Como as redes de TV dos EUA estão se preparando para cobrir a eleição?


Consórcio de redes como ABC, CBS, NBC News, CNN conta com pesquisas, projeções e apurações para a disputa entre Kamala Harris e Donald Trump

Por Andréa Bambino (AFP)
Atualização:

AFP - As principais redes de televisão dos EUA estão se preparando para uma noite de eleição (na próxima terça, 5 de novembro) que parece que se arrastará por dias, temerosas de anunciar um vencedor cedo demais na ausência de resultados finais e em meio a uma possível enxurrada de desinformação.

Bandeira dos Estados Unidos é vista em manifestação de apoiadores de Donald Trump na Carolina do Norte em 2 de novembro de 2024 Foto: Peter Zay/AFP
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A vitória do atual presidente Joe Biden em 2020 foi anunciada após quatro dias de intenso suspense. Com as pesquisas mostrando um empate entre os dois candidatos, a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump, este ano parece que não será diferente.

“Tudo vai depender dos sete estados muito disputados, e em muitos deles não temos dados o suficiente para fazer uma projeção antes do final da tarde, no início do dia seguinte ou, em alguns casos, vários dias depois das eleições”, explica à AFP Joe Lenski, vice-presidente executivo da Edison Research, o instituto que abastece um consórcio de redes (ABC, CBS, NBC News, CNN) com pesquisas de boca de urna, projeções e apurações.

O sistema eleitoral dos Estados Unidos é indireto. Os eleitores de cada estado elegem os membros de um colégio eleitoral encarregado de nomear o presidente. No entanto, os procedimentos de votação e apuração diferem entre os estados.

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Por exemplo, Wisconsin e Pensilvânia, dois estados-chave, começam a apuração de votos antes do dia das eleições.

Os meios de comunicação serão encarregados de anunciar a vitória de Kamala ou Trump.

Televisão ligada em escritório da campanha de Kamala Harris à presidência Foto: Joe Raedle/Getty Images via AFP
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Bastidores da TV nas eleições dos EUA

Nos estúdios de televisão, a pressão recai nas “mesas de decisão”, as equipes de estatísticos e analistas que proporcionam de antemão estimações baseadas nos primeiros resultados parciais.

“O que está em jogo é algo grande. Existe uma pressão enorme para captar a atenção dos telespectadores e lhes dar a informação o mais rápido possível, mas o maior risco é sacrificar a precisão”, aponta Costas Panagopoulos, professor de ciências políticas na Northeastern University e antigo membro da mesa de decisão da NBC que trabalha com a Edison Research.

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Em 3 de novembro de 2020, poucas horas depois do fechamento das urnas, a emissora favorita dos conservadores americanos, Fox News, concedeu a Joe Biden a vitória no estado crucial do Arizona.

O anúncio, confirmado dias depois por outros meios de comunicação, provocou a fúria de Trump.

Mas nem tudo foram acertos e erros. Na eleição presidencial de 2000, quem ganhasse na Flórida ganhava a presidência. A mídia previu que o democrata Al Gore venceria, mas mais de um mês após as eleições, a Suprema Corte reverteu esse anúncio: o republicano George W. Bush venceu por uma margem de apenas 537 votos.

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Para evitar um golpe em sua credibilidade, a mídia agora recorre a análises que levam em conta as pesquisas de boca de urna e entre aqueles que votam antecipadamente.

“Miragem vermelha”

O advogado eleitoral Ben Ginsberg, que já trabalhou para membros do Partido Republicano, espera a “miragem vermelha” de 2020, ou seja, que a aparente vantagem republicana desapareça à medida que as cédulas pelo correio, normalmente mais usadas pelos democratas, forem contadas.

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Durante a recontagem, as emissoras tentam atrair audiência e demonstrar imparcialidade, em um contexto de máxima desconfiança do público em relação à mídia tradicional e à avalanche de desinformação, que os especialistas já preveem, sobre supostas fraudes.

A NBC News já explicou que suas projeções serão baseadas em dados coletados em mais de 100 mil seções eleitorais e 610 pesquisas.

“A quantidade de dados que as emissoras e os sites oferecerão na noite da eleição será maior do que nunca. Há mais detalhes, mais mapas e mais análises do que nunca”, diz Lenski.

