadão
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A Number One, sua guitarra preferida, uma Fender Stratocaster toda detonada, não emitia propriamente notas musicais, mas gritos e lamentos amplificados ao máximo. Ninguém era poupado. Todos tinham de ouvir Stevie Ray. E continuam ouvindo, apesar de sua morte precoce, há 25 anos.

Herdeiro - Seu estilo era vigoroso e poucos incorporaram tão intensamente o legado de Jimi Hendrix. Dizem que tocava alto. Muito alto. Que usava cordas 0.13. Guitarristas profissionais ou amadores sabem bem o quanto é difícil tocar com cordas de tal calibre. É preciso ter mãos muito fortes para não sair com os dedos dilacerados.

Sua figura era um tanto histriônica. Figurinos improváveis, chapéus com penachos, colares, pulseiras. Há quem se fantasie para esconder a falta de talento. Stevie Ray o tinha de sobra. Mergulhou nas drogas e sofreu com elas. Quase perdeu o dom. De certa forma, fazia jus ao nome de sua banda: Double Trouble.

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Ouça Stevie Ray Vaughan tocando The Sky is Craying, com Albert King, B. B. King e Paul Butterfield (na gaita):

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Aquela noite - A noite daquele dia 27 de agosto de 1990, nas montanhas do Wisconsin, era para ser de festa. Afinal, era o fim de uma longa turnê de 18 meses e 147 concertos. E ele tinha acabado de tocar com Eric Clapton, o "Deus", que reconhecia em Stevie Ray um guitarrista de verdade, um bluseiro. Depois do show no Music Theatre Alpine Valley, em East Troy, todos iriam pegar helicópteros e seguir para Chicago.

Noite de vento, mas sem expectativa de nevoeiro. Stevie Ray tinha pressa e logo se acomodou no primeiro helicóptero. Ele, seu agente, seu segurança e um assistente da turnê de Clapton. Ao tentar contornar uma pista de ski de mais ou menos 300 metros de altura, o aparelho adernou para a esquerda e espatifou-se na montanha. Todos morreram.

Coube a Clapton e ao irmão de Stevie Ray, Jimmie Vaughan (na época, guitarrista do Fabulous Thunderbirds), a dura tarefa de reconhecer os corpos. Terminava ali uma carreira curta, de apenas seis anos, mas muito sólida. Um mês depois, seria lançado o álbum Family Style, que Stevie Ray havia gravado meses antes com seu irmão.

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O céu chora - Seu corpo foi sepultado em Dallas, três dias mais tarde. Cerca de cinco mil pessoas compareceram à cerimônia: Clapton, Steve Wonder, Bonnie Raitt, os integrantes do ZZ Top entre elas. Um ano depois sairia o último álbum de Stevie Ray com a Double Trouble: The Sky is Crying reuniu músicas gravadas, mas não lançadas, entre 1984 e 1989.

Como não poderia deixar de ser, dizem que no último segundo antes do fatídico voo, Clapton teria cedido seu lugar no helicóptero a Stevie Ray, escapando assim de um trágico fim. Bobagem. Mentira. Lenda. Pode-se até jogar xadrez com ela, mas ninguém engana a senhora de preto.

 

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Mesmo os mais puristas do blues o respeitavam e ainda lhe rendem homenagens. Se Muddy Waters carrega a justa fama de ter popularizado o blues elétrico,o texano de Dallas Stevie Ray Vaughan bem que merece o título de um dos mais viscerais intérpretes desse gênero.

Stevie Ray e sua guitarra preferida, a 'Number One'. Blues elétrico e amor por Hendrix.  Foto: Estadão

A Number One, sua guitarra preferida, uma Fender Stratocaster toda detonada, não emitia propriamente notas musicais, mas gritos e lamentos amplificados ao máximo. Ninguém era poupado. Todos tinham de ouvir Stevie Ray. E continuam ouvindo, apesar de sua morte precoce, há 25 anos.

Herdeiro - Seu estilo era vigoroso e poucos incorporaram tão intensamente o legado de Jimi Hendrix. Dizem que tocava alto. Muito alto. Que usava cordas 0.13. Guitarristas profissionais ou amadores sabem bem o quanto é difícil tocar com cordas de tal calibre. É preciso ter mãos muito fortes para não sair com os dedos dilacerados.

