‘Matilda – O Musical’ traz sucesso das telas ao palco com dilema infantil que faz adultos refletirem


Fabi Bang e Myra Ruiz, consagrada dupla de ‘Wicked’, deve surpreender os fãs na produção que conta a história de uma menina capaz de superar as adversidades com o prazer da leitura

Por Dirceu Alves Jr.

A atriz e cantora carioca Fabi Bang, de 39 anos, é expansiva, falante, intuitiva e brincalhona. A paulistana Myra Ruiz, de 30, também atriz e cantora, é tão talentosa quanto a colega, porém tímida, reservada e de uma autoexigência ímpar quando o assunto é a técnica. As duas conheceram o sucesso com o musical Wicked em 2016 como, respectivamente, a feiticeira boazinha Glinda e a esquisita Elphaba, a bruxa má do Oeste.

Desde o primeiro contato, nos ensaios iniciais, lá no fim de 2015, nasceu uma parceria de vida que encantou um fã-clube crescente e rendeu outros trabalhos, como o show Desafiando a Amizade, a peça Garota de Ipanema, o Musical da Bossa Nova e a remontagem de Wicked, que ocupou o Teatro Santander neste primeiro semestre.

Duas faces de uma mesma moeda, as estrelas voltam a contracenar em Matilda – O Musical, espetáculo de Dennis Kelly e Tim Minchin, inspirado no romance do escritor inglês Roald Dahl (1916-1990), que estreia nesta quinta, 18, no Teatro Claro SP, no Shopping Vila Olímpia. Sob a direção geral de John Stefaniuk, direção musical de Vânia Pajares e coreografias de Peter Darling, a versão brasileira apresenta quatro atrizes mirins em revezamento no papel-título: Luísa Moribe, de 12 anos, Belle Rodrigues, Mafê Diniz e Maria Volpe, as três com 10 anos.

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Musical faz curta temporada em São Paulo. Montagem brasileira tem no palco elenco de 50 artistas, entre crianças e adultos, e estrutura de mais de 23 toneladas

Matilda é uma garota destratada pelos pais que supera a infelicidade do cotidiano através da paixão pelos livros e da força de sua imaginação. A história já foi levada às telas duas vezes. O comediante Danny DeVito dirigiu e atuou em um longa de 1996 ancorado no romance de Roald Dahl e, em 2020, uma adaptação do musical foi produzida pela Netflix sob a direção de Matthew Warchus com, entre outros, Emma Thompson no elenco.

“O espetáculo vai levar muito adulto a refletir sobre sua própria história”

Fabi Bang, atriz

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Mesmo não sendo as protagonistas absolutas, Fabi Bang e Myra Ruiz interpretam personagens fundamentais na história desta garota. “Estas quatro meninas é que carregam o show nas costas”, reconhece Fabi. Desta vez, tudo será mesmo diferente e os fãs da dupla serão surpreendidos com uma proposital inversão de papéis. Fabi assume a dramaticidade da Srta. Honey, a professora sofrida que ajuda Matilda em sua descoberta do mundo e, assim, compreende melhor a si mesma.

Myra, por sua vez, é a Sra. Wormwood, a fútil e desnaturada mãe da garota, uma perua cheia de excessos e que culpa a filha por ter deixado para trás seus sonhos. “Eu nunca tive a chance de explorar a faceta do drama, assim como a Myra jamais exerceu o humor, e acho bom demonstrar versatilidade porque senão acabamos limitadas àquela caixinha de uma só personagem”, afirma Fabi.

Em destaque, Myra Ruiz e Leandro Naiss fazem performance de 'Matilda - O Musical' Foto: João Caldas Fo./Divulgação
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Myra confessa que enfrentou uma certa resistência inicial ao abraçar a Sra. Wormwood. “Eu disse não, ‘não tem nada a ver comigo, será que vou dar conta’, mas me apaixonei pela personagem nas primeiras cenas e já fui para a audição montada no figurino colorido”, conta a atriz.

O responsável por entregar esse desafio à dupla foi o ator e produtor Cleto Baccic, que trouxe Matilda – O Musical para o Brasil e interpreta a grande vilã Agatha Trunchbull, a desalmada diretora da escola da menina.

“São duas artistas completas que precisam ser vistas em cena de diferentes formas”,

declara Baccic.

