Cid Moreira, jornalista e apresentador que morreu nesta quinta-feira, dia 3, foi relembrado por diversos nomes da Rede Globo, inclusive como destaque de um segmento especial exibido no programa Encontro, nesta manhã. No especial, William Bonner foi o primeiro a falar sobre o icônico jornalista.
Bonner lembrou, em homenagem, dois momentos marcantes em sua vida, que envolveram o jornalista: “O primeiro foi quando eu vi o rosto do Cid Moreira de perfil, eu fiquei petrificado. E o segundo momento mais marcante da minha vida, quando eu olhei para a minha direita e vi o Cid Moreira sentado na mesma bancada em que eu me encontrava para apresentar o Jornal Nacional. Ele é uma figura gigantesca. Uma voz de credibilidade indiscutível”, completou Bonner.
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Fátima Bernardes, dupla de Bonner por anos na bancada do Jornal Nacional, fez uma homenagem ao comunicador em seu Instagram, dizendo que Cid Moreira foi a primeira pessoa a chamar seu nome no programa. Com uma coleção de fotos, a apresentadora deixou seu carinho aos conhecidos do apresentador.
“Quando eu comecei a assistir ao Jornal Nacional, ele estava lá. Quando eu me tornei jornalista, ele estava lá. A primeira vez em que entrei ao vivo no Jornal Nacional, no meio de uma enchente, foi ele que chamou o meu nome: “de lá fala ao vivo a repórter Fátima Bernardes”. A voz dele naquela bancada, era uma grife, um selo de qualidade. Hoje, Cid Moreira se foi, mas não será esquecido, marcou uma época. Meu carinho sincero pra todos que o amavam.”
No Encontro, Sandra Annenberg também deixou um pronunciamento destacando o histórico do programa e de seu icônico âncora: “Tenho a honra no meu currículo de ter estreado ao lado dele. Fui a primeira mulher a aparecer toda noite, no Jornal Nacional, ao lado do Cid e do Sérgio [Chapelin]. Como mestre tem que ser, será lembrado para sempre”.
Já Chapelin, primeiro parceiro de Moreira na bancada do jornal, falou sobre o histórico dos dois, que formaram a primeira dupla a apresentar o programa. “Minha parceria com o Cid foi longa”, disse no Encontro. “Foram quase vinte anos no Jornal Nacional. O que eu tenho para dizer a respeito dele é que foi o melhor profissional com quem trabalhei. Tive que me esforçar muito para acompanhar o nível dele. Tinha uma voz privilegiada, uma técnica primorosa e um talento invejável. A gente sente, mas foram 97 anos vividos. Vamos lembrar das coisas boas que ele fez, que foram muitas”.
A apresentadora Ana Maria Braga também prestou sua homenagem em uma publicação no Instagram, agradecendo Moreira por anos de trabalho: “sua voz e talento marcaram gerações e transformaram o jornalismo brasileiro. Agradecemos por sua dedicação e por nos ensinar a importância da verdade. Sua contribuição será eternamente lembrada. Descanse em paz”.
O Museu Brasileiro de Rádio e Televisão divulgou uma nota de pesar para a imprensa, repassando seus principais marcos no jornalismo brasileiro:
“O MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão lamenta a partida de nosso amigo Cid Moreira, que nos deixou hoje, aos 97 anos. Uma carreira brilhante tanto no rádio, como na televisão, com passagens pelas rádios Difusora de Taubaté (SP), Bandeirantes e Mayrink Veiga, além de emissoras como TV Rio e a Rede Globo, onde se tornou uma das principais vozes e figuras do seu telejornalismo, ancorando por décadas o Jornal Nacional, desde a estreia em 1969, assim como o Fantástico. Seu “boa noite” inigualável Cid fez questão de deixar registrado no acervo do MBRTV, tendo colaborado com nossa entidade em projetos como a Cidade da TV, em São Bernardo do Campo (SP), e no show dos 60 anos da TV no Brasil, no Memorial da América Latina, em 2010. É uma grande perda para todos nós, que sentiremos falta também do seu carisma e da pessoa querida que adorávamos. Nossos sentimentos a toda família, amigos, colegas e fãs”.
A causa da morte de Cid Moreira foi falência múltipla de órgãos após quadro de pneumonia. Ele tinha 97 anos e estava internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis.