Caso 123milhas: cliente já deveria ter recebido R$ 29 mil: ‘Afetou muito a minha vida financeira’


HotMilhas confirmou o atraso de pagamentos com prazo para o dia 25 de agosto, alegando ‘uma forte queda das vendas de sua controladora’

Por Isabel Gomes

A crise financeira que atinge a agência online de viagens 123milhas, que anunciou a suspensão dos pacotes com datas flexíveis e a emissão de passagens promocionais, também afetou usuários da HotMilhas, o serviço de compra de milhas aéreas controlado pela empresa. Nas redes sociais e em grupos de WhatsApp e Telegram, milheiros relatam atrasos no pagamento de venda de milhas.

Ao Estadão, a HotMilhas informou que atrasou o pagamento a clientes previstos para o dia 25 de agosto e suspendeu temporariamente o serviço de compra de milhas em sua plataforma devido a “uma forte queda das vendas de sua controladora” (veja mais abaixo).

Na plataforma Reclame Aqui, mais de 500 comentários foram publicados desde terça-feira, 29, sendo praticamente todos sobre atrasos de pagamentos ou receio sobre o não cumprimento de prazos. Em grupos online, os relatos são semelhantes aos posts do Reclame Aqui, mencionando a falta ou demora de respostas no chat da HotMilhas. Membros de grupos chegam a relatar valores superiores a R$ 100 mil para receber da empresa até o fim do ano, com baixa expectativa de que seja pago.

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O site da HotMilhas chegou a sair do ar de forma temporária no sábado, 26, suspendendo o serviço de compra de milhas. Na manhã desta quarta-feira, 30, a plataforma estava novamente no ar, possibilitando a cotação de milhas.

A Hotmilhas, que é da controladora 123milhas, é uma plataforma de compra de milhas, em que clientes de programas de fidelidade de companhias aéreas brasileiras, como Smiles, Tudo Azul e Latam Pass, podem vender seus acúmulos. Foto: Reprodução/HotMilhas

‘Afetou muito a minha vida financeira’

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Um funcionário público e morador de Montes Claros (MG), que é usuário da plataforma e pediu para não ser identificado nesta reportagem, está entre os casos de não cumprimento do pagamento dentro do prazo. Ele vendeu cerca de 1,2 milhão de milhas à plataforma, e receberia aproximadamente R$ 29,7 mil ao total, em vendas de diferentes valores que deveriam ter sido pagas nos dia 25 e 29 de agosto. O prazo, entretanto, não foi cumprido.

Ele conta que vende milhas na HotMilhas há cerca de cinco meses e, neste meio tempo, nunca havia passado por problema nos pagamentos. “Eu busquei justificativa na HotMilhas. Tentar, até tentei. Mas o chat deles está inoperante, não há resposta alguma sobre tais atrasos”, conta. “O montante é considerável. Eu vou ter que fazer adaptações, negociações. Afetou, de certa forma, muito a minha vida financeira.”

‘Impacto enorme’

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O não cumprimento de prazos da empresa deixa outros usuários, que ainda têm valores receber para os próximos meses, em um cenário de incerteza e angústia. É o caso de uma arquiteta moradora de Belo Horizonte (MG), que também preferiu não ser identificada. Ela tem R$ 53 mil para receber entre o início de setembro e janeiro de 2024 pelas vendas.

“Eu não acho que eu que eu vou receber esse dinheiro de novo, sabe? Não acho mesmo, não estou contando com ele mais. É um impacto enorme.”

A arquiteta, que começou a usar o serviço de vendas de milhas há 1 ano e 8 meses com o seu namorado, conta que ainda havia adquirido na 123milhas um pacote de viagem para Paris. “Quando saiu a notícia, eu fiquei inicialmente preocupada com o pacote da viagem. Aí depois que eu fui vendo o pessoal mandando os relatos e eu pensei ‘nossa, tem chance de a HotMilhas não pagar a gente’... E isso é infinitamente pior do que não fazer uma viagem”, diz.

