A corrida pelo hidrogênio verde


Fechar o ciclo da sustentabilidade energética requer logística e investimento

Por Estadão Blue Studio
Atualização:

O passo a passo da descarbonização energética está consolidado. As fontes fósseis são deixadas de lado para dar lugar à energia captada a partir do sol, do vento, da água e até por meio da produção de hidrogênio. As empresas de uma maneira geral estão em busca da sustentabilidade e algumas delas estão indo além.

Nas telecomunicações, por exemplo, energia é fundamental para sustentar todo o sistema. E conseguir manter toda a produção sem gerar carbono é um objetivo que algumas companhias já estão conseguindo alcançar.

“Fomos a primeira empresa do setor de telecomunicações a ter o seu consumo de energia 100% proveniente de fontes renováveis, desde novembro de 2018. Olhando para o nosso segmento como um todo, vemos que outros players também estão avançando nesse sentido”, afirma Renato Gasparetto, vice-presidente de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Vivo.

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Para se manter no trilho do carbono zero, a empresa encerrou 2023 operando 67 usinas de geração distribuída de fontes solar, hídrica e de biogás em todo o Brasil. “É uma produção de 600 mil MW/ano, energia suficiente para abastecer 288 mil residências e que responde por 35% do consumo total da Vivo”, afirma Gasparetto.

O hidrogênio verde é mais uma alternativa na transição energética Foto: Getty Images

Oportunidades

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O problema é quando as fontes fósseis, como o óleo diesel, o petróleo e até o carvão, estão na base do processo energético, como ocorre principalmente no hemisfério norte. Nesse cenário, emerge mais uma grande oportunidade de desenvolvimento energético sustentável para o Brasil. Uma vez que o País já usa fontes renováveis em grande escala, existe agora a possibilidade de dar um passo adiante e investir na produção do chamado hidrogênio verde.

“O Brasil possui um potencial gigantesco quando se trata de hidrogênio verde. O País pode vir a se tornar, inclusive, um dos maiores produtores de hidrogênio do mundo, atendendo os mercados interno e externo. Se falarmos de investimentos, por exemplo, o potencial brasileiro é de US$ 200 bilhões investidos nos próximos 20 anos, de acordo com projeção da consultoria McKinsey & Company”, afirma Sérgio Augusto Costa, fundador e presidente da Associação Brasileira de Hidrogênio e Combustíveis Sustentáveis (ABHIC).

O hidrogênio, voltando lá para as aulas de ciências, é uma das fórmulas químicas mais conhecidas do mundo. E é exatamente a quebra da molécula da água, por meio da eletrólise, que está por trás daquele que deve ser o mais importante combustível do futuro. A separação do H2 do O ocorre após a reação química ser estimulada por meio de uma corrente elétrica. Se essa energia for, por exemplo, fruto de hidrelétricas, fontes solares ou eólicas, e até nuclear, tem-se o chamado hidrogênio verde.

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Alguns dos associados da ABHIC já desenvolvem projetos da ordem de gigawatts, que envolvem a produção de amônia verde (outra rota tecnológica possível em uma mesma planta), incluindo iniciativas de captura de carbono. “Mas como eles estão na fase de estudos de viabilidade, é preciso manter sigilo. Alguns desses projetos serão para exportação exclusiva, e outros para atender o mercado local e para exportação, tendo assim um mix. O horizonte de entrada em operação dos primeiros projetos é de 2028″, avisa Costa.

O potencial brasileiro apenas virará realidade, explica o executivo da ABHIC, se alguns pontos forem equacionados, como a criação de um marco regulatório para o setor e também a diminuição dos custos de produção. “Essa é uma questão relevante, não só no Brasil, mas no mundo todo. É importante reduzir o custo de produção do hidrogênio verde dos atuais US$ 5 a US$ 6 por kg para US$ 1,5 a US$ 2, que é o custo de produção do chamado hidrogênio cinza, extraído do gás natural, a partir do metano. Ou seja, ainda há muito a fazer para diminuir o custo de produção, bem como melhorar o desempenho dos eletrolisadores na produção de hidrogênio verde para cada dólar investido”, afirma Costa.

