Como ‘Mulheres Apaixonadas’ influenciou aprovação de três importantes leis no Brasil


Novela de 2003, que volta ao ar nesta segunda-feira, impulsionou a regulamentação da Lei Maria da Penha e dos Estatutos do Idoso e do Desarmamento

Por Redação
Atualização:

O valor social (antigo merchandising social) sempre esteve presente nas novelas de Manoel Carlos. Em Mulheres Apaixonadas, que foi exibida em 2003 e volta ao ar no Vale a Pena Ver de Novo a partir desta segunda-feira (29), não foi diferente.

Veja abaixo as discussões que a novela de Maneco, como o autor é conhecido, ajudou a fomentar na sociedade e no poder legislativo.

1 - Estatuto do Idoso

continua após a publicidade
Os personagens Leopoldo e Flora também incentivaram a vacinação entre idosos Foto: TV Globo / Renato Rocha Miranda

As cenas em que Dóris (Regiane Alves) maltratava os avós Leopoldo (Oswaldo Louzada) e Flora (Carmem Silva) aceleram a tramitação do Estatuto de Idoso, de autoria de Paulo Paim, no Senado Federal.

continua após a publicidade

Aprovado em setembro de 2003, quase um mês antes da novela chegar ao fim, a lei define medidas de proteção às pessoas com idade igual ou superior aos 65 anos, bem como seus direitos. Em 2022, o estatuto foi rebatizado com o nome de Estatuto da Pessoa Idosa.

Quando a novela ainda estava no ar, a atriz Regiane Alves foi a Brasília a convite do então senador José Sarney para participar do lançamento do selo Cidade Amiga da Terceira Idade.

2 - Lei Maria da Penha

continua após a publicidade
Os personagens Raquel (Helena Ranaldi) e Marcos (Dan Stulbach) em cena de 'Mulheres Apaixonadas' Foto: Acervo TV Globo

A trama da personagem Raquel (Helena Ranaldi), que sofria agressão do marido Marcos (Dan Stulbach) despertou na sociedade e na mídia o debate sobre a necessidade de se criar uma lei específica para a violência contra a mulher, incluindo punições mais severas para os agressores.

Três anos após a novela, a Lei Maria da Penha foi aprovada, e até hoje é um dos principais instrumentos na proteção de mulheres vítimas de violência e na condenação de seus agressores.

continua após a publicidade

3 - Estatuto do Desarmamento

A cena em que Fernanda (Vanessa Gerbelli) e Téo (Tony Ramos) ficam presos em meio a um tiroteio Foto: TV Globo / João Miguel Júnior

Atento ao noticiário sobre a violência nos grandes centros urbanos brasileiros, Maneco criou uma das cenas mais emblemáticas de Mulheres Apaixonadas. Presos em um engarrafamento, os personagens Téo (Tony Ramos) e Fernanda (Vanessa Gerbelli) são atingidos por balas perdidas. Ela morre, deixando a pequena Salete (Bruna Marquezine) órfã.

continua após a publicidade

A lei do Estatuto do Desarmamento foi aprovada no final de 2023 - ano em que a novela foi exibida - e regulamentada em julho do ano seguinte. Em 2021, o ex-presidente Jair Bolsonaro flexibilizou a lei por meio de quatro decretos, revogados quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o governo, em janeiro de 2023.

Não menos importante...

continua após a publicidade

4- MADA (Mulheres que Amam Demais Anônimas)

A novela de Maneco ajudou na divulgação do grupo destinado a ajudar mulheres a evitar relacionamentos destrutivos. A ação se deu por meio da personagem Heloísa, interpretada por Giulia Gam, que tinha um ciúme excessivo do marido, Sérgio.

Com o fim do relacionamento, Heloísa, que cometeu loucuras para ter o parceiro de volta, consegue se recuperar com a ajuda do MADA. O grupo existe até hoje, com unidades espalhadas em todo o Brasil.

O valor social (antigo merchandising social) sempre esteve presente nas novelas de Manoel Carlos. Em Mulheres Apaixonadas, que foi exibida em 2003 e volta ao ar no Vale a Pena Ver de Novo a partir desta segunda-feira (29), não foi diferente.

Veja abaixo as discussões que a novela de Maneco, como o autor é conhecido, ajudou a fomentar na sociedade e no poder legislativo.

1 - Estatuto do Idoso

Os personagens Leopoldo e Flora também incentivaram a vacinação entre idosos Foto: TV Globo / Renato Rocha Miranda

As cenas em que Dóris (Regiane Alves) maltratava os avós Leopoldo (Oswaldo Louzada) e Flora (Carmem Silva) aceleram a tramitação do Estatuto de Idoso, de autoria de Paulo Paim, no Senado Federal.

Aprovado em setembro de 2003, quase um mês antes da novela chegar ao fim, a lei define medidas de proteção às pessoas com idade igual ou superior aos 65 anos, bem como seus direitos. Em 2022, o estatuto foi rebatizado com o nome de Estatuto da Pessoa Idosa.

Quando a novela ainda estava no ar, a atriz Regiane Alves foi a Brasília a convite do então senador José Sarney para participar do lançamento do selo Cidade Amiga da Terceira Idade.

