Tinhorão pesquisa literatura e música


José Ramos Tinhorão investiga as maneiras como, em épocas distintas, a música popular é aceita pela literatura. O resultado da investigação oferece um quadro amplo das relações de classe na história do País

Por Agencia Estado

De que maneira a literatura brasileira tratou a música brasileira - o mais popular e mais universal fenômeno cultural produzido aqui? É a pergunta que o historiador (que se prefere dizer pesquisador) José Ramos Tinhorão quer responder com o livro A Música Popular no Romance Brasileiro. É uma obra ambiciosa - e formidavelmente bem resolvida, até onde já pode ser lida. Dos três volumes programados, dois estão na praça, lançamentos da Editora 34: o primeiro analisa o romance nos séculos 18 e 19 (312 páginas, R$ 24,00); os dois volumes seguintes tratam exclusivamente do século 20. Somente a primeira parte (418 páginas, R$ 29,00) - que vai até o Galeão Coutinho de O Último dos Morungabas (primeira edição em 1944) - está lançada. O terceiro volume da série está em preparação. O primeiro volume teve edição anterior, em 1992. A presente edição foi revista e ampliada pelo autor, que informa ser a obra resultado de 15 anos de leitura e pesquisa em cerca de 5 mil romances. O ponto de partida é O Filho do Pescador, de Teixeira e Souza, de 1843, "o primeiro romance brasileiro aceito como tal". Antes, no entanto, Tinhorão analisa o Compêndio Narrativo do Peregrino da América, de Nuno Marques Pereira, publicado em Lisboa, em 1728. Neste livro, avaliam-se - como está no seu extenso subtítulo - "vários discursos espirituais e morais, com muitas advertências, e documentos contra os abusos que se acham introduzidos pela malícia diabólica no Estado do Brasil". Por "malícia diabólica" entendam-se as manifestações da cultura negra. Antes que alguém o diga, o autor reivindica, no prefácio que quer, humildemente, o reconhecimento de que "tanto pelo tema quanto pela abordagem" (...) não se conhecem "antecedentes (para este livro) na bibliografia de qualquer país". Tinhorão investiga as maneiras como, em épocas distintas a música popular é aceita pela literatura. O resultado da investigação oferece um quadro amplo das relações de classe na história do País - nos romances de Joaquim Manuel de Macedo encontra discernimento dos gêneros de música e dança que surgiam; em Manuel Antônio de Almeida, o retrato das classes remediadas do Rio de Janeiro; o desenvolvimento das sociedades carnavalescas, em Enéas Ferraz; a vida das elites, na obra do paulista Romeu Avelar; a influência do cinema e do rádio, nos livros do pernambucano Mário Sette; a Lapa boêmia do Rio, em Luís Martins, e o Mangue, zona de meretrício carioca, em Otávio Tavares - e fala ainda de Érico Veríssimo, Athos Damasceno Ferreira, João Alphonsus e até Roberto Drummond, Afonso Schimdt, Xisto Bahia, Eduardo das Neves. No caminho, Tinhorão descobriu - embora, confesse, não fosse sua preocupação específica - livros esquecidos que, acredita, põem em questão a qualidade da crítica literária brasileira. Menciona, por exemplo, Luís Guimarães Júnior, autor do folhetim A Família Agulha, publicado no Diário do Rio de Janeiro, na década de 70 do século passado, que compara, na reconstituição dos costumes do Rio, às Memórias de Um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida. A Música Popular no Romance Brasileiro" é, como são os livros de José Ramos Tinhorão, um livro de história do Brasil - muito de acordo com os princípios ideológicos do autor, socialista, a história das relações de classe na sociedade brasileira e de que maneira as classes dominantes receberam, se deixaram influenciar por e moldaram a música popular.

