'Ti Ti Ti’, de Maria Adelaide Amaral, está de volta no 'Vale a Pena Ver de Novo'


Escolha do remake da novela de Cassiano Gabus Mendes pretende dar ao público momentos mais descontraídos

Por Eliana Silva de Souza

Há mais de 40 anos, o público que gosta de assistir a novelas se delicia com as reprises que ocupam o horário das tardes da Globo. Foi em 1980 que entrou no ar o Vale a Pena Ver de Novo e, com ele, a volta de tramas que ainda povoam o imaginário do telespectador. Essa escolha do folhetim da vez tem uma ajudinha do espectador, que se manifesta a favor de algum título que queira rever. Assim, atendendo a pedidos do público de casa, Ti Ti Ti, de Maria Adelaide Amaral, feita em colaboração com Vincent Villari, foi selecionada para retornar à telinha nesta segunda-feira, 29.  A escolha do remake da novela de Cassiano Gabus Mendes, original de 1985, pretende dar ao público momentos mais descontraídos, com uma história divertida e com personagens caricatos. “Ti Ti Ti é comédia, é diversão, é alegria, mas sem que tenhamos esquecido, como jamais esquecemos quando escrevemos, de levar em consideração a inteligência do telespectador”, afirma Maria Adelaide Amaral, que comemora o retorno da novela. Segundo ela, sua versão da trama é um “biscoito fino”, que foi oferecido ao público e que agora poderá ser degustado novamente. 

Alexandre Borges na novela 'Ti-Ti-Ti' Foto: Zé Paulo Cardeal / Globo

Presente na entrevista virtual com o Estadão, Vincent Villari arremata as palavras da parceira e conta que há muito tempo havia esse pedido da volta de Ti Ti Ti por parte do público, e que os dois estavam torcendo para que isso se concretizasse. A reprise chegou justo neste momento de pandemia e isolamento social. “Ti Ti Ti cumpre sua função social de trazer esse alívio, essa energia para enfrentar a realidade, essa dureza de um momento inacreditável”, diz.  Como relata a autora, a ideia de fazer o remake da novela de Cassiano Gabus Mendes, que ganhou as cores da direção de Jorge Fernando, surgiu por ter sido um sucesso na época, com inúmeras reprises e, em todas, ter fisgado o público sempre da mesma forma. Mesmo com todo mundo conhecendo a história, Ti Ti Ti consegue prender o telespectador com seu humor irreverente. Além disso, tem em seu enredo temas que não envelhecem e que estão presentes na vida das pessoas, não importando a época. “As modas passam, mas os desejos e anseios das pessoas permanecem mais ou menos os mesmos como os folhetins do século 19, que nossas tataravós esperavam ansiosas, recortavam dos jornais, encadernavam, liam e circulavam”, enfatiza Maria Adelaide.  No enredo, o foco é a rivalidade entre os estilistas Jacques Leclair (Alexandre Borges) e Victor Valentim (Murilo Benício), que nutrem entre si essa discordância desde a infância. Maria Adelaide conta que já estava bem inteirada desse mundo fashion, pois anos antes, escreveu uma peça sobre Chanel, com Marília Pêra interpretando a estilista francesa. “Passei a ser público de moda, tinha muita curiosidade em saber tudo sobre esse universo”, conta.  Autora de novelas e séries, além de peças de teatro, a escritora Maria Adelaide tomou o rumo da televisão graças a um convite do próprio Cassiano Gabus Mendes, que gostava de seu trabalho. “Cassiano me convidou para escrever com ele uma novela das 8, como era chamada na época, e foi assim que me levou para a TV para escrever com ele Meu Bem, Meu Mal”, revela a dramaturga, contando que o trabalho entre os dois funcionava muito bem. “Ele escrevia os capítulos de segunda, quarta e sexta, e eu, os de terça, quinta e sábado.”  Mas essa versão de Ti Ti Ti, como reconhece Villari, acabou se transformando em uma potente homenagem a Cassiano Gabus Mendes e a sua obra. Isso porque ao começar a lidar com o projeto, sentiram a necessidade de agregar alguns outros temas à trama. Como Villari havia se aprofundado nos textos do autor, quando foi trabalhar com Maria Adelaide, pôde discutir com ela o que seria bom acrescentar ou não à nova versão. “Quando surgiu a proposta de fazer Ti Ti Ti e ela me chamou, pensamos que faltava uma trama romântica forte, que não tinha e foi aí que nos ocorreu Plumas e Paetês, que também era ambientada no mundo da moda e tinha uma espinha dorsal romântica forte com a história da menina grávida e abandonada que ia parar na casa de uma família rica.” Foi assim que Ti Ti Ti ganhou ingredientes vindos de outras novelas de Cassiano, autor cujo universo autoral é de muita coerência, o que ajudou a compor a trama do remake. Assim, entre os detalhes para montar a enredo, surgiu a ideia de trazer para a história alguns personagens de outras dessas tramas, que seriam para ficar alguns capítulos, mas que acabaram permanecendo até o fim. Foi o caso do confuso detetive Mario Fofoca, interpretado por Luis Gustavo, e que fazia parte da novela Elas por Elas (1982), e da Divina Magda (Vera Zimmermann), de Meu Bem, Meu Mal. “E fechamos novela com chave de ouro com a Rafaela Alvaray, da Marilia Pêra em Brega & Chique”, acrescenta Villari. 