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Membros de grupos online chegam a relatar valores superiores a R$ 100 mil para receber da HotMilhas, que é da controladora 123milhas, até o fim do ano. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Ela estima que o possível prejuízo possa atrasar sua vida financeira em, pelo menos, dois anos. “Nosso objetivo agora é esse, pagar o cartão (de crédito) e depois reconstruir essa reserva que que foi embora”. “A gente tinha uma falsa sensação de segurança, e foi tudo por água abaixo, infelizmente.”

Recuperação judicial pode impactar

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A HotMilhas afirmou ao Estadão que atrasou o pagamento a clientes previstos para o dia 25 de agosto e suspendeu temporariamente o serviço de compra de milhas em sua plataforma devido a “uma forte queda das vendas de sua controladora”. Em nota, a plataforma afirmou que “está fazendo todos os esforços possíveis para regularizar a situação e honrar os compromissos firmados” e que espera “contar com a confiança de seus clientes”. A empresa não deixou claro na nota sobre como este pagamento será feito.

A posição destes clientes no atual cenário é de eventual sujeição deste dinheiro aos efeitos da recuperação judicial, segundo Camila Crespi, advogada da Luchesi Advogados e especialista em reestruturação empresarial. O pedido de recuperação judicial pela agência foi feito na terça-feira, alegando uma dívida acumulada pela empresa é de cerca de R$ 2,3 bilhões.

“Se tratam de negócios jurídicos realizados antes do pedido de recuperação judicial que geraram obrigações ao grupo 123milhas e que deverão ser cumpridas no âmbito do processo recuperacional, na forma que vier a ser prevista no plano”, afirma a advogada.

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Grasiele Roque da Silva, especialista em recuperação judicial de Benício Advogados, afirma que este tipo de crédito não costuma ser tratado como preferencial. “Isso implica em afirmar, que estas pessoas serão tratadas como os demais clientes, na classe quirografária, e poderão receber seus créditos após a homologação do plano de recuperação judicial, com deságio e de forma parcelada.”

Entenda como funciona a HotMilhas

A HotMilhas, que é da controladora 123milhas, é uma plataforma de compra de milhas, em que clientes de programas de fidelidade de companhias aéreas brasileiras, como Smiles, Tudo Azul e Latam Pass, podem vender seus acúmulos. Embora as companhias de aviação tenham regulamentos que proíbem a venda de milhas ou limitam a quantidade de transferências possíveis, o serviço é de vendas de milhas é permitido, segundo a plataforma, que escreve em seu site “a propriedade das milhas é do titular e a legislação não impede sua comercialização”.

No site, clientes podem informar seu programa de fidelidade e a quantidade de milhas a ser negociada. A HotMilhas, por sua vez, determina a quantidade mínima e máxima de milhas que pode comprar diariamente. O usuário escolhe o prazo em que deseja receber o valor negociado, e o pagamento é feito na conta bancária do titular das milhas, conforme explica o site da plataforma.

Depois que a venda é concluída, conforme demanda de emissão das passagens aéreas, a pontuação já é elegível para ser utilizada. Quando forem, o vendedor é notificado por e-mail.

A crise financeira que atinge a agência online de viagens 123milhas, que anunciou a suspensão dos pacotes com datas flexíveis e a emissão de passagens promocionais, também afetou usuários da HotMilhas, o serviço de compra de milhas aéreas controlado pela empresa. Nas redes sociais e em grupos de WhatsApp e Telegram, milheiros relatam atrasos no pagamento de venda de milhas.

Ao Estadão, a HotMilhas informou que atrasou o pagamento a clientes previstos para o dia 25 de agosto e suspendeu temporariamente o serviço de compra de milhas em sua plataforma devido a “uma forte queda das vendas de sua controladora” (veja mais abaixo).

Na plataforma Reclame Aqui, mais de 500 comentários foram publicados desde terça-feira, 29, sendo praticamente todos sobre atrasos de pagamentos ou receio sobre o não cumprimento de prazos. Em grupos online, os relatos são semelhantes aos posts do Reclame Aqui, mencionando a falta ou demora de respostas no chat da HotMilhas. Membros de grupos chegam a relatar valores superiores a R$ 100 mil para receber da empresa até o fim do ano, com baixa expectativa de que seja pago.

