Diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE)

Opinião|Não será com narrativas que faremos a transição energética


Desafio para uma transição energética com inclusão social será assegurar sustentabilidade, segurança energética e acesso à energia pela baixa renda

Por Adriano Pires

O mundo atual vive de narrativas. Ninguém mais se importa em verificar números, fazer contas. O que vale mesmo é a construção de uma boa narrativa. Um dos assuntos no qual mais predominam as narrativas é a discussão sobre a transição energética e seus efeitos nas mudanças climáticas.

Temos opiniões e soluções para todos os gostos. Desde aqueles mais catastrofistas até os chamados terraplanistas. O que une esses dois grupos antagônicos é a polarização sobre o tema e as narrativas baseadas no “eu acho”. Essa polarização tem tido como resultado distorções enormes tanto no mercado de energia como efeitos daninhos na economia.

No mercado energético a tentativa de acelerar a transição energética trouxe de volta ao protagonismo os regimes autocráticos dos países da Opep, com o preço do barril de petróleo acima dos US$ 80. É bom lembrar que antes da pandemia de covid-19, grupos de ambientalistas pressionaram as grandes empresas de petróleo, em particular as europeias, para reduzir investimentos em exploração de petróleo e gás.

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Com a retomada da economia com o advento das vacinas da covid-19, ocorre um crescimento do consumo de petróleo e o mercado passa a ser administrado pelas políticas de cotas da Opep, que numa jogada inteligente acabou criando a Opep+, sendo o + a Rússia. Antes do início da guerra Rússia/Ucrânia o preço do barril já estava a US$ 80. Com a guerra passou dos US$ 100, lembrando o período dos dois choques do petróleo. Esse preço do barril permitiu à Rússia financiar a guerra com a Ucrânia.

Volta do preço elevado do petróleo e do gás natural trouxe a chamada inflação energética Foto: Marcos de Paula/AE

Na economia, a volta do preço elevado do petróleo e do gás natural trouxe a chamada inflação energética e consequentemente aumento nas taxas de juro levando ao início da crise econômica. A partir daí o mundo passa a conviver com três crises: a sanitária, a geopolítica e a econômica.

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Esse novo cenário, com o mundo convivendo com essas três crises, derruba a narrativa de que seria possível fazer uma transição energética rápida demonizando os combustíveis fósseis e a energia nuclear. As narrativas ambientalistas esqueceram da lei da oferta e da demanda. Ao defenderem a eliminação das energias fósseis e da nuclear da matriz energética, promoveram uma elevação de preços da energia e, consequentemente, uma transição energética com exclusão social.

Todos sabemos que não existe nada pior do que a inflação para as camadas de menor renda. E, como a presença de pessoas com mais baixa renda está nos países mais pobres, a transição energética da forma como está sendo feita penaliza mais os países mais pobres. O desafio para que ocorra uma transição energética com inclusão social será assegurar sustentabilidade, segurança energética e acesso à energia pelas camadas de baixa renda. Isso só será possível com o convívio dos fósseis com as energias renováveis.

O mundo atual vive de narrativas. Ninguém mais se importa em verificar números, fazer contas. O que vale mesmo é a construção de uma boa narrativa. Um dos assuntos no qual mais predominam as narrativas é a discussão sobre a transição energética e seus efeitos nas mudanças climáticas.

Temos opiniões e soluções para todos os gostos. Desde aqueles mais catastrofistas até os chamados terraplanistas. O que une esses dois grupos antagônicos é a polarização sobre o tema e as narrativas baseadas no “eu acho”. Essa polarização tem tido como resultado distorções enormes tanto no mercado de energia como efeitos daninhos na economia.

No mercado energético a tentativa de acelerar a transição energética trouxe de volta ao protagonismo os regimes autocráticos dos países da Opep, com o preço do barril de petróleo acima dos US$ 80. É bom lembrar que antes da pandemia de covid-19, grupos de ambientalistas pressionaram as grandes empresas de petróleo, em particular as europeias, para reduzir investimentos em exploração de petróleo e gás.

Com a retomada da economia com o advento das vacinas da covid-19, ocorre um crescimento do consumo de petróleo e o mercado passa a ser administrado pelas políticas de cotas da Opep, que numa jogada inteligente acabou criando a Opep+, sendo o + a Rússia. Antes do início da guerra Rússia/Ucrânia o preço do barril já estava a US$ 80. Com a guerra passou dos US$ 100, lembrando o período dos dois choques do petróleo. Esse preço do barril permitiu à Rússia financiar a guerra com a Ucrânia.

Volta do preço elevado do petróleo e do gás natural trouxe a chamada inflação energética Foto: Marcos de Paula/AE

Na economia, a volta do preço elevado do petróleo e do gás natural trouxe a chamada inflação energética e consequentemente aumento nas taxas de juro levando ao início da crise econômica. A partir daí o mundo passa a conviver com três crises: a sanitária, a geopolítica e a econômica.

Esse novo cenário, com o mundo convivendo com essas três crises, derruba a narrativa de que seria possível fazer uma transição energética rápida demonizando os combustíveis fósseis e a energia nuclear. As narrativas ambientalistas esqueceram da lei da oferta e da demanda. Ao defenderem a eliminação das energias fósseis e da nuclear da matriz energética, promoveram uma elevação de preços da energia e, consequentemente, uma transição energética com exclusão social.

Todos sabemos que não existe nada pior do que a inflação para as camadas de menor renda. E, como a presença de pessoas com mais baixa renda está nos países mais pobres, a transição energética da forma como está sendo feita penaliza mais os países mais pobres. O desafio para que ocorra uma transição energética com inclusão social será assegurar sustentabilidade, segurança energética e acesso à energia pelas camadas de baixa renda. Isso só será possível com o convívio dos fósseis com as energias renováveis.

