Diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE)

Opinião|Lula e Bolsonaro precisam entender que Brasil tem grande vantagem competitiva no setor de energia


Espera-se que os dois candidatos entendam que o Brasil possui uma grande vantagem comparativa no setor

Por Adriano Pires

O primeiro turno das eleições mostrou um país dividido, quando olhamos para os resultados da disputa presidencial, e um país conservador e capitalista, quando olhamos para os eleitos que formarão o novo Congresso.

No setor de energia, no caso de reeleição do presidente Jair Bolsonaro, é esperada a continuidade do plano de desinvestimentos da Petrobras, em particular, a venda das refinarias, a abertura total do mercado elétrico e o início de uma discussão no Congresso sobre a privatização da empresa.

No caso da vitória do ex-presidente Lula da Silva, com a nova composição do Congresso na direção do conservadorismo, será preciso rever algumas de suas declarações feitas durante a campanha, como reestatizar a Eletrobras, abrasileirar os preços dos combustíveis e interromper o processo de venda das refinarias da Petrobras.

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Substituir fontes sujas de energia por renováveis, como eólica e solar, são uma forma de mitigar as emissões. Crédito: Tiago Queiroz / Estadão Foto: Estadão

Qualquer que venha a ser o novo presidente do Brasil, ele não encontrará um cenário simples. Recessão, crise energética na Europa, guerra da Ucrânia e desaceleração na China são alguns dos problemas que deverão ser enfrentados. Porém, diante do caos, podem surgir oportunidades. Será preciso muita habilidade do novo governo para saber aproveitá-las.

O que se espera dos dois postulantes ao cargo de presidente é que entendam que o Brasil possui uma grande vantagem comparativa quando o assunto é energia. No setor elétrico, precisamos ficar menos reféns do clima e trazer mais confiabilidade ao sistema. Para isso, é necessário introduzir usinas térmicas inflexíveis a gás natural e aumentar a participação da energia nuclear. O objetivo é construir uma matriz elétrica diversificada. A abertura do mercado de energia elétrica é bem-vinda, desde que se tome o devido cuidado para que a conta não vá parar nas tarifas dos consumidores cativos. No tema tarifas, deveriam ser reduzidos os subsídios às energias eólica e solar. Sem isso, as tarifas continuarão elevadas. As energias renováveis, bem como os biocombustíveis, não precisam de subsídios, mas de regulação adequada e previsibilidade.

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No setor de petróleo, é preciso dar continuidade aos leilões, dando foco aos da Margem Equatorial. Deveríamos adotar exclusivamente o modelo da concessão que traz mais competição do que o da partilha. O aumento das receitas da Petrobras com a elevação da produção de petróleo e gás e a venda das refinarias vai facilitar o movimento de transição energética da empresa.

O gás natural é um grande desafio para os próximos anos. A atual crise de energia, em particular na Europa, mostra o gás como protagonista. A meta é reverter a nossa posição de importador de gás para exportador, como fizemos com o petróleo, e aumentar a sua participação na matriz energética brasileira, construindo infraestrutura para aumentar a demanda, em particular, a inflexível.

O primeiro turno das eleições mostrou um país dividido, quando olhamos para os resultados da disputa presidencial, e um país conservador e capitalista, quando olhamos para os eleitos que formarão o novo Congresso.

No setor de energia, no caso de reeleição do presidente Jair Bolsonaro, é esperada a continuidade do plano de desinvestimentos da Petrobras, em particular, a venda das refinarias, a abertura total do mercado elétrico e o início de uma discussão no Congresso sobre a privatização da empresa.

No caso da vitória do ex-presidente Lula da Silva, com a nova composição do Congresso na direção do conservadorismo, será preciso rever algumas de suas declarações feitas durante a campanha, como reestatizar a Eletrobras, abrasileirar os preços dos combustíveis e interromper o processo de venda das refinarias da Petrobras.

