Retrospectiva 2018 Teatro: O ano em que o palco ficou pequeno


Depois da onda que denunciou o racismo nas artes, espetáculo de artista trans chegou a ser proibido, mas circulou por todo o País

Por Leandro Nunes

Para uma reportagem local é sempre um desafio elencar fatos relevantes que aconteceram nos palcos em todos os anos. Há sempre o problema da audiência: Quanto mais distante da capital, menor a chance de o leitor não ter assistido. É uma dificuldade nem a tecnologia é capaz de resolver. Assistir a gravação de uma peça não é capaz de substituir a experiência de ver um espetáculo. Se levar em conta o sucesso que a música e o audiovisual fazem no País, é uma atividade complexa apontar acontecimentos significativos para os palcos no ano de 2018.

Zé Celso no Teatro Oficina Foto: J.F.DIORIO / ESTADÃO

Entretanto, nos últimos três anos o teatro nacional tem mobilizado esferas da sociedade que não estão relacionadas diretamente aos palco. Em 2015, o debate sobre racismo e o blackface no teatro e nas artes (quando um artista branco interpreta um negro) foi inédito e hoje colhe frutos com iniciativas negras do palco ao audiovisual, da internet à política. Nessa mesma época já era relatado as tentativas de impedir que a atriz trans Renata Carvalho apresentasse o espetáculo 'O Evangelho Segundo Jesus Rainha dos Céus', no qual interpreta a figura de Jesus Cristo.

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Em setembro de 2016 veio o primeiro revés: a Justiça proibiu a apresentação do espetáculo no Sesc Jundiaí. A decisão baseada na denúncia de uma moradora da cidade só foi revogada em fevereiro de 2018 pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. A partir de então, a peça desembarcava nas cidades não sem conflitos. Muitas vezes, com a informação prévia de que a Justiça havia suspendido -sem assistir - as apresentações. Em um dos episódios, a produção precisou chamar reforço da polícia pois a atriz recebeu ameaças nas redes sociais.

Para quem não assistiu ao espetáculo, vai um spoiler: o assunto da montagem não foge do que já foi contado na Bíblia. O público vai relembrar parábolas como a da Mulher Adúltera, que foi salva de uma sentença de morte por apedrejamento, ou a do Bom Samaritano, que ajudou um desconhecido encontrado espancado na rua. Todas histórias que Jesus usou para demonstrar a força de um ato de compaixão diante de quem sofria pela injustiça, como a multidão de pobres, doentes e marginalizados naquela época. O que a peça de Renata Carvalho faz é unir episódios de quem teve a sorte mudada ao esbarrar na misericórdia de Cristo, com os problemas sociais enfrentados por pessoas trans - gente que não tem a mesma chance de virar uma parábola.

Desde 2016, ‘O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu’ já foi visto em São Paulo, Santos, Santo Amaro, Belo Horizonte, Salvador, Curitiba, Grajaú, Recife, Itaquera, Rio de Janeiro, Uberlândia, Florianópolis, Montevidéu e Buenos Aires. Não é pouco para uma produção teatral comum. Em janeiro, a peça chegou a ser anunciada na programação do festival Janeiro de Grandes Espetáculos, de volta ao Recife, mas após repercussão foi retirada da programação “por questões que extrapolam os critérios artísticos”, informou em nota a Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco.

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Também é preciso diz quer que a peça de Renata não está sozinha. Em um breve levantamento, a capital recebeu mais de 30 estreias de espetáculos feitos por artistas trans, só no primeiro semestre. Estrearam por São Paulo ‘As 3 Uiaras de SP City’, da autora Ave Terrena, o trabalho da atriz Leona Jhovs com o Pessoal do Faroeste, e já passaram pela cidade peças como ‘Gisberta’, vivida pelo ator Luis Lobianco, ou ‘Br-Trans’, com o ator Silvero Pereira, montagens que embora abordem o tema, não são feitas por artistas transexuais.

Apesar dos impasses que abrirão o ano de 2019, a peça de Renata revelou uma das vocações do teatro para um país: construir uma trajetória itinerante e mobilizar o trabalho de diferentes esferas da sociedade, desde a Justiça, opinião pública, ao noticiário. Em um Brasil tão grande, discordar faz parte da diversidade. Mas antes, é preciso garantir a todos a chance de aplaudir.

Destaques

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Registro profissional

Após negociações entre a classe artística e o MinC, o julgamento do fim da obrigatoriedade do registro de artista (DRT) foi retirado do calendário pela então presidente do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia

Zé Celso x Silvio Santos

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O embate entre o diretor do Teatro Oficina e o dono do SBT sobre o projeto das torres do Grupo Silvio Santos no terreno ao lado do teatro ganhou aprovação do Conpresp, o órgão municipal de patrimônio. Ainda resta autorização de outros órgãos de preservação.