Se a contagem dos votos for atrasada, “isso não é prova de conspiração”, adverte Ginsberg. E “se um dos candidatos se apressar e declarar vitória antes que os votos sejam contados, saiba que se trata de uma manobra política”, acrescenta.

AFP - As principais redes de televisão dos EUA estão se preparando para uma noite de eleição (na próxima terça, 5 de novembro) que parece que se arrastará por dias, temerosas de anunciar um vencedor cedo demais na ausência de resultados finais e em meio a uma possível enxurrada de desinformação.

Bandeira dos Estados Unidos é vista em manifestação de apoiadores de Donald Trump na Carolina do Norte em 2 de novembro de 2024 Foto: Peter Zay/AFP

A vitória do atual presidente Joe Biden em 2020 foi anunciada após quatro dias de intenso suspense. Com as pesquisas mostrando um empate entre os dois candidatos, a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump, este ano parece que não será diferente.

“Tudo vai depender dos sete estados muito disputados, e em muitos deles não temos dados o suficiente para fazer uma projeção antes do final da tarde, no início do dia seguinte ou, em alguns casos, vários dias depois das eleições”, explica à AFP Joe Lenski, vice-presidente executivo da Edison Research, o instituto que abastece um consórcio de redes (ABC, CBS, NBC News, CNN) com pesquisas de boca de urna, projeções e apurações.

O sistema eleitoral dos Estados Unidos é indireto. Os eleitores de cada estado elegem os membros de um colégio eleitoral encarregado de nomear o presidente. No entanto, os procedimentos de votação e apuração diferem entre os estados.

Por exemplo, Wisconsin e Pensilvânia, dois estados-chave, começam a apuração de votos antes do dia das eleições.

Os meios de comunicação serão encarregados de anunciar a vitória de Kamala ou Trump.

Televisão ligada em escritório da campanha de Kamala Harris à presidência Foto: Joe Raedle/Getty Images via AFP

Bastidores da TV nas eleições dos EUA

Nos estúdios de televisão, a pressão recai nas “mesas de decisão”, as equipes de estatísticos e analistas que proporcionam de antemão estimações baseadas nos primeiros resultados parciais.

“O que está em jogo é algo grande. Existe uma pressão enorme para captar a atenção dos telespectadores e lhes dar a informação o mais rápido possível, mas o maior risco é sacrificar a precisão”, aponta Costas Panagopoulos, professor de ciências políticas na Northeastern University e antigo membro da mesa de decisão da NBC que trabalha com a Edison Research.

Em 3 de novembro de 2020, poucas horas depois do fechamento das urnas, a emissora favorita dos conservadores americanos, Fox News, concedeu a Joe Biden a vitória no estado crucial do Arizona.

O anúncio, confirmado dias depois por outros meios de comunicação, provocou a fúria de Trump.

Mas nem tudo foram acertos e erros. Na eleição presidencial de 2000, quem ganhasse na Flórida ganhava a presidência. A mídia previu que o democrata Al Gore venceria, mas mais de um mês após as eleições, a Suprema Corte reverteu esse anúncio: o republicano George W. Bush venceu por uma margem de apenas 537 votos.

Para evitar um golpe em sua credibilidade, a mídia agora recorre a análises que levam em conta as pesquisas de boca de urna e entre aqueles que votam antecipadamente.

“Miragem vermelha”

O advogado eleitoral Ben Ginsberg, que já trabalhou para membros do Partido Republicano, espera a “miragem vermelha” de 2020, ou seja, que a aparente vantagem republicana desapareça à medida que as cédulas pelo correio, normalmente mais usadas pelos democratas, forem contadas.

Durante a recontagem, as emissoras tentam atrair audiência e demonstrar imparcialidade, em um contexto de máxima desconfiança do público em relação à mídia tradicional e à avalanche de desinformação, que os especialistas já preveem, sobre supostas fraudes.

A NBC News já explicou que suas projeções serão baseadas em dados coletados em mais de 100 mil seções eleitorais e 610 pesquisas.

“A quantidade de dados que as emissoras e os sites oferecerão na noite da eleição será maior do que nunca. Há mais detalhes, mais mapas e mais análises do que nunca”, diz Lenski.

