Repórter especial de economia em Brasília

Haddad vai ter de enxugar programa de incentivo a carros populares para não passar a boiada


Não há outra saída para o ministro da Fazenda a não ser administrar uma política de perdas e danos e reduzir o tamanho e o prazo de duração do pacote

Por Adriana Fernandes

O setor automotivo afirma que o mercado travou à espera dos detalhes do programa do governo Lula de incentivos tributários para baratear os preços dos automóveis. É claro que ninguém vai comprar um carro novo agora sabendo que, mais à frente, os preços podem cair em razão do socorro do governo para desovar os estoques no pátio das montadoras.

Essa é a consequência mais visível do fato de o anúncio ter sido feito de forma improvisada e sem que se saiba o tamanho do corte dos tributos, o tempo de duração e, principalmente, qual será a medida de compensação pela perda de arrecadação. Uma exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal que aparentemente não foi lembrada pelo governo na hora de preparar o programa.

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É o típico filme Esqueceram de Mim. Está aí um exemplo de o que não fazer na hora de preparar uma medida que mexe com um setor econômico ainda relevante, mas muito atrasado no Brasil.

O erro principal foi terem vendido inicialmente a ideia de que se tratava de um plano de carros populares. Não tem como emplacar a marca de carro popular quando vai beneficiar automóveis já muito caros, de até R$ 120 mil.

O secretário de Desenvolvimento Industrial, Uallace Moreira, em entrevista ao Estadão, buscou corrigir essa rota: “A gente nunca falou em carro popular”.

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Indústria automotiva receberá incentivos para vender carros mais baratos Foto: Werther Santana/Estadão

O mais provável é que a estratégia da indústria fosse essa mesma: vender nos bastidores a proposta e tornar impossível o seu recuo pelo governo com o mercado travado. Eles não vão se contentar com quatro meses.

A compensação pela perda de arrecadação não pode ser anunciada depois do ato legal de redução do imposto. Tem de ir junto. A bola está com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que vai trabalhar para reduzir o tamanho do custo do programa.

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Em meio às negociações para concluir a votação do arcabouço fiscal no Senado, não pega nem bem para o ministro carimbar a sua digital num programa que tira receita dos cofres do governo no momento em que a estratégia é aumentar arrecadação com corte de renúncias fiscais, para cumprir a meta de zerar o déficit em 2024.

As contas não fecham. Quem vai acreditar nesse compromisso se, antes mesmo da votação final da regra fiscal, a porteira está sendo aberta na direção contrária da promessa do ministro?

No Congresso, a lista de projetos próximos de votação, que contam com mais incentivos, é grande. Com a articulação política do governo perdida, as propostas de incentivos só aumentam.

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Não há outra saída para o ministro Haddad a não ser administrar uma política de perdas e danos e enxugar o pacote no tamanho e também no prazo de duração. Um tiro errado com esse pacote para o setor automobilístico vai permitir que a boiada passe.

O setor automotivo afirma que o mercado travou à espera dos detalhes do programa do governo Lula de incentivos tributários para baratear os preços dos automóveis. É claro que ninguém vai comprar um carro novo agora sabendo que, mais à frente, os preços podem cair em razão do socorro do governo para desovar os estoques no pátio das montadoras.

Essa é a consequência mais visível do fato de o anúncio ter sido feito de forma improvisada e sem que se saiba o tamanho do corte dos tributos, o tempo de duração e, principalmente, qual será a medida de compensação pela perda de arrecadação. Uma exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal que aparentemente não foi lembrada pelo governo na hora de preparar o programa.

É o típico filme Esqueceram de Mim. Está aí um exemplo de o que não fazer na hora de preparar uma medida que mexe com um setor econômico ainda relevante, mas muito atrasado no Brasil.

O erro principal foi terem vendido inicialmente a ideia de que se tratava de um plano de carros populares. Não tem como emplacar a marca de carro popular quando vai beneficiar automóveis já muito caros, de até R$ 120 mil.

O secretário de Desenvolvimento Industrial, Uallace Moreira, em entrevista ao Estadão, buscou corrigir essa rota: “A gente nunca falou em carro popular”.

Indústria automotiva receberá incentivos para vender carros mais baratos Foto: Werther Santana/Estadão

O mais provável é que a estratégia da indústria fosse essa mesma: vender nos bastidores a proposta e tornar impossível o seu recuo pelo governo com o mercado travado. Eles não vão se contentar com quatro meses.