Para uma reportagem local é sempre um desafio elencar fatos relevantes que aconteceram nos palcos em todos os anos. Há sempre o problema da audiência: Quanto mais distante da capital, menor a chance de o leitor não ter assistido. É uma dificuldade nem a tecnologia é capaz de resolver. Assistir a gravação de uma peça não é capaz de substituir a experiência de ver um espetáculo. Se levar em conta o sucesso que a música e o audiovisual fazem no País, é uma atividade complexa apontar acontecimentos significativos para os palcos no ano de 2018.

Zé Celso no Teatro Oficina Foto: J.F.DIORIO / ESTADÃO

Entretanto, nos últimos três anos o teatro nacional tem mobilizado esferas da sociedade que não estão relacionadas diretamente aos palco. Em 2015, o debate sobre racismo e o blackface no teatro e nas artes (quando um artista branco interpreta um negro) foi inédito e hoje colhe frutos com iniciativas negras do palco ao audiovisual, da internet à política. Nessa mesma época já era relatado as tentativas de impedir que a atriz trans Renata Carvalho apresentasse o espetáculo 'O Evangelho Segundo Jesus Rainha dos Céus', no qual interpreta a figura de Jesus Cristo.

Em setembro de 2016 veio o primeiro revés: a Justiça proibiu a apresentação do espetáculo no Sesc Jundiaí. A decisão baseada na denúncia de uma moradora da cidade só foi revogada em fevereiro de 2018 pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. A partir de então, a peça desembarcava nas cidades não sem conflitos. Muitas vezes, com a informação prévia de que a Justiça havia suspendido -sem assistir - as apresentações. Em um dos episódios, a produção precisou chamar reforço da polícia pois a atriz recebeu ameaças nas redes sociais.

Para quem não assistiu ao espetáculo, vai um spoiler: o assunto da montagem não foge do que já foi contado na Bíblia. O público vai relembrar parábolas como a da Mulher Adúltera, que foi salva de uma sentença de morte por apedrejamento, ou a do Bom Samaritano, que ajudou um desconhecido encontrado espancado na rua. Todas histórias que Jesus usou para demonstrar a força de um ato de compaixão diante de quem sofria pela injustiça, como a multidão de pobres, doentes e marginalizados naquela época. O que a peça de Renata Carvalho faz é unir episódios de quem teve a sorte mudada ao esbarrar na misericórdia de Cristo, com os problemas sociais enfrentados por pessoas trans - gente que não tem a mesma chance de virar uma parábola.

Desde 2016, ‘O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu’ já foi visto em São Paulo, Santos, Santo Amaro, Belo Horizonte, Salvador, Curitiba, Grajaú, Recife, Itaquera, Rio de Janeiro, Uberlândia, Florianópolis, Montevidéu e Buenos Aires. Não é pouco para uma produção teatral comum. Em janeiro, a peça chegou a ser anunciada na programação do festival Janeiro de Grandes Espetáculos, de volta ao Recife, mas após repercussão foi retirada da programação “por questões que extrapolam os critérios artísticos”, informou em nota a Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco.

Também é preciso diz quer que a peça de Renata não está sozinha. Em um breve levantamento, a capital recebeu mais de 30 estreias de espetáculos feitos por artistas trans, só no primeiro semestre. Estrearam por São Paulo ‘As 3 Uiaras de SP City’, da autora Ave Terrena, o trabalho da atriz Leona Jhovs com o Pessoal do Faroeste, e já passaram pela cidade peças como ‘Gisberta’, vivida pelo ator Luis Lobianco, ou ‘Br-Trans’, com o ator Silvero Pereira, montagens que embora abordem o tema, não são feitas por artistas transexuais.

Apesar dos impasses que abrirão o ano de 2019, a peça de Renata revelou uma das vocações do teatro para um país: construir uma trajetória itinerante e mobilizar o trabalho de diferentes esferas da sociedade, desde a Justiça, opinião pública, ao noticiário. Em um Brasil tão grande, discordar faz parte da diversidade. Mas antes, é preciso garantir a todos a chance de aplaudir.

Destaques

Registro profissional

Após negociações entre a classe artística e o MinC, o julgamento do fim da obrigatoriedade do registro de artista (DRT) foi retirado do calendário pela então presidente do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia

Zé Celso x Silvio Santos

O embate entre o diretor do Teatro Oficina e o dono do SBT sobre o projeto das torres do Grupo Silvio Santos no terreno ao lado do teatro ganhou aprovação do Conpresp, o órgão municipal de patrimônio. Ainda resta autorização de outros órgãos de preservação.

