Peças 'Guerra em Iperoig' e 'Os Insensatos' aprofundam universo dos indígenas


O primeiro espetáculo está em cartaz no Sesc Belenzinho; o segundo estreia em setembro

Por Leandro Nunes

Por rodovias, ruas e praias de São Paulo e do Rio de Janeiro, o nome dos tamoios resgata uma homenagem pouco conhecida. Foi na antiga região de Iperoig, atual Ubatuba, que brotou o conflito de indígenas contra a colonização portuguesa que inspirou o novo trabalho da mundana companhia. 

Cena do espetáculo 'Guerra em Iperoig' em cartaz no Sesc Belenzinho, que parte de relatos históricos sobre os indígenas. Foto:

No Sesc Belenzinho, os espetáculos Guerra em Iperoig, em cartaz, e Os Insensatos, que estreia em breve, partem de relatos históricos sobre a Confederação dos Tamoios e a paz com a Coroa Portuguesa, ocorrida em 1554. A paz, nesse caso, surge como palavra bastante irônica, por causa do final do embate, explica o codiretor Aury Porto. “O resultado dessa ‘guerra justa’ foi o massacre dos indígenas que tentaram resistir à invasão europeia.”

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Quem perseguiu as primeiras pistas retratadas em Guerra em Iperoig foi André Sant’Anna, criado em Ubatuba e responsável pelos textos da peça. “Passei boa parte da minha infância na região e, aos poucos, fui descobrindo detalhes sobre o levante dos tupinambás”, conta. Ele explica que a resistência indígena unia diferentes etnias espalhadas desde Angra dos Reis, no Rio, até São Vicente, em São Paulo. “Os tupinambás conviviam bem com os franceses, para insatisfação do rei de Portugal.

Então ele se uniu aos tupiniquins e enfraqueceu a convivência. Fui percebendo que acabar em paz significava a destruição do outro.”

Para o ator indígena Anderson Kary Baya, a Confederação dos Tamoios se junta a tantas outras histórias parecidas com a de seu povo. “Sou da região do Amazonas e sempre tive vontade de aprender sobre outros guerreiros, mas não são coisas que se aprende na escola”, diz. “Lembro do guerreiro Ajuricaba, um líder que lutou contra a escravidão, mas também foi capturado por tropas portuguesas.”

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Após uma série de reviravoltas, mortes e traições, os padres jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta foram convocados para idealizar a trégua chamada de Paz de Iperoig, conta Porto. “Em cena, nossa contraproposta não é a dessa paz que trouxe tantos danos ao povo, às praias e à natureza”, observa. 

A segunda montagem, Os Insensatos, que estreia no dia 8 de setembro, avança nos tempos atuais para observar as consequências de tamanha exploração no meio ambiente e na sociedade brasileira. Aqui, a peça se afasta do tom histórico da primeira encenação e cria um ambiente mais alegórico, brilhante e colorido, como uma praça de alimentação chinesa, explica Porto, que dirige a montagem ao lado de Cristian Duarte, Joana Porto e Rogério Pinto. “Em Os Insensatos, as cenas estão mais relacionadas a objetos, movimentos e gestos, não a personagens. Apesar das figuras exageradas, também há humor e beleza. Não estamos carregando tudo com sofrimento.” 

Ele conta que o humor surge do absurdo, como nas cenas em que um indígena é questionado por um influenciador digital sobre o uso de tecnologia e celular nas tribos. Para o ator Anderson, a montagem também oferece um ponto de vista sobre o passado. “Quando estou em cena, a questão que me aparece é como os meus ancestrais veriam os insensatos de hoje em dia. E então muda tudo na cena.” 

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'Guerra em Iperoig' e 'Os Insensatos' Sesc Belenzinho. R. Padre Adelino, 1.000. 5ª/sáb., 21h30. Dom., 18h30. ‘Iperoig’ até 4/9. ‘Insensatos’, 8 a 18/9. 

Por rodovias, ruas e praias de São Paulo e do Rio de Janeiro, o nome dos tamoios resgata uma homenagem pouco conhecida. Foi na antiga região de Iperoig, atual Ubatuba, que brotou o conflito de indígenas contra a colonização portuguesa que inspirou o novo trabalho da mundana companhia. 

Cena do espetáculo 'Guerra em Iperoig' em cartaz no Sesc Belenzinho, que parte de relatos históricos sobre os indígenas. Foto:

No Sesc Belenzinho, os espetáculos Guerra em Iperoig, em cartaz, e Os Insensatos, que estreia em breve, partem de relatos históricos sobre a Confederação dos Tamoios e a paz com a Coroa Portuguesa, ocorrida em 1554. A paz, nesse caso, surge como palavra bastante irônica, por causa do final do embate, explica o codiretor Aury Porto. “O resultado dessa ‘guerra justa’ foi o massacre dos indígenas que tentaram resistir à invasão europeia.”

