Repórter especial de economia em Brasília

Lula assume a coordenação econômica


Reunião com o presidente eleito reforça percepção de que Fernando Haddad vai para a Fazenda

Por Adriana Fernandes

A longa reunião da terça-feira de Lula com a equipe da economia consolidou a orientação do presidente eleito de que o espaço para gastar em 2023 na PEC, em negociação no Congresso, não pode ser inferior ao patamar de 19% do PIB.

Esse é o nível de despesas que o governo Bolsonaro deixará ao fim do seu governo. Lula deixou claro na reunião que não pode fazer menos.

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente eleito, não quer menos que 19% do PIB para gastar Foto: Rodrigo Antunes/Reuters
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Falou também da necessidade de diálogo, sinalização de que não seguirá o caminho do confronto com o Congresso.

O valor de despesas em 19% do PIB é chave nas negociações da PEC, como revelou a coluna “A matemática da PEC”, da semana passada.

Como o Orçamento de 2023, que chegou ao Congresso em agosto, prevê um total de despesas de 17,58% do PIB, a diferença (algo próximo de R$ 150 bilhões) é a senha para o tamanho da licença para gastar na PEC a ser negociada com senadores e deputados.

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Um patamar próximo de R$ 150 bilhões é maior do que os R$ 136 bilhões, exposto pelo ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa. O valor dependerá do resultado do PIB que será divulgado hoje.

O número ditará muito os rumos da narrativa que os negociadores políticos, principalmente Wellington Dias, tentam construir desde a semana passada nas costuras políticas para aprovação da PEC.

A reunião consolidou também a percepção de que Fernando Haddad será anunciado como ministro da Fazenda do governo Lula 3. E mais do que isso: que Lula tomou a frente da coordenação econômica.

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Lula mais ouviu do que falou. Um por um dos participantes teve espaço para falar sobre a PEC, negociações e importância da regra fiscal que substituirá o teto de gastos. Daí a longa reunião, que começou pela manhã, passou pelo almoço e terminou à tarde.

Alckmin, Gleisi, Haddad, Mercadante e o quarteto de economistas da transição, que agora virou sexteto. Além de André Lara Resende, Guilherme Mello, Nelson Barbosa e Persio Arida, passaram a integrar o grupo Haddad e Gabriel Galípolo.

Não se discutiram detalhes de regras fiscais para o futuro, mas, sim, a necessidade de olhar para frente, depois da PEC, mostrar um caminho de sustentabilidade fiscal com um novo arcabouço e de fazer a mudança tributária – tema prioritário para Haddad.

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Nesse ponto, houve consenso. Mas no grupo de participantes ficou clara a divisão entre aqueles que preferem o caminho do confronto nas negociações e o do diálogo. A fala de Lula e os arranjos políticos tocados por ele nesta semana desencorajam o primeiro grupo.

A longa reunião da terça-feira de Lula com a equipe da economia consolidou a orientação do presidente eleito de que o espaço para gastar em 2023 na PEC, em negociação no Congresso, não pode ser inferior ao patamar de 19% do PIB.

Esse é o nível de despesas que o governo Bolsonaro deixará ao fim do seu governo. Lula deixou claro na reunião que não pode fazer menos.

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente eleito, não quer menos que 19% do PIB para gastar Foto: Rodrigo Antunes/Reuters

Falou também da necessidade de diálogo, sinalização de que não seguirá o caminho do confronto com o Congresso.

O valor de despesas em 19% do PIB é chave nas negociações da PEC, como revelou a coluna “A matemática da PEC”, da semana passada.

Como o Orçamento de 2023, que chegou ao Congresso em agosto, prevê um total de despesas de 17,58% do PIB, a diferença (algo próximo de R$ 150 bilhões) é a senha para o tamanho da licença para gastar na PEC a ser negociada com senadores e deputados.

Um patamar próximo de R$ 150 bilhões é maior do que os R$ 136 bilhões, exposto pelo ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa. O valor dependerá do resultado do PIB que será divulgado hoje.

