Ações do Carrefour caem mais de 8% após empresa anunciar primeiro prejuízo em sete anos


CFO da empresa atribui resultado a investimentos no grupo BIG e não a questões operacionais

Por Talita Nascimento e Elisa Calmon

O Grupo Carrefour Brasil apresentou seu primeiro resultado negativo desde 2016 e viu seus papéis caírem mais de 8% no pregão desta terça-feira. O prejuízo líquido ajustado ao controlador de R$ 375 milhões no primeiro trimestre de 2023 é explicado por investimentos no Grupo BIG, segundo o CFO da empresa, Eric Alencar. O executivo destaca que a conversão de lojas acelerou nos últimos trimestres, o que pesou também sobre as margens. No entanto, a expectativa é de retomada dos resultados após o fim da integração, previsto para junho de 2023, seis meses antes da previsão inicial.

“Esse prejuízo é uma consequência dos investimentos. Não é uma questão operacional. Mantemos a rentabilidade apesar dos desafios”, afirmou Alencar, que assumiu o cargo no final de março. Ele explica que os valores aportados no BIG passam pela linha de despesa, com R$ 105 milhões em integrações entre janeiro e março de 2023.

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Em relatório, os analistas Danniela Eiger, Thiago Suedt e Gustavo Senday destacam que as vendas no conceito mesmas lojas (SSS) consolidadas apresentaram um crescimento de 6% ante um ano (ex-postos) com números semelhantes tanto para o atacarejo quanto para a operação de varejo, enquanto o desempenho de vendas foi impactado negativamente pela desaceleração da inflação de alimentos, aumento do cenário competitivo no canal do atacarejo e uma base de comparação difícil no Atacadão.

“Olhando para a rentabilidade, a margem bruta ficou estável ante um ano, beneficiada por melhores condições de compras na operação de varejo com a integração do BIG, que compensou os resultados pressionados do Banco Carrefour, enquanto a margem Ebitda Ajustada apresentou uma queda de 2,2p.p. ante um ano, pressionadas pelo processo de integração do Grupo BIG e pelos resultados mais fracos do Banco frente às taxas de inadimplência mais altas e aumento de despesas com aquisição dos clientes nas lojas convertidas”, observam.

Carrefour é uma das maiores redes de supermercados presentes no Brasil Foto: REUTERS/Paulo Whitaker/File Photo
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A equipe de analistas do BTG Pactual menciona que a empresa foi impactada por menor inflação de alimentos, volumes mais fracos e concorrência mais acirrada. O banco também avalia que o baixo desempenho da empresa sugere maiores riscos negativos, no curto prazo, relacionados à integração do BIG. Em relatório, os analistas Luiz Guanais e Gabriel Disselli projetam que a empresa deve permanecer apresentando números negativos no curto prazo, influenciados por uma desaceleração da inflação de alimentos e desafios adicionais relacionados à integração do Grupo BIG.

Em relação à aquisição, a diretora Marcela Bretas afirmou durante a teleconferência que não devem haver novos ajustes no acordo de compra do Big. “Após trabalho de revisão em 2022, chegamos a ajuste do preço do Big. Não deve haver mais mudanças no acordo”, disse. O CEO da companhia, Stephane Maquaire, aproveitou para reiterar que a empresa espera ter mais de R$ 2 bilhões em sinergias com essa aquisição até 2025.

A expectativa é que a conclusão das conversões contribua para que a empresa entre em um processo de redução de endividamento na segunda metade do ano. Entre janeiro e março de 2023, a dívida líquida atingiu R$ 13,8 bilhões - ou R$ 20,3 bilhões incluindo arrendamento e desconto de recebíveis, altas anuais de R$ 7,5 bilhões e 10,8 bilhões, respectivamente. A dívida líquida/Ebitda ajustado LTM (incluindo recebíveis) foi de 2,44 vezes ante 1,24 vez registrado em março de 2022.

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Renegociação

Alencar disse aos investidores que a companhia tem R$ 13 bilhões em vencimentos para renegociar, mas que o grupo está confortável com o fato de ter acesso a R$ 6,5 bilhões em ‘revolving credit’, uma linha facilitada pela matriz do grupo na França.