Quem perseguiu as primeiras pistas retratadas em Guerra em Iperoig foi André Sant’Anna, criado em Ubatuba e responsável pelos textos da peça. “Passei boa parte da minha infância na região e, aos poucos, fui descobrindo detalhes sobre o levante dos tupinambás”, conta. Ele explica que a resistência indígena unia diferentes etnias espalhadas desde Angra dos Reis, no Rio, até São Vicente, em São Paulo. “Os tupinambás conviviam bem com os franceses, para insatisfação do rei de Portugal.

Então ele se uniu aos tupiniquins e enfraqueceu a convivência. Fui percebendo que acabar em paz significava a destruição do outro.”

Para o ator indígena Anderson Kary Baya, a Confederação dos Tamoios se junta a tantas outras histórias parecidas com a de seu povo. “Sou da região do Amazonas e sempre tive vontade de aprender sobre outros guerreiros, mas não são coisas que se aprende na escola”, diz. “Lembro do guerreiro Ajuricaba, um líder que lutou contra a escravidão, mas também foi capturado por tropas portuguesas.”

Após uma série de reviravoltas, mortes e traições, os padres jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta foram convocados para idealizar a trégua chamada de Paz de Iperoig, conta Porto. “Em cena, nossa contraproposta não é a dessa paz que trouxe tantos danos ao povo, às praias e à natureza”, observa. 

A segunda montagem, Os Insensatos, que estreia no dia 8 de setembro, avança nos tempos atuais para observar as consequências de tamanha exploração no meio ambiente e na sociedade brasileira. Aqui, a peça se afasta do tom histórico da primeira encenação e cria um ambiente mais alegórico, brilhante e colorido, como uma praça de alimentação chinesa, explica Porto, que dirige a montagem ao lado de Cristian Duarte, Joana Porto e Rogério Pinto. “Em Os Insensatos, as cenas estão mais relacionadas a objetos, movimentos e gestos, não a personagens. Apesar das figuras exageradas, também há humor e beleza. Não estamos carregando tudo com sofrimento.” 

Ele conta que o humor surge do absurdo, como nas cenas em que um indígena é questionado por um influenciador digital sobre o uso de tecnologia e celular nas tribos. Para o ator Anderson, a montagem também oferece um ponto de vista sobre o passado. “Quando estou em cena, a questão que me aparece é como os meus ancestrais veriam os insensatos de hoje em dia. E então muda tudo na cena.” 

'Guerra em Iperoig' e 'Os Insensatos' Sesc Belenzinho. R. Padre Adelino, 1.000. 5ª/sáb., 21h30. Dom., 18h30. ‘Iperoig’ até 4/9. ‘Insensatos’, 8 a 18/9. 

Por rodovias, ruas e praias de São Paulo e do Rio de Janeiro, o nome dos tamoios resgata uma homenagem pouco conhecida. Foi na antiga região de Iperoig, atual Ubatuba, que brotou o conflito de indígenas contra a colonização portuguesa que inspirou o novo trabalho da mundana companhia. 

Cena do espetáculo 'Guerra em Iperoig' em cartaz no Sesc Belenzinho, que parte de relatos históricos sobre os indígenas. Foto:

No Sesc Belenzinho, os espetáculos Guerra em Iperoig, em cartaz, e Os Insensatos, que estreia em breve, partem de relatos históricos sobre a Confederação dos Tamoios e a paz com a Coroa Portuguesa, ocorrida em 1554. A paz, nesse caso, surge como palavra bastante irônica, por causa do final do embate, explica o codiretor Aury Porto. “O resultado dessa ‘guerra justa’ foi o massacre dos indígenas que tentaram resistir à invasão europeia.”

Quem perseguiu as primeiras pistas retratadas em Guerra em Iperoig foi André Sant’Anna, criado em Ubatuba e responsável pelos textos da peça. “Passei boa parte da minha infância na região e, aos poucos, fui descobrindo detalhes sobre o levante dos tupinambás”, conta. Ele explica que a resistência indígena unia diferentes etnias espalhadas desde Angra dos Reis, no Rio, até São Vicente, em São Paulo. “Os tupinambás conviviam bem com os franceses, para insatisfação do rei de Portugal.

Então ele se uniu aos tupiniquins e enfraqueceu a convivência. Fui percebendo que acabar em paz significava a destruição do outro.”

