Diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE)

Opinião|Mais uma vez o setor elétrico brasileiro está exposto às condições climáticas


Caso cenário se concretize, nível dos reservatórios pode baixar e colocar em risco o fornecimento de energia no País

Por Adriano Pires

O setor elétrico brasileiro está diante de mais uma crise hídrica, desta vez, na Região Norte, que possui o maior potencial hidroelétrico do País. Mais uma vez, o Sistema Interligado Nacional (SIN) está exposto às condições climáticas. O regime de chuvas do período seco foi ruim e as previsões não são nada boas.

Parece que a próxima temporada de chuvas, que se dá entre novembro e abril, contará com níveis pluviométricos baixos, prolongando os efeitos da seca para 2024. Boa parte dos rios está com baixa profundidade, afetando o transporte de mercadorias, alimentos e pessoas, o fornecimento de água e a geração de energia elétrica. O Amazonas está com 42 dos seus 62 municípios em estado de emergência e 18 sob alerta, somente dois estão em normalidade.

O primeiro sinal veio com a interrupção da operação na Usina Hidroelétrica (UHE) Santo Antônio, em razão dos baixos níveis de vazão registrados no Rio Madeira, em Rondônia. A UHE opera a fio d’água, opção que aproveita o curso do rio para a geração de energia.

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Estoque emergencial de óleo diesel foi feito para garantir o funcionamento das usinas, por pelo menos 30 dias Foto: Paulo Vitale/Divulgação

O modelo foi adotado pelo País visando unicamente à redução do impacto ambiental. Não se considerou que a ausência dos reservatórios deixaria o País cada vez mais vulnerável às adversidades climáticas. É aí que os erros da política energética adotada pelo País se sobressaem, com decisões que levam à gradual perda de confiabilidade.

Há quem diga que a situação da Amazônia ainda não seja fonte de preocupação para o setor elétrico, pelos níveis confortáveis dos reservatórios no País no fim do período seco. No entanto, o planejamento deve estar atento para que a história de 2021 não se repita.

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Com a previsão de poucas chuvas e um verão intenso, o maior uso dos aparelhos de ar-condicionado alimentará o crescimento da demanda. Caso o cenário se concretize, o nível dos reservatórios pode baixar e colocar em risco o fornecimento de energia.

A atual situação levou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a monitorar de perto as UHEs da região, e o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu que as Usinas Termoelétricas (UTEs) entrarão em operação nas regiões atingidas pela seca no Norte do País, de forma a garantir o fornecimento de eletricidade, sobretudo no Acre e Rondônia.

Um estoque emergencial de óleo diesel foi feito para garantir o funcionamento das usinas, por pelo menos 30 dias. Novamente, as repudiadas e mal faladas termoelétricas evitarão racionamento, garantindo o fornecimento elétrico.

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As usinas a diesel são mais caras e o custo do acionamento para atender a região será embutido nos Encargos de Serviço do Sistema (ESS), a ser cobrado nas tarifas ao consumidor final no próximo ano. Esse é o custo da falta de um planejamento de longo prazo que observe os atributos de cada fonte, reconhecendo a importância das UTEs a gás, carvão e nuclear na segurança da geração.

O setor elétrico brasileiro está diante de mais uma crise hídrica, desta vez, na Região Norte, que possui o maior potencial hidroelétrico do País. Mais uma vez, o Sistema Interligado Nacional (SIN) está exposto às condições climáticas. O regime de chuvas do período seco foi ruim e as previsões não são nada boas.

Parece que a próxima temporada de chuvas, que se dá entre novembro e abril, contará com níveis pluviométricos baixos, prolongando os efeitos da seca para 2024. Boa parte dos rios está com baixa profundidade, afetando o transporte de mercadorias, alimentos e pessoas, o fornecimento de água e a geração de energia elétrica. O Amazonas está com 42 dos seus 62 municípios em estado de emergência e 18 sob alerta, somente dois estão em normalidade.

O primeiro sinal veio com a interrupção da operação na Usina Hidroelétrica (UHE) Santo Antônio, em razão dos baixos níveis de vazão registrados no Rio Madeira, em Rondônia. A UHE opera a fio d’água, opção que aproveita o curso do rio para a geração de energia.

Estoque emergencial de óleo diesel foi feito para garantir o funcionamento das usinas, por pelo menos 30 dias Foto: Paulo Vitale/Divulgação

O modelo foi adotado pelo País visando unicamente à redução do impacto ambiental. Não se considerou que a ausência dos reservatórios deixaria o País cada vez mais vulnerável às adversidades climáticas. É aí que os erros da política energética adotada pelo País se sobressaem, com decisões que levam à gradual perda de confiabilidade.