De que maneira a literatura brasileira tratou a música brasileira - o mais popular e mais universal fenômeno cultural produzido aqui? É a pergunta que o historiador (que se prefere dizer pesquisador) José Ramos Tinhorão quer responder com o livro A Música Popular no Romance Brasileiro. É uma obra ambiciosa - e formidavelmente bem resolvida, até onde já pode ser lida. Dos três volumes programados, dois estão na praça, lançamentos da Editora 34: o primeiro analisa o romance nos séculos 18 e 19 (312 páginas, R$ 24,00); os dois volumes seguintes tratam exclusivamente do século 20. Somente a primeira parte (418 páginas, R$ 29,00) - que vai até o Galeão Coutinho de O Último dos Morungabas (primeira edição em 1944) - está lançada. O terceiro volume da série está em preparação. O primeiro volume teve edição anterior, em 1992. A presente edição foi revista e ampliada pelo autor, que informa ser a obra resultado de 15 anos de leitura e pesquisa em cerca de 5 mil romances. O ponto de partida é O Filho do Pescador, de Teixeira e Souza, de 1843, "o primeiro romance brasileiro aceito como tal". Antes, no entanto, Tinhorão analisa o Compêndio Narrativo do Peregrino da América, de Nuno Marques Pereira, publicado em Lisboa, em 1728. Neste livro, avaliam-se - como está no seu extenso subtítulo - "vários discursos espirituais e morais, com muitas advertências, e documentos contra os abusos que se acham introduzidos pela malícia diabólica no Estado do Brasil". Por "malícia diabólica" entendam-se as manifestações da cultura negra. Antes que alguém o diga, o autor reivindica, no prefácio que quer, humildemente, o reconhecimento de que "tanto pelo tema quanto pela abordagem" (...) não se conhecem "antecedentes (para este livro) na bibliografia de qualquer país". Tinhorão investiga as maneiras como, em épocas distintas a música popular é aceita pela literatura. O resultado da investigação oferece um quadro amplo das relações de classe na história do País - nos romances de Joaquim Manuel de Macedo encontra discernimento dos gêneros de música e dança que surgiam; em Manuel Antônio de Almeida, o retrato das classes remediadas do Rio de Janeiro; o desenvolvimento das sociedades carnavalescas, em Enéas Ferraz; a vida das elites, na obra do paulista Romeu Avelar; a influência do cinema e do rádio, nos livros do pernambucano Mário Sette; a Lapa boêmia do Rio, em Luís Martins, e o Mangue, zona de meretrício carioca, em Otávio Tavares - e fala ainda de Érico Veríssimo, Athos Damasceno Ferreira, João Alphonsus e até Roberto Drummond, Afonso Schimdt, Xisto Bahia, Eduardo das Neves. No caminho, Tinhorão descobriu - embora, confesse, não fosse sua preocupação específica - livros esquecidos que, acredita, põem em questão a qualidade da crítica literária brasileira. Menciona, por exemplo, Luís Guimarães Júnior, autor do folhetim A Família Agulha, publicado no Diário do Rio de Janeiro, na década de 70 do século passado, que compara, na reconstituição dos costumes do Rio, às Memórias de Um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida. A Música Popular no Romance Brasileiro" é, como são os livros de José Ramos Tinhorão, um livro de história do Brasil - muito de acordo com os princípios ideológicos do autor, socialista, a história das relações de classe na sociedade brasileira e de que maneira as classes dominantes receberam, se deixaram influenciar por e moldaram a música popular.

De que maneira a literatura brasileira tratou a música brasileira - o mais popular e mais universal fenômeno cultural produzido aqui? É a pergunta que o historiador (que se prefere dizer pesquisador) José Ramos Tinhorão quer responder com o livro A Música Popular no Romance Brasileiro. É uma obra ambiciosa - e formidavelmente bem resolvida, até onde já pode ser lida. Dos três volumes programados, dois estão na praça, lançamentos da Editora 34: o primeiro analisa o romance nos séculos 18 e 19 (312 páginas, R$ 24,00); os dois volumes seguintes tratam exclusivamente do século 20. Somente a primeira parte (418 páginas, R$ 29,00) - que vai até o Galeão Coutinho de O Último dos Morungabas (primeira edição em 1944) - está lançada. O terceiro volume da série está em preparação. O primeiro volume teve edição anterior, em 1992. A presente edição foi revista e ampliada pelo autor, que informa ser a obra resultado de 15 anos de leitura e pesquisa em cerca de 5 mil romances. O ponto de partida é O Filho do Pescador, de Teixeira e Souza, de 1843, "o primeiro romance brasileiro aceito como tal". Antes, no entanto, Tinhorão analisa o Compêndio Narrativo do Peregrino da América, de Nuno Marques Pereira, publicado em Lisboa, em 1728. Neste livro, avaliam-se - como está no seu extenso subtítulo - "vários discursos espirituais e morais, com muitas advertências, e documentos contra os abusos que se acham introduzidos pela malícia diabólica no Estado do Brasil". Por "malícia diabólica" entendam-se as manifestações da cultura negra. Antes que alguém o diga, o autor reivindica, no prefácio que quer, humildemente, o reconhecimento de que "tanto pelo tema quanto pela abordagem" (...) não se conhecem "antecedentes (para este livro) na bibliografia de qualquer país". Tinhorão investiga as maneiras como, em épocas distintas a música popular é aceita pela literatura. O resultado da investigação oferece um quadro amplo das relações de classe na história do País - nos romances de Joaquim Manuel de Macedo encontra discernimento dos gêneros de música e dança que surgiam; em Manuel Antônio de Almeida, o retrato das classes remediadas do Rio de Janeiro; o desenvolvimento das sociedades carnavalescas, em Enéas Ferraz; a vida das elites, na obra do paulista Romeu Avelar; a influência do cinema e do rádio, nos livros do pernambucano Mário Sette; a Lapa boêmia do Rio, em Luís Martins, e o Mangue, zona de meretrício carioca, em Otávio Tavares - e fala ainda de Érico Veríssimo, Athos Damasceno Ferreira, João Alphonsus e até Roberto Drummond, Afonso Schimdt, Xisto Bahia, Eduardo das Neves. No caminho, Tinhorão descobriu - embora, confesse, não fosse sua preocupação específica - livros esquecidos que, acredita, põem em questão a qualidade da crítica literária brasileira. Menciona, por exemplo, Luís Guimarães Júnior, autor do folhetim A Família Agulha, publicado no Diário do Rio de Janeiro, na década de 70 do século passado, que compara, na reconstituição dos costumes do Rio, às Memórias de Um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida. A Música Popular no Romance Brasileiro" é, como são os livros de José Ramos Tinhorão, um livro de história do Brasil - muito de acordo com os princípios ideológicos do autor, socialista, a história das relações de classe na sociedade brasileira e de que maneira as classes dominantes receberam, se deixaram influenciar por e moldaram a música popular.

