Raul Seixas e Rei Arthur se encontram na peça 'Merlin e Arthur, Um Sonho de Liberdade'


Musical com canções de Raul traz Paulinho Moska como Rei Arthur e a imagem projetada de Vera Holtz como o mago Merlin

Por Ubiratan Brasil

Foi durante um sonho que o encenador Guilherme Leme Garcia descobriu o fio da meada do musical Merlin e Arthur, Um Sonho de Liberdade, que estreia na sexta, 7, no Teatro Frei Caneca. “Eu buscava ideias para o espetáculo e nada me agradava. Até que, em uma noite, sonhei com portões de madeira e paredões de pedra. Um segundo antes de acordar, o nome ‘Merlin’ é pronunciado”, relembra ele, satisfeito por ter encontrado o universo medieval de luta e magia.

Peça 'Merlin & Arthur' Foto: CAIO GALLUCCI

A partir daí, novos desafios surgiram, especialmente na forma que a história seria narrada. Afinal, a trama se passa na cidade de Camelot e é narrada em duas fases, com o elenco se dividindo na interpretação dos papéis mais jovens e nos dias mais recentes. O amor e a busca pela liberdade são os temas centrais da narrativa sobre Arthur, lendário líder britânico que, segundo histórias medievais e romances de cavalaria, liderou a defesa da Grã-Bretanha contra os invasores saxões no final do século 5.º e no início do século 6.º. 

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Mas como seria a trilha sonora? “Sabia que teria de ser algo celta, mas não tinha certeza”, conta o diretor que, ao se perguntar “O que Merlin cantaria?”, deparou-se com uma resposta clara: Raul Seixas. “As canções dele e Paulo Coelho trazem esse sentimento de luta pela liberdade e igualdade que norteavam os ideais do rei Arthur. Enquanto pensava nisso, fui selecionando faixas que poderiam ser utilizadas e, em pouco tempo, cheguei a dez.”

O espírito libertário, aliás, domina Merlin e Arthur. Para desenvolver a trama, Leme contou novamente com a contribuição de Márcia Zanelatto. Juntos, tornaram contemporâneo o universo medieval. “Apesar de ser uma lenda muito antiga e conhecida no mundo inteiro, eu e Márcia fizemos questão de colocar um paralelo entre a história da fundação da Távola Redonda e os tempos que vivemos hoje, no Brasil e no mundo”, conta Leme, lembrando que o processo de escrita coincidiu com o período eleitoral do ano passado, marcado pela polarização. “O discurso de Arthur prega a diversidade – a Távola Redonda, criada por ele, é uma utopia de igualdade, com o poder dividido.”

Com o conteúdo definido, faltava montar um elenco que correspondesse ao discurso – especialmente o papel de Arthur. Leme fez audições, pensou em fazer convites, mas não chegava a uma definição. Até que pensou no marido da atriz Larissa Bracher, que estava ali para acompanhar o processo de seleção: o cantor e compositor Paulinho Moska. Não se tratava de uma aposta arriscada – com um curso de teatro no currículo, além de participação em filmes nos anos 1980, Moska sentiu-se motivado ao ler o roteiro. “Senti que ali estava a mensagem que eu queria passar neste momento”, disse ele, que decidiu adiar a turnê de lançamento de seu disco Beleza e Medo.

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No palco, ele contracena com Larissa, que assumiu o papel de Guinevere. Restava o intérprete de Merlin. “É um personagem que está em outra dimensão, portanto, não poderia ser algo presencial”, conta Leme, cuja solução novamente foi bafejada pela intuição: ele seria projetado por meio de efeitos especiais. Assim, Vera Holtz torna-se o nome ideal, uma vez que se tornou uma celebridade no mundo virtual. “Adoro ver a imagem desse ‘Merlão’ projetada no palco”, diverte-se a atriz.

Foi durante um sonho que o encenador Guilherme Leme Garcia descobriu o fio da meada do musical Merlin e Arthur, Um Sonho de Liberdade, que estreia na sexta, 7, no Teatro Frei Caneca. “Eu buscava ideias para o espetáculo e nada me agradava. Até que, em uma noite, sonhei com portões de madeira e paredões de pedra. Um segundo antes de acordar, o nome ‘Merlin’ é pronunciado”, relembra ele, satisfeito por ter encontrado o universo medieval de luta e magia.

Peça 'Merlin & Arthur' Foto: CAIO GALLUCCI

A partir daí, novos desafios surgiram, especialmente na forma que a história seria narrada. Afinal, a trama se passa na cidade de Camelot e é narrada em duas fases, com o elenco se dividindo na interpretação dos papéis mais jovens e nos dias mais recentes. O amor e a busca pela liberdade são os temas centrais da narrativa sobre Arthur, lendário líder britânico que, segundo histórias medievais e romances de cavalaria, liderou a defesa da Grã-Bretanha contra os invasores saxões no final do século 5.º e no início do século 6.º. 

Mas como seria a trilha sonora? “Sabia que teria de ser algo celta, mas não tinha certeza”, conta o diretor que, ao se perguntar “O que Merlin cantaria?”, deparou-se com uma resposta clara: Raul Seixas. “As canções dele e Paulo Coelho trazem esse sentimento de luta pela liberdade e igualdade que norteavam os ideais do rei Arthur. Enquanto pensava nisso, fui selecionando faixas que poderiam ser utilizadas e, em pouco tempo, cheguei a dez.”