Substituir fontes sujas de energia por renováveis, como eólica e solar, são uma forma de mitigar as emissões. Crédito: Tiago Queiroz / Estadão Foto: Estadão

Qualquer que venha a ser o novo presidente do Brasil, ele não encontrará um cenário simples. Recessão, crise energética na Europa, guerra da Ucrânia e desaceleração na China são alguns dos problemas que deverão ser enfrentados. Porém, diante do caos, podem surgir oportunidades. Será preciso muita habilidade do novo governo para saber aproveitá-las.

O que se espera dos dois postulantes ao cargo de presidente é que entendam que o Brasil possui uma grande vantagem comparativa quando o assunto é energia. No setor elétrico, precisamos ficar menos reféns do clima e trazer mais confiabilidade ao sistema. Para isso, é necessário introduzir usinas térmicas inflexíveis a gás natural e aumentar a participação da energia nuclear. O objetivo é construir uma matriz elétrica diversificada. A abertura do mercado de energia elétrica é bem-vinda, desde que se tome o devido cuidado para que a conta não vá parar nas tarifas dos consumidores cativos. No tema tarifas, deveriam ser reduzidos os subsídios às energias eólica e solar. Sem isso, as tarifas continuarão elevadas. As energias renováveis, bem como os biocombustíveis, não precisam de subsídios, mas de regulação adequada e previsibilidade.

No setor de petróleo, é preciso dar continuidade aos leilões, dando foco aos da Margem Equatorial. Deveríamos adotar exclusivamente o modelo da concessão que traz mais competição do que o da partilha. O aumento das receitas da Petrobras com a elevação da produção de petróleo e gás e a venda das refinarias vai facilitar o movimento de transição energética da empresa.

O gás natural é um grande desafio para os próximos anos. A atual crise de energia, em particular na Europa, mostra o gás como protagonista. A meta é reverter a nossa posição de importador de gás para exportador, como fizemos com o petróleo, e aumentar a sua participação na matriz energética brasileira, construindo infraestrutura para aumentar a demanda, em particular, a inflexível.

O primeiro turno das eleições mostrou um país dividido, quando olhamos para os resultados da disputa presidencial, e um país conservador e capitalista, quando olhamos para os eleitos que formarão o novo Congresso.

No setor de energia, no caso de reeleição do presidente Jair Bolsonaro, é esperada a continuidade do plano de desinvestimentos da Petrobras, em particular, a venda das refinarias, a abertura total do mercado elétrico e o início de uma discussão no Congresso sobre a privatização da empresa.

No caso da vitória do ex-presidente Lula da Silva, com a nova composição do Congresso na direção do conservadorismo, será preciso rever algumas de suas declarações feitas durante a campanha, como reestatizar a Eletrobras, abrasileirar os preços dos combustíveis e interromper o processo de venda das refinarias da Petrobras.

Substituir fontes sujas de energia por renováveis, como eólica e solar, são uma forma de mitigar as emissões. Crédito: Tiago Queiroz / Estadão Foto: Estadão

Qualquer que venha a ser o novo presidente do Brasil, ele não encontrará um cenário simples. Recessão, crise energética na Europa, guerra da Ucrânia e desaceleração na China são alguns dos problemas que deverão ser enfrentados. Porém, diante do caos, podem surgir oportunidades. Será preciso muita habilidade do novo governo para saber aproveitá-las.

O que se espera dos dois postulantes ao cargo de presidente é que entendam que o Brasil possui uma grande vantagem comparativa quando o assunto é energia. No setor elétrico, precisamos ficar menos reféns do clima e trazer mais confiabilidade ao sistema. Para isso, é necessário introduzir usinas térmicas inflexíveis a gás natural e aumentar a participação da energia nuclear. O objetivo é construir uma matriz elétrica diversificada. A abertura do mercado de energia elétrica é bem-vinda, desde que se tome o devido cuidado para que a conta não vá parar nas tarifas dos consumidores cativos. No tema tarifas, deveriam ser reduzidos os subsídios às energias eólica e solar. Sem isso, as tarifas continuarão elevadas. As energias renováveis, bem como os biocombustíveis, não precisam de subsídios, mas de regulação adequada e previsibilidade.