Há mais de 40 anos, o público que gosta de assistir a novelas se delicia com as reprises que ocupam o horário das tardes da Globo. Foi em 1980 que entrou no ar o Vale a Pena Ver de Novo e, com ele, a volta de tramas que ainda povoam o imaginário do telespectador. Essa escolha do folhetim da vez tem uma ajudinha do espectador, que se manifesta a favor de algum título que queira rever. Assim, atendendo a pedidos do público de casa, Ti Ti Ti, de Maria Adelaide Amaral, feita em colaboração com Vincent Villari, foi selecionada para retornar à telinha nesta segunda-feira, 29.  A escolha do remake da novela de Cassiano Gabus Mendes, original de 1985, pretende dar ao público momentos mais descontraídos, com uma história divertida e com personagens caricatos. “Ti Ti Ti é comédia, é diversão, é alegria, mas sem que tenhamos esquecido, como jamais esquecemos quando escrevemos, de levar em consideração a inteligência do telespectador”, afirma Maria Adelaide Amaral, que comemora o retorno da novela. Segundo ela, sua versão da trama é um “biscoito fino”, que foi oferecido ao público e que agora poderá ser degustado novamente. 

Alexandre Borges na novela 'Ti-Ti-Ti' Foto: Zé Paulo Cardeal / Globo

Presente na entrevista virtual com o Estadão, Vincent Villari arremata as palavras da parceira e conta que há muito tempo havia esse pedido da volta de Ti Ti Ti por parte do público, e que os dois estavam torcendo para que isso se concretizasse. A reprise chegou justo neste momento de pandemia e isolamento social. “Ti Ti Ti cumpre sua função social de trazer esse alívio, essa energia para enfrentar a realidade, essa dureza de um momento inacreditável”, diz.  Como relata a autora, a ideia de fazer o remake da novela de Cassiano Gabus Mendes, que ganhou as cores da direção de Jorge Fernando, surgiu por ter sido um sucesso na época, com inúmeras reprises e, em todas, ter fisgado o público sempre da mesma forma. Mesmo com todo mundo conhecendo a história, Ti Ti Ti consegue prender o telespectador com seu humor irreverente. Além disso, tem em seu enredo temas que não envelhecem e que estão presentes na vida das pessoas, não importando a época. “As modas passam, mas os desejos e anseios das pessoas permanecem mais ou menos os mesmos como os folhetins do século 19, que nossas tataravós esperavam ansiosas, recortavam dos jornais, encadernavam, liam e circulavam”, enfatiza Maria Adelaide.  No enredo, o foco é a rivalidade entre os estilistas Jacques Leclair (Alexandre Borges) e Victor Valentim (Murilo Benício), que nutrem entre si essa discordância desde a infância. Maria Adelaide conta que já estava bem inteirada desse mundo fashion, pois anos antes, escreveu uma peça sobre Chanel, com Marília Pêra interpretando a estilista francesa. “Passei a ser público de moda, tinha muita curiosidade em saber tudo sobre esse universo”, conta.  