Montagem de 'O Gigante' apresenta nova reflexão 50 anos depois


Peça de 1971 foi estrelada por Cleyde Yáconis durante a ditadura militar; versão de 2021 é feita por Geraldine, filha do autor Walter Quaglia

Por Ubiratan Brasil

Em 1971, a atriz Cleyde Yáconis produziu a peça infantojuvenil O Gigante, que marcou o Teatro Sesc Anchieta, onde a montagem foi encenada. Escrito por Walter Quaglia, o texto ganhou prêmio de dramaturgia e, para lembrar os 50 anos dessa encenação, Geraldine, filha do autor, comanda uma nova versão, com exibição única às 20h, na segunda-feira, 20, no Teatro-D.

Cena da montagem da peça 'O Gigante', de Walter Quaglia, com direção de Geraldine Quaglia, em 2021 Foto: Leticia Godoy

À procura de Justiça

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A peça acompanha um Rei que, auxiliado pelo Ministro, Soldado e Bobo, discursa todos os dias para seus súditos. O assunto é um só, um temerário Gigante, que conta ter derrotado e aprisionado na masmorra do castelo. Para garantir a segurança do reino, o Rei solicita contribuições ao “povo”, que troca animais e objetos por moedas. Um desses súditos é um menino aflito por causa da mãe doente. O garoto vai até o rei vender o seu querido boizinho. A partir daí, começa a aventura em busca da verdade, da justiça e da liberdade. No trajeto, o menino faz amizades com a menina e o Mestre que vão ajudá-lo neste caminho.

Hoje com 79 anos, Walter Quaglia conta que o texto foi escrito durante a ditadura militar, “quando o poder havia sido usurpado de Jango sob o pretexto de que ele destruiria o País com um plano comunista”. 

Cena da montagem da peça 'O Gigante', dirigida por Geraldine Quaglia em 2021 Foto: Leticia Godoy
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Para o autor, a proposta da peça é para a criança investigar a procura da verdade. “A alegoria política contida no texto é mais para os adultos. Para as crianças, a mensagem é ‘não se engane com qualquer conversa mole’.”

Nos dias de hoje, com as fake news fervilhando nas redes sociais, a peça ganha um novo significado, segundo Geraldine. “A ideia é propor uma reflexão sobre assuntos que permeiam discussões contemporâneas – democracia, liberdade, cidadania, direitos do cidadão, respeito às diferenças, justiça, entre outras”, afirma ela, no comunicado de imprensa. “A partir da montagem pretendemos proporcionar um momento de comunhão entre teatro, arte, educação, política e cidadania, em um espetáculo.” 

O Gigante Teatro-D Rua João Cachoeira, 899, 1º andar, Piso G-2, Itaim Bibi. Tel. 3079-0451. Segunda-feira (20/12). 20h.  Ingressos: R$ 30

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Cena da montagem da peça 'O Gigante', de Walter Quaglia, com direção de Geraldine Quaglia, em 2021 Foto: Leticia Godoy

Em 1971, a atriz Cleyde Yáconis produziu a peça infantojuvenil O Gigante, que marcou o Teatro Sesc Anchieta, onde a montagem foi encenada. Escrito por Walter Quaglia, o texto ganhou prêmio de dramaturgia e, para lembrar os 50 anos dessa encenação, Geraldine, filha do autor, comanda uma nova versão, com exibição única às 20h, na segunda-feira, 20, no Teatro-D.

Cena da montagem da peça 'O Gigante', de Walter Quaglia, com direção de Geraldine Quaglia, em 2021 Foto: Leticia Godoy

À procura de Justiça

A peça acompanha um Rei que, auxiliado pelo Ministro, Soldado e Bobo, discursa todos os dias para seus súditos. O assunto é um só, um temerário Gigante, que conta ter derrotado e aprisionado na masmorra do castelo. Para garantir a segurança do reino, o Rei solicita contribuições ao “povo”, que troca animais e objetos por moedas. Um desses súditos é um menino aflito por causa da mãe doente. O garoto vai até o rei vender o seu querido boizinho. A partir daí, começa a aventura em busca da verdade, da justiça e da liberdade. No trajeto, o menino faz amizades com a menina e o Mestre que vão ajudá-lo neste caminho.