No setor de petróleo, é preciso dar continuidade aos leilões, dando foco aos da Margem Equatorial. Deveríamos adotar exclusivamente o modelo da concessão que traz mais competição do que o da partilha. O aumento das receitas da Petrobras com a elevação da produção de petróleo e gás e a venda das refinarias vai facilitar o movimento de transição energética da empresa.

O gás natural é um grande desafio para os próximos anos. A atual crise de energia, em particular na Europa, mostra o gás como protagonista. A meta é reverter a nossa posição de importador de gás para exportador, como fizemos com o petróleo, e aumentar a sua participação na matriz energética brasileira, construindo infraestrutura para aumentar a demanda, em particular, a inflexível.

O primeiro turno das eleições mostrou um país dividido, quando olhamos para os resultados da disputa presidencial, e um país conservador e capitalista, quando olhamos para os eleitos que formarão o novo Congresso.

No setor de energia, no caso de reeleição do presidente Jair Bolsonaro, é esperada a continuidade do plano de desinvestimentos da Petrobras, em particular, a venda das refinarias, a abertura total do mercado elétrico e o início de uma discussão no Congresso sobre a privatização da empresa.

No caso da vitória do ex-presidente Lula da Silva, com a nova composição do Congresso na direção do conservadorismo, será preciso rever algumas de suas declarações feitas durante a campanha, como reestatizar a Eletrobras, abrasileirar os preços dos combustíveis e interromper o processo de venda das refinarias da Petrobras.

Substituir fontes sujas de energia por renováveis, como eólica e solar, são uma forma de mitigar as emissões. Crédito: Tiago Queiroz / Estadão Foto: Estadão

Qualquer que venha a ser o novo presidente do Brasil, ele não encontrará um cenário simples. Recessão, crise energética na Europa, guerra da Ucrânia e desaceleração na China são alguns dos problemas que deverão ser enfrentados. Porém, diante do caos, podem surgir oportunidades. Será preciso muita habilidade do novo governo para saber aproveitá-las.

O que se espera dos dois postulantes ao cargo de presidente é que entendam que o Brasil possui uma grande vantagem comparativa quando o assunto é energia. No setor elétrico, precisamos ficar menos reféns do clima e trazer mais confiabilidade ao sistema. Para isso, é necessário introduzir usinas térmicas inflexíveis a gás natural e aumentar a participação da energia nuclear. O objetivo é construir uma matriz elétrica diversificada. A abertura do mercado de energia elétrica é bem-vinda, desde que se tome o devido cuidado para que a conta não vá parar nas tarifas dos consumidores cativos. No tema tarifas, deveriam ser reduzidos os subsídios às energias eólica e solar. Sem isso, as tarifas continuarão elevadas. As energias renováveis, bem como os biocombustíveis, não precisam de subsídios, mas de regulação adequada e previsibilidade.

No setor de petróleo, é preciso dar continuidade aos leilões, dando foco aos da Margem Equatorial. Deveríamos adotar exclusivamente o modelo da concessão que traz mais competição do que o da partilha. O aumento das receitas da Petrobras com a elevação da produção de petróleo e gás e a venda das refinarias vai facilitar o movimento de transição energética da empresa.

O gás natural é um grande desafio para os próximos anos. A atual crise de energia, em particular na Europa, mostra o gás como protagonista. A meta é reverter a nossa posição de importador de gás para exportador, como fizemos com o petróleo, e aumentar a sua participação na matriz energética brasileira, construindo infraestrutura para aumentar a demanda, em particular, a inflexível.

Opinião por Adriano Pires

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