Autora de novelas e séries, além de peças de teatro, a escritora Maria Adelaide tomou o rumo da televisão graças a um convite do próprio Cassiano Gabus Mendes, que gostava de seu trabalho. “Cassiano me convidou para escrever com ele uma novela das 8, como era chamada na época, e foi assim que me levou para a TV para escrever com ele Meu Bem, Meu Mal”, revela a dramaturga, contando que o trabalho entre os dois funcionava muito bem. “Ele escrevia os capítulos de segunda, quarta e sexta, e eu, os de terça, quinta e sábado.”  Mas essa versão de Ti Ti Ti, como reconhece Villari, acabou se transformando em uma potente homenagem a Cassiano Gabus Mendes e a sua obra. Isso porque ao começar a lidar com o projeto, sentiram a necessidade de agregar alguns outros temas à trama. Como Villari havia se aprofundado nos textos do autor, quando foi trabalhar com Maria Adelaide, pôde discutir com ela o que seria bom acrescentar ou não à nova versão. “Quando surgiu a proposta de fazer Ti Ti Ti e ela me chamou, pensamos que faltava uma trama romântica forte, que não tinha e foi aí que nos ocorreu Plumas e Paetês, que também era ambientada no mundo da moda e tinha uma espinha dorsal romântica forte com a história da menina grávida e abandonada que ia parar na casa de uma família rica.” Foi assim que Ti Ti Ti ganhou ingredientes vindos de outras novelas de Cassiano, autor cujo universo autoral é de muita coerência, o que ajudou a compor a trama do remake. Assim, entre os detalhes para montar a enredo, surgiu a ideia de trazer para a história alguns personagens de outras dessas tramas, que seriam para ficar alguns capítulos, mas que acabaram permanecendo até o fim. Foi o caso do confuso detetive Mario Fofoca, interpretado por Luis Gustavo, e que fazia parte da novela Elas por Elas (1982), e da Divina Magda (Vera Zimmermann), de Meu Bem, Meu Mal. “E fechamos novela com chave de ouro com a Rafaela Alvaray, da Marilia Pêra em Brega & Chique”, acrescenta Villari. 

Há mais de 40 anos, o público que gosta de assistir a novelas se delicia com as reprises que ocupam o horário das tardes da Globo. Foi em 1980 que entrou no ar o Vale a Pena Ver de Novo e, com ele, a volta de tramas que ainda povoam o imaginário do telespectador. Essa escolha do folhetim da vez tem uma ajudinha do espectador, que se manifesta a favor de algum título que queira rever. Assim, atendendo a pedidos do público de casa, Ti Ti Ti, de Maria Adelaide Amaral, feita em colaboração com Vincent Villari, foi selecionada para retornar à telinha nesta segunda-feira, 29.  A escolha do remake da novela de Cassiano Gabus Mendes, original de 1985, pretende dar ao público momentos mais descontraídos, com uma história divertida e com personagens caricatos. “Ti Ti Ti é comédia, é diversão, é alegria, mas sem que tenhamos esquecido, como jamais esquecemos quando escrevemos, de levar em consideração a inteligência do telespectador”, afirma Maria Adelaide Amaral, que comemora o retorno da novela. Segundo ela, sua versão da trama é um “biscoito fino”, que foi oferecido ao público e que agora poderá ser degustado novamente. 