Para o ator indígena Anderson Kary Baya, a Confederação dos Tamoios se junta a tantas outras histórias parecidas com a de seu povo. “Sou da região do Amazonas e sempre tive vontade de aprender sobre outros guerreiros, mas não são coisas que se aprende na escola”, diz. “Lembro do guerreiro Ajuricaba, um líder que lutou contra a escravidão, mas também foi capturado por tropas portuguesas.”

Após uma série de reviravoltas, mortes e traições, os padres jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta foram convocados para idealizar a trégua chamada de Paz de Iperoig, conta Porto. “Em cena, nossa contraproposta não é a dessa paz que trouxe tantos danos ao povo, às praias e à natureza”, observa. 

A segunda montagem, Os Insensatos, que estreia no dia 8 de setembro, avança nos tempos atuais para observar as consequências de tamanha exploração no meio ambiente e na sociedade brasileira. Aqui, a peça se afasta do tom histórico da primeira encenação e cria um ambiente mais alegórico, brilhante e colorido, como uma praça de alimentação chinesa, explica Porto, que dirige a montagem ao lado de Cristian Duarte, Joana Porto e Rogério Pinto. “Em Os Insensatos, as cenas estão mais relacionadas a objetos, movimentos e gestos, não a personagens. Apesar das figuras exageradas, também há humor e beleza. Não estamos carregando tudo com sofrimento.” 

Ele conta que o humor surge do absurdo, como nas cenas em que um indígena é questionado por um influenciador digital sobre o uso de tecnologia e celular nas tribos. Para o ator Anderson, a montagem também oferece um ponto de vista sobre o passado. “Quando estou em cena, a questão que me aparece é como os meus ancestrais veriam os insensatos de hoje em dia. E então muda tudo na cena.” 

'Guerra em Iperoig' e 'Os Insensatos' Sesc Belenzinho. R. Padre Adelino, 1.000. 5ª/sáb., 21h30. Dom., 18h30. ‘Iperoig’ até 4/9. ‘Insensatos’, 8 a 18/9. 

Por rodovias, ruas e praias de São Paulo e do Rio de Janeiro, o nome dos tamoios resgata uma homenagem pouco conhecida. Foi na antiga região de Iperoig, atual Ubatuba, que brotou o conflito de indígenas contra a colonização portuguesa que inspirou o novo trabalho da mundana companhia. 

Cena do espetáculo 'Guerra em Iperoig' em cartaz no Sesc Belenzinho, que parte de relatos históricos sobre os indígenas. Foto:

No Sesc Belenzinho, os espetáculos Guerra em Iperoig, em cartaz, e Os Insensatos, que estreia em breve, partem de relatos históricos sobre a Confederação dos Tamoios e a paz com a Coroa Portuguesa, ocorrida em 1554. A paz, nesse caso, surge como palavra bastante irônica, por causa do final do embate, explica o codiretor Aury Porto. “O resultado dessa ‘guerra justa’ foi o massacre dos indígenas que tentaram resistir à invasão europeia.”

Quem perseguiu as primeiras pistas retratadas em Guerra em Iperoig foi André Sant’Anna, criado em Ubatuba e responsável pelos textos da peça. “Passei boa parte da minha infância na região e, aos poucos, fui descobrindo detalhes sobre o levante dos tupinambás”, conta. Ele explica que a resistência indígena unia diferentes etnias espalhadas desde Angra dos Reis, no Rio, até São Vicente, em São Paulo. “Os tupinambás conviviam bem com os franceses, para insatisfação do rei de Portugal.

Então ele se uniu aos tupiniquins e enfraqueceu a convivência. Fui percebendo que acabar em paz significava a destruição do outro.”

Para o ator indígena Anderson Kary Baya, a Confederação dos Tamoios se junta a tantas outras histórias parecidas com a de seu povo. “Sou da região do Amazonas e sempre tive vontade de aprender sobre outros guerreiros, mas não são coisas que se aprende na escola”, diz. “Lembro do guerreiro Ajuricaba, um líder que lutou contra a escravidão, mas também foi capturado por tropas portuguesas.”

Após uma série de reviravoltas, mortes e traições, os padres jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta foram convocados para idealizar a trégua chamada de Paz de Iperoig, conta Porto. “Em cena, nossa contraproposta não é a dessa paz que trouxe tantos danos ao povo, às praias e à natureza”, observa. 

A segunda montagem, Os Insensatos, que estreia no dia 8 de setembro, avança nos tempos atuais para observar as consequências de tamanha exploração no meio ambiente e na sociedade brasileira. Aqui, a peça se afasta do tom histórico da primeira encenação e cria um ambiente mais alegórico, brilhante e colorido, como uma praça de alimentação chinesa, explica Porto, que dirige a montagem ao lado de Cristian Duarte, Joana Porto e Rogério Pinto. “Em Os Insensatos, as cenas estão mais relacionadas a objetos, movimentos e gestos, não a personagens. Apesar das figuras exageradas, também há humor e beleza. Não estamos carregando tudo com sofrimento.” 

