Repórter especial de economia em Brasília

Governo e BC têm dificuldades para resolver o pepino do cartão de crédito


Ajuste é mais do que necessário para evitar uma crise ainda maior de inadimplência; o lojista parcela as vendas, e o risco fica com os bancos, que salgam os juros

Por Adriana Fernandes

A demora do governo, Banco Central, bancos e varejistas em fechar um acordo para o impasse em torno da adoção de restrições ao parcelamento sem juros e ao rotativo nas operações com cartão de crédito tem uma razão: o risco para a atividade econômica.

Hoje, 40% de tudo que se compra no País são pagos por meio de cartão de crédito. E uma massa importante do crédito sai via esse mercado. Uma mexida muito brusca pode atrapalhar o aumento do consumo, que o governo tanto quer para acelerar o crescimento da economia brasileira.

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Há, portanto, muito risco envolvido nesse movimento. O presidente Lula não está satisfeito com o crescimento de 2,5% previsto pelo Ministério da Fazenda para este ano. Para o ano que vem, a pesquisa Focus projeta alta de 1,30%. A pressão recai sobre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tem sido elogiado pelos congressistas e investidores, mas tem que responder ao chefe sobre o PIB.

O Ministério da Fazenda e o Banco Central, cada qual com suas razões, pisam em ovos nesse tema, que além de complexo é popular. Assim como acontece no debate sobre a taxação dos produtos adquiridos nas plataformas internacionais de comércio eletrônico. Qualquer informação truncada viraliza de forma negativa para o governo. Com o cartão de crédito é a mesma coisa. São mais de 200 milhões de cartões na praça.

O ajuste no mercado de cartão é mais do que necessário para evitar uma crise ainda maior de inadimplência. Sabe-se como começa, mas não como termina.

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Governo tem buscado solução para juros altos do rotativo do cartão de crédito Foto: Thiago Teixeira / Estadão

Os grandes varejistas, que contribuíram enormemente nos últimos anos para o processo de multiplicação de cartões, estão fazendo pressão para conter medidas mais duras.

O problema para os varejistas é gigantesco. Concederam cartões em massa, fixando limites de crédito altos, e com pouca ou nenhuma avaliação desses clientes. É fácil encontrar consumidores que receberam cartões com limites elevados para as compras e que não tiveram que provar capacidade de pagamento. Culpam só a taxa Selic muito alta, mas têm também culpa no cartório no desarranjo que promovem.

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Os bancos, que dominam esse mercado, alegam que o rotativo e o parcelamento sem juros no cartão estão por trás dos juros altíssimos que os consumidores estão pagando.

A queixa é que o lojista concede várias parcelas sem juros, mas o risco fica com o banco. Como cobre esse risco? Salgando os juros do rotativo. As consequências desse círculo vicioso são os juros altos e a inadimplência. Tem juros acima de 800% dando receita às instituições financeiras. Uma anomalia que não se sustenta. É o típico caso do cachorro abanando o rabo.

A demora do governo, Banco Central, bancos e varejistas em fechar um acordo para o impasse em torno da adoção de restrições ao parcelamento sem juros e ao rotativo nas operações com cartão de crédito tem uma razão: o risco para a atividade econômica.

Hoje, 40% de tudo que se compra no País são pagos por meio de cartão de crédito. E uma massa importante do crédito sai via esse mercado. Uma mexida muito brusca pode atrapalhar o aumento do consumo, que o governo tanto quer para acelerar o crescimento da economia brasileira.

Há, portanto, muito risco envolvido nesse movimento. O presidente Lula não está satisfeito com o crescimento de 2,5% previsto pelo Ministério da Fazenda para este ano. Para o ano que vem, a pesquisa Focus projeta alta de 1,30%. A pressão recai sobre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tem sido elogiado pelos congressistas e investidores, mas tem que responder ao chefe sobre o PIB.

O Ministério da Fazenda e o Banco Central, cada qual com suas razões, pisam em ovos nesse tema, que além de complexo é popular. Assim como acontece no debate sobre a taxação dos produtos adquiridos nas plataformas internacionais de comércio eletrônico. Qualquer informação truncada viraliza de forma negativa para o governo. Com o cartão de crédito é a mesma coisa. São mais de 200 milhões de cartões na praça.

