123milhas: CEO da Latam critica passagens com datas flexíveis e vê ‘aposta com dinheiro de cliente’


Em publicação no LinkedIn, Jerome Cadier afirmou que ‘não há surpresa no que está acontecendo’

Por Redação
Atualização:

Após o recente anúncio feito pela agência de viagens 123milhas sobre suspensão dos pacotes com datas flexíveis e a emissão de passagens promocionais, Jerome Cadier, o CEO da companhia área Latam no Brasil, afirmou que “não tem surpresa no que está acontecendo” e chamou o formato utilizado pela agência de “aposta com dinheiro de cliente”. A crítica foi feita em um texto publicado na quarta-feira, 23, em seu perfil no LinkedIn

“Nas últimas semanas, muitos ficaram surpresos com os problemas enfrentados por uma empresa que vende pacotes de viagens a preço fixo sem data definida. Não deveria ser surpresa: há poucos meses, outra empresa que fazia o mesmo, passou por problemas similares. É simples entender o que estas empresas fazem: é uma aposta com o dinheiro do cliente. Elas recebem, aplicam e ficam esperando”, afirmou o CEO da companhia aérea, citando “outra empresa” em referência ao caso do Hurb.

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Cadier disse que “não acha justo” que os clientes paguem a conta se a empresa não consegue arcar com os preços das passagens aéreas e dos hotéis e, portanto, não marcam a viagem adquirida e destacou que é “muito difícil” lidar com oscilações de preços e, por isso, “praticamente nenhuma agência de viagem oferece este produto”, escreveu. A 123milhas justificou os cancelamentos devido à “persistência de fatores econômicos e de mercado adversos”.

Segundo o seu site, a 123milhas trabalha adquirindo milhas acumuladas de pessoas que não irão usá-las para conseguir oferecer “voos até 50% mais baratos” para os clientes. “Nós usamos milhas para emitir suas passagens diretamente com as companhias aéreas e em seguida disponibilizá-las para você”, diz o texto.

Em publicação no LinkedIn, feita na quarta-feira, 23, Jerome Cadier, o CEO da Latam no Brasil, afirmou que 'não há surpresa no que está acontecendo' em relação ao caso da agência 123milhas Foto: Reprodução/LinkedIn
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A prática também foi condenada por Cadier, já que companhias aéreas têm regulamentos que proíbem a venda de milhas ou limitam a quantidade de transferências possíveis. “Como confiar em uma empresa cuja principal atividade depende de fazer os clientes burlarem as regras dos programas de fidelidade?”, escreveu o CEO da Latam na publicação.

A 123milhas está sendo investigada de forma conjunta pelos ministérios da Justiça e do Turismo e se tornou alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras, segundo o deputado federal Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ). A empresa também foi notificada pelo Procon-SP, pedindo esclarecimentos sobre a suspensão de pacotes e passagens anunciada pela empresa.

Após o recente anúncio feito pela agência de viagens 123milhas sobre suspensão dos pacotes com datas flexíveis e a emissão de passagens promocionais, Jerome Cadier, o CEO da companhia área Latam no Brasil, afirmou que “não tem surpresa no que está acontecendo” e chamou o formato utilizado pela agência de “aposta com dinheiro de cliente”. A crítica foi feita em um texto publicado na quarta-feira, 23, em seu perfil no LinkedIn

“Nas últimas semanas, muitos ficaram surpresos com os problemas enfrentados por uma empresa que vende pacotes de viagens a preço fixo sem data definida. Não deveria ser surpresa: há poucos meses, outra empresa que fazia o mesmo, passou por problemas similares. É simples entender o que estas empresas fazem: é uma aposta com o dinheiro do cliente. Elas recebem, aplicam e ficam esperando”, afirmou o CEO da companhia aérea, citando “outra empresa” em referência ao caso do Hurb.