Ele conta que o humor surge do absurdo, como nas cenas em que um indígena é questionado por um influenciador digital sobre o uso de tecnologia e celular nas tribos. Para o ator Anderson, a montagem também oferece um ponto de vista sobre o passado. “Quando estou em cena, a questão que me aparece é como os meus ancestrais veriam os insensatos de hoje em dia. E então muda tudo na cena.” 

'Guerra em Iperoig' e 'Os Insensatos' Sesc Belenzinho. R. Padre Adelino, 1.000. 5ª/sáb., 21h30. Dom., 18h30. ‘Iperoig’ até 4/9. ‘Insensatos’, 8 a 18/9. 

Por rodovias, ruas e praias de São Paulo e do Rio de Janeiro, o nome dos tamoios resgata uma homenagem pouco conhecida. Foi na antiga região de Iperoig, atual Ubatuba, que brotou o conflito de indígenas contra a colonização portuguesa que inspirou o novo trabalho da mundana companhia. 

Cena do espetáculo 'Guerra em Iperoig' em cartaz no Sesc Belenzinho, que parte de relatos históricos sobre os indígenas. Foto:

No Sesc Belenzinho, os espetáculos Guerra em Iperoig, em cartaz, e Os Insensatos, que estreia em breve, partem de relatos históricos sobre a Confederação dos Tamoios e a paz com a Coroa Portuguesa, ocorrida em 1554. A paz, nesse caso, surge como palavra bastante irônica, por causa do final do embate, explica o codiretor Aury Porto. “O resultado dessa ‘guerra justa’ foi o massacre dos indígenas que tentaram resistir à invasão europeia.”

Quem perseguiu as primeiras pistas retratadas em Guerra em Iperoig foi André Sant’Anna, criado em Ubatuba e responsável pelos textos da peça. “Passei boa parte da minha infância na região e, aos poucos, fui descobrindo detalhes sobre o levante dos tupinambás”, conta. Ele explica que a resistência indígena unia diferentes etnias espalhadas desde Angra dos Reis, no Rio, até São Vicente, em São Paulo. “Os tupinambás conviviam bem com os franceses, para insatisfação do rei de Portugal.

Então ele se uniu aos tupiniquins e enfraqueceu a convivência. Fui percebendo que acabar em paz significava a destruição do outro.”

Para o ator indígena Anderson Kary Baya, a Confederação dos Tamoios se junta a tantas outras histórias parecidas com a de seu povo. “Sou da região do Amazonas e sempre tive vontade de aprender sobre outros guerreiros, mas não são coisas que se aprende na escola”, diz. “Lembro do guerreiro Ajuricaba, um líder que lutou contra a escravidão, mas também foi capturado por tropas portuguesas.”

Após uma série de reviravoltas, mortes e traições, os padres jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta foram convocados para idealizar a trégua chamada de Paz de Iperoig, conta Porto. “Em cena, nossa contraproposta não é a dessa paz que trouxe tantos danos ao povo, às praias e à natureza”, observa. 

A segunda montagem, Os Insensatos, que estreia no dia 8 de setembro, avança nos tempos atuais para observar as consequências de tamanha exploração no meio ambiente e na sociedade brasileira. Aqui, a peça se afasta do tom histórico da primeira encenação e cria um ambiente mais alegórico, brilhante e colorido, como uma praça de alimentação chinesa, explica Porto, que dirige a montagem ao lado de Cristian Duarte, Joana Porto e Rogério Pinto. “Em Os Insensatos, as cenas estão mais relacionadas a objetos, movimentos e gestos, não a personagens. Apesar das figuras exageradas, também há humor e beleza. Não estamos carregando tudo com sofrimento.” 

Ele conta que o humor surge do absurdo, como nas cenas em que um indígena é questionado por um influenciador digital sobre o uso de tecnologia e celular nas tribos. Para o ator Anderson, a montagem também oferece um ponto de vista sobre o passado. “Quando estou em cena, a questão que me aparece é como os meus ancestrais veriam os insensatos de hoje em dia. E então muda tudo na cena.” 

'Guerra em Iperoig' e 'Os Insensatos' Sesc Belenzinho. R. Padre Adelino, 1.000. 5ª/sáb., 21h30. Dom., 18h30. ‘Iperoig’ até 4/9. ‘Insensatos’, 8 a 18/9. 

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