Se a contagem dos votos for atrasada, “isso não é prova de conspiração”, adverte Ginsberg. E “se um dos candidatos se apressar e declarar vitória antes que os votos sejam contados, saiba que se trata de uma manobra política”, acrescenta.

AFP - As principais redes de televisão dos EUA estão se preparando para uma noite de eleição (na próxima terça, 5 de novembro) que parece que se arrastará por dias, temerosas de anunciar um vencedor cedo demais na ausência de resultados finais e em meio a uma possível enxurrada de desinformação.

Bandeira dos Estados Unidos é vista em manifestação de apoiadores de Donald Trump na Carolina do Norte em 2 de novembro de 2024 Foto: Peter Zay/AFP

A vitória do atual presidente Joe Biden em 2020 foi anunciada após quatro dias de intenso suspense. Com as pesquisas mostrando um empate entre os dois candidatos, a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump, este ano parece que não será diferente.

“Tudo vai depender dos sete estados muito disputados, e em muitos deles não temos dados o suficiente para fazer uma projeção antes do final da tarde, no início do dia seguinte ou, em alguns casos, vários dias depois das eleições”, explica à AFP Joe Lenski, vice-presidente executivo da Edison Research, o instituto que abastece um consórcio de redes (ABC, CBS, NBC News, CNN) com pesquisas de boca de urna, projeções e apurações.

O sistema eleitoral dos Estados Unidos é indireto. Os eleitores de cada estado elegem os membros de um colégio eleitoral encarregado de nomear o presidente. No entanto, os procedimentos de votação e apuração diferem entre os estados.

Por exemplo, Wisconsin e Pensilvânia, dois estados-chave, começam a apuração de votos antes do dia das eleições.

Os meios de comunicação serão encarregados de anunciar a vitória de Kamala ou Trump.

Televisão ligada em escritório da campanha de Kamala Harris à presidência Foto: Joe Raedle/Getty Images via AFP

Bastidores da TV nas eleições dos EUA

Nos estúdios de televisão, a pressão recai nas “mesas de decisão”, as equipes de estatísticos e analistas que proporcionam de antemão estimações baseadas nos primeiros resultados parciais.

“O que está em jogo é algo grande. Existe uma pressão enorme para captar a atenção dos telespectadores e lhes dar a informação o mais rápido possível, mas o maior risco é sacrificar a precisão”, aponta Costas Panagopoulos, professor de ciências políticas na Northeastern University e antigo membro da mesa de decisão da NBC que trabalha com a Edison Research.

Em 3 de novembro de 2020, poucas horas depois do fechamento das urnas, a emissora favorita dos conservadores americanos, Fox News, concedeu a Joe Biden a vitória no estado crucial do Arizona.

O anúncio, confirmado dias depois por outros meios de comunicação, provocou a fúria de Trump.

Mas nem tudo foram acertos e erros. Na eleição presidencial de 2000, quem ganhasse na Flórida ganhava a presidência. A mídia previu que o democrata Al Gore venceria, mas mais de um mês após as eleições, a Suprema Corte reverteu esse anúncio: o republicano George W. Bush venceu por uma margem de apenas 537 votos.

Para evitar um golpe em sua credibilidade, a mídia agora recorre a análises que levam em conta as pesquisas de boca de urna e entre aqueles que votam antecipadamente.

“Miragem vermelha”

O advogado eleitoral Ben Ginsberg, que já trabalhou para membros do Partido Republicano, espera a “miragem vermelha” de 2020, ou seja, que a aparente vantagem republicana desapareça à medida que as cédulas pelo correio, normalmente mais usadas pelos democratas, forem contadas.

Durante a recontagem, as emissoras tentam atrair audiência e demonstrar imparcialidade, em um contexto de máxima desconfiança do público em relação à mídia tradicional e à avalanche de desinformação, que os especialistas já preveem, sobre supostas fraudes.

A NBC News já explicou que suas projeções serão baseadas em dados coletados em mais de 100 mil seções eleitorais e 610 pesquisas.

“A quantidade de dados que as emissoras e os sites oferecerão na noite da eleição será maior do que nunca. Há mais detalhes, mais mapas e mais análises do que nunca”, diz Lenski.