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“A Myra tem uma comicidade ainda desconhecida, ela pode imprimir o peso de uma Evita e, agora, dar um banho de deboche, enquanto a Fabi, dona de uma imagem tão solar por causa da Glinda, faz uma moça sofrida, abusada de todas as maneiras possíveis”, comenta o produtor.

Cleto Baccic é ator e produtor e interpreta a vilã Agatha Trunchbull, em 'Matilda - O Musical' Foto: João Caldas Fo./Divulgação

Matilda – O Musical explora o universo lúdico de uma criança de 11 anos capaz de transformar o destino das pessoas à sua volta. Como distração dos maus-tratos recebidos na família, a personagem-título se isola no mundo da leitura e descobre um novo jeito de se comunicar com o mundo mesmo na contramão das ideias um tanto duvidosas pregadas pela mãe e pelo pai (representado por Fabrizio Gorziza).

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“A Sra. Wormwood, que só pensa em se embelezar, considera Matilda o seu oposto e critica o tempo inteiro a filha por causa da sua dedicação aos livros e aos estudos”, explica Myra.

Na escola, a vida da garota não é mais suave, até porque a Sra. Trunchbull, no seu excesso de rigidez, não se adaptou a uma moderna educação e ainda exige o respeito dos alunos na base da palmatória. Por isso, o alívio da menina começa na relação com a Srta. Honey, a professora que estimula seus potenciais e oferece acolhimento e segurança.

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Musical faz curta temporada em São Paulo. Montagem brasileira tem no palco elenco de 50 artistas, entre crianças e adultos, e estrutura de mais de 23 toneladas

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“Se a gente observar bem um adulto encontrará todas as respostas para sua personalidade na criação e nas referências trazidas da infância”, comenta Fabi, que é mãe de Isabel, de 4 anos. “Por isso, acho que o espetáculo vai levar muito adulto a refletir sobre sua própria história.”

Cleto Baccic costuma dedicar um olhar atencioso ao público infantil em suas produções. Ele já montou, entre outros, Billy Elliot, sobre o menino que supera o preconceito para se tornar bailarino, e Annie, que aborda de uma sofredora órfã criada em uma instituição junto de outras crianças.

Para ele, Matilda é mais um destes espetáculos que vem para valorizar a inteligência de meninos e meninas. “Tem gente que pensa que teatro infantil é só um adulto se passando por criança e isso causa uma rejeição ao gênero”, comenta. “Procuro conscientizar e formar tanto plateias como profissionais porque mesmo que esses jovens atores se decidam por outra carreira no futuro já terão segurança quanto aos seus talentos, serão mais comunicativos e desenvoltos em qualquer profissão.”

Elenco de 'Matilda - O Musical' tem 50 artistas, entre crianças e adultos, e estrutura de palco gigante Foto: João Caldas Fo./Divulgação

Serviço

Matilda – O Musical

Teatro Claro SP. Shopping Vila Olímpia. Rua Olimpíadas, 360, Vila Olímpia

Quarta a sexta, 20h; sábado e domingo, 15h e 20h

R$ 39,60 a R$ 400,00. Até 23 de dezembro

A partir de quinta, 18

A atriz e cantora carioca Fabi Bang, de 39 anos, é expansiva, falante, intuitiva e brincalhona. A paulistana Myra Ruiz, de 30, também atriz e cantora, é tão talentosa quanto a colega, porém tímida, reservada e de uma autoexigência ímpar quando o assunto é a técnica. As duas conheceram o sucesso com o musical Wicked em 2016 como, respectivamente, a feiticeira boazinha Glinda e a esquisita Elphaba, a bruxa má do Oeste.

Desde o primeiro contato, nos ensaios iniciais, lá no fim de 2015, nasceu uma parceria de vida que encantou um fã-clube crescente e rendeu outros trabalhos, como o show Desafiando a Amizade, a peça Garota de Ipanema, o Musical da Bossa Nova e a remontagem de Wicked, que ocupou o Teatro Santander neste primeiro semestre.

Duas faces de uma mesma moeda, as estrelas voltam a contracenar em Matilda – O Musical, espetáculo de Dennis Kelly e Tim Minchin, inspirado no romance do escritor inglês Roald Dahl (1916-1990), que estreia nesta quinta, 18, no Teatro Claro SP, no Shopping Vila Olímpia. Sob a direção geral de John Stefaniuk, direção musical de Vânia Pajares e coreografias de Peter Darling, a versão brasileira apresenta quatro atrizes mirins em revezamento no papel-título: Luísa Moribe, de 12 anos, Belle Rodrigues, Mafê Diniz e Maria Volpe, as três com 10 anos.

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Musical faz curta temporada em São Paulo. Montagem brasileira tem no palco elenco de 50 artistas, entre crianças e adultos, e estrutura de mais de 23 toneladas

Matilda é uma garota destratada pelos pais que supera a infelicidade do cotidiano através da paixão pelos livros e da força de sua imaginação. A história já foi levada às telas duas vezes. O comediante Danny DeVito dirigiu e atuou em um longa de 1996 ancorado no romance de Roald Dahl e, em 2020, uma adaptação do musical foi produzida pela Netflix sob a direção de Matthew Warchus com, entre outros, Emma Thompson no elenco.

“O espetáculo vai levar muito adulto a refletir sobre sua própria história”

Fabi Bang, atriz

Mesmo não sendo as protagonistas absolutas, Fabi Bang e Myra Ruiz interpretam personagens fundamentais na história desta garota. “Estas quatro meninas é que carregam o show nas costas”, reconhece Fabi. Desta vez, tudo será mesmo diferente e os fãs da dupla serão surpreendidos com uma proposital inversão de papéis. Fabi assume a dramaticidade da Srta. Honey, a professora sofrida que ajuda Matilda em sua descoberta do mundo e, assim, compreende melhor a si mesma.

Myra, por sua vez, é a Sra. Wormwood, a fútil e desnaturada mãe da garota, uma perua cheia de excessos e que culpa a filha por ter deixado para trás seus sonhos. “Eu nunca tive a chance de explorar a faceta do drama, assim como a Myra jamais exerceu o humor, e acho bom demonstrar versatilidade porque senão acabamos limitadas àquela caixinha de uma só personagem”, afirma Fabi.

Em destaque, Myra Ruiz e Leandro Naiss fazem performance de 'Matilda - O Musical' Foto: João Caldas Fo./Divulgação

Myra confessa que enfrentou uma certa resistência inicial ao abraçar a Sra. Wormwood. “Eu disse não, ‘não tem nada a ver comigo, será que vou dar conta’, mas me apaixonei pela personagem nas primeiras cenas e já fui para a audição montada no figurino colorido”, conta a atriz.

O responsável por entregar esse desafio à dupla foi o ator e produtor Cleto Baccic, que trouxe Matilda – O Musical para o Brasil e interpreta a grande vilã Agatha Trunchbull, a desalmada diretora da escola da menina.

“São duas artistas completas que precisam ser vistas em cena de diferentes formas”,

declara Baccic.

“A Myra tem uma comicidade ainda desconhecida, ela pode imprimir o peso de uma Evita e, agora, dar um banho de deboche, enquanto a Fabi, dona de uma imagem tão solar por causa da Glinda, faz uma moça sofrida, abusada de todas as maneiras possíveis”, comenta o produtor.

Cleto Baccic é ator e produtor e interpreta a vilã Agatha Trunchbull, em 'Matilda - O Musical' Foto: João Caldas Fo./Divulgação

Matilda – O Musical explora o universo lúdico de uma criança de 11 anos capaz de transformar o destino das pessoas à sua volta. Como distração dos maus-tratos recebidos na família, a personagem-título se isola no mundo da leitura e descobre um novo jeito de se comunicar com o mundo mesmo na contramão das ideias um tanto duvidosas pregadas pela mãe e pelo pai (representado por Fabrizio Gorziza).

“A Sra. Wormwood, que só pensa em se embelezar, considera Matilda o seu oposto e critica o tempo inteiro a filha por causa da sua dedicação aos livros e aos estudos”, explica Myra.

Na escola, a vida da garota não é mais suave, até porque a Sra. Trunchbull, no seu excesso de rigidez, não se adaptou a uma moderna educação e ainda exige o respeito dos alunos na base da palmatória. Por isso, o alívio da menina começa na relação com a Srta. Honey, a professora que estimula seus potenciais e oferece acolhimento e segurança.

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Musical faz curta temporada em São Paulo. Montagem brasileira tem no palco elenco de 50 artistas, entre crianças e adultos, e estrutura de mais de 23 toneladas

“Se a gente observar bem um adulto encontrará todas as respostas para sua personalidade na criação e nas referências trazidas da infância”, comenta Fabi, que é mãe de Isabel, de 4 anos. “Por isso, acho que o espetáculo vai levar muito adulto a refletir sobre sua própria história.”