Sua figura era um tanto histriônica. Figurinos improváveis, chapéus com penachos, colares, pulseiras. Há quem se fantasie para esconder a falta de talento. Stevie Ray o tinha de sobra. Mergulhou nas drogas e sofreu com elas. Quase perdeu o dom. De certa forma, fazia jus ao nome de sua banda: Double Trouble.

Ouça Stevie Ray Vaughan tocando The Sky is Craying, com Albert King, B. B. King e Paul Butterfield (na gaita):

Aquela noite - A noite daquele dia 27 de agosto de 1990, nas montanhas do Wisconsin, era para ser de festa. Afinal, era o fim de uma longa turnê de 18 meses e 147 concertos. E ele tinha acabado de tocar com Eric Clapton, o "Deus", que reconhecia em Stevie Ray um guitarrista de verdade, um bluseiro. Depois do show no Music Theatre Alpine Valley, em East Troy, todos iriam pegar helicópteros e seguir para Chicago.

Noite de vento, mas sem expectativa de nevoeiro. Stevie Ray tinha pressa e logo se acomodou no primeiro helicóptero. Ele, seu agente, seu segurança e um assistente da turnê de Clapton. Ao tentar contornar uma pista de ski de mais ou menos 300 metros de altura, o aparelho adernou para a esquerda e espatifou-se na montanha. Todos morreram.

Coube a Clapton e ao irmão de Stevie Ray, Jimmie Vaughan (na época, guitarrista do Fabulous Thunderbirds), a dura tarefa de reconhecer os corpos. Terminava ali uma carreira curta, de apenas seis anos, mas muito sólida. Um mês depois, seria lançado o álbum Family Style, que Stevie Ray havia gravado meses antes com seu irmão.

O céu chora - Seu corpo foi sepultado em Dallas, três dias mais tarde. Cerca de cinco mil pessoas compareceram à cerimônia: Clapton, Steve Wonder, Bonnie Raitt, os integrantes do ZZ Top entre elas. Um ano depois sairia o último álbum de Stevie Ray com a Double Trouble: The Sky is Crying reuniu músicas gravadas, mas não lançadas, entre 1984 e 1989.

Como não poderia deixar de ser, dizem que no último segundo antes do fatídico voo, Clapton teria cedido seu lugar no helicóptero a Stevie Ray, escapando assim de um trágico fim. Bobagem. Mentira. Lenda. Pode-se até jogar xadrez com ela, mas ninguém engana a senhora de preto.

 

 

Mesmo os mais puristas do blues o respeitavam e ainda lhe rendem homenagens. Se Muddy Waters carrega a justa fama de ter popularizado o blues elétrico,o texano de Dallas Stevie Ray Vaughan bem que merece o título de um dos mais viscerais intérpretes desse gênero.

Stevie Ray e sua guitarra preferida, a 'Number One'. Blues elétrico e amor por Hendrix.  Foto: Estadão

A Number One, sua guitarra preferida, uma Fender Stratocaster toda detonada, não emitia propriamente notas musicais, mas gritos e lamentos amplificados ao máximo. Ninguém era poupado. Todos tinham de ouvir Stevie Ray. E continuam ouvindo, apesar de sua morte precoce, há 25 anos.

Herdeiro - Seu estilo era vigoroso e poucos incorporaram tão intensamente o legado de Jimi Hendrix. Dizem que tocava alto. Muito alto. Que usava cordas 0.13. Guitarristas profissionais ou amadores sabem bem o quanto é difícil tocar com cordas de tal calibre. É preciso ter mãos muito fortes para não sair com os dedos dilacerados.

Sua figura era um tanto histriônica. Figurinos improváveis, chapéus com penachos, colares, pulseiras. Há quem se fantasie para esconder a falta de talento. Stevie Ray o tinha de sobra. Mergulhou nas drogas e sofreu com elas. Quase perdeu o dom. De certa forma, fazia jus ao nome de sua banda: Double Trouble.

Ouça Stevie Ray Vaughan tocando The Sky is Craying, com Albert King, B. B. King e Paul Butterfield (na gaita):

Aquela noite - A noite daquele dia 27 de agosto de 1990, nas montanhas do Wisconsin, era para ser de festa. Afinal, era o fim de uma longa turnê de 18 meses e 147 concertos. E ele tinha acabado de tocar com Eric Clapton, o "Deus", que reconhecia em Stevie Ray um guitarrista de verdade, um bluseiro. Depois do show no Music Theatre Alpine Valley, em East Troy, todos iriam pegar helicópteros e seguir para Chicago.