Para o restante do montante a negociar, Alencar garante que há bom apetite dos bancos, já que a companhia tem boa nota de crédito (AAA) e que as condições oferecidas pelas instituições financeiras correspondem a isso. (Colaboraram Julia Pestana e Beth Moreira)

O Grupo Carrefour Brasil apresentou seu primeiro resultado negativo desde 2016 e viu seus papéis caírem mais de 8% no pregão desta terça-feira. O prejuízo líquido ajustado ao controlador de R$ 375 milhões no primeiro trimestre de 2023 é explicado por investimentos no Grupo BIG, segundo o CFO da empresa, Eric Alencar. O executivo destaca que a conversão de lojas acelerou nos últimos trimestres, o que pesou também sobre as margens. No entanto, a expectativa é de retomada dos resultados após o fim da integração, previsto para junho de 2023, seis meses antes da previsão inicial.

“Esse prejuízo é uma consequência dos investimentos. Não é uma questão operacional. Mantemos a rentabilidade apesar dos desafios”, afirmou Alencar, que assumiu o cargo no final de março. Ele explica que os valores aportados no BIG passam pela linha de despesa, com R$ 105 milhões em integrações entre janeiro e março de 2023.

Em relatório, os analistas Danniela Eiger, Thiago Suedt e Gustavo Senday destacam que as vendas no conceito mesmas lojas (SSS) consolidadas apresentaram um crescimento de 6% ante um ano (ex-postos) com números semelhantes tanto para o atacarejo quanto para a operação de varejo, enquanto o desempenho de vendas foi impactado negativamente pela desaceleração da inflação de alimentos, aumento do cenário competitivo no canal do atacarejo e uma base de comparação difícil no Atacadão.

“Olhando para a rentabilidade, a margem bruta ficou estável ante um ano, beneficiada por melhores condições de compras na operação de varejo com a integração do BIG, que compensou os resultados pressionados do Banco Carrefour, enquanto a margem Ebitda Ajustada apresentou uma queda de 2,2p.p. ante um ano, pressionadas pelo processo de integração do Grupo BIG e pelos resultados mais fracos do Banco frente às taxas de inadimplência mais altas e aumento de despesas com aquisição dos clientes nas lojas convertidas”, observam.

Carrefour é uma das maiores redes de supermercados presentes no Brasil Foto: REUTERS/Paulo Whitaker/File Photo

A equipe de analistas do BTG Pactual menciona que a empresa foi impactada por menor inflação de alimentos, volumes mais fracos e concorrência mais acirrada. O banco também avalia que o baixo desempenho da empresa sugere maiores riscos negativos, no curto prazo, relacionados à integração do BIG. Em relatório, os analistas Luiz Guanais e Gabriel Disselli projetam que a empresa deve permanecer apresentando números negativos no curto prazo, influenciados por uma desaceleração da inflação de alimentos e desafios adicionais relacionados à integração do Grupo BIG.

Em relação à aquisição, a diretora Marcela Bretas afirmou durante a teleconferência que não devem haver novos ajustes no acordo de compra do Big. “Após trabalho de revisão em 2022, chegamos a ajuste do preço do Big. Não deve haver mais mudanças no acordo”, disse. O CEO da companhia, Stephane Maquaire, aproveitou para reiterar que a empresa espera ter mais de R$ 2 bilhões em sinergias com essa aquisição até 2025.

A expectativa é que a conclusão das conversões contribua para que a empresa entre em um processo de redução de endividamento na segunda metade do ano. Entre janeiro e março de 2023, a dívida líquida atingiu R$ 13,8 bilhões - ou R$ 20,3 bilhões incluindo arrendamento e desconto de recebíveis, altas anuais de R$ 7,5 bilhões e 10,8 bilhões, respectivamente. A dívida líquida/Ebitda ajustado LTM (incluindo recebíveis) foi de 2,44 vezes ante 1,24 vez registrado em março de 2022.

Renegociação

Alencar disse aos investidores que a companhia tem R$ 13 bilhões em vencimentos para renegociar, mas que o grupo está confortável com o fato de ter acesso a R$ 6,5 bilhões em ‘revolving credit’, uma linha facilitada pela matriz do grupo na França.