Cleto Baccic costuma dedicar um olhar atencioso ao público infantil em suas produções. Ele já montou, entre outros, Billy Elliot, sobre o menino que supera o preconceito para se tornar bailarino, e Annie, que aborda de uma sofredora órfã criada em uma instituição junto de outras crianças.

Para ele, Matilda é mais um destes espetáculos que vem para valorizar a inteligência de meninos e meninas. “Tem gente que pensa que teatro infantil é só um adulto se passando por criança e isso causa uma rejeição ao gênero”, comenta. “Procuro conscientizar e formar tanto plateias como profissionais porque mesmo que esses jovens atores se decidam por outra carreira no futuro já terão segurança quanto aos seus talentos, serão mais comunicativos e desenvoltos em qualquer profissão.”

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Serviço

Matilda – O Musical

Teatro Claro SP. Shopping Vila Olímpia. Rua Olimpíadas, 360, Vila Olímpia

Quarta a sexta, 20h; sábado e domingo, 15h e 20h

R$ 39,60 a R$ 400,00. Até 23 de dezembro

A partir de quinta, 18

A atriz e cantora carioca Fabi Bang, de 39 anos, é expansiva, falante, intuitiva e brincalhona. A paulistana Myra Ruiz, de 30, também atriz e cantora, é tão talentosa quanto a colega, porém tímida, reservada e de uma autoexigência ímpar quando o assunto é a técnica. As duas conheceram o sucesso com o musical Wicked em 2016 como, respectivamente, a feiticeira boazinha Glinda e a esquisita Elphaba, a bruxa má do Oeste.

Desde o primeiro contato, nos ensaios iniciais, lá no fim de 2015, nasceu uma parceria de vida que encantou um fã-clube crescente e rendeu outros trabalhos, como o show Desafiando a Amizade, a peça Garota de Ipanema, o Musical da Bossa Nova e a remontagem de Wicked, que ocupou o Teatro Santander neste primeiro semestre.

Duas faces de uma mesma moeda, as estrelas voltam a contracenar em Matilda – O Musical, espetáculo de Dennis Kelly e Tim Minchin, inspirado no romance do escritor inglês Roald Dahl (1916-1990), que estreia nesta quinta, 18, no Teatro Claro SP, no Shopping Vila Olímpia. Sob a direção geral de John Stefaniuk, direção musical de Vânia Pajares e coreografias de Peter Darling, a versão brasileira apresenta quatro atrizes mirins em revezamento no papel-título: Luísa Moribe, de 12 anos, Belle Rodrigues, Mafê Diniz e Maria Volpe, as três com 10 anos.

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Matilda é uma garota destratada pelos pais que supera a infelicidade do cotidiano através da paixão pelos livros e da força de sua imaginação. A história já foi levada às telas duas vezes. O comediante Danny DeVito dirigiu e atuou em um longa de 1996 ancorado no romance de Roald Dahl e, em 2020, uma adaptação do musical foi produzida pela Netflix sob a direção de Matthew Warchus com, entre outros, Emma Thompson no elenco.

“O espetáculo vai levar muito adulto a refletir sobre sua própria história”

Fabi Bang, atriz

Mesmo não sendo as protagonistas absolutas, Fabi Bang e Myra Ruiz interpretam personagens fundamentais na história desta garota. “Estas quatro meninas é que carregam o show nas costas”, reconhece Fabi. Desta vez, tudo será mesmo diferente e os fãs da dupla serão surpreendidos com uma proposital inversão de papéis. Fabi assume a dramaticidade da Srta. Honey, a professora sofrida que ajuda Matilda em sua descoberta do mundo e, assim, compreende melhor a si mesma.

Myra, por sua vez, é a Sra. Wormwood, a fútil e desnaturada mãe da garota, uma perua cheia de excessos e que culpa a filha por ter deixado para trás seus sonhos. “Eu nunca tive a chance de explorar a faceta do drama, assim como a Myra jamais exerceu o humor, e acho bom demonstrar versatilidade porque senão acabamos limitadas àquela caixinha de uma só personagem”, afirma Fabi.

Em destaque, Myra Ruiz e Leandro Naiss fazem performance de 'Matilda - O Musical' Foto: João Caldas Fo./Divulgação

Myra confessa que enfrentou uma certa resistência inicial ao abraçar a Sra. Wormwood. “Eu disse não, ‘não tem nada a ver comigo, será que vou dar conta’, mas me apaixonei pela personagem nas primeiras cenas e já fui para a audição montada no figurino colorido”, conta a atriz.