O site da HotMilhas chegou a sair do ar de forma temporária no sábado, 26, suspendendo o serviço de compra de milhas. Na manhã desta quarta-feira, 30, a plataforma estava novamente no ar, possibilitando a cotação de milhas.

A Hotmilhas, que é da controladora 123milhas, é uma plataforma de compra de milhas, em que clientes de programas de fidelidade de companhias aéreas brasileiras, como Smiles, Tudo Azul e Latam Pass, podem vender seus acúmulos. Foto: Reprodução/HotMilhas

‘Afetou muito a minha vida financeira’

Um funcionário público e morador de Montes Claros (MG), que é usuário da plataforma e pediu para não ser identificado nesta reportagem, está entre os casos de não cumprimento do pagamento dentro do prazo. Ele vendeu cerca de 1,2 milhão de milhas à plataforma, e receberia aproximadamente R$ 29,7 mil ao total, em vendas de diferentes valores que deveriam ter sido pagas nos dia 25 e 29 de agosto. O prazo, entretanto, não foi cumprido.

Ele conta que vende milhas na HotMilhas há cerca de cinco meses e, neste meio tempo, nunca havia passado por problema nos pagamentos. “Eu busquei justificativa na HotMilhas. Tentar, até tentei. Mas o chat deles está inoperante, não há resposta alguma sobre tais atrasos”, conta. “O montante é considerável. Eu vou ter que fazer adaptações, negociações. Afetou, de certa forma, muito a minha vida financeira.”

‘Impacto enorme’

O não cumprimento de prazos da empresa deixa outros usuários, que ainda têm valores receber para os próximos meses, em um cenário de incerteza e angústia. É o caso de uma arquiteta moradora de Belo Horizonte (MG), que também preferiu não ser identificada. Ela tem R$ 53 mil para receber entre o início de setembro e janeiro de 2024 pelas vendas.

“Eu não acho que eu que eu vou receber esse dinheiro de novo, sabe? Não acho mesmo, não estou contando com ele mais. É um impacto enorme.”

A arquiteta, que começou a usar o serviço de vendas de milhas há 1 ano e 8 meses com o seu namorado, conta que ainda havia adquirido na 123milhas um pacote de viagem para Paris. “Quando saiu a notícia, eu fiquei inicialmente preocupada com o pacote da viagem. Aí depois que eu fui vendo o pessoal mandando os relatos e eu pensei ‘nossa, tem chance de a HotMilhas não pagar a gente’... E isso é infinitamente pior do que não fazer uma viagem”, diz.

Membros de grupos online chegam a relatar valores superiores a R$ 100 mil para receber da HotMilhas, que é da controladora 123milhas, até o fim do ano. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Ela estima que o possível prejuízo possa atrasar sua vida financeira em, pelo menos, dois anos. “Nosso objetivo agora é esse, pagar o cartão (de crédito) e depois reconstruir essa reserva que que foi embora”. “A gente tinha uma falsa sensação de segurança, e foi tudo por água abaixo, infelizmente.”

Recuperação judicial pode impactar

A HotMilhas afirmou ao Estadão que atrasou o pagamento a clientes previstos para o dia 25 de agosto e suspendeu temporariamente o serviço de compra de milhas em sua plataforma devido a “uma forte queda das vendas de sua controladora”. Em nota, a plataforma afirmou que “está fazendo todos os esforços possíveis para regularizar a situação e honrar os compromissos firmados” e que espera “contar com a confiança de seus clientes”. A empresa não deixou claro na nota sobre como este pagamento será feito.

A posição destes clientes no atual cenário é de eventual sujeição deste dinheiro aos efeitos da recuperação judicial, segundo Camila Crespi, advogada da Luchesi Advogados e especialista em reestruturação empresarial. O pedido de recuperação judicial pela agência foi feito na terça-feira, alegando uma dívida acumulada pela empresa é de cerca de R$ 2,3 bilhões.

“Se tratam de negócios jurídicos realizados antes do pedido de recuperação judicial que geraram obrigações ao grupo 123milhas e que deverão ser cumpridas no âmbito do processo recuperacional, na forma que vier a ser prevista no plano”, afirma a advogada.