A compensação pela perda de arrecadação não pode ser anunciada depois do ato legal de redução do imposto. Tem de ir junto. A bola está com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que vai trabalhar para reduzir o tamanho do custo do programa.

Em meio às negociações para concluir a votação do arcabouço fiscal no Senado, não pega nem bem para o ministro carimbar a sua digital num programa que tira receita dos cofres do governo no momento em que a estratégia é aumentar arrecadação com corte de renúncias fiscais, para cumprir a meta de zerar o déficit em 2024.

As contas não fecham. Quem vai acreditar nesse compromisso se, antes mesmo da votação final da regra fiscal, a porteira está sendo aberta na direção contrária da promessa do ministro?

No Congresso, a lista de projetos próximos de votação, que contam com mais incentivos, é grande. Com a articulação política do governo perdida, as propostas de incentivos só aumentam.

Não há outra saída para o ministro Haddad a não ser administrar uma política de perdas e danos e enxugar o pacote no tamanho e também no prazo de duração. Um tiro errado com esse pacote para o setor automobilístico vai permitir que a boiada passe.

O setor automotivo afirma que o mercado travou à espera dos detalhes do programa do governo Lula de incentivos tributários para baratear os preços dos automóveis. É claro que ninguém vai comprar um carro novo agora sabendo que, mais à frente, os preços podem cair em razão do socorro do governo para desovar os estoques no pátio das montadoras.

Essa é a consequência mais visível do fato de o anúncio ter sido feito de forma improvisada e sem que se saiba o tamanho do corte dos tributos, o tempo de duração e, principalmente, qual será a medida de compensação pela perda de arrecadação. Uma exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal que aparentemente não foi lembrada pelo governo na hora de preparar o programa.

É o típico filme Esqueceram de Mim. Está aí um exemplo de o que não fazer na hora de preparar uma medida que mexe com um setor econômico ainda relevante, mas muito atrasado no Brasil.

O erro principal foi terem vendido inicialmente a ideia de que se tratava de um plano de carros populares. Não tem como emplacar a marca de carro popular quando vai beneficiar automóveis já muito caros, de até R$ 120 mil.

O secretário de Desenvolvimento Industrial, Uallace Moreira, em entrevista ao Estadão, buscou corrigir essa rota: “A gente nunca falou em carro popular”.

Indústria automotiva receberá incentivos para vender carros mais baratos Foto: Werther Santana/Estadão

O mais provável é que a estratégia da indústria fosse essa mesma: vender nos bastidores a proposta e tornar impossível o seu recuo pelo governo com o mercado travado. Eles não vão se contentar com quatro meses.

A compensação pela perda de arrecadação não pode ser anunciada depois do ato legal de redução do imposto. Tem de ir junto. A bola está com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que vai trabalhar para reduzir o tamanho do custo do programa.

Em meio às negociações para concluir a votação do arcabouço fiscal no Senado, não pega nem bem para o ministro carimbar a sua digital num programa que tira receita dos cofres do governo no momento em que a estratégia é aumentar arrecadação com corte de renúncias fiscais, para cumprir a meta de zerar o déficit em 2024.

As contas não fecham. Quem vai acreditar nesse compromisso se, antes mesmo da votação final da regra fiscal, a porteira está sendo aberta na direção contrária da promessa do ministro?

No Congresso, a lista de projetos próximos de votação, que contam com mais incentivos, é grande. Com a articulação política do governo perdida, as propostas de incentivos só aumentam.

Não há outra saída para o ministro Haddad a não ser administrar uma política de perdas e danos e enxugar o pacote no tamanho e também no prazo de duração. Um tiro errado com esse pacote para o setor automobilístico vai permitir que a boiada passe.

O setor automotivo afirma que o mercado travou à espera dos detalhes do programa do governo Lula de incentivos tributários para baratear os preços dos automóveis. É claro que ninguém vai comprar um carro novo agora sabendo que, mais à frente, os preços podem cair em razão do socorro do governo para desovar os estoques no pátio das montadoras.

Essa é a consequência mais visível do fato de o anúncio ter sido feito de forma improvisada e sem que se saiba o tamanho do corte dos tributos, o tempo de duração e, principalmente, qual será a medida de compensação pela perda de arrecadação. Uma exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal que aparentemente não foi lembrada pelo governo na hora de preparar o programa.

É o típico filme Esqueceram de Mim. Está aí um exemplo de o que não fazer na hora de preparar uma medida que mexe com um setor econômico ainda relevante, mas muito atrasado no Brasil.