Para o restante do montante a negociar, Alencar garante que há bom apetite dos bancos, já que a companhia tem boa nota de crédito (AAA) e que as condições oferecidas pelas instituições financeiras correspondem a isso. (Colaboraram Julia Pestana e Beth Moreira)

O Grupo Carrefour Brasil apresentou seu primeiro resultado negativo desde 2016 e viu seus papéis caírem mais de 8% no pregão desta terça-feira. O prejuízo líquido ajustado ao controlador de R$ 375 milhões no primeiro trimestre de 2023 é explicado por investimentos no Grupo BIG, segundo o CFO da empresa, Eric Alencar. O executivo destaca que a conversão de lojas acelerou nos últimos trimestres, o que pesou também sobre as margens. No entanto, a expectativa é de retomada dos resultados após o fim da integração, previsto para junho de 2023, seis meses antes da previsão inicial.

“Esse prejuízo é uma consequência dos investimentos. Não é uma questão operacional. Mantemos a rentabilidade apesar dos desafios”, afirmou Alencar, que assumiu o cargo no final de março. Ele explica que os valores aportados no BIG passam pela linha de despesa, com R$ 105 milhões em integrações entre janeiro e março de 2023.

Em relatório, os analistas Danniela Eiger, Thiago Suedt e Gustavo Senday destacam que as vendas no conceito mesmas lojas (SSS) consolidadas apresentaram um crescimento de 6% ante um ano (ex-postos) com números semelhantes tanto para o atacarejo quanto para a operação de varejo, enquanto o desempenho de vendas foi impactado negativamente pela desaceleração da inflação de alimentos, aumento do cenário competitivo no canal do atacarejo e uma base de comparação difícil no Atacadão.

“Olhando para a rentabilidade, a margem bruta ficou estável ante um ano, beneficiada por melhores condições de compras na operação de varejo com a integração do BIG, que compensou os resultados pressionados do Banco Carrefour, enquanto a margem Ebitda Ajustada apresentou uma queda de 2,2p.p. ante um ano, pressionadas pelo processo de integração do Grupo BIG e pelos resultados mais fracos do Banco frente às taxas de inadimplência mais altas e aumento de despesas com aquisição dos clientes nas lojas convertidas”, observam.

Carrefour é uma das maiores redes de supermercados presentes no Brasil Foto: REUTERS/Paulo Whitaker/File Photo

A equipe de analistas do BTG Pactual menciona que a empresa foi impactada por menor inflação de alimentos, volumes mais fracos e concorrência mais acirrada. O banco também avalia que o baixo desempenho da empresa sugere maiores riscos negativos, no curto prazo, relacionados à integração do BIG. Em relatório, os analistas Luiz Guanais e Gabriel Disselli projetam que a empresa deve permanecer apresentando números negativos no curto prazo, influenciados por uma desaceleração da inflação de alimentos e desafios adicionais relacionados à integração do Grupo BIG.

Em relação à aquisição, a diretora Marcela Bretas afirmou durante a teleconferência que não devem haver novos ajustes no acordo de compra do Big. “Após trabalho de revisão em 2022, chegamos a ajuste do preço do Big. Não deve haver mais mudanças no acordo”, disse. O CEO da companhia, Stephane Maquaire, aproveitou para reiterar que a empresa espera ter mais de R$ 2 bilhões em sinergias com essa aquisição até 2025.

A expectativa é que a conclusão das conversões contribua para que a empresa entre em um processo de redução de endividamento na segunda metade do ano. Entre janeiro e março de 2023, a dívida líquida atingiu R$ 13,8 bilhões - ou R$ 20,3 bilhões incluindo arrendamento e desconto de recebíveis, altas anuais de R$ 7,5 bilhões e 10,8 bilhões, respectivamente. A dívida líquida/Ebitda ajustado LTM (incluindo recebíveis) foi de 2,44 vezes ante 1,24 vez registrado em março de 2022.

Renegociação

Alencar disse aos investidores que a companhia tem R$ 13 bilhões em vencimentos para renegociar, mas que o grupo está confortável com o fato de ter acesso a R$ 6,5 bilhões em ‘revolving credit’, uma linha facilitada pela matriz do grupo na França.