O passo a passo da descarbonização energética está consolidado. As fontes fósseis são deixadas de lado para dar lugar à energia captada a partir do sol, do vento, da água e até por meio da produção de hidrogênio. As empresas de uma maneira geral estão em busca da sustentabilidade e algumas delas estão indo além.

Nas telecomunicações, por exemplo, energia é fundamental para sustentar todo o sistema. E conseguir manter toda a produção sem gerar carbono é um objetivo que algumas companhias já estão conseguindo alcançar.

“Fomos a primeira empresa do setor de telecomunicações a ter o seu consumo de energia 100% proveniente de fontes renováveis, desde novembro de 2018. Olhando para o nosso segmento como um todo, vemos que outros players também estão avançando nesse sentido”, afirma Renato Gasparetto, vice-presidente de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Vivo.

Para se manter no trilho do carbono zero, a empresa encerrou 2023 operando 67 usinas de geração distribuída de fontes solar, hídrica e de biogás em todo o Brasil. “É uma produção de 600 mil MW/ano, energia suficiente para abastecer 288 mil residências e que responde por 35% do consumo total da Vivo”, afirma Gasparetto.

O hidrogênio verde é mais uma alternativa na transição energética Foto: Getty Images

Oportunidades

O problema é quando as fontes fósseis, como o óleo diesel, o petróleo e até o carvão, estão na base do processo energético, como ocorre principalmente no hemisfério norte. Nesse cenário, emerge mais uma grande oportunidade de desenvolvimento energético sustentável para o Brasil. Uma vez que o País já usa fontes renováveis em grande escala, existe agora a possibilidade de dar um passo adiante e investir na produção do chamado hidrogênio verde.

“O Brasil possui um potencial gigantesco quando se trata de hidrogênio verde. O País pode vir a se tornar, inclusive, um dos maiores produtores de hidrogênio do mundo, atendendo os mercados interno e externo. Se falarmos de investimentos, por exemplo, o potencial brasileiro é de US$ 200 bilhões investidos nos próximos 20 anos, de acordo com projeção da consultoria McKinsey & Company”, afirma Sérgio Augusto Costa, fundador e presidente da Associação Brasileira de Hidrogênio e Combustíveis Sustentáveis (ABHIC).

O hidrogênio, voltando lá para as aulas de ciências, é uma das fórmulas químicas mais conhecidas do mundo. E é exatamente a quebra da molécula da água, por meio da eletrólise, que está por trás daquele que deve ser o mais importante combustível do futuro. A separação do H2 do O ocorre após a reação química ser estimulada por meio de uma corrente elétrica. Se essa energia for, por exemplo, fruto de hidrelétricas, fontes solares ou eólicas, e até nuclear, tem-se o chamado hidrogênio verde.

Alguns dos associados da ABHIC já desenvolvem projetos da ordem de gigawatts, que envolvem a produção de amônia verde (outra rota tecnológica possível em uma mesma planta), incluindo iniciativas de captura de carbono. “Mas como eles estão na fase de estudos de viabilidade, é preciso manter sigilo. Alguns desses projetos serão para exportação exclusiva, e outros para atender o mercado local e para exportação, tendo assim um mix. O horizonte de entrada em operação dos primeiros projetos é de 2028″, avisa Costa.

O potencial brasileiro apenas virará realidade, explica o executivo da ABHIC, se alguns pontos forem equacionados, como a criação de um marco regulatório para o setor e também a diminuição dos custos de produção. “Essa é uma questão relevante, não só no Brasil, mas no mundo todo. É importante reduzir o custo de produção do hidrogênio verde dos atuais US$ 5 a US$ 6 por kg para US$ 1,5 a US$ 2, que é o custo de produção do chamado hidrogênio cinza, extraído do gás natural, a partir do metano. Ou seja, ainda há muito a fazer para diminuir o custo de produção, bem como melhorar o desempenho dos eletrolisadores na produção de hidrogênio verde para cada dólar investido”, afirma Costa.