O número ditará muito os rumos da narrativa que os negociadores políticos, principalmente Wellington Dias, tentam construir desde a semana passada nas costuras políticas para aprovação da PEC.

A reunião consolidou também a percepção de que Fernando Haddad será anunciado como ministro da Fazenda do governo Lula 3. E mais do que isso: que Lula tomou a frente da coordenação econômica.

Lula mais ouviu do que falou. Um por um dos participantes teve espaço para falar sobre a PEC, negociações e importância da regra fiscal que substituirá o teto de gastos. Daí a longa reunião, que começou pela manhã, passou pelo almoço e terminou à tarde.

Alckmin, Gleisi, Haddad, Mercadante e o quarteto de economistas da transição, que agora virou sexteto. Além de André Lara Resende, Guilherme Mello, Nelson Barbosa e Persio Arida, passaram a integrar o grupo Haddad e Gabriel Galípolo.

Não se discutiram detalhes de regras fiscais para o futuro, mas, sim, a necessidade de olhar para frente, depois da PEC, mostrar um caminho de sustentabilidade fiscal com um novo arcabouço e de fazer a mudança tributária – tema prioritário para Haddad.

Nesse ponto, houve consenso. Mas no grupo de participantes ficou clara a divisão entre aqueles que preferem o caminho do confronto nas negociações e o do diálogo. A fala de Lula e os arranjos políticos tocados por ele nesta semana desencorajam o primeiro grupo.

A longa reunião da terça-feira de Lula com a equipe da economia consolidou a orientação do presidente eleito de que o espaço para gastar em 2023 na PEC, em negociação no Congresso, não pode ser inferior ao patamar de 19% do PIB.

Esse é o nível de despesas que o governo Bolsonaro deixará ao fim do seu governo. Lula deixou claro na reunião que não pode fazer menos.

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente eleito, não quer menos que 19% do PIB para gastar Foto: Rodrigo Antunes/Reuters

Falou também da necessidade de diálogo, sinalização de que não seguirá o caminho do confronto com o Congresso.

O valor de despesas em 19% do PIB é chave nas negociações da PEC, como revelou a coluna “A matemática da PEC”, da semana passada.

Como o Orçamento de 2023, que chegou ao Congresso em agosto, prevê um total de despesas de 17,58% do PIB, a diferença (algo próximo de R$ 150 bilhões) é a senha para o tamanho da licença para gastar na PEC a ser negociada com senadores e deputados.

Um patamar próximo de R$ 150 bilhões é maior do que os R$ 136 bilhões, exposto pelo ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa. O valor dependerá do resultado do PIB que será divulgado hoje.

O número ditará muito os rumos da narrativa que os negociadores políticos, principalmente Wellington Dias, tentam construir desde a semana passada nas costuras políticas para aprovação da PEC.

A reunião consolidou também a percepção de que Fernando Haddad será anunciado como ministro da Fazenda do governo Lula 3. E mais do que isso: que Lula tomou a frente da coordenação econômica.

Lula mais ouviu do que falou. Um por um dos participantes teve espaço para falar sobre a PEC, negociações e importância da regra fiscal que substituirá o teto de gastos. Daí a longa reunião, que começou pela manhã, passou pelo almoço e terminou à tarde.

Alckmin, Gleisi, Haddad, Mercadante e o quarteto de economistas da transição, que agora virou sexteto. Além de André Lara Resende, Guilherme Mello, Nelson Barbosa e Persio Arida, passaram a integrar o grupo Haddad e Gabriel Galípolo.

Não se discutiram detalhes de regras fiscais para o futuro, mas, sim, a necessidade de olhar para frente, depois da PEC, mostrar um caminho de sustentabilidade fiscal com um novo arcabouço e de fazer a mudança tributária – tema prioritário para Haddad.

Nesse ponto, houve consenso. Mas no grupo de participantes ficou clara a divisão entre aqueles que preferem o caminho do confronto nas negociações e o do diálogo. A fala de Lula e os arranjos políticos tocados por ele nesta semana desencorajam o primeiro grupo.

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