O espírito libertário, aliás, domina Merlin e Arthur. Para desenvolver a trama, Leme contou novamente com a contribuição de Márcia Zanelatto. Juntos, tornaram contemporâneo o universo medieval. “Apesar de ser uma lenda muito antiga e conhecida no mundo inteiro, eu e Márcia fizemos questão de colocar um paralelo entre a história da fundação da Távola Redonda e os tempos que vivemos hoje, no Brasil e no mundo”, conta Leme, lembrando que o processo de escrita coincidiu com o período eleitoral do ano passado, marcado pela polarização. “O discurso de Arthur prega a diversidade – a Távola Redonda, criada por ele, é uma utopia de igualdade, com o poder dividido.”

Com o conteúdo definido, faltava montar um elenco que correspondesse ao discurso – especialmente o papel de Arthur. Leme fez audições, pensou em fazer convites, mas não chegava a uma definição. Até que pensou no marido da atriz Larissa Bracher, que estava ali para acompanhar o processo de seleção: o cantor e compositor Paulinho Moska. Não se tratava de uma aposta arriscada – com um curso de teatro no currículo, além de participação em filmes nos anos 1980, Moska sentiu-se motivado ao ler o roteiro. “Senti que ali estava a mensagem que eu queria passar neste momento”, disse ele, que decidiu adiar a turnê de lançamento de seu disco Beleza e Medo.

No palco, ele contracena com Larissa, que assumiu o papel de Guinevere. Restava o intérprete de Merlin. “É um personagem que está em outra dimensão, portanto, não poderia ser algo presencial”, conta Leme, cuja solução novamente foi bafejada pela intuição: ele seria projetado por meio de efeitos especiais. Assim, Vera Holtz torna-se o nome ideal, uma vez que se tornou uma celebridade no mundo virtual. “Adoro ver a imagem desse ‘Merlão’ projetada no palco”, diverte-se a atriz.

Foi durante um sonho que o encenador Guilherme Leme Garcia descobriu o fio da meada do musical Merlin e Arthur, Um Sonho de Liberdade, que estreia na sexta, 7, no Teatro Frei Caneca. “Eu buscava ideias para o espetáculo e nada me agradava. Até que, em uma noite, sonhei com portões de madeira e paredões de pedra. Um segundo antes de acordar, o nome ‘Merlin’ é pronunciado”, relembra ele, satisfeito por ter encontrado o universo medieval de luta e magia.

Peça 'Merlin & Arthur' Foto: CAIO GALLUCCI

A partir daí, novos desafios surgiram, especialmente na forma que a história seria narrada. Afinal, a trama se passa na cidade de Camelot e é narrada em duas fases, com o elenco se dividindo na interpretação dos papéis mais jovens e nos dias mais recentes. O amor e a busca pela liberdade são os temas centrais da narrativa sobre Arthur, lendário líder britânico que, segundo histórias medievais e romances de cavalaria, liderou a defesa da Grã-Bretanha contra os invasores saxões no final do século 5.º e no início do século 6.º. 

Mas como seria a trilha sonora? “Sabia que teria de ser algo celta, mas não tinha certeza”, conta o diretor que, ao se perguntar “O que Merlin cantaria?”, deparou-se com uma resposta clara: Raul Seixas. “As canções dele e Paulo Coelho trazem esse sentimento de luta pela liberdade e igualdade que norteavam os ideais do rei Arthur. Enquanto pensava nisso, fui selecionando faixas que poderiam ser utilizadas e, em pouco tempo, cheguei a dez.”

O espírito libertário, aliás, domina Merlin e Arthur. Para desenvolver a trama, Leme contou novamente com a contribuição de Márcia Zanelatto. Juntos, tornaram contemporâneo o universo medieval. “Apesar de ser uma lenda muito antiga e conhecida no mundo inteiro, eu e Márcia fizemos questão de colocar um paralelo entre a história da fundação da Távola Redonda e os tempos que vivemos hoje, no Brasil e no mundo”, conta Leme, lembrando que o processo de escrita coincidiu com o período eleitoral do ano passado, marcado pela polarização. “O discurso de Arthur prega a diversidade – a Távola Redonda, criada por ele, é uma utopia de igualdade, com o poder dividido.”

Com o conteúdo definido, faltava montar um elenco que correspondesse ao discurso – especialmente o papel de Arthur. Leme fez audições, pensou em fazer convites, mas não chegava a uma definição. Até que pensou no marido da atriz Larissa Bracher, que estava ali para acompanhar o processo de seleção: o cantor e compositor Paulinho Moska. Não se tratava de uma aposta arriscada – com um curso de teatro no currículo, além de participação em filmes nos anos 1980, Moska sentiu-se motivado ao ler o roteiro. “Senti que ali estava a mensagem que eu queria passar neste momento”, disse ele, que decidiu adiar a turnê de lançamento de seu disco Beleza e Medo.

No palco, ele contracena com Larissa, que assumiu o papel de Guinevere. Restava o intérprete de Merlin. “É um personagem que está em outra dimensão, portanto, não poderia ser algo presencial”, conta Leme, cuja solução novamente foi bafejada pela intuição: ele seria projetado por meio de efeitos especiais. Assim, Vera Holtz torna-se o nome ideal, uma vez que se tornou uma celebridade no mundo virtual. “Adoro ver a imagem desse ‘Merlão’ projetada no palco”, diverte-se a atriz.

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