Repórter especial de economia em Brasília

Presidente do BC pesa para lado de Guedes, que ganha desagravo do presidente


Ministro recebeu apoio explícito de Bolsonaro à manutenção de sua política econômica

Por Adriana Fernandes

Depois de ficar no olho do furacão e virar alvo de “fogo amigo” de ala do governo que quer aumentar a participação do Estado na fase pós-coronavírus, o ministro da Economia, Paulo Guedes, conseguiu o apoio explícito do presidente Jair Bolsonaro à manutenção da sua política econômica.

O ministro Paulo Guedes, que não participou de anúncio de plano do governo para o pós-pandemia. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil - 12/2/2020

Pesou na reação do presidente o alerta dado por Guedes de que o simples anúncio do programa Pró-Brasil, de aceleração dos investimentos públicos, na semana passada, estava atrapalhando muito o trabalho do Banco Central para a redução dos juros.

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Como revelou o Estado no domingo, o ministro Guedes acusou, em conversa no Palácio do Planalto, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, de ter provocado um “estrago” na ação do presidente do BC, Roberto Campos Neto.

Marinho é apontado por Guedes como o articulador da tentativa de mudança na política econômica, simbolizada no plano Pró-Brasil.

O alerta chegou ao presidente Bolsonaro, que chamou Campos Neto para a entrevista ao lado de Guedes no Palácio da Alvorada para mostrar coesão na equipe. Mesmo não sendo usual dirigentes do BC terem esse tipo de participação pública, Bolsonaro insistiu que Campos Neto também fizesse uma declaração.

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Numa sinalização importante e simbólica para o momento delicado do País, Campos Neto endossou a política de Guedes de manutenção da rota atual. “Nós trouxemos a nossa preocupação de que é importante manter a disciplina fiscal. A disciplina fiscal é que vai nos manter em curso e fazer com que o País consiga viver com juros baixos e inflação controlada. O resto o ministro já falou”, disse Campos Neto, reforçando as fileiras de Guedes na guerra de bastidor contra a atual política econômica.

Na entrevista organizada na portaria da sua residência, Bolsonaro prestigiou Guedes, afastando o risco de o ministro da Economia deixar o governo nesse momento de crise econômica, depois de Luiz Henrique Mandetta (Saúde) e Sergio Moro (Justiça).

Esse risco estava no radar se o ministro não conseguisse continuar com a sua estratégia de buscar a recuperaçãoda economia e fosse vencido pela ala militar e por Marinho, esvaziando seu poder de condutor da política econômica. Bolsonaro quer, no entanto, uma convergência de ideias nas próximas semanas.

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Guedes avisou a Bolsonaro que há uma articulação no governo, com apoio dos parlamentares, para “arrombar” o cofre do País, numa alusão os recursos do Orçamento. E que para isso acontecer seria preciso derrubar o homem do Orçamento. No caso, ele próprio.

Depois de ficar no olho do furacão e virar alvo de “fogo amigo” de ala do governo que quer aumentar a participação do Estado na fase pós-coronavírus, o ministro da Economia, Paulo Guedes, conseguiu o apoio explícito do presidente Jair Bolsonaro à manutenção da sua política econômica.

O ministro Paulo Guedes, que não participou de anúncio de plano do governo para o pós-pandemia. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil - 12/2/2020

Pesou na reação do presidente o alerta dado por Guedes de que o simples anúncio do programa Pró-Brasil, de aceleração dos investimentos públicos, na semana passada, estava atrapalhando muito o trabalho do Banco Central para a redução dos juros.

Como revelou o Estado no domingo, o ministro Guedes acusou, em conversa no Palácio do Planalto, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, de ter provocado um “estrago” na ação do presidente do BC, Roberto Campos Neto.

Marinho é apontado por Guedes como o articulador da tentativa de mudança na política econômica, simbolizada no plano Pró-Brasil.

O alerta chegou ao presidente Bolsonaro, que chamou Campos Neto para a entrevista ao lado de Guedes no Palácio da Alvorada para mostrar coesão na equipe. Mesmo não sendo usual dirigentes do BC terem esse tipo de participação pública, Bolsonaro insistiu que Campos Neto também fizesse uma declaração.

