Repórter especial de economia em Brasília

Quadro feminino no governo Lula 3 deve se concentrar fora do núcleo duro mais próximo do presidente


Para as mulheres, resta o ‘cercadinho’ tradicionalmente reservado a elas, que é o lugar em que as mulheres são mais aceitas na esfera da administração pública

Por Adriana Fernandes

Só homens, panela! Essa é a impressão que fica da foto do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva no anúncio dos cinco primeiros ministros para alguns dos postos mais cobiçados da Esplanada.

Gleisi Hoffmman, presidente do PT e ex-ministra da Casa Civil, está na foto, mas ela não participará da equipe do governo.

Lula percebe de antemão que a foto não estava legal e se antecipa dizendo que nas próximas indicações haverá diversidade com mulheres, negros e indígenas Foto: Ton Molina/AP
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Na hora de tirar a fotografia final, Lula puxa Gleisi para o seu lado, pega no seu braço, mas o movimento não esconde o constrangimento com a ausência de mulheres e negros nos quadros mais relevantes. Só homens.

O próprio presidente já chega falando no assunto (percebe de antemão que a foto não estava legal), e se antecipa dizendo que nas próximas indicações haverá diversidade com mulheres, negros e indígenas.

Não responde, no entanto, a pergunta contundente do repórter do Estadão Weslley Galzo, que quis saber se a divisão dos cargos mais relevantes seria feita com diversidade.

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Uma preocupação, já que nas especulações da bolsa de apostas dos ministeriáveis poucas mulheres aparecem para ocupar esses postos.

A percepção de quem se preocupa com o problema é a de que Lula começou a definir sua equipe sem, de fato, atentar para a necessidade de buscar equilíbrio nesse campo. Aliás, tema de campanha do qual ele se aproveitou para se diferenciar do seu adversário, Jair Bolsonaro.

O mais provável é que o quadro feminino no governo Lula 3 se concentre apenas em pastas como das Mulheres, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Cultura – fora do chamado núcleo duro mais próximo do presidente.

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Para as mulheres, resta o “cercadinho” tradicionalmente reservado a elas, que é o lugar em que as mulheres são mais aceitas na esfera da administração pública.

Visão de retrovisor. Um atraso civilizatório e um sinal, a essa altura do campeonato, de que atender essa demanda, prometida na campanha eleitoral, não norteou as negociações.

Lula achou que bastaria chegar ali no auditório e dizer que vai atender a cobrança depois, e estaria tudo resolvido. Agora, na reta final, com a repercussão negativa, estão à caça das mulheres, além de Marina Silva e Simone Tebet. Parece que acordaram.

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Na área econômica, ainda restam postos importantes: os ministérios do Planejamento, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e as presidências dos grandes bancos públicos.

O Brasil tem nomes de mulheres competentes para ocupar esses lugares e com visão integrada de Estado. Não adianta depois ficar preenchendo as vagas do segundo escalão com mulheres para cumprir tabela. A bronca vai continuar e veio para ficar. Não é “mimimi” das mulheres.

Só homens, panela! Essa é a impressão que fica da foto do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva no anúncio dos cinco primeiros ministros para alguns dos postos mais cobiçados da Esplanada.

Gleisi Hoffmman, presidente do PT e ex-ministra da Casa Civil, está na foto, mas ela não participará da equipe do governo.

Lula percebe de antemão que a foto não estava legal e se antecipa dizendo que nas próximas indicações haverá diversidade com mulheres, negros e indígenas Foto: Ton Molina/AP

Na hora de tirar a fotografia final, Lula puxa Gleisi para o seu lado, pega no seu braço, mas o movimento não esconde o constrangimento com a ausência de mulheres e negros nos quadros mais relevantes. Só homens.

O próprio presidente já chega falando no assunto (percebe de antemão que a foto não estava legal), e se antecipa dizendo que nas próximas indicações haverá diversidade com mulheres, negros e indígenas.

Não responde, no entanto, a pergunta contundente do repórter do Estadão Weslley Galzo, que quis saber se a divisão dos cargos mais relevantes seria feita com diversidade.

Uma preocupação, já que nas especulações da bolsa de apostas dos ministeriáveis poucas mulheres aparecem para ocupar esses postos.