Se a contagem dos votos for atrasada, “isso não é prova de conspiração”, adverte Ginsberg. E “se um dos candidatos se apressar e declarar vitória antes que os votos sejam contados, saiba que se trata de uma manobra política”, acrescenta.

AFP - As principais redes de televisão dos EUA estão se preparando para uma noite de eleição (na próxima terça, 5 de novembro) que parece que se arrastará por dias, temerosas de anunciar um vencedor cedo demais na ausência de resultados finais e em meio a uma possível enxurrada de desinformação.

Bandeira dos Estados Unidos é vista em manifestação de apoiadores de Donald Trump na Carolina do Norte em 2 de novembro de 2024 Foto: Peter Zay/AFP

A vitória do atual presidente Joe Biden em 2020 foi anunciada após quatro dias de intenso suspense. Com as pesquisas mostrando um empate entre os dois candidatos, a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump, este ano parece que não será diferente.

“Tudo vai depender dos sete estados muito disputados, e em muitos deles não temos dados o suficiente para fazer uma projeção antes do final da tarde, no início do dia seguinte ou, em alguns casos, vários dias depois das eleições”, explica à AFP Joe Lenski, vice-presidente executivo da Edison Research, o instituto que abastece um consórcio de redes (ABC, CBS, NBC News, CNN) com pesquisas de boca de urna, projeções e apurações.

O sistema eleitoral dos Estados Unidos é indireto. Os eleitores de cada estado elegem os membros de um colégio eleitoral encarregado de nomear o presidente. No entanto, os procedimentos de votação e apuração diferem entre os estados.

Por exemplo, Wisconsin e Pensilvânia, dois estados-chave, começam a apuração de votos antes do dia das eleições.

Os meios de comunicação serão encarregados de anunciar a vitória de Kamala ou Trump.

Televisão ligada em escritório da campanha de Kamala Harris à presidência Foto: Joe Raedle/Getty Images via AFP

Bastidores da TV nas eleições dos EUA

Nos estúdios de televisão, a pressão recai nas “mesas de decisão”, as equipes de estatísticos e analistas que proporcionam de antemão estimações baseadas nos primeiros resultados parciais.

“O que está em jogo é algo grande. Existe uma pressão enorme para captar a atenção dos telespectadores e lhes dar a informação o mais rápido possível, mas o maior risco é sacrificar a precisão”, aponta Costas Panagopoulos, professor de ciências políticas na Northeastern University e antigo membro da mesa de decisão da NBC que trabalha com a Edison Research.

Em 3 de novembro de 2020, poucas horas depois do fechamento das urnas, a emissora favorita dos conservadores americanos, Fox News, concedeu a Joe Biden a vitória no estado crucial do Arizona.

O anúncio, confirmado dias depois por outros meios de comunicação, provocou a fúria de Trump.

Mas nem tudo foram acertos e erros. Na eleição presidencial de 2000, quem ganhasse na Flórida ganhava a presidência. A mídia previu que o democrata Al Gore venceria, mas mais de um mês após as eleições, a Suprema Corte reverteu esse anúncio: o republicano George W. Bush venceu por uma margem de apenas 537 votos.

Para evitar um golpe em sua credibilidade, a mídia agora recorre a análises que levam em conta as pesquisas de boca de urna e entre aqueles que votam antecipadamente.

“Miragem vermelha”

O advogado eleitoral Ben Ginsberg, que já trabalhou para membros do Partido Republicano, espera a “miragem vermelha” de 2020, ou seja, que a aparente vantagem republicana desapareça à medida que as cédulas pelo correio, normalmente mais usadas pelos democratas, forem contadas.

Durante a recontagem, as emissoras tentam atrair audiência e demonstrar imparcialidade, em um contexto de máxima desconfiança do público em relação à mídia tradicional e à avalanche de desinformação, que os especialistas já preveem, sobre supostas fraudes.

A NBC News já explicou que suas projeções serão baseadas em dados coletados em mais de 100 mil seções eleitorais e 610 pesquisas.

“A quantidade de dados que as emissoras e os sites oferecerão na noite da eleição será maior do que nunca. Há mais detalhes, mais mapas e mais análises do que nunca”, diz Lenski.

Se a contagem dos votos for atrasada, “isso não é prova de conspiração”, adverte Ginsberg. E “se um dos candidatos se apressar e declarar vitória antes que os votos sejam contados, saiba que se trata de uma manobra política”, acrescenta.