2 - Lei Maria da Penha

Os personagens Raquel (Helena Ranaldi) e Marcos (Dan Stulbach) em cena de 'Mulheres Apaixonadas' Foto: Acervo TV Globo

A trama da personagem Raquel (Helena Ranaldi), que sofria agressão do marido Marcos (Dan Stulbach) despertou na sociedade e na mídia o debate sobre a necessidade de se criar uma lei específica para a violência contra a mulher, incluindo punições mais severas para os agressores.

Três anos após a novela, a Lei Maria da Penha foi aprovada, e até hoje é um dos principais instrumentos na proteção de mulheres vítimas de violência e na condenação de seus agressores.

3 - Estatuto do Desarmamento

A cena em que Fernanda (Vanessa Gerbelli) e Téo (Tony Ramos) ficam presos em meio a um tiroteio Foto: TV Globo / João Miguel Júnior

Atento ao noticiário sobre a violência nos grandes centros urbanos brasileiros, Maneco criou uma das cenas mais emblemáticas de Mulheres Apaixonadas. Presos em um engarrafamento, os personagens Téo (Tony Ramos) e Fernanda (Vanessa Gerbelli) são atingidos por balas perdidas. Ela morre, deixando a pequena Salete (Bruna Marquezine) órfã.

A lei do Estatuto do Desarmamento foi aprovada no final de 2023 - ano em que a novela foi exibida - e regulamentada em julho do ano seguinte. Em 2021, o ex-presidente Jair Bolsonaro flexibilizou a lei por meio de quatro decretos, revogados quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o governo, em janeiro de 2023.

Não menos importante...

4- MADA (Mulheres que Amam Demais Anônimas)

A novela de Maneco ajudou na divulgação do grupo destinado a ajudar mulheres a evitar relacionamentos destrutivos. A ação se deu por meio da personagem Heloísa, interpretada por Giulia Gam, que tinha um ciúme excessivo do marido, Sérgio.

Com o fim do relacionamento, Heloísa, que cometeu loucuras para ter o parceiro de volta, consegue se recuperar com a ajuda do MADA. O grupo existe até hoje, com unidades espalhadas em todo o Brasil.

O valor social (antigo merchandising social) sempre esteve presente nas novelas de Manoel Carlos. Em Mulheres Apaixonadas, que foi exibida em 2003 e volta ao ar no Vale a Pena Ver de Novo a partir desta segunda-feira (29), não foi diferente.

Veja abaixo as discussões que a novela de Maneco, como o autor é conhecido, ajudou a fomentar na sociedade e no poder legislativo.

1 - Estatuto do Idoso

Os personagens Leopoldo e Flora também incentivaram a vacinação entre idosos Foto: TV Globo / Renato Rocha Miranda

As cenas em que Dóris (Regiane Alves) maltratava os avós Leopoldo (Oswaldo Louzada) e Flora (Carmem Silva) aceleram a tramitação do Estatuto de Idoso, de autoria de Paulo Paim, no Senado Federal.

Aprovado em setembro de 2003, quase um mês antes da novela chegar ao fim, a lei define medidas de proteção às pessoas com idade igual ou superior aos 65 anos, bem como seus direitos. Em 2022, o estatuto foi rebatizado com o nome de Estatuto da Pessoa Idosa.

Quando a novela ainda estava no ar, a atriz Regiane Alves foi a Brasília a convite do então senador José Sarney para participar do lançamento do selo Cidade Amiga da Terceira Idade.

2 - Lei Maria da Penha

Os personagens Raquel (Helena Ranaldi) e Marcos (Dan Stulbach) em cena de 'Mulheres Apaixonadas' Foto: Acervo TV Globo

A trama da personagem Raquel (Helena Ranaldi), que sofria agressão do marido Marcos (Dan Stulbach) despertou na sociedade e na mídia o debate sobre a necessidade de se criar uma lei específica para a violência contra a mulher, incluindo punições mais severas para os agressores.

Três anos após a novela, a Lei Maria da Penha foi aprovada, e até hoje é um dos principais instrumentos na proteção de mulheres vítimas de violência e na condenação de seus agressores.

3 - Estatuto do Desarmamento

A cena em que Fernanda (Vanessa Gerbelli) e Téo (Tony Ramos) ficam presos em meio a um tiroteio Foto: TV Globo / João Miguel Júnior

Atento ao noticiário sobre a violência nos grandes centros urbanos brasileiros, Maneco criou uma das cenas mais emblemáticas de Mulheres Apaixonadas. Presos em um engarrafamento, os personagens Téo (Tony Ramos) e Fernanda (Vanessa Gerbelli) são atingidos por balas perdidas. Ela morre, deixando a pequena Salete (Bruna Marquezine) órfã.

A lei do Estatuto do Desarmamento foi aprovada no final de 2023 - ano em que a novela foi exibida - e regulamentada em julho do ano seguinte. Em 2021, o ex-presidente Jair Bolsonaro flexibilizou a lei por meio de quatro decretos, revogados quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o governo, em janeiro de 2023.

Não menos importante...

4- MADA (Mulheres que Amam Demais Anônimas)

A novela de Maneco ajudou na divulgação do grupo destinado a ajudar mulheres a evitar relacionamentos destrutivos. A ação se deu por meio da personagem Heloísa, interpretada por Giulia Gam, que tinha um ciúme excessivo do marido, Sérgio.

Com o fim do relacionamento, Heloísa, que cometeu loucuras para ter o parceiro de volta, consegue se recuperar com a ajuda do MADA. O grupo existe até hoje, com unidades espalhadas em todo o Brasil.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.