Os beneficiários do programa Auxílio Brasil são alvo de um verdadeiro bombardeio de fake news nessa reta final das eleições presidenciais. A artilharia pesada tem causado pânico e medo na população mais vulnerável do País.
A escalada das notícias mentirosas atreladas às eleições por conta do crédito consignado vinculado ao programa social atingiu um exacerbado grau de desfaçatez e crueldade com essa população de baixa renda.
Atraídos para grupos fechados de WhatsApp, os beneficiários do Auxílio Brasil, que estão literalmente desesperados para receber o dinheiro do consignado – a despeito do custo altíssimo, com juros de mais de 50% ao ano –, ficam à mercê das mentiras de toda a sorte que circulam aos milhões nas redes sociais.
Quem acompanha nos grupos abertos ou consegue entrar nos fechados pode identificar o estado de caos social que está se formando em torno do empréstimo.
É simplesmente um caldeirão prestes a explodir. Tudo numa mistura explosiva com as eleições e a disputa sangrenta entre Bolsonaro e Lula.
Além das mentiras, os beneficiários do Auxílio Brasil não conseguem informações básicas nem mesmo sobre quando receberão o empréstimo já contratado. Há casos de famílias que tiveram de pagar seguro e uma taxa “de juro de acerto”, enquanto outros não pagaram esses custos que, junto com o IOF, custam R$ 200.
No início da campanha, Bolsonaro dizia que Lula, se eleito, não iria dar os R$ 600 hoje pagos no Auxílio Brasil. Já Lula afirmava que o presidente não tinha colocado o Auxílio de R$ 600 no Orçamento porque quer acabar com ele.
Agora, as mentiras têm atingindo em cheio a campanha petista nos zaps dos consignados. A maior delas é que, se Lula ganhar, o crédito consignado será cancelado e o Bolsa Família só vai atender famílias com crianças de 0 a 6 anos. Até uma empresa que oferece o consignado publica a mentira de que o PT entrou com ação no TCU para acabar com o consignado. Caso de polícia.
Há um despreparo da Caixa para tamanha ofensiva de crédito entre o 1.º e o 2.º turnos. A Caixa, banco de Estado, e não do governo de plantão, se transformou num braço direto da campanha eleitoral. Uma espécie de escritório paralelo.
Se todo esse ativismo eleitoral ficar comprovado pela falta de documentação técnica para essas operações, é certo que a presidente da Caixa, Daniella Marques, e toda a diretoria do banco vão responder com o seu CPF. O aviso já foi dado pelo TCU.