Numa sinalização importante e simbólica para o momento delicado do País, Campos Neto endossou a política de Guedes de manutenção da rota atual. “Nós trouxemos a nossa preocupação de que é importante manter a disciplina fiscal. A disciplina fiscal é que vai nos manter em curso e fazer com que o País consiga viver com juros baixos e inflação controlada. O resto o ministro já falou”, disse Campos Neto, reforçando as fileiras de Guedes na guerra de bastidor contra a atual política econômica.

Na entrevista organizada na portaria da sua residência, Bolsonaro prestigiou Guedes, afastando o risco de o ministro da Economia deixar o governo nesse momento de crise econômica, depois de Luiz Henrique Mandetta (Saúde) e Sergio Moro (Justiça).

Esse risco estava no radar se o ministro não conseguisse continuar com a sua estratégia de buscar a recuperaçãoda economia e fosse vencido pela ala militar e por Marinho, esvaziando seu poder de condutor da política econômica. Bolsonaro quer, no entanto, uma convergência de ideias nas próximas semanas.

Guedes avisou a Bolsonaro que há uma articulação no governo, com apoio dos parlamentares, para “arrombar” o cofre do País, numa alusão os recursos do Orçamento. E que para isso acontecer seria preciso derrubar o homem do Orçamento. No caso, ele próprio.

Depois de ficar no olho do furacão e virar alvo de “fogo amigo” de ala do governo que quer aumentar a participação do Estado na fase pós-coronavírus, o ministro da Economia, Paulo Guedes, conseguiu o apoio explícito do presidente Jair Bolsonaro à manutenção da sua política econômica.

O ministro Paulo Guedes, que não participou de anúncio de plano do governo para o pós-pandemia. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil - 12/2/2020

Pesou na reação do presidente o alerta dado por Guedes de que o simples anúncio do programa Pró-Brasil, de aceleração dos investimentos públicos, na semana passada, estava atrapalhando muito o trabalho do Banco Central para a redução dos juros.

Como revelou o Estado no domingo, o ministro Guedes acusou, em conversa no Palácio do Planalto, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, de ter provocado um “estrago” na ação do presidente do BC, Roberto Campos Neto.

Marinho é apontado por Guedes como o articulador da tentativa de mudança na política econômica, simbolizada no plano Pró-Brasil.

O alerta chegou ao presidente Bolsonaro, que chamou Campos Neto para a entrevista ao lado de Guedes no Palácio da Alvorada para mostrar coesão na equipe. Mesmo não sendo usual dirigentes do BC terem esse tipo de participação pública, Bolsonaro insistiu que Campos Neto também fizesse uma declaração.

Numa sinalização importante e simbólica para o momento delicado do País, Campos Neto endossou a política de Guedes de manutenção da rota atual. “Nós trouxemos a nossa preocupação de que é importante manter a disciplina fiscal. A disciplina fiscal é que vai nos manter em curso e fazer com que o País consiga viver com juros baixos e inflação controlada. O resto o ministro já falou”, disse Campos Neto, reforçando as fileiras de Guedes na guerra de bastidor contra a atual política econômica.

Na entrevista organizada na portaria da sua residência, Bolsonaro prestigiou Guedes, afastando o risco de o ministro da Economia deixar o governo nesse momento de crise econômica, depois de Luiz Henrique Mandetta (Saúde) e Sergio Moro (Justiça).

Esse risco estava no radar se o ministro não conseguisse continuar com a sua estratégia de buscar a recuperaçãoda economia e fosse vencido pela ala militar e por Marinho, esvaziando seu poder de condutor da política econômica. Bolsonaro quer, no entanto, uma convergência de ideias nas próximas semanas.

Guedes avisou a Bolsonaro que há uma articulação no governo, com apoio dos parlamentares, para “arrombar” o cofre do País, numa alusão os recursos do Orçamento. E que para isso acontecer seria preciso derrubar o homem do Orçamento. No caso, ele próprio.

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