Noite de vento, mas sem expectativa de nevoeiro. Stevie Ray tinha pressa e logo se acomodou no primeiro helicóptero. Ele, seu agente, seu segurança e um assistente da turnê de Clapton. Ao tentar contornar uma pista de ski de mais ou menos 300 metros de altura, o aparelho adernou para a esquerda e espatifou-se na montanha. Todos morreram.

Coube a Clapton e ao irmão de Stevie Ray, Jimmie Vaughan (na época, guitarrista do Fabulous Thunderbirds), a dura tarefa de reconhecer os corpos. Terminava ali uma carreira curta, de apenas seis anos, mas muito sólida. Um mês depois, seria lançado o álbum Family Style, que Stevie Ray havia gravado meses antes com seu irmão.

O céu chora - Seu corpo foi sepultado em Dallas, três dias mais tarde. Cerca de cinco mil pessoas compareceram à cerimônia: Clapton, Steve Wonder, Bonnie Raitt, os integrantes do ZZ Top entre elas. Um ano depois sairia o último álbum de Stevie Ray com a Double Trouble: The Sky is Crying reuniu músicas gravadas, mas não lançadas, entre 1984 e 1989.

Como não poderia deixar de ser, dizem que no último segundo antes do fatídico voo, Clapton teria cedido seu lugar no helicóptero a Stevie Ray, escapando assim de um trágico fim. Bobagem. Mentira. Lenda. Pode-se até jogar xadrez com ela, mas ninguém engana a senhora de preto.

 

 

Mesmo os mais puristas do blues o respeitavam e ainda lhe rendem homenagens. Se Muddy Waters carrega a justa fama de ter popularizado o blues elétrico,o texano de Dallas Stevie Ray Vaughan bem que merece o título de um dos mais viscerais intérpretes desse gênero.

Stevie Ray e sua guitarra preferida, a 'Number One'. Blues elétrico e amor por Hendrix.  Foto: Estadão

A Number One, sua guitarra preferida, uma Fender Stratocaster toda detonada, não emitia propriamente notas musicais, mas gritos e lamentos amplificados ao máximo. Ninguém era poupado. Todos tinham de ouvir Stevie Ray. E continuam ouvindo, apesar de sua morte precoce, há 25 anos.

Herdeiro - Seu estilo era vigoroso e poucos incorporaram tão intensamente o legado de Jimi Hendrix. Dizem que tocava alto. Muito alto. Que usava cordas 0.13. Guitarristas profissionais ou amadores sabem bem o quanto é difícil tocar com cordas de tal calibre. É preciso ter mãos muito fortes para não sair com os dedos dilacerados.

Sua figura era um tanto histriônica. Figurinos improváveis, chapéus com penachos, colares, pulseiras. Há quem se fantasie para esconder a falta de talento. Stevie Ray o tinha de sobra. Mergulhou nas drogas e sofreu com elas. Quase perdeu o dom. De certa forma, fazia jus ao nome de sua banda: Double Trouble.

Ouça Stevie Ray Vaughan tocando The Sky is Craying, com Albert King, B. B. King e Paul Butterfield (na gaita):

Aquela noite - A noite daquele dia 27 de agosto de 1990, nas montanhas do Wisconsin, era para ser de festa. Afinal, era o fim de uma longa turnê de 18 meses e 147 concertos. E ele tinha acabado de tocar com Eric Clapton, o "Deus", que reconhecia em Stevie Ray um guitarrista de verdade, um bluseiro. Depois do show no Music Theatre Alpine Valley, em East Troy, todos iriam pegar helicópteros e seguir para Chicago.

Noite de vento, mas sem expectativa de nevoeiro. Stevie Ray tinha pressa e logo se acomodou no primeiro helicóptero. Ele, seu agente, seu segurança e um assistente da turnê de Clapton. Ao tentar contornar uma pista de ski de mais ou menos 300 metros de altura, o aparelho adernou para a esquerda e espatifou-se na montanha. Todos morreram.

Coube a Clapton e ao irmão de Stevie Ray, Jimmie Vaughan (na época, guitarrista do Fabulous Thunderbirds), a dura tarefa de reconhecer os corpos. Terminava ali uma carreira curta, de apenas seis anos, mas muito sólida. Um mês depois, seria lançado o álbum Family Style, que Stevie Ray havia gravado meses antes com seu irmão.