Grasiele Roque da Silva, especialista em recuperação judicial de Benício Advogados, afirma que este tipo de crédito não costuma ser tratado como preferencial. “Isso implica em afirmar, que estas pessoas serão tratadas como os demais clientes, na classe quirografária, e poderão receber seus créditos após a homologação do plano de recuperação judicial, com deságio e de forma parcelada.”

Entenda como funciona a HotMilhas

A HotMilhas, que é da controladora 123milhas, é uma plataforma de compra de milhas, em que clientes de programas de fidelidade de companhias aéreas brasileiras, como Smiles, Tudo Azul e Latam Pass, podem vender seus acúmulos. Embora as companhias de aviação tenham regulamentos que proíbem a venda de milhas ou limitam a quantidade de transferências possíveis, o serviço é de vendas de milhas é permitido, segundo a plataforma, que escreve em seu site “a propriedade das milhas é do titular e a legislação não impede sua comercialização”.

No site, clientes podem informar seu programa de fidelidade e a quantidade de milhas a ser negociada. A HotMilhas, por sua vez, determina a quantidade mínima e máxima de milhas que pode comprar diariamente. O usuário escolhe o prazo em que deseja receber o valor negociado, e o pagamento é feito na conta bancária do titular das milhas, conforme explica o site da plataforma.

Depois que a venda é concluída, conforme demanda de emissão das passagens aéreas, a pontuação já é elegível para ser utilizada. Quando forem, o vendedor é notificado por e-mail.

A crise financeira que atinge a agência online de viagens 123milhas, que anunciou a suspensão dos pacotes com datas flexíveis e a emissão de passagens promocionais, também afetou usuários da HotMilhas, o serviço de compra de milhas aéreas controlado pela empresa. Nas redes sociais e em grupos de WhatsApp e Telegram, milheiros relatam atrasos no pagamento de venda de milhas.

Ao Estadão, a HotMilhas informou que atrasou o pagamento a clientes previstos para o dia 25 de agosto e suspendeu temporariamente o serviço de compra de milhas em sua plataforma devido a “uma forte queda das vendas de sua controladora” (veja mais abaixo).

Na plataforma Reclame Aqui, mais de 500 comentários foram publicados desde terça-feira, 29, sendo praticamente todos sobre atrasos de pagamentos ou receio sobre o não cumprimento de prazos. Em grupos online, os relatos são semelhantes aos posts do Reclame Aqui, mencionando a falta ou demora de respostas no chat da HotMilhas. Membros de grupos chegam a relatar valores superiores a R$ 100 mil para receber da empresa até o fim do ano, com baixa expectativa de que seja pago.

O site da HotMilhas chegou a sair do ar de forma temporária no sábado, 26, suspendendo o serviço de compra de milhas. Na manhã desta quarta-feira, 30, a plataforma estava novamente no ar, possibilitando a cotação de milhas.

A Hotmilhas, que é da controladora 123milhas, é uma plataforma de compra de milhas, em que clientes de programas de fidelidade de companhias aéreas brasileiras, como Smiles, Tudo Azul e Latam Pass, podem vender seus acúmulos. Foto: Reprodução/HotMilhas

‘Afetou muito a minha vida financeira’

Um funcionário público e morador de Montes Claros (MG), que é usuário da plataforma e pediu para não ser identificado nesta reportagem, está entre os casos de não cumprimento do pagamento dentro do prazo. Ele vendeu cerca de 1,2 milhão de milhas à plataforma, e receberia aproximadamente R$ 29,7 mil ao total, em vendas de diferentes valores que deveriam ter sido pagas nos dia 25 e 29 de agosto. O prazo, entretanto, não foi cumprido.

Ele conta que vende milhas na HotMilhas há cerca de cinco meses e, neste meio tempo, nunca havia passado por problema nos pagamentos. “Eu busquei justificativa na HotMilhas. Tentar, até tentei. Mas o chat deles está inoperante, não há resposta alguma sobre tais atrasos”, conta. “O montante é considerável. Eu vou ter que fazer adaptações, negociações. Afetou, de certa forma, muito a minha vida financeira.”

