Repórter especial de economia em Brasília

Coro para reduzir juros só cresce antes da chegada de Galípolo ao coração do BC


Pressão por queda na taxa de juros deve ser ainda maior do que nas últimas reuniões

Por Adriana Fernandes

Até a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nos próximos dias 20 e 21, a pressão pela queda dos juros vai subir de temperatura.

Em Brasília, comenta-se que chegará a níveis “insuportáveis”, reunindo não só integrantes do governo, parlamentares, empresários, mas até banqueiros e investidores. O coro está ficando maior e mais estridente.

Entre aqueles que desejam a queda de juros para já, há a avaliação de que o Roberto Campos Neto, presidente do BC, não deveria perder a oportunidade de começar antes a redução da taxa Selic, ao invés de esperar a chegada do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, na diretoria de política monetária.

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O recado nesse caso para Campos Neto é o de que uma eventual redução dos juros na reunião seguinte, do início de agosto, ficaria associada à chegada de Galípolo no coração do Copom. Uma vitória de Lula, que colocou o braço-direito do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na diretoria do BC.

É improvável, porém, que o BC vá iniciar a redução da taxa Selic na próxima semana, sem ter mudado a sua comunicação com o mercado nos dias que antecederam a entrada do período de silêncio da reunião do Copom. Esse período é de uma semana.

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Banco Central terá nova reunião para definição sobre a taxa Selic na próxima semana Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

O BC vê riscos de repique pela frente, expectativas de inflação ainda desancoradas, e quer aguardar. Mas o que se espera é que, na reunião da semana que vem, o Copom dê sinais claros de que a porta para a queda de juros estará aberta em agosto. Esse é o jogo que envolve a pressão redobrada de agora para antecipar a melhora dos indicadores. Sinal reforçado com a melhoria da perspectiva do rating do Brasil pela agência S&P – o que não se via desde 2019. Mais pressão para o BC.

O alvo do tiroteio continuará centrado na figura de Campos Neto, independentemente do posicionamento mais duro de diretores do banco sobre juros, o que não é usual.

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Na segunda-feira, o diretor de Organização do Sistema Financeiro Renato Gomes, em entrevista ao Estadão/Broadcast adotou um tom mais duro do que Campos Neto e disse que o BC não deve ter pressa para reduzir os juros. Teve quem suspeitasse que Campos Neto, que vinha de um discurso mais ameno, faria contraponto à fala do diretor. Pura bobagem. Faz parte da estratégia da instituição de colocar os diretores da autarquia para se posicionarem publicamente sobre o cenário da inflação e juros. Os diretores vão seguir falando o que pensam. Haddad ficou incomodado com a entrevista e viu nela um ação coordenada de Campos Neto.

É bem verdade que Galípolo também não está numa situação nada confortável. Será “um entre nove” no Copom e precisa também construir sua reputação no cargo. Tem quem ache no mercado que ele votaria pela manutenção na sua primeira reunião. Difícil apostar nesse caminho. Depois de tanta pressão de Lula e Cia, ele não poderá simplesmente votar contra a redução dos juros na primeira reunião. Jabuti não sobe em árvore.

Até a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nos próximos dias 20 e 21, a pressão pela queda dos juros vai subir de temperatura.

Em Brasília, comenta-se que chegará a níveis “insuportáveis”, reunindo não só integrantes do governo, parlamentares, empresários, mas até banqueiros e investidores. O coro está ficando maior e mais estridente.

Entre aqueles que desejam a queda de juros para já, há a avaliação de que o Roberto Campos Neto, presidente do BC, não deveria perder a oportunidade de começar antes a redução da taxa Selic, ao invés de esperar a chegada do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, na diretoria de política monetária.

O recado nesse caso para Campos Neto é o de que uma eventual redução dos juros na reunião seguinte, do início de agosto, ficaria associada à chegada de Galípolo no coração do Copom. Uma vitória de Lula, que colocou o braço-direito do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na diretoria do BC.

É improvável, porém, que o BC vá iniciar a redução da taxa Selic na próxima semana, sem ter mudado a sua comunicação com o mercado nos dias que antecederam a entrada do período de silêncio da reunião do Copom. Esse período é de uma semana.