De que maneira a literatura brasileira tratou a música brasileira - o mais popular e mais universal fenômeno cultural produzido aqui? É a pergunta que o historiador (que se prefere dizer pesquisador) José Ramos Tinhorão quer responder com o livro A Música Popular no Romance Brasileiro. É uma obra ambiciosa - e formidavelmente bem resolvida, até onde já pode ser lida. Dos três volumes programados, dois estão na praça, lançamentos da Editora 34: o primeiro analisa o romance nos séculos 18 e 19 (312 páginas, R$ 24,00); os dois volumes seguintes tratam exclusivamente do século 20. Somente a primeira parte (418 páginas, R$ 29,00) - que vai até o Galeão Coutinho de O Último dos Morungabas (primeira edição em 1944) - está lançada. O terceiro volume da série está em preparação. O primeiro volume teve edição anterior, em 1992. A presente edição foi revista e ampliada pelo autor, que informa ser a obra resultado de 15 anos de leitura e pesquisa em cerca de 5 mil romances. O ponto de partida é O Filho do Pescador, de Teixeira e Souza, de 1843, "o primeiro romance brasileiro aceito como tal". Antes, no entanto, Tinhorão analisa o Compêndio Narrativo do Peregrino da América, de Nuno Marques Pereira, publicado em Lisboa, em 1728. Neste livro, avaliam-se - como está no seu extenso subtítulo - "vários discursos espirituais e morais, com muitas advertências, e documentos contra os abusos que se acham introduzidos pela malícia diabólica no Estado do Brasil". Por "malícia diabólica" entendam-se as manifestações da cultura negra. Antes que alguém o diga, o autor reivindica, no prefácio que quer, humildemente, o reconhecimento de que "tanto pelo tema quanto pela abordagem" (...) não se conhecem "antecedentes (para este livro) na bibliografia de qualquer país". Tinhorão investiga as maneiras como, em épocas distintas a música popular é aceita pela literatura. O resultado da investigação oferece um quadro amplo das relações de classe na história do País - nos romances de Joaquim Manuel de Macedo encontra discernimento dos gêneros de música e dança que surgiam; em Manuel Antônio de Almeida, o retrato das classes remediadas do Rio de Janeiro; o desenvolvimento das sociedades carnavalescas, em Enéas Ferraz; a vida das elites, na obra do paulista Romeu Avelar; a influência do cinema e do rádio, nos livros do pernambucano Mário Sette; a Lapa boêmia do Rio, em Luís Martins, e o Mangue, zona de meretrício carioca, em Otávio Tavares - e fala ainda de Érico Veríssimo, Athos Damasceno Ferreira, João Alphonsus e até Roberto Drummond, Afonso Schimdt, Xisto Bahia, Eduardo das Neves. No caminho, Tinhorão descobriu - embora, confesse, não fosse sua preocupação específica - livros esquecidos que, acredita, põem em questão a qualidade da crítica literária brasileira. Menciona, por exemplo, Luís Guimarães Júnior, autor do folhetim A Família Agulha, publicado no Diário do Rio de Janeiro, na década de 70 do século passado, que compara, na reconstituição dos costumes do Rio, às Memórias de Um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida. A Música Popular no Romance Brasileiro" é, como são os livros de José Ramos Tinhorão, um livro de história do Brasil - muito de acordo com os princípios ideológicos do autor, socialista, a história das relações de classe na sociedade brasileira e de que maneira as classes dominantes receberam, se deixaram influenciar por e moldaram a música popular.

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