O responsável por entregar esse desafio à dupla foi o ator e produtor Cleto Baccic, que trouxe Matilda – O Musical para o Brasil e interpreta a grande vilã Agatha Trunchbull, a desalmada diretora da escola da menina.

“São duas artistas completas que precisam ser vistas em cena de diferentes formas”,

declara Baccic.

“A Myra tem uma comicidade ainda desconhecida, ela pode imprimir o peso de uma Evita e, agora, dar um banho de deboche, enquanto a Fabi, dona de uma imagem tão solar por causa da Glinda, faz uma moça sofrida, abusada de todas as maneiras possíveis”, comenta o produtor.

Cleto Baccic é ator e produtor e interpreta a vilã Agatha Trunchbull, em 'Matilda - O Musical' Foto: João Caldas Fo./Divulgação

Matilda – O Musical explora o universo lúdico de uma criança de 11 anos capaz de transformar o destino das pessoas à sua volta. Como distração dos maus-tratos recebidos na família, a personagem-título se isola no mundo da leitura e descobre um novo jeito de se comunicar com o mundo mesmo na contramão das ideias um tanto duvidosas pregadas pela mãe e pelo pai (representado por Fabrizio Gorziza).

“A Sra. Wormwood, que só pensa em se embelezar, considera Matilda o seu oposto e critica o tempo inteiro a filha por causa da sua dedicação aos livros e aos estudos”, explica Myra.

Na escola, a vida da garota não é mais suave, até porque a Sra. Trunchbull, no seu excesso de rigidez, não se adaptou a uma moderna educação e ainda exige o respeito dos alunos na base da palmatória. Por isso, o alívio da menina começa na relação com a Srta. Honey, a professora que estimula seus potenciais e oferece acolhimento e segurança.

Seu navegador não suporta esse video.

Musical faz curta temporada em São Paulo. Montagem brasileira tem no palco elenco de 50 artistas, entre crianças e adultos, e estrutura de mais de 23 toneladas

“Se a gente observar bem um adulto encontrará todas as respostas para sua personalidade na criação e nas referências trazidas da infância”, comenta Fabi, que é mãe de Isabel, de 4 anos. “Por isso, acho que o espetáculo vai levar muito adulto a refletir sobre sua própria história.”

Cleto Baccic costuma dedicar um olhar atencioso ao público infantil em suas produções. Ele já montou, entre outros, Billy Elliot, sobre o menino que supera o preconceito para se tornar bailarino, e Annie, que aborda de uma sofredora órfã criada em uma instituição junto de outras crianças.

Para ele, Matilda é mais um destes espetáculos que vem para valorizar a inteligência de meninos e meninas. “Tem gente que pensa que teatro infantil é só um adulto se passando por criança e isso causa uma rejeição ao gênero”, comenta. “Procuro conscientizar e formar tanto plateias como profissionais porque mesmo que esses jovens atores se decidam por outra carreira no futuro já terão segurança quanto aos seus talentos, serão mais comunicativos e desenvoltos em qualquer profissão.”

Elenco de 'Matilda - O Musical' tem 50 artistas, entre crianças e adultos, e estrutura de palco gigante Foto: João Caldas Fo./Divulgação

Serviço

Matilda – O Musical

Teatro Claro SP. Shopping Vila Olímpia. Rua Olimpíadas, 360, Vila Olímpia

Quarta a sexta, 20h; sábado e domingo, 15h e 20h

R$ 39,60 a R$ 400,00. Até 23 de dezembro

A partir de quinta, 18

A atriz e cantora carioca Fabi Bang, de 39 anos, é expansiva, falante, intuitiva e brincalhona. A paulistana Myra Ruiz, de 30, também atriz e cantora, é tão talentosa quanto a colega, porém tímida, reservada e de uma autoexigência ímpar quando o assunto é a técnica. As duas conheceram o sucesso com o musical Wicked em 2016 como, respectivamente, a feiticeira boazinha Glinda e a esquisita Elphaba, a bruxa má do Oeste.

Desde o primeiro contato, nos ensaios iniciais, lá no fim de 2015, nasceu uma parceria de vida que encantou um fã-clube crescente e rendeu outros trabalhos, como o show Desafiando a Amizade, a peça Garota de Ipanema, o Musical da Bossa Nova e a remontagem de Wicked, que ocupou o Teatro Santander neste primeiro semestre.