Alexandre Borges na novela 'Ti-Ti-Ti' Foto: Zé Paulo Cardeal / Globo

Presente na entrevista virtual com o Estadão, Vincent Villari arremata as palavras da parceira e conta que há muito tempo havia esse pedido da volta de Ti Ti Ti por parte do público, e que os dois estavam torcendo para que isso se concretizasse. A reprise chegou justo neste momento de pandemia e isolamento social. “Ti Ti Ti cumpre sua função social de trazer esse alívio, essa energia para enfrentar a realidade, essa dureza de um momento inacreditável”, diz.  Como relata a autora, a ideia de fazer o remake da novela de Cassiano Gabus Mendes, que ganhou as cores da direção de Jorge Fernando, surgiu por ter sido um sucesso na época, com inúmeras reprises e, em todas, ter fisgado o público sempre da mesma forma. Mesmo com todo mundo conhecendo a história, Ti Ti Ti consegue prender o telespectador com seu humor irreverente. Além disso, tem em seu enredo temas que não envelhecem e que estão presentes na vida das pessoas, não importando a época. “As modas passam, mas os desejos e anseios das pessoas permanecem mais ou menos os mesmos como os folhetins do século 19, que nossas tataravós esperavam ansiosas, recortavam dos jornais, encadernavam, liam e circulavam”, enfatiza Maria Adelaide.  No enredo, o foco é a rivalidade entre os estilistas Jacques Leclair (Alexandre Borges) e Victor Valentim (Murilo Benício), que nutrem entre si essa discordância desde a infância. Maria Adelaide conta que já estava bem inteirada desse mundo fashion, pois anos antes, escreveu uma peça sobre Chanel, com Marília Pêra interpretando a estilista francesa. “Passei a ser público de moda, tinha muita curiosidade em saber tudo sobre esse universo”, conta.  Autora de novelas e séries, além de peças de teatro, a escritora Maria Adelaide tomou o rumo da televisão graças a um convite do próprio Cassiano Gabus Mendes, que gostava de seu trabalho. “Cassiano me convidou para escrever com ele uma novela das 8, como era chamada na época, e foi assim que me levou para a TV para escrever com ele Meu Bem, Meu Mal”, revela a dramaturga, contando que o trabalho entre os dois funcionava muito bem. “Ele escrevia os capítulos de segunda, quarta e sexta, e eu, os de terça, quinta e sábado.”  Mas essa versão de Ti Ti Ti, como reconhece Villari, acabou se transformando em uma potente homenagem a Cassiano Gabus Mendes e a sua obra. Isso porque ao começar a lidar com o projeto, sentiram a necessidade de agregar alguns outros temas à trama. Como Villari havia se aprofundado nos textos do autor, quando foi trabalhar com Maria Adelaide, pôde discutir com ela o que seria bom acrescentar ou não à nova versão. “Quando surgiu a proposta de fazer Ti Ti Ti e ela me chamou, pensamos que faltava uma trama romântica forte, que não tinha e foi aí que nos ocorreu Plumas e Paetês, que também era ambientada no mundo da moda e tinha uma espinha dorsal romântica forte com a história da menina grávida e abandonada que ia parar na casa de uma família rica.” Foi assim que Ti Ti Ti ganhou ingredientes vindos de outras novelas de Cassiano, autor cujo universo autoral é de muita coerência, o que ajudou a compor a trama do remake. Assim, entre os detalhes para montar a enredo, surgiu a ideia de trazer para a história alguns personagens de outras dessas tramas, que seriam para ficar alguns capítulos, mas que acabaram permanecendo até o fim. Foi o caso do confuso detetive Mario Fofoca, interpretado por Luis Gustavo, e que fazia parte da novela Elas por Elas (1982), e da Divina Magda (Vera Zimmermann), de Meu Bem, Meu Mal. “E fechamos novela com chave de ouro com a Rafaela Alvaray, da Marilia Pêra em Brega & Chique”, acrescenta Villari. 

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