Coreógrafa brasileira Poliana Lima dança com suas raízes na Espanha


Bailarina mora há 12 anos em Madri, mas faz questão de se manter em conexão com o Brasil

EFE - Poliana Lima é brasileira, embora se sinta “uma criadora espanhola” depois de 12 anos morando em Madri, onde se propôs a criar seu “espaço próprio” dentro do mundo da dança contemporânea, mas sem nunca esquecer suas raízes.

“Em quase todas as minhas peças, menciono minha origem brasileira porque me parece importante, foi o lugar que me formou, meus primeiros óculos diante do mundo. Mas, quando cheguei à Espanha e comecei a produzir aqui, senti que também fazia parte dessa comunidade porque foi aqui que comecei como coreógrafa, onde meu discurso se articula e se torna possível”, explicou Poliana em entrevista à EFE.

E é nesta ideia que fundamenta os mais recentes projetos que apresenta na capital espanhola, entre eles Cruce, uma pequena peça de dança contemporânea interpretada pelas bailarinas Danielle Mesquita e Astrid Bramming, que unem suas raízes brasileiras e dinamarquesas para ocupar um espaço “diferente do habitual” conectando-se com o público por vários ângulos.

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Com uma trajetória de 16 anos no mundo dança, Poliana Lima também estreará Oro Negro no 40º Festival de Outono de Madri, em novembro, um projeto que “abre uma trilogia sobre o corpo e nuances culturais”, e com o qual pretende fazer uma “investigação mais profunda” de suas raízes negras.

“O corpo é um lugar de memória não só quando se trata de dançar, mas também de comer, falar ou gesticular. ‘Oro Negro’ é o projeto que inicia isso e pretendo mergulhar nele e fazer nascer uma matriz que me compõe, minhas origens negras que até são apagadas da minha pele, mas existem”, comentou a coreógrafa.

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Oportunidades desiguais

Poliana Lima desembarcou em Madri em 2010 porque estava “muito decepcionada” com sua vida no Brasil, mas durante uma visita à irmã que deveria ter durado cerca de três meses “vi o portal e entrei totalmente”, contou, ao reconhecer que seu processo de migração foi “idílico”, o que nem sempre acontece.

Em quase todas as minhas peças, menciono minha origem brasileira porque me parece importante, foi o lugar que me formou, meus primeiros óculos diante do mundo

Poliana Lima

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“É muito importante falar sobre o aspecto de classe social. Sou filha de classe média alta no Brasil e vim para a Espanha com todo o apoio da família para poder me dedicar exclusivamente aos estudos e isso é algo que nem todos podem fazer. É importante estar atento a esses privilégios porque cada migrante tem sua própria história e a lista de opressões é muito ampla”, destacou.

Apesar disso, reconhece ter sofrido episódios de “xenofobia velada” quando, supostamente, “trai as expectativas” ao usar palavras que alguém “não espera que eu diga”, porque não espera que um brasileiro “possa dominar o idioma”.

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Falta de incentivos culturais

A coreógrafa brasileira também comentou que na Espanha “há muita gente criativa”, mas reconheceu que é “muito triste” que os projetos culturais tenham “tão pouca duração”, sobretudo os centrados na dança.

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“Nosso setor está sempre sujeito a mudanças políticas, então nunca há uma visão de longo prazo da dança na Espanha. Há muita vontade e criatividade, mas faltam recursos e projetos políticos que queiram se comprometer com artistas de verdade”, lamentou.

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Quando chegou à Espanha, Poliana surpreendeu-se com o “olhar para a Europa” que a arte tem neste país, algo que também aconteceu no Brasil, onde a arte europeia é muito valorizada.

Depois de ver que dois países separados pelo oceano se fazem a mesma pergunta, sendo a Espanha um país europeu, ela mesma ainda se pergunta: “Onde está a Europa? Onde eu tenho que ir para poder fazer essa dança?”.