Banco Central terá nova reunião para definição sobre a taxa Selic na próxima semana Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

O BC vê riscos de repique pela frente, expectativas de inflação ainda desancoradas, e quer aguardar. Mas o que se espera é que, na reunião da semana que vem, o Copom dê sinais claros de que a porta para a queda de juros estará aberta em agosto. Esse é o jogo que envolve a pressão redobrada de agora para antecipar a melhora dos indicadores. Sinal reforçado com a melhoria da perspectiva do rating do Brasil pela agência S&P – o que não se via desde 2019. Mais pressão para o BC.

O alvo do tiroteio continuará centrado na figura de Campos Neto, independentemente do posicionamento mais duro de diretores do banco sobre juros, o que não é usual.

Na segunda-feira, o diretor de Organização do Sistema Financeiro Renato Gomes, em entrevista ao Estadão/Broadcast adotou um tom mais duro do que Campos Neto e disse que o BC não deve ter pressa para reduzir os juros. Teve quem suspeitasse que Campos Neto, que vinha de um discurso mais ameno, faria contraponto à fala do diretor. Pura bobagem. Faz parte da estratégia da instituição de colocar os diretores da autarquia para se posicionarem publicamente sobre o cenário da inflação e juros. Os diretores vão seguir falando o que pensam. Haddad ficou incomodado com a entrevista e viu nela um ação coordenada de Campos Neto.

É bem verdade que Galípolo também não está numa situação nada confortável. Será “um entre nove” no Copom e precisa também construir sua reputação no cargo. Tem quem ache no mercado que ele votaria pela manutenção na sua primeira reunião. Difícil apostar nesse caminho. Depois de tanta pressão de Lula e Cia, ele não poderá simplesmente votar contra a redução dos juros na primeira reunião. Jabuti não sobe em árvore.

Até a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nos próximos dias 20 e 21, a pressão pela queda dos juros vai subir de temperatura.

Em Brasília, comenta-se que chegará a níveis “insuportáveis”, reunindo não só integrantes do governo, parlamentares, empresários, mas até banqueiros e investidores. O coro está ficando maior e mais estridente.

Entre aqueles que desejam a queda de juros para já, há a avaliação de que o Roberto Campos Neto, presidente do BC, não deveria perder a oportunidade de começar antes a redução da taxa Selic, ao invés de esperar a chegada do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, na diretoria de política monetária.

O recado nesse caso para Campos Neto é o de que uma eventual redução dos juros na reunião seguinte, do início de agosto, ficaria associada à chegada de Galípolo no coração do Copom. Uma vitória de Lula, que colocou o braço-direito do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na diretoria do BC.

É improvável, porém, que o BC vá iniciar a redução da taxa Selic na próxima semana, sem ter mudado a sua comunicação com o mercado nos dias que antecederam a entrada do período de silêncio da reunião do Copom. Esse período é de uma semana.

Banco Central terá nova reunião para definição sobre a taxa Selic na próxima semana Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

O BC vê riscos de repique pela frente, expectativas de inflação ainda desancoradas, e quer aguardar. Mas o que se espera é que, na reunião da semana que vem, o Copom dê sinais claros de que a porta para a queda de juros estará aberta em agosto. Esse é o jogo que envolve a pressão redobrada de agora para antecipar a melhora dos indicadores. Sinal reforçado com a melhoria da perspectiva do rating do Brasil pela agência S&P – o que não se via desde 2019. Mais pressão para o BC.

O alvo do tiroteio continuará centrado na figura de Campos Neto, independentemente do posicionamento mais duro de diretores do banco sobre juros, o que não é usual.

Na segunda-feira, o diretor de Organização do Sistema Financeiro Renato Gomes, em entrevista ao Estadão/Broadcast adotou um tom mais duro do que Campos Neto e disse que o BC não deve ter pressa para reduzir os juros. Teve quem suspeitasse que Campos Neto, que vinha de um discurso mais ameno, faria contraponto à fala do diretor. Pura bobagem. Faz parte da estratégia da instituição de colocar os diretores da autarquia para se posicionarem publicamente sobre o cenário da inflação e juros. Os diretores vão seguir falando o que pensam. Haddad ficou incomodado com a entrevista e viu nela um ação coordenada de Campos Neto.

É bem verdade que Galípolo também não está numa situação nada confortável. Será “um entre nove” no Copom e precisa também construir sua reputação no cargo. Tem quem ache no mercado que ele votaria pela manutenção na sua primeira reunião. Difícil apostar nesse caminho. Depois de tanta pressão de Lula e Cia, ele não poderá simplesmente votar contra a redução dos juros na primeira reunião. Jabuti não sobe em árvore.

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