Cadier disse que “não acha justo” que os clientes paguem a conta se a empresa não consegue arcar com os preços das passagens aéreas e dos hotéis e, portanto, não marcam a viagem adquirida e destacou que é “muito difícil” lidar com oscilações de preços e, por isso, “praticamente nenhuma agência de viagem oferece este produto”, escreveu. A 123milhas justificou os cancelamentos devido à “persistência de fatores econômicos e de mercado adversos”.

Segundo o seu site, a 123milhas trabalha adquirindo milhas acumuladas de pessoas que não irão usá-las para conseguir oferecer “voos até 50% mais baratos” para os clientes. “Nós usamos milhas para emitir suas passagens diretamente com as companhias aéreas e em seguida disponibilizá-las para você”, diz o texto.

Em publicação no LinkedIn, feita na quarta-feira, 23, Jerome Cadier, o CEO da Latam no Brasil, afirmou que 'não há surpresa no que está acontecendo' em relação ao caso da agência 123milhas Foto: Reprodução/LinkedIn

A prática também foi condenada por Cadier, já que companhias aéreas têm regulamentos que proíbem a venda de milhas ou limitam a quantidade de transferências possíveis. “Como confiar em uma empresa cuja principal atividade depende de fazer os clientes burlarem as regras dos programas de fidelidade?”, escreveu o CEO da Latam na publicação.

A 123milhas está sendo investigada de forma conjunta pelos ministérios da Justiça e do Turismo e se tornou alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras, segundo o deputado federal Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ). A empresa também foi notificada pelo Procon-SP, pedindo esclarecimentos sobre a suspensão de pacotes e passagens anunciada pela empresa.

Após o recente anúncio feito pela agência de viagens 123milhas sobre suspensão dos pacotes com datas flexíveis e a emissão de passagens promocionais, Jerome Cadier, o CEO da companhia área Latam no Brasil, afirmou que “não tem surpresa no que está acontecendo” e chamou o formato utilizado pela agência de “aposta com dinheiro de cliente”. A crítica foi feita em um texto publicado na quarta-feira, 23, em seu perfil no LinkedIn

“Nas últimas semanas, muitos ficaram surpresos com os problemas enfrentados por uma empresa que vende pacotes de viagens a preço fixo sem data definida. Não deveria ser surpresa: há poucos meses, outra empresa que fazia o mesmo, passou por problemas similares. É simples entender o que estas empresas fazem: é uma aposta com o dinheiro do cliente. Elas recebem, aplicam e ficam esperando”, afirmou o CEO da companhia aérea, citando “outra empresa” em referência ao caso do Hurb.

Cadier disse que “não acha justo” que os clientes paguem a conta se a empresa não consegue arcar com os preços das passagens aéreas e dos hotéis e, portanto, não marcam a viagem adquirida e destacou que é “muito difícil” lidar com oscilações de preços e, por isso, “praticamente nenhuma agência de viagem oferece este produto”, escreveu. A 123milhas justificou os cancelamentos devido à “persistência de fatores econômicos e de mercado adversos”.

Segundo o seu site, a 123milhas trabalha adquirindo milhas acumuladas de pessoas que não irão usá-las para conseguir oferecer “voos até 50% mais baratos” para os clientes. “Nós usamos milhas para emitir suas passagens diretamente com as companhias aéreas e em seguida disponibilizá-las para você”, diz o texto.

Em publicação no LinkedIn, feita na quarta-feira, 23, Jerome Cadier, o CEO da Latam no Brasil, afirmou que 'não há surpresa no que está acontecendo' em relação ao caso da agência 123milhas Foto: Reprodução/LinkedIn

A prática também foi condenada por Cadier, já que companhias aéreas têm regulamentos que proíbem a venda de milhas ou limitam a quantidade de transferências possíveis. “Como confiar em uma empresa cuja principal atividade depende de fazer os clientes burlarem as regras dos programas de fidelidade?”, escreveu o CEO da Latam na publicação.

A 123milhas está sendo investigada de forma conjunta pelos ministérios da Justiça e do Turismo e se tornou alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras, segundo o deputado federal Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ). A empresa também foi notificada pelo Procon-SP, pedindo esclarecimentos sobre a suspensão de pacotes e passagens anunciada pela empresa.

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