Para uma reportagem local é sempre um desafio elencar fatos relevantes que aconteceram nos palcos em todos os anos. Há sempre o problema da audiência: Quanto mais distante da capital, menor a chance de o leitor não ter assistido. É uma dificuldade nem a tecnologia é capaz de resolver. Assistir a gravação de uma peça não é capaz de substituir a experiência de ver um espetáculo. Se levar em conta o sucesso que a música e o audiovisual fazem no País, é uma atividade complexa apontar acontecimentos significativos para os palcos no ano de 2018.

Zé Celso no Teatro Oficina Foto: J.F.DIORIO / ESTADÃO

Entretanto, nos últimos três anos o teatro nacional tem mobilizado esferas da sociedade que não estão relacionadas diretamente aos palco. Em 2015, o debate sobre racismo e o blackface no teatro e nas artes (quando um artista branco interpreta um negro) foi inédito e hoje colhe frutos com iniciativas negras do palco ao audiovisual, da internet à política. Nessa mesma época já era relatado as tentativas de impedir que a atriz trans Renata Carvalho apresentasse o espetáculo 'O Evangelho Segundo Jesus Rainha dos Céus', no qual interpreta a figura de Jesus Cristo.

Em setembro de 2016 veio o primeiro revés: a Justiça proibiu a apresentação do espetáculo no Sesc Jundiaí. A decisão baseada na denúncia de uma moradora da cidade só foi revogada em fevereiro de 2018 pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. A partir de então, a peça desembarcava nas cidades não sem conflitos. Muitas vezes, com a informação prévia de que a Justiça havia suspendido -sem assistir - as apresentações. Em um dos episódios, a produção precisou chamar reforço da polícia pois a atriz recebeu ameaças nas redes sociais.

Para quem não assistiu ao espetáculo, vai um spoiler: o assunto da montagem não foge do que já foi contado na Bíblia. O público vai relembrar parábolas como a da Mulher Adúltera, que foi salva de uma sentença de morte por apedrejamento, ou a do Bom Samaritano, que ajudou um desconhecido encontrado espancado na rua. Todas histórias que Jesus usou para demonstrar a força de um ato de compaixão diante de quem sofria pela injustiça, como a multidão de pobres, doentes e marginalizados naquela época. O que a peça de Renata Carvalho faz é unir episódios de quem teve a sorte mudada ao esbarrar na misericórdia de Cristo, com os problemas sociais enfrentados por pessoas trans - gente que não tem a mesma chance de virar uma parábola.

Desde 2016, ‘O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu’ já foi visto em São Paulo, Santos, Santo Amaro, Belo Horizonte, Salvador, Curitiba, Grajaú, Recife, Itaquera, Rio de Janeiro, Uberlândia, Florianópolis, Montevidéu e Buenos Aires. Não é pouco para uma produção teatral comum. Em janeiro, a peça chegou a ser anunciada na programação do festival Janeiro de Grandes Espetáculos, de volta ao Recife, mas após repercussão foi retirada da programação “por questões que extrapolam os critérios artísticos”, informou em nota a Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco.

Também é preciso diz quer que a peça de Renata não está sozinha. Em um breve levantamento, a capital recebeu mais de 30 estreias de espetáculos feitos por artistas trans, só no primeiro semestre. Estrearam por São Paulo ‘As 3 Uiaras de SP City’, da autora Ave Terrena, o trabalho da atriz Leona Jhovs com o Pessoal do Faroeste, e já passaram pela cidade peças como ‘Gisberta’, vivida pelo ator Luis Lobianco, ou ‘Br-Trans’, com o ator Silvero Pereira, montagens que embora abordem o tema, não são feitas por artistas transexuais.

Apesar dos impasses que abrirão o ano de 2019, a peça de Renata revelou uma das vocações do teatro para um país: construir uma trajetória itinerante e mobilizar o trabalho de diferentes esferas da sociedade, desde a Justiça, opinião pública, ao noticiário. Em um Brasil tão grande, discordar faz parte da diversidade. Mas antes, é preciso garantir a todos a chance de aplaudir.

Destaques

Registro profissional

Após negociações entre a classe artística e o MinC, o julgamento do fim da obrigatoriedade do registro de artista (DRT) foi retirado do calendário pela então presidente do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia

Zé Celso x Silvio Santos

O embate entre o diretor do Teatro Oficina e o dono do SBT sobre o projeto das torres do Grupo Silvio Santos no terreno ao lado do teatro ganhou aprovação do Conpresp, o órgão municipal de patrimônio. Ainda resta autorização de outros órgãos de preservação.