‘Impacto enorme’

O não cumprimento de prazos da empresa deixa outros usuários, que ainda têm valores receber para os próximos meses, em um cenário de incerteza e angústia. É o caso de uma arquiteta moradora de Belo Horizonte (MG), que também preferiu não ser identificada. Ela tem R$ 53 mil para receber entre o início de setembro e janeiro de 2024 pelas vendas.

“Eu não acho que eu que eu vou receber esse dinheiro de novo, sabe? Não acho mesmo, não estou contando com ele mais. É um impacto enorme.”

A arquiteta, que começou a usar o serviço de vendas de milhas há 1 ano e 8 meses com o seu namorado, conta que ainda havia adquirido na 123milhas um pacote de viagem para Paris. “Quando saiu a notícia, eu fiquei inicialmente preocupada com o pacote da viagem. Aí depois que eu fui vendo o pessoal mandando os relatos e eu pensei ‘nossa, tem chance de a HotMilhas não pagar a gente’... E isso é infinitamente pior do que não fazer uma viagem”, diz.

Membros de grupos online chegam a relatar valores superiores a R$ 100 mil para receber da HotMilhas, que é da controladora 123milhas, até o fim do ano. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Ela estima que o possível prejuízo possa atrasar sua vida financeira em, pelo menos, dois anos. “Nosso objetivo agora é esse, pagar o cartão (de crédito) e depois reconstruir essa reserva que que foi embora”. “A gente tinha uma falsa sensação de segurança, e foi tudo por água abaixo, infelizmente.”

Recuperação judicial pode impactar

A HotMilhas afirmou ao Estadão que atrasou o pagamento a clientes previstos para o dia 25 de agosto e suspendeu temporariamente o serviço de compra de milhas em sua plataforma devido a “uma forte queda das vendas de sua controladora”. Em nota, a plataforma afirmou que “está fazendo todos os esforços possíveis para regularizar a situação e honrar os compromissos firmados” e que espera “contar com a confiança de seus clientes”. A empresa não deixou claro na nota sobre como este pagamento será feito.

A posição destes clientes no atual cenário é de eventual sujeição deste dinheiro aos efeitos da recuperação judicial, segundo Camila Crespi, advogada da Luchesi Advogados e especialista em reestruturação empresarial. O pedido de recuperação judicial pela agência foi feito na terça-feira, alegando uma dívida acumulada pela empresa é de cerca de R$ 2,3 bilhões.

“Se tratam de negócios jurídicos realizados antes do pedido de recuperação judicial que geraram obrigações ao grupo 123milhas e que deverão ser cumpridas no âmbito do processo recuperacional, na forma que vier a ser prevista no plano”, afirma a advogada.

Grasiele Roque da Silva, especialista em recuperação judicial de Benício Advogados, afirma que este tipo de crédito não costuma ser tratado como preferencial. “Isso implica em afirmar, que estas pessoas serão tratadas como os demais clientes, na classe quirografária, e poderão receber seus créditos após a homologação do plano de recuperação judicial, com deságio e de forma parcelada.”

Entenda como funciona a HotMilhas

A HotMilhas, que é da controladora 123milhas, é uma plataforma de compra de milhas, em que clientes de programas de fidelidade de companhias aéreas brasileiras, como Smiles, Tudo Azul e Latam Pass, podem vender seus acúmulos. Embora as companhias de aviação tenham regulamentos que proíbem a venda de milhas ou limitam a quantidade de transferências possíveis, o serviço é de vendas de milhas é permitido, segundo a plataforma, que escreve em seu site “a propriedade das milhas é do titular e a legislação não impede sua comercialização”.

No site, clientes podem informar seu programa de fidelidade e a quantidade de milhas a ser negociada. A HotMilhas, por sua vez, determina a quantidade mínima e máxima de milhas que pode comprar diariamente. O usuário escolhe o prazo em que deseja receber o valor negociado, e o pagamento é feito na conta bancária do titular das milhas, conforme explica o site da plataforma.

Depois que a venda é concluída, conforme demanda de emissão das passagens aéreas, a pontuação já é elegível para ser utilizada. Quando forem, o vendedor é notificado por e-mail.

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