Para o restante do montante a negociar, Alencar garante que há bom apetite dos bancos, já que a companhia tem boa nota de crédito (AAA) e que as condições oferecidas pelas instituições financeiras correspondem a isso. (Colaboraram Julia Pestana e Beth Moreira)

O Grupo Carrefour Brasil apresentou seu primeiro resultado negativo desde 2016 e viu seus papéis caírem mais de 8% no pregão desta terça-feira. O prejuízo líquido ajustado ao controlador de R$ 375 milhões no primeiro trimestre de 2023 é explicado por investimentos no Grupo BIG, segundo o CFO da empresa, Eric Alencar. O executivo destaca que a conversão de lojas acelerou nos últimos trimestres, o que pesou também sobre as margens. No entanto, a expectativa é de retomada dos resultados após o fim da integração, previsto para junho de 2023, seis meses antes da previsão inicial.

“Esse prejuízo é uma consequência dos investimentos. Não é uma questão operacional. Mantemos a rentabilidade apesar dos desafios”, afirmou Alencar, que assumiu o cargo no final de março. Ele explica que os valores aportados no BIG passam pela linha de despesa, com R$ 105 milhões em integrações entre janeiro e março de 2023.

Em relatório, os analistas Danniela Eiger, Thiago Suedt e Gustavo Senday destacam que as vendas no conceito mesmas lojas (SSS) consolidadas apresentaram um crescimento de 6% ante um ano (ex-postos) com números semelhantes tanto para o atacarejo quanto para a operação de varejo, enquanto o desempenho de vendas foi impactado negativamente pela desaceleração da inflação de alimentos, aumento do cenário competitivo no canal do atacarejo e uma base de comparação difícil no Atacadão.

“Olhando para a rentabilidade, a margem bruta ficou estável ante um ano, beneficiada por melhores condições de compras na operação de varejo com a integração do BIG, que compensou os resultados pressionados do Banco Carrefour, enquanto a margem Ebitda Ajustada apresentou uma queda de 2,2p.p. ante um ano, pressionadas pelo processo de integração do Grupo BIG e pelos resultados mais fracos do Banco frente às taxas de inadimplência mais altas e aumento de despesas com aquisição dos clientes nas lojas convertidas”, observam.

Carrefour é uma das maiores redes de supermercados presentes no Brasil Foto: REUTERS/Paulo Whitaker/File Photo

A equipe de analistas do BTG Pactual menciona que a empresa foi impactada por menor inflação de alimentos, volumes mais fracos e concorrência mais acirrada. O banco também avalia que o baixo desempenho da empresa sugere maiores riscos negativos, no curto prazo, relacionados à integração do BIG. Em relatório, os analistas Luiz Guanais e Gabriel Disselli projetam que a empresa deve permanecer apresentando números negativos no curto prazo, influenciados por uma desaceleração da inflação de alimentos e desafios adicionais relacionados à integração do Grupo BIG.

Em relação à aquisição, a diretora Marcela Bretas afirmou durante a teleconferência que não devem haver novos ajustes no acordo de compra do Big. “Após trabalho de revisão em 2022, chegamos a ajuste do preço do Big. Não deve haver mais mudanças no acordo”, disse. O CEO da companhia, Stephane Maquaire, aproveitou para reiterar que a empresa espera ter mais de R$ 2 bilhões em sinergias com essa aquisição até 2025.

A expectativa é que a conclusão das conversões contribua para que a empresa entre em um processo de redução de endividamento na segunda metade do ano. Entre janeiro e março de 2023, a dívida líquida atingiu R$ 13,8 bilhões - ou R$ 20,3 bilhões incluindo arrendamento e desconto de recebíveis, altas anuais de R$ 7,5 bilhões e 10,8 bilhões, respectivamente. A dívida líquida/Ebitda ajustado LTM (incluindo recebíveis) foi de 2,44 vezes ante 1,24 vez registrado em março de 2022.

Renegociação

Alencar disse aos investidores que a companhia tem R$ 13 bilhões em vencimentos para renegociar, mas que o grupo está confortável com o fato de ter acesso a R$ 6,5 bilhões em ‘revolving credit’, uma linha facilitada pela matriz do grupo na França.