Há quem diga que a situação da Amazônia ainda não seja fonte de preocupação para o setor elétrico, pelos níveis confortáveis dos reservatórios no País no fim do período seco. No entanto, o planejamento deve estar atento para que a história de 2021 não se repita.

Com a previsão de poucas chuvas e um verão intenso, o maior uso dos aparelhos de ar-condicionado alimentará o crescimento da demanda. Caso o cenário se concretize, o nível dos reservatórios pode baixar e colocar em risco o fornecimento de energia.

A atual situação levou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a monitorar de perto as UHEs da região, e o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu que as Usinas Termoelétricas (UTEs) entrarão em operação nas regiões atingidas pela seca no Norte do País, de forma a garantir o fornecimento de eletricidade, sobretudo no Acre e Rondônia.

Um estoque emergencial de óleo diesel foi feito para garantir o funcionamento das usinas, por pelo menos 30 dias. Novamente, as repudiadas e mal faladas termoelétricas evitarão racionamento, garantindo o fornecimento elétrico.

As usinas a diesel são mais caras e o custo do acionamento para atender a região será embutido nos Encargos de Serviço do Sistema (ESS), a ser cobrado nas tarifas ao consumidor final no próximo ano. Esse é o custo da falta de um planejamento de longo prazo que observe os atributos de cada fonte, reconhecendo a importância das UTEs a gás, carvão e nuclear na segurança da geração.

O setor elétrico brasileiro está diante de mais uma crise hídrica, desta vez, na Região Norte, que possui o maior potencial hidroelétrico do País. Mais uma vez, o Sistema Interligado Nacional (SIN) está exposto às condições climáticas. O regime de chuvas do período seco foi ruim e as previsões não são nada boas.

Parece que a próxima temporada de chuvas, que se dá entre novembro e abril, contará com níveis pluviométricos baixos, prolongando os efeitos da seca para 2024. Boa parte dos rios está com baixa profundidade, afetando o transporte de mercadorias, alimentos e pessoas, o fornecimento de água e a geração de energia elétrica. O Amazonas está com 42 dos seus 62 municípios em estado de emergência e 18 sob alerta, somente dois estão em normalidade.

O primeiro sinal veio com a interrupção da operação na Usina Hidroelétrica (UHE) Santo Antônio, em razão dos baixos níveis de vazão registrados no Rio Madeira, em Rondônia. A UHE opera a fio d’água, opção que aproveita o curso do rio para a geração de energia.

Estoque emergencial de óleo diesel foi feito para garantir o funcionamento das usinas, por pelo menos 30 dias Foto: Paulo Vitale/Divulgação

O modelo foi adotado pelo País visando unicamente à redução do impacto ambiental. Não se considerou que a ausência dos reservatórios deixaria o País cada vez mais vulnerável às adversidades climáticas. É aí que os erros da política energética adotada pelo País se sobressaem, com decisões que levam à gradual perda de confiabilidade.

Há quem diga que a situação da Amazônia ainda não seja fonte de preocupação para o setor elétrico, pelos níveis confortáveis dos reservatórios no País no fim do período seco. No entanto, o planejamento deve estar atento para que a história de 2021 não se repita.

Com a previsão de poucas chuvas e um verão intenso, o maior uso dos aparelhos de ar-condicionado alimentará o crescimento da demanda. Caso o cenário se concretize, o nível dos reservatórios pode baixar e colocar em risco o fornecimento de energia.

A atual situação levou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a monitorar de perto as UHEs da região, e o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu que as Usinas Termoelétricas (UTEs) entrarão em operação nas regiões atingidas pela seca no Norte do País, de forma a garantir o fornecimento de eletricidade, sobretudo no Acre e Rondônia.

Um estoque emergencial de óleo diesel foi feito para garantir o funcionamento das usinas, por pelo menos 30 dias. Novamente, as repudiadas e mal faladas termoelétricas evitarão racionamento, garantindo o fornecimento elétrico.

As usinas a diesel são mais caras e o custo do acionamento para atender a região será embutido nos Encargos de Serviço do Sistema (ESS), a ser cobrado nas tarifas ao consumidor final no próximo ano. Esse é o custo da falta de um planejamento de longo prazo que observe os atributos de cada fonte, reconhecendo a importância das UTEs a gás, carvão e nuclear na segurança da geração.

Opinião por Adriano Pires

Diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE)

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