O erro principal foi terem vendido inicialmente a ideia de que se tratava de um plano de carros populares. Não tem como emplacar a marca de carro popular quando vai beneficiar automóveis já muito caros, de até R$ 120 mil.

O secretário de Desenvolvimento Industrial, Uallace Moreira, em entrevista ao Estadão, buscou corrigir essa rota: “A gente nunca falou em carro popular”.

Indústria automotiva receberá incentivos para vender carros mais baratos Foto: Werther Santana/Estadão

O mais provável é que a estratégia da indústria fosse essa mesma: vender nos bastidores a proposta e tornar impossível o seu recuo pelo governo com o mercado travado. Eles não vão se contentar com quatro meses.

A compensação pela perda de arrecadação não pode ser anunciada depois do ato legal de redução do imposto. Tem de ir junto. A bola está com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que vai trabalhar para reduzir o tamanho do custo do programa.

Em meio às negociações para concluir a votação do arcabouço fiscal no Senado, não pega nem bem para o ministro carimbar a sua digital num programa que tira receita dos cofres do governo no momento em que a estratégia é aumentar arrecadação com corte de renúncias fiscais, para cumprir a meta de zerar o déficit em 2024.

As contas não fecham. Quem vai acreditar nesse compromisso se, antes mesmo da votação final da regra fiscal, a porteira está sendo aberta na direção contrária da promessa do ministro?

No Congresso, a lista de projetos próximos de votação, que contam com mais incentivos, é grande. Com a articulação política do governo perdida, as propostas de incentivos só aumentam.

Não há outra saída para o ministro Haddad a não ser administrar uma política de perdas e danos e enxugar o pacote no tamanho e também no prazo de duração. Um tiro errado com esse pacote para o setor automobilístico vai permitir que a boiada passe.

O setor automotivo afirma que o mercado travou à espera dos detalhes do programa do governo Lula de incentivos tributários para baratear os preços dos automóveis. É claro que ninguém vai comprar um carro novo agora sabendo que, mais à frente, os preços podem cair em razão do socorro do governo para desovar os estoques no pátio das montadoras.

Essa é a consequência mais visível do fato de o anúncio ter sido feito de forma improvisada e sem que se saiba o tamanho do corte dos tributos, o tempo de duração e, principalmente, qual será a medida de compensação pela perda de arrecadação. Uma exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal que aparentemente não foi lembrada pelo governo na hora de preparar o programa.

É o típico filme Esqueceram de Mim. Está aí um exemplo de o que não fazer na hora de preparar uma medida que mexe com um setor econômico ainda relevante, mas muito atrasado no Brasil.

O erro principal foi terem vendido inicialmente a ideia de que se tratava de um plano de carros populares. Não tem como emplacar a marca de carro popular quando vai beneficiar automóveis já muito caros, de até R$ 120 mil.

O secretário de Desenvolvimento Industrial, Uallace Moreira, em entrevista ao Estadão, buscou corrigir essa rota: “A gente nunca falou em carro popular”.

Indústria automotiva receberá incentivos para vender carros mais baratos Foto: Werther Santana/Estadão

O mais provável é que a estratégia da indústria fosse essa mesma: vender nos bastidores a proposta e tornar impossível o seu recuo pelo governo com o mercado travado. Eles não vão se contentar com quatro meses.

A compensação pela perda de arrecadação não pode ser anunciada depois do ato legal de redução do imposto. Tem de ir junto. A bola está com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que vai trabalhar para reduzir o tamanho do custo do programa.

Em meio às negociações para concluir a votação do arcabouço fiscal no Senado, não pega nem bem para o ministro carimbar a sua digital num programa que tira receita dos cofres do governo no momento em que a estratégia é aumentar arrecadação com corte de renúncias fiscais, para cumprir a meta de zerar o déficit em 2024.

As contas não fecham. Quem vai acreditar nesse compromisso se, antes mesmo da votação final da regra fiscal, a porteira está sendo aberta na direção contrária da promessa do ministro?

No Congresso, a lista de projetos próximos de votação, que contam com mais incentivos, é grande. Com a articulação política do governo perdida, as propostas de incentivos só aumentam.

Não há outra saída para o ministro Haddad a não ser administrar uma política de perdas e danos e enxugar o pacote no tamanho e também no prazo de duração. Um tiro errado com esse pacote para o setor automobilístico vai permitir que a boiada passe.

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