A percepção de quem se preocupa com o problema é a de que Lula começou a definir sua equipe sem, de fato, atentar para a necessidade de buscar equilíbrio nesse campo. Aliás, tema de campanha do qual ele se aproveitou para se diferenciar do seu adversário, Jair Bolsonaro.

O mais provável é que o quadro feminino no governo Lula 3 se concentre apenas em pastas como das Mulheres, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Cultura – fora do chamado núcleo duro mais próximo do presidente.

Para as mulheres, resta o “cercadinho” tradicionalmente reservado a elas, que é o lugar em que as mulheres são mais aceitas na esfera da administração pública.

Visão de retrovisor. Um atraso civilizatório e um sinal, a essa altura do campeonato, de que atender essa demanda, prometida na campanha eleitoral, não norteou as negociações.

Lula achou que bastaria chegar ali no auditório e dizer que vai atender a cobrança depois, e estaria tudo resolvido. Agora, na reta final, com a repercussão negativa, estão à caça das mulheres, além de Marina Silva e Simone Tebet. Parece que acordaram.

Na área econômica, ainda restam postos importantes: os ministérios do Planejamento, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e as presidências dos grandes bancos públicos.

O Brasil tem nomes de mulheres competentes para ocupar esses lugares e com visão integrada de Estado. Não adianta depois ficar preenchendo as vagas do segundo escalão com mulheres para cumprir tabela. A bronca vai continuar e veio para ficar. Não é “mimimi” das mulheres.

Só homens, panela! Essa é a impressão que fica da foto do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva no anúncio dos cinco primeiros ministros para alguns dos postos mais cobiçados da Esplanada.

Gleisi Hoffmman, presidente do PT e ex-ministra da Casa Civil, está na foto, mas ela não participará da equipe do governo.

Lula percebe de antemão que a foto não estava legal e se antecipa dizendo que nas próximas indicações haverá diversidade com mulheres, negros e indígenas Foto: Ton Molina/AP

Na hora de tirar a fotografia final, Lula puxa Gleisi para o seu lado, pega no seu braço, mas o movimento não esconde o constrangimento com a ausência de mulheres e negros nos quadros mais relevantes. Só homens.

O próprio presidente já chega falando no assunto (percebe de antemão que a foto não estava legal), e se antecipa dizendo que nas próximas indicações haverá diversidade com mulheres, negros e indígenas.

Não responde, no entanto, a pergunta contundente do repórter do Estadão Weslley Galzo, que quis saber se a divisão dos cargos mais relevantes seria feita com diversidade.

Uma preocupação, já que nas especulações da bolsa de apostas dos ministeriáveis poucas mulheres aparecem para ocupar esses postos.

A percepção de quem se preocupa com o problema é a de que Lula começou a definir sua equipe sem, de fato, atentar para a necessidade de buscar equilíbrio nesse campo. Aliás, tema de campanha do qual ele se aproveitou para se diferenciar do seu adversário, Jair Bolsonaro.

O mais provável é que o quadro feminino no governo Lula 3 se concentre apenas em pastas como das Mulheres, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Cultura – fora do chamado núcleo duro mais próximo do presidente.

Para as mulheres, resta o “cercadinho” tradicionalmente reservado a elas, que é o lugar em que as mulheres são mais aceitas na esfera da administração pública.

Visão de retrovisor. Um atraso civilizatório e um sinal, a essa altura do campeonato, de que atender essa demanda, prometida na campanha eleitoral, não norteou as negociações.

Lula achou que bastaria chegar ali no auditório e dizer que vai atender a cobrança depois, e estaria tudo resolvido. Agora, na reta final, com a repercussão negativa, estão à caça das mulheres, além de Marina Silva e Simone Tebet. Parece que acordaram.

Na área econômica, ainda restam postos importantes: os ministérios do Planejamento, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e as presidências dos grandes bancos públicos.

O Brasil tem nomes de mulheres competentes para ocupar esses lugares e com visão integrada de Estado. Não adianta depois ficar preenchendo as vagas do segundo escalão com mulheres para cumprir tabela. A bronca vai continuar e veio para ficar. Não é “mimimi” das mulheres.

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