Poliana Lima está convencida de que “há um terreno fértil” em termos de criatividade, mas não há respostas que a profissionalizem e é preciso, segundo ela, “valorizá-la” para que os cidadãos “compreendam profundamente o significado”.

EFE - Poliana Lima é brasileira, embora se sinta “uma criadora espanhola” depois de 12 anos morando em Madri, onde se propôs a criar seu “espaço próprio” dentro do mundo da dança contemporânea, mas sem nunca esquecer suas raízes.

“Em quase todas as minhas peças, menciono minha origem brasileira porque me parece importante, foi o lugar que me formou, meus primeiros óculos diante do mundo. Mas, quando cheguei à Espanha e comecei a produzir aqui, senti que também fazia parte dessa comunidade porque foi aqui que comecei como coreógrafa, onde meu discurso se articula e se torna possível”, explicou Poliana em entrevista à EFE.

E é nesta ideia que fundamenta os mais recentes projetos que apresenta na capital espanhola, entre eles Cruce, uma pequena peça de dança contemporânea interpretada pelas bailarinas Danielle Mesquita e Astrid Bramming, que unem suas raízes brasileiras e dinamarquesas para ocupar um espaço “diferente do habitual” conectando-se com o público por vários ângulos.

Com uma trajetória de 16 anos no mundo dança, Poliana Lima também estreará Oro Negro no 40º Festival de Outono de Madri, em novembro, um projeto que “abre uma trilogia sobre o corpo e nuances culturais”, e com o qual pretende fazer uma “investigação mais profunda” de suas raízes negras.

“O corpo é um lugar de memória não só quando se trata de dançar, mas também de comer, falar ou gesticular. ‘Oro Negro’ é o projeto que inicia isso e pretendo mergulhar nele e fazer nascer uma matriz que me compõe, minhas origens negras que até são apagadas da minha pele, mas existem”, comentou a coreógrafa.

Oportunidades desiguais

Poliana Lima desembarcou em Madri em 2010 porque estava “muito decepcionada” com sua vida no Brasil, mas durante uma visita à irmã que deveria ter durado cerca de três meses “vi o portal e entrei totalmente”, contou, ao reconhecer que seu processo de migração foi “idílico”, o que nem sempre acontece.

Em quase todas as minhas peças, menciono minha origem brasileira porque me parece importante, foi o lugar que me formou, meus primeiros óculos diante do mundo

Poliana Lima

“É muito importante falar sobre o aspecto de classe social. Sou filha de classe média alta no Brasil e vim para a Espanha com todo o apoio da família para poder me dedicar exclusivamente aos estudos e isso é algo que nem todos podem fazer. É importante estar atento a esses privilégios porque cada migrante tem sua própria história e a lista de opressões é muito ampla”, destacou.

Apesar disso, reconhece ter sofrido episódios de “xenofobia velada” quando, supostamente, “trai as expectativas” ao usar palavras que alguém “não espera que eu diga”, porque não espera que um brasileiro “possa dominar o idioma”.

Falta de incentivos culturais

A coreógrafa brasileira também comentou que na Espanha “há muita gente criativa”, mas reconheceu que é “muito triste” que os projetos culturais tenham “tão pouca duração”, sobretudo os centrados na dança.

“Nosso setor está sempre sujeito a mudanças políticas, então nunca há uma visão de longo prazo da dança na Espanha. Há muita vontade e criatividade, mas faltam recursos e projetos políticos que queiram se comprometer com artistas de verdade”, lamentou.

Quando chegou à Espanha, Poliana surpreendeu-se com o “olhar para a Europa” que a arte tem neste país, algo que também aconteceu no Brasil, onde a arte europeia é muito valorizada.

Depois de ver que dois países separados pelo oceano se fazem a mesma pergunta, sendo a Espanha um país europeu, ela mesma ainda se pergunta: “Onde está a Europa? Onde eu tenho que ir para poder fazer essa dança?”.