Para uma reportagem local é sempre um desafio elencar fatos relevantes que aconteceram nos palcos em todos os anos. Há sempre o problema da audiência: Quanto mais distante da capital, menor a chance de o leitor não ter assistido. É uma dificuldade nem a tecnologia é capaz de resolver. Assistir a gravação de uma peça não é capaz de substituir a experiência de ver um espetáculo. Se levar em conta o sucesso que a música e o audiovisual fazem no País, é uma atividade complexa apontar acontecimentos significativos para os palcos no ano de 2018.

Zé Celso no Teatro Oficina Foto: J.F.DIORIO / ESTADÃO

Entretanto, nos últimos três anos o teatro nacional tem mobilizado esferas da sociedade que não estão relacionadas diretamente aos palco. Em 2015, o debate sobre racismo e o blackface no teatro e nas artes (quando um artista branco interpreta um negro) foi inédito e hoje colhe frutos com iniciativas negras do palco ao audiovisual, da internet à política. Nessa mesma época já era relatado as tentativas de impedir que a atriz trans Renata Carvalho apresentasse o espetáculo 'O Evangelho Segundo Jesus Rainha dos Céus', no qual interpreta a figura de Jesus Cristo.

Em setembro de 2016 veio o primeiro revés: a Justiça proibiu a apresentação do espetáculo no Sesc Jundiaí. A decisão baseada na denúncia de uma moradora da cidade só foi revogada em fevereiro de 2018 pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. A partir de então, a peça desembarcava nas cidades não sem conflitos. Muitas vezes, com a informação prévia de que a Justiça havia suspendido -sem assistir - as apresentações. Em um dos episódios, a produção precisou chamar reforço da polícia pois a atriz recebeu ameaças nas redes sociais.

Para quem não assistiu ao espetáculo, vai um spoiler: o assunto da montagem não foge do que já foi contado na Bíblia. O público vai relembrar parábolas como a da Mulher Adúltera, que foi salva de uma sentença de morte por apedrejamento, ou a do Bom Samaritano, que ajudou um desconhecido encontrado espancado na rua. Todas histórias que Jesus usou para demonstrar a força de um ato de compaixão diante de quem sofria pela injustiça, como a multidão de pobres, doentes e marginalizados naquela época. O que a peça de Renata Carvalho faz é unir episódios de quem teve a sorte mudada ao esbarrar na misericórdia de Cristo, com os problemas sociais enfrentados por pessoas trans - gente que não tem a mesma chance de virar uma parábola.

Desde 2016, ‘O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu’ já foi visto em São Paulo, Santos, Santo Amaro, Belo Horizonte, Salvador, Curitiba, Grajaú, Recife, Itaquera, Rio de Janeiro, Uberlândia, Florianópolis, Montevidéu e Buenos Aires. Não é pouco para uma produção teatral comum. Em janeiro, a peça chegou a ser anunciada na programação do festival Janeiro de Grandes Espetáculos, de volta ao Recife, mas após repercussão foi retirada da programação “por questões que extrapolam os critérios artísticos”, informou em nota a Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco.

Também é preciso diz quer que a peça de Renata não está sozinha. Em um breve levantamento, a capital recebeu mais de 30 estreias de espetáculos feitos por artistas trans, só no primeiro semestre. Estrearam por São Paulo ‘As 3 Uiaras de SP City’, da autora Ave Terrena, o trabalho da atriz Leona Jhovs com o Pessoal do Faroeste, e já passaram pela cidade peças como ‘Gisberta’, vivida pelo ator Luis Lobianco, ou ‘Br-Trans’, com o ator Silvero Pereira, montagens que embora abordem o tema, não são feitas por artistas transexuais.

Apesar dos impasses que abrirão o ano de 2019, a peça de Renata revelou uma das vocações do teatro para um país: construir uma trajetória itinerante e mobilizar o trabalho de diferentes esferas da sociedade, desde a Justiça, opinião pública, ao noticiário. Em um Brasil tão grande, discordar faz parte da diversidade. Mas antes, é preciso garantir a todos a chance de aplaudir.

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Registro profissional

Após negociações entre a classe artística e o MinC, o julgamento do fim da obrigatoriedade do registro de artista (DRT) foi retirado do calendário pela então presidente do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia

Zé Celso x Silvio Santos

O embate entre o diretor do Teatro Oficina e o dono do SBT sobre o projeto das torres do Grupo Silvio Santos no terreno ao lado do teatro ganhou aprovação do Conpresp, o órgão municipal de patrimônio. Ainda resta autorização de outros órgãos de preservação.

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