O mundo atual vive de narrativas. Ninguém mais se importa em verificar números, fazer contas. O que vale mesmo é a construção de uma boa narrativa. Um dos assuntos no qual mais predominam as narrativas é a discussão sobre a transição energética e seus efeitos nas mudanças climáticas.

Temos opiniões e soluções para todos os gostos. Desde aqueles mais catastrofistas até os chamados terraplanistas. O que une esses dois grupos antagônicos é a polarização sobre o tema e as narrativas baseadas no “eu acho”. Essa polarização tem tido como resultado distorções enormes tanto no mercado de energia como efeitos daninhos na economia.

No mercado energético a tentativa de acelerar a transição energética trouxe de volta ao protagonismo os regimes autocráticos dos países da Opep, com o preço do barril de petróleo acima dos US$ 80. É bom lembrar que antes da pandemia de covid-19, grupos de ambientalistas pressionaram as grandes empresas de petróleo, em particular as europeias, para reduzir investimentos em exploração de petróleo e gás.

Com a retomada da economia com o advento das vacinas da covid-19, ocorre um crescimento do consumo de petróleo e o mercado passa a ser administrado pelas políticas de cotas da Opep, que numa jogada inteligente acabou criando a Opep+, sendo o + a Rússia. Antes do início da guerra Rússia/Ucrânia o preço do barril já estava a US$ 80. Com a guerra passou dos US$ 100, lembrando o período dos dois choques do petróleo. Esse preço do barril permitiu à Rússia financiar a guerra com a Ucrânia.

Volta do preço elevado do petróleo e do gás natural trouxe a chamada inflação energética Foto: Marcos de Paula/AE

Na economia, a volta do preço elevado do petróleo e do gás natural trouxe a chamada inflação energética e consequentemente aumento nas taxas de juro levando ao início da crise econômica. A partir daí o mundo passa a conviver com três crises: a sanitária, a geopolítica e a econômica.

Esse novo cenário, com o mundo convivendo com essas três crises, derruba a narrativa de que seria possível fazer uma transição energética rápida demonizando os combustíveis fósseis e a energia nuclear. As narrativas ambientalistas esqueceram da lei da oferta e da demanda. Ao defenderem a eliminação das energias fósseis e da nuclear da matriz energética, promoveram uma elevação de preços da energia e, consequentemente, uma transição energética com exclusão social.

Todos sabemos que não existe nada pior do que a inflação para as camadas de menor renda. E, como a presença de pessoas com mais baixa renda está nos países mais pobres, a transição energética da forma como está sendo feita penaliza mais os países mais pobres. O desafio para que ocorra uma transição energética com inclusão social será assegurar sustentabilidade, segurança energética e acesso à energia pelas camadas de baixa renda. Isso só será possível com o convívio dos fósseis com as energias renováveis.

O mundo atual vive de narrativas. Ninguém mais se importa em verificar números, fazer contas. O que vale mesmo é a construção de uma boa narrativa. Um dos assuntos no qual mais predominam as narrativas é a discussão sobre a transição energética e seus efeitos nas mudanças climáticas.

Temos opiniões e soluções para todos os gostos. Desde aqueles mais catastrofistas até os chamados terraplanistas. O que une esses dois grupos antagônicos é a polarização sobre o tema e as narrativas baseadas no “eu acho”. Essa polarização tem tido como resultado distorções enormes tanto no mercado de energia como efeitos daninhos na economia.

No mercado energético a tentativa de acelerar a transição energética trouxe de volta ao protagonismo os regimes autocráticos dos países da Opep, com o preço do barril de petróleo acima dos US$ 80. É bom lembrar que antes da pandemia de covid-19, grupos de ambientalistas pressionaram as grandes empresas de petróleo, em particular as europeias, para reduzir investimentos em exploração de petróleo e gás.

Com a retomada da economia com o advento das vacinas da covid-19, ocorre um crescimento do consumo de petróleo e o mercado passa a ser administrado pelas políticas de cotas da Opep, que numa jogada inteligente acabou criando a Opep+, sendo o + a Rússia. Antes do início da guerra Rússia/Ucrânia o preço do barril já estava a US$ 80. Com a guerra passou dos US$ 100, lembrando o período dos dois choques do petróleo. Esse preço do barril permitiu à Rússia financiar a guerra com a Ucrânia.

Volta do preço elevado do petróleo e do gás natural trouxe a chamada inflação energética Foto: Marcos de Paula/AE

Na economia, a volta do preço elevado do petróleo e do gás natural trouxe a chamada inflação energética e consequentemente aumento nas taxas de juro levando ao início da crise econômica. A partir daí o mundo passa a conviver com três crises: a sanitária, a geopolítica e a econômica.

Esse novo cenário, com o mundo convivendo com essas três crises, derruba a narrativa de que seria possível fazer uma transição energética rápida demonizando os combustíveis fósseis e a energia nuclear. As narrativas ambientalistas esqueceram da lei da oferta e da demanda. Ao defenderem a eliminação das energias fósseis e da nuclear da matriz energética, promoveram uma elevação de preços da energia e, consequentemente, uma transição energética com exclusão social.

Todos sabemos que não existe nada pior do que a inflação para as camadas de menor renda. E, como a presença de pessoas com mais baixa renda está nos países mais pobres, a transição energética da forma como está sendo feita penaliza mais os países mais pobres. O desafio para que ocorra uma transição energética com inclusão social será assegurar sustentabilidade, segurança energética e acesso à energia pelas camadas de baixa renda. Isso só será possível com o convívio dos fósseis com as energias renováveis.

Opinião por Adriano Pires

Diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE)

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