Duas faces de uma mesma moeda, as estrelas voltam a contracenar em Matilda – O Musical, espetáculo de Dennis Kelly e Tim Minchin, inspirado no romance do escritor inglês Roald Dahl (1916-1990), que estreia nesta quinta, 18, no Teatro Claro SP, no Shopping Vila Olímpia. Sob a direção geral de John Stefaniuk, direção musical de Vânia Pajares e coreografias de Peter Darling, a versão brasileira apresenta quatro atrizes mirins em revezamento no papel-título: Luísa Moribe, de 12 anos, Belle Rodrigues, Mafê Diniz e Maria Volpe, as três com 10 anos.

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Musical faz curta temporada em São Paulo. Montagem brasileira tem no palco elenco de 50 artistas, entre crianças e adultos, e estrutura de mais de 23 toneladas

Matilda é uma garota destratada pelos pais que supera a infelicidade do cotidiano através da paixão pelos livros e da força de sua imaginação. A história já foi levada às telas duas vezes. O comediante Danny DeVito dirigiu e atuou em um longa de 1996 ancorado no romance de Roald Dahl e, em 2020, uma adaptação do musical foi produzida pela Netflix sob a direção de Matthew Warchus com, entre outros, Emma Thompson no elenco.

“O espetáculo vai levar muito adulto a refletir sobre sua própria história”

Fabi Bang, atriz

Mesmo não sendo as protagonistas absolutas, Fabi Bang e Myra Ruiz interpretam personagens fundamentais na história desta garota. “Estas quatro meninas é que carregam o show nas costas”, reconhece Fabi. Desta vez, tudo será mesmo diferente e os fãs da dupla serão surpreendidos com uma proposital inversão de papéis. Fabi assume a dramaticidade da Srta. Honey, a professora sofrida que ajuda Matilda em sua descoberta do mundo e, assim, compreende melhor a si mesma.

Myra, por sua vez, é a Sra. Wormwood, a fútil e desnaturada mãe da garota, uma perua cheia de excessos e que culpa a filha por ter deixado para trás seus sonhos. “Eu nunca tive a chance de explorar a faceta do drama, assim como a Myra jamais exerceu o humor, e acho bom demonstrar versatilidade porque senão acabamos limitadas àquela caixinha de uma só personagem”, afirma Fabi.

Em destaque, Myra Ruiz e Leandro Naiss fazem performance de 'Matilda - O Musical' Foto: João Caldas Fo./Divulgação

Myra confessa que enfrentou uma certa resistência inicial ao abraçar a Sra. Wormwood. “Eu disse não, ‘não tem nada a ver comigo, será que vou dar conta’, mas me apaixonei pela personagem nas primeiras cenas e já fui para a audição montada no figurino colorido”, conta a atriz.

O responsável por entregar esse desafio à dupla foi o ator e produtor Cleto Baccic, que trouxe Matilda – O Musical para o Brasil e interpreta a grande vilã Agatha Trunchbull, a desalmada diretora da escola da menina.

“São duas artistas completas que precisam ser vistas em cena de diferentes formas”,

declara Baccic.

“A Myra tem uma comicidade ainda desconhecida, ela pode imprimir o peso de uma Evita e, agora, dar um banho de deboche, enquanto a Fabi, dona de uma imagem tão solar por causa da Glinda, faz uma moça sofrida, abusada de todas as maneiras possíveis”, comenta o produtor.

Cleto Baccic é ator e produtor e interpreta a vilã Agatha Trunchbull, em 'Matilda - O Musical' Foto: João Caldas Fo./Divulgação

Matilda – O Musical explora o universo lúdico de uma criança de 11 anos capaz de transformar o destino das pessoas à sua volta. Como distração dos maus-tratos recebidos na família, a personagem-título se isola no mundo da leitura e descobre um novo jeito de se comunicar com o mundo mesmo na contramão das ideias um tanto duvidosas pregadas pela mãe e pelo pai (representado por Fabrizio Gorziza).

“A Sra. Wormwood, que só pensa em se embelezar, considera Matilda o seu oposto e critica o tempo inteiro a filha por causa da sua dedicação aos livros e aos estudos”, explica Myra.

Na escola, a vida da garota não é mais suave, até porque a Sra. Trunchbull, no seu excesso de rigidez, não se adaptou a uma moderna educação e ainda exige o respeito dos alunos na base da palmatória. Por isso, o alívio da menina começa na relação com a Srta. Honey, a professora que estimula seus potenciais e oferece acolhimento e segurança.