O passo a passo da descarbonização energética está consolidado. As fontes fósseis são deixadas de lado para dar lugar à energia captada a partir do sol, do vento, da água e até por meio da produção de hidrogênio. As empresas de uma maneira geral estão em busca da sustentabilidade e algumas delas estão indo além.

Nas telecomunicações, por exemplo, energia é fundamental para sustentar todo o sistema. E conseguir manter toda a produção sem gerar carbono é um objetivo que algumas companhias já estão conseguindo alcançar.

“Fomos a primeira empresa do setor de telecomunicações a ter o seu consumo de energia 100% proveniente de fontes renováveis, desde novembro de 2018. Olhando para o nosso segmento como um todo, vemos que outros players também estão avançando nesse sentido”, afirma Renato Gasparetto, vice-presidente de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Vivo.

Para se manter no trilho do carbono zero, a empresa encerrou 2023 operando 67 usinas de geração distribuída de fontes solar, hídrica e de biogás em todo o Brasil. “É uma produção de 600 mil MW/ano, energia suficiente para abastecer 288 mil residências e que responde por 35% do consumo total da Vivo”, afirma Gasparetto.

O hidrogênio verde é mais uma alternativa na transição energética Foto: Getty Images

Oportunidades

O problema é quando as fontes fósseis, como o óleo diesel, o petróleo e até o carvão, estão na base do processo energético, como ocorre principalmente no hemisfério norte. Nesse cenário, emerge mais uma grande oportunidade de desenvolvimento energético sustentável para o Brasil. Uma vez que o País já usa fontes renováveis em grande escala, existe agora a possibilidade de dar um passo adiante e investir na produção do chamado hidrogênio verde.

“O Brasil possui um potencial gigantesco quando se trata de hidrogênio verde. O País pode vir a se tornar, inclusive, um dos maiores produtores de hidrogênio do mundo, atendendo os mercados interno e externo. Se falarmos de investimentos, por exemplo, o potencial brasileiro é de US$ 200 bilhões investidos nos próximos 20 anos, de acordo com projeção da consultoria McKinsey & Company”, afirma Sérgio Augusto Costa, fundador e presidente da Associação Brasileira de Hidrogênio e Combustíveis Sustentáveis (ABHIC).

O hidrogênio, voltando lá para as aulas de ciências, é uma das fórmulas químicas mais conhecidas do mundo. E é exatamente a quebra da molécula da água, por meio da eletrólise, que está por trás daquele que deve ser o mais importante combustível do futuro. A separação do H2 do O ocorre após a reação química ser estimulada por meio de uma corrente elétrica. Se essa energia for, por exemplo, fruto de hidrelétricas, fontes solares ou eólicas, e até nuclear, tem-se o chamado hidrogênio verde.

Alguns dos associados da ABHIC já desenvolvem projetos da ordem de gigawatts, que envolvem a produção de amônia verde (outra rota tecnológica possível em uma mesma planta), incluindo iniciativas de captura de carbono. “Mas como eles estão na fase de estudos de viabilidade, é preciso manter sigilo. Alguns desses projetos serão para exportação exclusiva, e outros para atender o mercado local e para exportação, tendo assim um mix. O horizonte de entrada em operação dos primeiros projetos é de 2028″, avisa Costa.

O potencial brasileiro apenas virará realidade, explica o executivo da ABHIC, se alguns pontos forem equacionados, como a criação de um marco regulatório para o setor e também a diminuição dos custos de produção. “Essa é uma questão relevante, não só no Brasil, mas no mundo todo. É importante reduzir o custo de produção do hidrogênio verde dos atuais US$ 5 a US$ 6 por kg para US$ 1,5 a US$ 2, que é o custo de produção do chamado hidrogênio cinza, extraído do gás natural, a partir do metano. Ou seja, ainda há muito a fazer para diminuir o custo de produção, bem como melhorar o desempenho dos eletrolisadores na produção de hidrogênio verde para cada dólar investido”, afirma Costa.

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