Poliana Lima está convencida de que “há um terreno fértil” em termos de criatividade, mas não há respostas que a profissionalizem e é preciso, segundo ela, “valorizá-la” para que os cidadãos “compreendam profundamente o significado”.

EFE - Poliana Lima é brasileira, embora se sinta “uma criadora espanhola” depois de 12 anos morando em Madri, onde se propôs a criar seu “espaço próprio” dentro do mundo da dança contemporânea, mas sem nunca esquecer suas raízes.

“Em quase todas as minhas peças, menciono minha origem brasileira porque me parece importante, foi o lugar que me formou, meus primeiros óculos diante do mundo. Mas, quando cheguei à Espanha e comecei a produzir aqui, senti que também fazia parte dessa comunidade porque foi aqui que comecei como coreógrafa, onde meu discurso se articula e se torna possível”, explicou Poliana em entrevista à EFE.

E é nesta ideia que fundamenta os mais recentes projetos que apresenta na capital espanhola, entre eles Cruce, uma pequena peça de dança contemporânea interpretada pelas bailarinas Danielle Mesquita e Astrid Bramming, que unem suas raízes brasileiras e dinamarquesas para ocupar um espaço “diferente do habitual” conectando-se com o público por vários ângulos.

Com uma trajetória de 16 anos no mundo dança, Poliana Lima também estreará Oro Negro no 40º Festival de Outono de Madri, em novembro, um projeto que “abre uma trilogia sobre o corpo e nuances culturais”, e com o qual pretende fazer uma “investigação mais profunda” de suas raízes negras.

“O corpo é um lugar de memória não só quando se trata de dançar, mas também de comer, falar ou gesticular. ‘Oro Negro’ é o projeto que inicia isso e pretendo mergulhar nele e fazer nascer uma matriz que me compõe, minhas origens negras que até são apagadas da minha pele, mas existem”, comentou a coreógrafa.

Oportunidades desiguais

Poliana Lima desembarcou em Madri em 2010 porque estava “muito decepcionada” com sua vida no Brasil, mas durante uma visita à irmã que deveria ter durado cerca de três meses “vi o portal e entrei totalmente”, contou, ao reconhecer que seu processo de migração foi “idílico”, o que nem sempre acontece.

Em quase todas as minhas peças, menciono minha origem brasileira porque me parece importante, foi o lugar que me formou, meus primeiros óculos diante do mundo

Poliana Lima

“É muito importante falar sobre o aspecto de classe social. Sou filha de classe média alta no Brasil e vim para a Espanha com todo o apoio da família para poder me dedicar exclusivamente aos estudos e isso é algo que nem todos podem fazer. É importante estar atento a esses privilégios porque cada migrante tem sua própria história e a lista de opressões é muito ampla”, destacou.

Apesar disso, reconhece ter sofrido episódios de “xenofobia velada” quando, supostamente, “trai as expectativas” ao usar palavras que alguém “não espera que eu diga”, porque não espera que um brasileiro “possa dominar o idioma”.

Falta de incentivos culturais

A coreógrafa brasileira também comentou que na Espanha “há muita gente criativa”, mas reconheceu que é “muito triste” que os projetos culturais tenham “tão pouca duração”, sobretudo os centrados na dança.

“Nosso setor está sempre sujeito a mudanças políticas, então nunca há uma visão de longo prazo da dança na Espanha. Há muita vontade e criatividade, mas faltam recursos e projetos políticos que queiram se comprometer com artistas de verdade”, lamentou.

Quando chegou à Espanha, Poliana surpreendeu-se com o “olhar para a Europa” que a arte tem neste país, algo que também aconteceu no Brasil, onde a arte europeia é muito valorizada.

Depois de ver que dois países separados pelo oceano se fazem a mesma pergunta, sendo a Espanha um país europeu, ela mesma ainda se pergunta: “Onde está a Europa? Onde eu tenho que ir para poder fazer essa dança?”.

Poliana Lima está convencida de que “há um terreno fértil” em termos de criatividade, mas não há respostas que a profissionalizem e é preciso, segundo ela, “valorizá-la” para que os cidadãos “compreendam profundamente o significado”.

