O legado do Teatro do Oprimido ganha revisão na gestão pública


Livro revê os limites e as possibilidades do projeto de Augusto Boal com base na experiência do Orçamento Participativo

Por Leandro Nunes

Foi em diálogo com as Ligas Camponesas da década de 1940 que Augusto Boal (1931-2009), diretor do Teatro de Arena, compreendeu que o evento teatral tinha capacidade de fazer frente à luta dos militantes pela reforma agrária. Por volta dos ano 1960, o Centro do Teatro do Oprimido mantinha intensa parceria com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra para apresentar espetáculos às classes populares. Dessa cena que sofria interferência continuamente que Boal desenvolveu as técnicas de produção teatral para atores e não atores, conhecidas mundialmente.

Um desses recortes foi acompanhado por Dodi Leal, autor de Pedagogia e Estética do Teatro do Oprimido – Marcas da Arte na Gestão Pública, lançado nesta sexta, 29, às 19h, no Teatro da USP, na Rua Maria Antônia, 294. Ele acompanhou a experiência de composição do Orçamento Participativo do município de Santo André entre 1997 e 2004. “Treinados pelo próprio Boal, os servidores começaram fazendo teatro dentro da contabilidade para tornar popular a discussão de contas públicas.”

Na prática, os grupos selecionavam um assunto, que poderia ser transporte, saúde, educação, entre outros, para tratar na forma de uma cena. “Eles partiam de coisas simples, levando em conta que eram compostos por não atores. Ainda assim havia discursos muito potentes”, reitera.

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O resultado das criações sugeriu olhares e perspectivas que ganharam a atenção da secretária de Finanças, Cultura e Comunicação. Mas, se por um lado, as técnicas de Boal amaciaram a burocracia administrativa do município, por outro, segundo o autor, instituíram um método que era seguido de maneira um tanto rígida. “No início, tentavam reproduzir com exatidão as ideias, na tentativa de conseguir os mesmos resultados. Entretanto, Boal deve ser visto mais como uma inspiração que é a transformação da realidade.” 

Ao longo dos anos, o procedimento se dissolveu, mas ganhou outros desdobramentos. Leal conta que muitas companhias mantêm atividade na região. “Muitos grupos fundados continuaram tratando de temas políticos em modos de trabalho semelhantes ao daquele período enquanto outros seguiram na criação de espetáculos mais livres artisticamente.”

PEDAGOGIA E ESTÉTICA DO TEATRO DO OPRIMIDO

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Autor: Dodi Leal Editora: Hucitec (304 págs.; R$ 40) 

Foi em diálogo com as Ligas Camponesas da década de 1940 que Augusto Boal (1931-2009), diretor do Teatro de Arena, compreendeu que o evento teatral tinha capacidade de fazer frente à luta dos militantes pela reforma agrária. Por volta dos ano 1960, o Centro do Teatro do Oprimido mantinha intensa parceria com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra para apresentar espetáculos às classes populares. Dessa cena que sofria interferência continuamente que Boal desenvolveu as técnicas de produção teatral para atores e não atores, conhecidas mundialmente.

Um desses recortes foi acompanhado por Dodi Leal, autor de Pedagogia e Estética do Teatro do Oprimido – Marcas da Arte na Gestão Pública, lançado nesta sexta, 29, às 19h, no Teatro da USP, na Rua Maria Antônia, 294. Ele acompanhou a experiência de composição do Orçamento Participativo do município de Santo André entre 1997 e 2004. “Treinados pelo próprio Boal, os servidores começaram fazendo teatro dentro da contabilidade para tornar popular a discussão de contas públicas.”

Na prática, os grupos selecionavam um assunto, que poderia ser transporte, saúde, educação, entre outros, para tratar na forma de uma cena. “Eles partiam de coisas simples, levando em conta que eram compostos por não atores. Ainda assim havia discursos muito potentes”, reitera.

O resultado das criações sugeriu olhares e perspectivas que ganharam a atenção da secretária de Finanças, Cultura e Comunicação. Mas, se por um lado, as técnicas de Boal amaciaram a burocracia administrativa do município, por outro, segundo o autor, instituíram um método que era seguido de maneira um tanto rígida. “No início, tentavam reproduzir com exatidão as ideias, na tentativa de conseguir os mesmos resultados. Entretanto, Boal deve ser visto mais como uma inspiração que é a transformação da realidade.” 

Ao longo dos anos, o procedimento se dissolveu, mas ganhou outros desdobramentos. Leal conta que muitas companhias mantêm atividade na região. “Muitos grupos fundados continuaram tratando de temas políticos em modos de trabalho semelhantes ao daquele período enquanto outros seguiram na criação de espetáculos mais livres artisticamente.”

PEDAGOGIA E ESTÉTICA DO TEATRO DO OPRIMIDO

Autor: Dodi Leal Editora: Hucitec (304 págs.; R$ 40) 

Foi em diálogo com as Ligas Camponesas da década de 1940 que Augusto Boal (1931-2009), diretor do Teatro de Arena, compreendeu que o evento teatral tinha capacidade de fazer frente à luta dos militantes pela reforma agrária. Por volta dos ano 1960, o Centro do Teatro do Oprimido mantinha intensa parceria com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra para apresentar espetáculos às classes populares. Dessa cena que sofria interferência continuamente que Boal desenvolveu as técnicas de produção teatral para atores e não atores, conhecidas mundialmente.

Um desses recortes foi acompanhado por Dodi Leal, autor de Pedagogia e Estética do Teatro do Oprimido – Marcas da Arte na Gestão Pública, lançado nesta sexta, 29, às 19h, no Teatro da USP, na Rua Maria Antônia, 294. Ele acompanhou a experiência de composição do Orçamento Participativo do município de Santo André entre 1997 e 2004. “Treinados pelo próprio Boal, os servidores começaram fazendo teatro dentro da contabilidade para tornar popular a discussão de contas públicas.”

Na prática, os grupos selecionavam um assunto, que poderia ser transporte, saúde, educação, entre outros, para tratar na forma de uma cena. “Eles partiam de coisas simples, levando em conta que eram compostos por não atores. Ainda assim havia discursos muito potentes”, reitera.

O resultado das criações sugeriu olhares e perspectivas que ganharam a atenção da secretária de Finanças, Cultura e Comunicação. Mas, se por um lado, as técnicas de Boal amaciaram a burocracia administrativa do município, por outro, segundo o autor, instituíram um método que era seguido de maneira um tanto rígida. “No início, tentavam reproduzir com exatidão as ideias, na tentativa de conseguir os mesmos resultados. Entretanto, Boal deve ser visto mais como uma inspiração que é a transformação da realidade.” 

Ao longo dos anos, o procedimento se dissolveu, mas ganhou outros desdobramentos. Leal conta que muitas companhias mantêm atividade na região. “Muitos grupos fundados continuaram tratando de temas políticos em modos de trabalho semelhantes ao daquele período enquanto outros seguiram na criação de espetáculos mais livres artisticamente.”

PEDAGOGIA E ESTÉTICA DO TEATRO DO OPRIMIDO

Autor: Dodi Leal Editora: Hucitec (304 págs.; R$ 40) 

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