Seu navegador não suporta esse video.

Musical faz curta temporada em São Paulo. Montagem brasileira tem no palco elenco de 50 artistas, entre crianças e adultos, e estrutura de mais de 23 toneladas

“Se a gente observar bem um adulto encontrará todas as respostas para sua personalidade na criação e nas referências trazidas da infância”, comenta Fabi, que é mãe de Isabel, de 4 anos. “Por isso, acho que o espetáculo vai levar muito adulto a refletir sobre sua própria história.”

Cleto Baccic costuma dedicar um olhar atencioso ao público infantil em suas produções. Ele já montou, entre outros, Billy Elliot, sobre o menino que supera o preconceito para se tornar bailarino, e Annie, que aborda de uma sofredora órfã criada em uma instituição junto de outras crianças.

Para ele, Matilda é mais um destes espetáculos que vem para valorizar a inteligência de meninos e meninas. “Tem gente que pensa que teatro infantil é só um adulto se passando por criança e isso causa uma rejeição ao gênero”, comenta. “Procuro conscientizar e formar tanto plateias como profissionais porque mesmo que esses jovens atores se decidam por outra carreira no futuro já terão segurança quanto aos seus talentos, serão mais comunicativos e desenvoltos em qualquer profissão.”

Elenco de 'Matilda - O Musical' tem 50 artistas, entre crianças e adultos, e estrutura de palco gigante Foto: João Caldas Fo./Divulgação

Serviço

Matilda – O Musical

Teatro Claro SP. Shopping Vila Olímpia. Rua Olimpíadas, 360, Vila Olímpia

Quarta a sexta, 20h; sábado e domingo, 15h e 20h

R$ 39,60 a R$ 400,00. Até 23 de dezembro

A partir de quinta, 18

A atriz e cantora carioca Fabi Bang, de 39 anos, é expansiva, falante, intuitiva e brincalhona. A paulistana Myra Ruiz, de 30, também atriz e cantora, é tão talentosa quanto a colega, porém tímida, reservada e de uma autoexigência ímpar quando o assunto é a técnica. As duas conheceram o sucesso com o musical Wicked em 2016 como, respectivamente, a feiticeira boazinha Glinda e a esquisita Elphaba, a bruxa má do Oeste.

Desde o primeiro contato, nos ensaios iniciais, lá no fim de 2015, nasceu uma parceria de vida que encantou um fã-clube crescente e rendeu outros trabalhos, como o show Desafiando a Amizade, a peça Garota de Ipanema, o Musical da Bossa Nova e a remontagem de Wicked, que ocupou o Teatro Santander neste primeiro semestre.

Duas faces de uma mesma moeda, as estrelas voltam a contracenar em Matilda – O Musical, espetáculo de Dennis Kelly e Tim Minchin, inspirado no romance do escritor inglês Roald Dahl (1916-1990), que estreia nesta quinta, 18, no Teatro Claro SP, no Shopping Vila Olímpia. Sob a direção geral de John Stefaniuk, direção musical de Vânia Pajares e coreografias de Peter Darling, a versão brasileira apresenta quatro atrizes mirins em revezamento no papel-título: Luísa Moribe, de 12 anos, Belle Rodrigues, Mafê Diniz e Maria Volpe, as três com 10 anos.

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Musical faz curta temporada em São Paulo. Montagem brasileira tem no palco elenco de 50 artistas, entre crianças e adultos, e estrutura de mais de 23 toneladas

Matilda é uma garota destratada pelos pais que supera a infelicidade do cotidiano através da paixão pelos livros e da força de sua imaginação. A história já foi levada às telas duas vezes. O comediante Danny DeVito dirigiu e atuou em um longa de 1996 ancorado no romance de Roald Dahl e, em 2020, uma adaptação do musical foi produzida pela Netflix sob a direção de Matthew Warchus com, entre outros, Emma Thompson no elenco.

“O espetáculo vai levar muito adulto a refletir sobre sua própria história”

Fabi Bang, atriz

Mesmo não sendo as protagonistas absolutas, Fabi Bang e Myra Ruiz interpretam personagens fundamentais na história desta garota. “Estas quatro meninas é que carregam o show nas costas”, reconhece Fabi. Desta vez, tudo será mesmo diferente e os fãs da dupla serão surpreendidos com uma proposital inversão de papéis. Fabi assume a dramaticidade da Srta. Honey, a professora sofrida que ajuda Matilda em sua descoberta do mundo e, assim, compreende melhor a si mesma.