EFE - Poliana Lima é brasileira, embora se sinta “uma criadora espanhola” depois de 12 anos morando em Madri, onde se propôs a criar seu “espaço próprio” dentro do mundo da dança contemporânea, mas sem nunca esquecer suas raízes.

“Em quase todas as minhas peças, menciono minha origem brasileira porque me parece importante, foi o lugar que me formou, meus primeiros óculos diante do mundo. Mas, quando cheguei à Espanha e comecei a produzir aqui, senti que também fazia parte dessa comunidade porque foi aqui que comecei como coreógrafa, onde meu discurso se articula e se torna possível”, explicou Poliana em entrevista à EFE.

E é nesta ideia que fundamenta os mais recentes projetos que apresenta na capital espanhola, entre eles Cruce, uma pequena peça de dança contemporânea interpretada pelas bailarinas Danielle Mesquita e Astrid Bramming, que unem suas raízes brasileiras e dinamarquesas para ocupar um espaço “diferente do habitual” conectando-se com o público por vários ângulos.

Com uma trajetória de 16 anos no mundo dança, Poliana Lima também estreará Oro Negro no 40º Festival de Outono de Madri, em novembro, um projeto que “abre uma trilogia sobre o corpo e nuances culturais”, e com o qual pretende fazer uma “investigação mais profunda” de suas raízes negras.

“O corpo é um lugar de memória não só quando se trata de dançar, mas também de comer, falar ou gesticular. ‘Oro Negro’ é o projeto que inicia isso e pretendo mergulhar nele e fazer nascer uma matriz que me compõe, minhas origens negras que até são apagadas da minha pele, mas existem”, comentou a coreógrafa.

Oportunidades desiguais

Poliana Lima desembarcou em Madri em 2010 porque estava “muito decepcionada” com sua vida no Brasil, mas durante uma visita à irmã que deveria ter durado cerca de três meses “vi o portal e entrei totalmente”, contou, ao reconhecer que seu processo de migração foi “idílico”, o que nem sempre acontece.

Em quase todas as minhas peças, menciono minha origem brasileira porque me parece importante, foi o lugar que me formou, meus primeiros óculos diante do mundo

Poliana Lima

“É muito importante falar sobre o aspecto de classe social. Sou filha de classe média alta no Brasil e vim para a Espanha com todo o apoio da família para poder me dedicar exclusivamente aos estudos e isso é algo que nem todos podem fazer. É importante estar atento a esses privilégios porque cada migrante tem sua própria história e a lista de opressões é muito ampla”, destacou.

Apesar disso, reconhece ter sofrido episódios de “xenofobia velada” quando, supostamente, “trai as expectativas” ao usar palavras que alguém “não espera que eu diga”, porque não espera que um brasileiro “possa dominar o idioma”.

Falta de incentivos culturais

A coreógrafa brasileira também comentou que na Espanha “há muita gente criativa”, mas reconheceu que é “muito triste” que os projetos culturais tenham “tão pouca duração”, sobretudo os centrados na dança.

“Nosso setor está sempre sujeito a mudanças políticas, então nunca há uma visão de longo prazo da dança na Espanha. Há muita vontade e criatividade, mas faltam recursos e projetos políticos que queiram se comprometer com artistas de verdade”, lamentou.

Quando chegou à Espanha, Poliana surpreendeu-se com o “olhar para a Europa” que a arte tem neste país, algo que também aconteceu no Brasil, onde a arte europeia é muito valorizada.

Depois de ver que dois países separados pelo oceano se fazem a mesma pergunta, sendo a Espanha um país europeu, ela mesma ainda se pergunta: “Onde está a Europa? Onde eu tenho que ir para poder fazer essa dança?”.

Poliana Lima está convencida de que “há um terreno fértil” em termos de criatividade, mas não há respostas que a profissionalizem e é preciso, segundo ela, “valorizá-la” para que os cidadãos “compreendam profundamente o significado”.