Para o restante do montante a negociar, Alencar garante que há bom apetite dos bancos, já que a companhia tem boa nota de crédito (AAA) e que as condições oferecidas pelas instituições financeiras correspondem a isso. (Colaboraram Julia Pestana e Beth Moreira)

O Grupo Carrefour Brasil apresentou seu primeiro resultado negativo desde 2016 e viu seus papéis caírem mais de 8% no pregão desta terça-feira. O prejuízo líquido ajustado ao controlador de R$ 375 milhões no primeiro trimestre de 2023 é explicado por investimentos no Grupo BIG, segundo o CFO da empresa, Eric Alencar. O executivo destaca que a conversão de lojas acelerou nos últimos trimestres, o que pesou também sobre as margens. No entanto, a expectativa é de retomada dos resultados após o fim da integração, previsto para junho de 2023, seis meses antes da previsão inicial.

“Esse prejuízo é uma consequência dos investimentos. Não é uma questão operacional. Mantemos a rentabilidade apesar dos desafios”, afirmou Alencar, que assumiu o cargo no final de março. Ele explica que os valores aportados no BIG passam pela linha de despesa, com R$ 105 milhões em integrações entre janeiro e março de 2023.

Em relatório, os analistas Danniela Eiger, Thiago Suedt e Gustavo Senday destacam que as vendas no conceito mesmas lojas (SSS) consolidadas apresentaram um crescimento de 6% ante um ano (ex-postos) com números semelhantes tanto para o atacarejo quanto para a operação de varejo, enquanto o desempenho de vendas foi impactado negativamente pela desaceleração da inflação de alimentos, aumento do cenário competitivo no canal do atacarejo e uma base de comparação difícil no Atacadão.

“Olhando para a rentabilidade, a margem bruta ficou estável ante um ano, beneficiada por melhores condições de compras na operação de varejo com a integração do BIG, que compensou os resultados pressionados do Banco Carrefour, enquanto a margem Ebitda Ajustada apresentou uma queda de 2,2p.p. ante um ano, pressionadas pelo processo de integração do Grupo BIG e pelos resultados mais fracos do Banco frente às taxas de inadimplência mais altas e aumento de despesas com aquisição dos clientes nas lojas convertidas”, observam.

Carrefour é uma das maiores redes de supermercados presentes no Brasil Foto: REUTERS/Paulo Whitaker/File Photo

A equipe de analistas do BTG Pactual menciona que a empresa foi impactada por menor inflação de alimentos, volumes mais fracos e concorrência mais acirrada. O banco também avalia que o baixo desempenho da empresa sugere maiores riscos negativos, no curto prazo, relacionados à integração do BIG. Em relatório, os analistas Luiz Guanais e Gabriel Disselli projetam que a empresa deve permanecer apresentando números negativos no curto prazo, influenciados por uma desaceleração da inflação de alimentos e desafios adicionais relacionados à integração do Grupo BIG.

Em relação à aquisição, a diretora Marcela Bretas afirmou durante a teleconferência que não devem haver novos ajustes no acordo de compra do Big. “Após trabalho de revisão em 2022, chegamos a ajuste do preço do Big. Não deve haver mais mudanças no acordo”, disse. O CEO da companhia, Stephane Maquaire, aproveitou para reiterar que a empresa espera ter mais de R$ 2 bilhões em sinergias com essa aquisição até 2025.

A expectativa é que a conclusão das conversões contribua para que a empresa entre em um processo de redução de endividamento na segunda metade do ano. Entre janeiro e março de 2023, a dívida líquida atingiu R$ 13,8 bilhões - ou R$ 20,3 bilhões incluindo arrendamento e desconto de recebíveis, altas anuais de R$ 7,5 bilhões e 10,8 bilhões, respectivamente. A dívida líquida/Ebitda ajustado LTM (incluindo recebíveis) foi de 2,44 vezes ante 1,24 vez registrado em março de 2022.

Renegociação

Alencar disse aos investidores que a companhia tem R$ 13 bilhões em vencimentos para renegociar, mas que o grupo está confortável com o fato de ter acesso a R$ 6,5 bilhões em ‘revolving credit’, uma linha facilitada pela matriz do grupo na França.

Para o restante do montante a negociar, Alencar garante que há bom apetite dos bancos, já que a companhia tem boa nota de crédito (AAA) e que as condições oferecidas pelas instituições financeiras correspondem a isso. (Colaboraram Julia Pestana e Beth Moreira)

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