O céu chora - Seu corpo foi sepultado em Dallas, três dias mais tarde. Cerca de cinco mil pessoas compareceram à cerimônia: Clapton, Steve Wonder, Bonnie Raitt, os integrantes do ZZ Top entre elas. Um ano depois sairia o último álbum de Stevie Ray com a Double Trouble: The Sky is Crying reuniu músicas gravadas, mas não lançadas, entre 1984 e 1989.

Como não poderia deixar de ser, dizem que no último segundo antes do fatídico voo, Clapton teria cedido seu lugar no helicóptero a Stevie Ray, escapando assim de um trágico fim. Bobagem. Mentira. Lenda. Pode-se até jogar xadrez com ela, mas ninguém engana a senhora de preto.

 

 

Mesmo os mais puristas do blues o respeitavam e ainda lhe rendem homenagens. Se Muddy Waters carrega a justa fama de ter popularizado o blues elétrico,o texano de Dallas Stevie Ray Vaughan bem que merece o título de um dos mais viscerais intérpretes desse gênero.

Stevie Ray e sua guitarra preferida, a 'Number One'. Blues elétrico e amor por Hendrix.  Foto: Estadão

A Number One, sua guitarra preferida, uma Fender Stratocaster toda detonada, não emitia propriamente notas musicais, mas gritos e lamentos amplificados ao máximo. Ninguém era poupado. Todos tinham de ouvir Stevie Ray. E continuam ouvindo, apesar de sua morte precoce, há 25 anos.

Herdeiro - Seu estilo era vigoroso e poucos incorporaram tão intensamente o legado de Jimi Hendrix. Dizem que tocava alto. Muito alto. Que usava cordas 0.13. Guitarristas profissionais ou amadores sabem bem o quanto é difícil tocar com cordas de tal calibre. É preciso ter mãos muito fortes para não sair com os dedos dilacerados.

Sua figura era um tanto histriônica. Figurinos improváveis, chapéus com penachos, colares, pulseiras. Há quem se fantasie para esconder a falta de talento. Stevie Ray o tinha de sobra. Mergulhou nas drogas e sofreu com elas. Quase perdeu o dom. De certa forma, fazia jus ao nome de sua banda: Double Trouble.

Ouça Stevie Ray Vaughan tocando The Sky is Craying, com Albert King, B. B. King e Paul Butterfield (na gaita):

Aquela noite - A noite daquele dia 27 de agosto de 1990, nas montanhas do Wisconsin, era para ser de festa. Afinal, era o fim de uma longa turnê de 18 meses e 147 concertos. E ele tinha acabado de tocar com Eric Clapton, o "Deus", que reconhecia em Stevie Ray um guitarrista de verdade, um bluseiro. Depois do show no Music Theatre Alpine Valley, em East Troy, todos iriam pegar helicópteros e seguir para Chicago.

Noite de vento, mas sem expectativa de nevoeiro. Stevie Ray tinha pressa e logo se acomodou no primeiro helicóptero. Ele, seu agente, seu segurança e um assistente da turnê de Clapton. Ao tentar contornar uma pista de ski de mais ou menos 300 metros de altura, o aparelho adernou para a esquerda e espatifou-se na montanha. Todos morreram.

Coube a Clapton e ao irmão de Stevie Ray, Jimmie Vaughan (na época, guitarrista do Fabulous Thunderbirds), a dura tarefa de reconhecer os corpos. Terminava ali uma carreira curta, de apenas seis anos, mas muito sólida. Um mês depois, seria lançado o álbum Family Style, que Stevie Ray havia gravado meses antes com seu irmão.

O céu chora - Seu corpo foi sepultado em Dallas, três dias mais tarde. Cerca de cinco mil pessoas compareceram à cerimônia: Clapton, Steve Wonder, Bonnie Raitt, os integrantes do ZZ Top entre elas. Um ano depois sairia o último álbum de Stevie Ray com a Double Trouble: The Sky is Crying reuniu músicas gravadas, mas não lançadas, entre 1984 e 1989.

Como não poderia deixar de ser, dizem que no último segundo antes do fatídico voo, Clapton teria cedido seu lugar no helicóptero a Stevie Ray, escapando assim de um trágico fim. Bobagem. Mentira. Lenda. Pode-se até jogar xadrez com ela, mas ninguém engana a senhora de preto.

 

 

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