EFE - Poliana Lima é brasileira, embora se sinta “uma criadora espanhola” depois de 12 anos morando em Madri, onde se propôs a criar seu “espaço próprio” dentro do mundo da dança contemporânea, mas sem nunca esquecer suas raízes.

“Em quase todas as minhas peças, menciono minha origem brasileira porque me parece importante, foi o lugar que me formou, meus primeiros óculos diante do mundo. Mas, quando cheguei à Espanha e comecei a produzir aqui, senti que também fazia parte dessa comunidade porque foi aqui que comecei como coreógrafa, onde meu discurso se articula e se torna possível”, explicou Poliana em entrevista à EFE.

E é nesta ideia que fundamenta os mais recentes projetos que apresenta na capital espanhola, entre eles Cruce, uma pequena peça de dança contemporânea interpretada pelas bailarinas Danielle Mesquita e Astrid Bramming, que unem suas raízes brasileiras e dinamarquesas para ocupar um espaço “diferente do habitual” conectando-se com o público por vários ângulos.

Com uma trajetória de 16 anos no mundo dança, Poliana Lima também estreará Oro Negro no 40º Festival de Outono de Madri, em novembro, um projeto que “abre uma trilogia sobre o corpo e nuances culturais”, e com o qual pretende fazer uma “investigação mais profunda” de suas raízes negras.

“O corpo é um lugar de memória não só quando se trata de dançar, mas também de comer, falar ou gesticular. ‘Oro Negro’ é o projeto que inicia isso e pretendo mergulhar nele e fazer nascer uma matriz que me compõe, minhas origens negras que até são apagadas da minha pele, mas existem”, comentou a coreógrafa.

Oportunidades desiguais

Poliana Lima desembarcou em Madri em 2010 porque estava “muito decepcionada” com sua vida no Brasil, mas durante uma visita à irmã que deveria ter durado cerca de três meses “vi o portal e entrei totalmente”, contou, ao reconhecer que seu processo de migração foi “idílico”, o que nem sempre acontece.

Em quase todas as minhas peças, menciono minha origem brasileira porque me parece importante, foi o lugar que me formou, meus primeiros óculos diante do mundo

Poliana Lima

“É muito importante falar sobre o aspecto de classe social. Sou filha de classe média alta no Brasil e vim para a Espanha com todo o apoio da família para poder me dedicar exclusivamente aos estudos e isso é algo que nem todos podem fazer. É importante estar atento a esses privilégios porque cada migrante tem sua própria história e a lista de opressões é muito ampla”, destacou.

Apesar disso, reconhece ter sofrido episódios de “xenofobia velada” quando, supostamente, “trai as expectativas” ao usar palavras que alguém “não espera que eu diga”, porque não espera que um brasileiro “possa dominar o idioma”.

Falta de incentivos culturais

A coreógrafa brasileira também comentou que na Espanha “há muita gente criativa”, mas reconheceu que é “muito triste” que os projetos culturais tenham “tão pouca duração”, sobretudo os centrados na dança.

“Nosso setor está sempre sujeito a mudanças políticas, então nunca há uma visão de longo prazo da dança na Espanha. Há muita vontade e criatividade, mas faltam recursos e projetos políticos que queiram se comprometer com artistas de verdade”, lamentou.

Quando chegou à Espanha, Poliana surpreendeu-se com o “olhar para a Europa” que a arte tem neste país, algo que também aconteceu no Brasil, onde a arte europeia é muito valorizada.

Depois de ver que dois países separados pelo oceano se fazem a mesma pergunta, sendo a Espanha um país europeu, ela mesma ainda se pergunta: “Onde está a Europa? Onde eu tenho que ir para poder fazer essa dança?”.

Poliana Lima está convencida de que “há um terreno fértil” em termos de criatividade, mas não há respostas que a profissionalizem e é preciso, segundo ela, “valorizá-la” para que os cidadãos “compreendam profundamente o significado”.

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