AFP - As principais redes de televisão dos EUA estão se preparando para uma noite de eleição (na próxima terça, 5 de novembro) que parece que se arrastará por dias, temerosas de anunciar um vencedor cedo demais na ausência de resultados finais e em meio a uma possível enxurrada de desinformação.

Bandeira dos Estados Unidos é vista em manifestação de apoiadores de Donald Trump na Carolina do Norte em 2 de novembro de 2024 Foto: Peter Zay/AFP

A vitória do atual presidente Joe Biden em 2020 foi anunciada após quatro dias de intenso suspense. Com as pesquisas mostrando um empate entre os dois candidatos, a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump, este ano parece que não será diferente.

“Tudo vai depender dos sete estados muito disputados, e em muitos deles não temos dados o suficiente para fazer uma projeção antes do final da tarde, no início do dia seguinte ou, em alguns casos, vários dias depois das eleições”, explica à AFP Joe Lenski, vice-presidente executivo da Edison Research, o instituto que abastece um consórcio de redes (ABC, CBS, NBC News, CNN) com pesquisas de boca de urna, projeções e apurações.

O sistema eleitoral dos Estados Unidos é indireto. Os eleitores de cada estado elegem os membros de um colégio eleitoral encarregado de nomear o presidente. No entanto, os procedimentos de votação e apuração diferem entre os estados.

Por exemplo, Wisconsin e Pensilvânia, dois estados-chave, começam a apuração de votos antes do dia das eleições.

Os meios de comunicação serão encarregados de anunciar a vitória de Kamala ou Trump.

Televisão ligada em escritório da campanha de Kamala Harris à presidência Foto: Joe Raedle/Getty Images via AFP

Bastidores da TV nas eleições dos EUA

Nos estúdios de televisão, a pressão recai nas “mesas de decisão”, as equipes de estatísticos e analistas que proporcionam de antemão estimações baseadas nos primeiros resultados parciais.

“O que está em jogo é algo grande. Existe uma pressão enorme para captar a atenção dos telespectadores e lhes dar a informação o mais rápido possível, mas o maior risco é sacrificar a precisão”, aponta Costas Panagopoulos, professor de ciências políticas na Northeastern University e antigo membro da mesa de decisão da NBC que trabalha com a Edison Research.

Em 3 de novembro de 2020, poucas horas depois do fechamento das urnas, a emissora favorita dos conservadores americanos, Fox News, concedeu a Joe Biden a vitória no estado crucial do Arizona.

O anúncio, confirmado dias depois por outros meios de comunicação, provocou a fúria de Trump.

Mas nem tudo foram acertos e erros. Na eleição presidencial de 2000, quem ganhasse na Flórida ganhava a presidência. A mídia previu que o democrata Al Gore venceria, mas mais de um mês após as eleições, a Suprema Corte reverteu esse anúncio: o republicano George W. Bush venceu por uma margem de apenas 537 votos.

Para evitar um golpe em sua credibilidade, a mídia agora recorre a análises que levam em conta as pesquisas de boca de urna e entre aqueles que votam antecipadamente.

“Miragem vermelha”

O advogado eleitoral Ben Ginsberg, que já trabalhou para membros do Partido Republicano, espera a “miragem vermelha” de 2020, ou seja, que a aparente vantagem republicana desapareça à medida que as cédulas pelo correio, normalmente mais usadas pelos democratas, forem contadas.

Durante a recontagem, as emissoras tentam atrair audiência e demonstrar imparcialidade, em um contexto de máxima desconfiança do público em relação à mídia tradicional e à avalanche de desinformação, que os especialistas já preveem, sobre supostas fraudes.

A NBC News já explicou que suas projeções serão baseadas em dados coletados em mais de 100 mil seções eleitorais e 610 pesquisas.

“A quantidade de dados que as emissoras e os sites oferecerão na noite da eleição será maior do que nunca. Há mais detalhes, mais mapas e mais análises do que nunca”, diz Lenski.

Se a contagem dos votos for atrasada, “isso não é prova de conspiração”, adverte Ginsberg. E “se um dos candidatos se apressar e declarar vitória antes que os votos sejam contados, saiba que se trata de uma manobra política”, acrescenta.

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