O ajuste no mercado de cartão é mais do que necessário para evitar uma crise ainda maior de inadimplência. Sabe-se como começa, mas não como termina.

Governo tem buscado solução para juros altos do rotativo do cartão de crédito Foto: Thiago Teixeira / Estadão

Os grandes varejistas, que contribuíram enormemente nos últimos anos para o processo de multiplicação de cartões, estão fazendo pressão para conter medidas mais duras.

O problema para os varejistas é gigantesco. Concederam cartões em massa, fixando limites de crédito altos, e com pouca ou nenhuma avaliação desses clientes. É fácil encontrar consumidores que receberam cartões com limites elevados para as compras e que não tiveram que provar capacidade de pagamento. Culpam só a taxa Selic muito alta, mas têm também culpa no cartório no desarranjo que promovem.

Os bancos, que dominam esse mercado, alegam que o rotativo e o parcelamento sem juros no cartão estão por trás dos juros altíssimos que os consumidores estão pagando.

A queixa é que o lojista concede várias parcelas sem juros, mas o risco fica com o banco. Como cobre esse risco? Salgando os juros do rotativo. As consequências desse círculo vicioso são os juros altos e a inadimplência. Tem juros acima de 800% dando receita às instituições financeiras. Uma anomalia que não se sustenta. É o típico caso do cachorro abanando o rabo.

A demora do governo, Banco Central, bancos e varejistas em fechar um acordo para o impasse em torno da adoção de restrições ao parcelamento sem juros e ao rotativo nas operações com cartão de crédito tem uma razão: o risco para a atividade econômica.

Hoje, 40% de tudo que se compra no País são pagos por meio de cartão de crédito. E uma massa importante do crédito sai via esse mercado. Uma mexida muito brusca pode atrapalhar o aumento do consumo, que o governo tanto quer para acelerar o crescimento da economia brasileira.

Há, portanto, muito risco envolvido nesse movimento. O presidente Lula não está satisfeito com o crescimento de 2,5% previsto pelo Ministério da Fazenda para este ano. Para o ano que vem, a pesquisa Focus projeta alta de 1,30%. A pressão recai sobre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tem sido elogiado pelos congressistas e investidores, mas tem que responder ao chefe sobre o PIB.

O Ministério da Fazenda e o Banco Central, cada qual com suas razões, pisam em ovos nesse tema, que além de complexo é popular. Assim como acontece no debate sobre a taxação dos produtos adquiridos nas plataformas internacionais de comércio eletrônico. Qualquer informação truncada viraliza de forma negativa para o governo. Com o cartão de crédito é a mesma coisa. São mais de 200 milhões de cartões na praça.

O ajuste no mercado de cartão é mais do que necessário para evitar uma crise ainda maior de inadimplência. Sabe-se como começa, mas não como termina.

Governo tem buscado solução para juros altos do rotativo do cartão de crédito Foto: Thiago Teixeira / Estadão

Os grandes varejistas, que contribuíram enormemente nos últimos anos para o processo de multiplicação de cartões, estão fazendo pressão para conter medidas mais duras.

O problema para os varejistas é gigantesco. Concederam cartões em massa, fixando limites de crédito altos, e com pouca ou nenhuma avaliação desses clientes. É fácil encontrar consumidores que receberam cartões com limites elevados para as compras e que não tiveram que provar capacidade de pagamento. Culpam só a taxa Selic muito alta, mas têm também culpa no cartório no desarranjo que promovem.

Os bancos, que dominam esse mercado, alegam que o rotativo e o parcelamento sem juros no cartão estão por trás dos juros altíssimos que os consumidores estão pagando.

A queixa é que o lojista concede várias parcelas sem juros, mas o risco fica com o banco. Como cobre esse risco? Salgando os juros do rotativo. As consequências desse círculo vicioso são os juros altos e a inadimplência. Tem juros acima de 800% dando receita às instituições financeiras. Uma anomalia que não se sustenta. É o típico caso do cachorro abanando o rabo.

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