Hoje com 79 anos, Walter Quaglia conta que o texto foi escrito durante a ditadura militar, “quando o poder havia sido usurpado de Jango sob o pretexto de que ele destruiria o País com um plano comunista”. 

Cena da montagem da peça 'O Gigante', dirigida por Geraldine Quaglia em 2021 Foto: Leticia Godoy

Para o autor, a proposta da peça é para a criança investigar a procura da verdade. “A alegoria política contida no texto é mais para os adultos. Para as crianças, a mensagem é ‘não se engane com qualquer conversa mole’.”

Nos dias de hoje, com as fake news fervilhando nas redes sociais, a peça ganha um novo significado, segundo Geraldine. “A ideia é propor uma reflexão sobre assuntos que permeiam discussões contemporâneas – democracia, liberdade, cidadania, direitos do cidadão, respeito às diferenças, justiça, entre outras”, afirma ela, no comunicado de imprensa. “A partir da montagem pretendemos proporcionar um momento de comunhão entre teatro, arte, educação, política e cidadania, em um espetáculo.” 

O Gigante Teatro-D Rua João Cachoeira, 899, 1º andar, Piso G-2, Itaim Bibi. Tel. 3079-0451. Segunda-feira (20/12). 20h.  Ingressos: R$ 30

Cena da montagem da peça 'O Gigante', de Walter Quaglia, com direção de Geraldine Quaglia, em 2021 Foto: Leticia Godoy

Em 1971, a atriz Cleyde Yáconis produziu a peça infantojuvenil O Gigante, que marcou o Teatro Sesc Anchieta, onde a montagem foi encenada. Escrito por Walter Quaglia, o texto ganhou prêmio de dramaturgia e, para lembrar os 50 anos dessa encenação, Geraldine, filha do autor, comanda uma nova versão, com exibição única às 20h, na segunda-feira, 20, no Teatro-D.

Cena da montagem da peça 'O Gigante', de Walter Quaglia, com direção de Geraldine Quaglia, em 2021 Foto: Leticia Godoy

À procura de Justiça

A peça acompanha um Rei que, auxiliado pelo Ministro, Soldado e Bobo, discursa todos os dias para seus súditos. O assunto é um só, um temerário Gigante, que conta ter derrotado e aprisionado na masmorra do castelo. Para garantir a segurança do reino, o Rei solicita contribuições ao “povo”, que troca animais e objetos por moedas. Um desses súditos é um menino aflito por causa da mãe doente. O garoto vai até o rei vender o seu querido boizinho. A partir daí, começa a aventura em busca da verdade, da justiça e da liberdade. No trajeto, o menino faz amizades com a menina e o Mestre que vão ajudá-lo neste caminho.

Hoje com 79 anos, Walter Quaglia conta que o texto foi escrito durante a ditadura militar, “quando o poder havia sido usurpado de Jango sob o pretexto de que ele destruiria o País com um plano comunista”. 

Cena da montagem da peça 'O Gigante', dirigida por Geraldine Quaglia em 2021 Foto: Leticia Godoy

Para o autor, a proposta da peça é para a criança investigar a procura da verdade. “A alegoria política contida no texto é mais para os adultos. Para as crianças, a mensagem é ‘não se engane com qualquer conversa mole’.”

Nos dias de hoje, com as fake news fervilhando nas redes sociais, a peça ganha um novo significado, segundo Geraldine. “A ideia é propor uma reflexão sobre assuntos que permeiam discussões contemporâneas – democracia, liberdade, cidadania, direitos do cidadão, respeito às diferenças, justiça, entre outras”, afirma ela, no comunicado de imprensa. “A partir da montagem pretendemos proporcionar um momento de comunhão entre teatro, arte, educação, política e cidadania, em um espetáculo.” 

O Gigante Teatro-D Rua João Cachoeira, 899, 1º andar, Piso G-2, Itaim Bibi. Tel. 3079-0451. Segunda-feira (20/12). 20h.  Ingressos: R$ 30

Cena da montagem da peça 'O Gigante', de Walter Quaglia, com direção de Geraldine Quaglia, em 2021 Foto: Leticia Godoy

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