Myra, por sua vez, é a Sra. Wormwood, a fútil e desnaturada mãe da garota, uma perua cheia de excessos e que culpa a filha por ter deixado para trás seus sonhos. “Eu nunca tive a chance de explorar a faceta do drama, assim como a Myra jamais exerceu o humor, e acho bom demonstrar versatilidade porque senão acabamos limitadas àquela caixinha de uma só personagem”, afirma Fabi.

Em destaque, Myra Ruiz e Leandro Naiss fazem performance de 'Matilda - O Musical' Foto: João Caldas Fo./Divulgação

Myra confessa que enfrentou uma certa resistência inicial ao abraçar a Sra. Wormwood. “Eu disse não, ‘não tem nada a ver comigo, será que vou dar conta’, mas me apaixonei pela personagem nas primeiras cenas e já fui para a audição montada no figurino colorido”, conta a atriz.

O responsável por entregar esse desafio à dupla foi o ator e produtor Cleto Baccic, que trouxe Matilda – O Musical para o Brasil e interpreta a grande vilã Agatha Trunchbull, a desalmada diretora da escola da menina.

“São duas artistas completas que precisam ser vistas em cena de diferentes formas”,

declara Baccic.

“A Myra tem uma comicidade ainda desconhecida, ela pode imprimir o peso de uma Evita e, agora, dar um banho de deboche, enquanto a Fabi, dona de uma imagem tão solar por causa da Glinda, faz uma moça sofrida, abusada de todas as maneiras possíveis”, comenta o produtor.

Cleto Baccic é ator e produtor e interpreta a vilã Agatha Trunchbull, em 'Matilda - O Musical' Foto: João Caldas Fo./Divulgação

Matilda – O Musical explora o universo lúdico de uma criança de 11 anos capaz de transformar o destino das pessoas à sua volta. Como distração dos maus-tratos recebidos na família, a personagem-título se isola no mundo da leitura e descobre um novo jeito de se comunicar com o mundo mesmo na contramão das ideias um tanto duvidosas pregadas pela mãe e pelo pai (representado por Fabrizio Gorziza).

“A Sra. Wormwood, que só pensa em se embelezar, considera Matilda o seu oposto e critica o tempo inteiro a filha por causa da sua dedicação aos livros e aos estudos”, explica Myra.

Na escola, a vida da garota não é mais suave, até porque a Sra. Trunchbull, no seu excesso de rigidez, não se adaptou a uma moderna educação e ainda exige o respeito dos alunos na base da palmatória. Por isso, o alívio da menina começa na relação com a Srta. Honey, a professora que estimula seus potenciais e oferece acolhimento e segurança.

Seu navegador não suporta esse video.

Musical faz curta temporada em São Paulo. Montagem brasileira tem no palco elenco de 50 artistas, entre crianças e adultos, e estrutura de mais de 23 toneladas

“Se a gente observar bem um adulto encontrará todas as respostas para sua personalidade na criação e nas referências trazidas da infância”, comenta Fabi, que é mãe de Isabel, de 4 anos. “Por isso, acho que o espetáculo vai levar muito adulto a refletir sobre sua própria história.”

Cleto Baccic costuma dedicar um olhar atencioso ao público infantil em suas produções. Ele já montou, entre outros, Billy Elliot, sobre o menino que supera o preconceito para se tornar bailarino, e Annie, que aborda de uma sofredora órfã criada em uma instituição junto de outras crianças.

Para ele, Matilda é mais um destes espetáculos que vem para valorizar a inteligência de meninos e meninas. “Tem gente que pensa que teatro infantil é só um adulto se passando por criança e isso causa uma rejeição ao gênero”, comenta. “Procuro conscientizar e formar tanto plateias como profissionais porque mesmo que esses jovens atores se decidam por outra carreira no futuro já terão segurança quanto aos seus talentos, serão mais comunicativos e desenvoltos em qualquer profissão.”

Elenco de 'Matilda - O Musical' tem 50 artistas, entre crianças e adultos, e estrutura de palco gigante Foto: João Caldas Fo./Divulgação

Serviço

Matilda – O Musical

Teatro Claro SP. Shopping Vila Olímpia. Rua Olimpíadas, 360, Vila Olímpia

Quarta a sexta, 20h; sábado e domingo, 15h e 20h

R$ 39,60 a R$ 400,00. Até 23 de dezembro

A partir de quinta, 18

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