BRASÍLIA - O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), anunciou que o Aeroporto Santos Dumont passará a ser de ponte aérea Congonhas-Rio e Brasília-Rio; já o Aeroporto do Galeão receberá os demais voos domésticos. Segundo o prefeito, contudo, a decisão não é imediata.
O anúncio foi feito após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quarta-feira, 14, no Palácio do Planalto. “O presidente Lula deu o comando”, garantiu o prefeito. Em sua avaliação, a mudança é “importantíssima, sob todos os aspectos”.
Apesar de o Aeroporto Santos Dumont não oferecer voos diretos com destino internacional, Paes citou o fato de um passageiro fazer o check-in no local e pegar a carga no destino final. “Isso não será mais possível”, afirmou.
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O prefeito afirmou que as medidas não terão efeito imediato. “Você tem passagens vendidas por sei lá, seis meses, então provavelmente essas medidas vão valer a partir de janeiro”, declarou.
“É uma decisão política; não vai prejudicar Guarulhos, não vai prejudicar ninguém. É dessas coisas que o Brasil tem a jabuticaba e a burrice humana às vezes; interesse dos outros que a gente não sabe nem de onde veio”, disse. Em sua avaliação, a decisão aponta para uma recuperação do Aeroporto do Galeão.
Concessão
Conforme o prefeito, o tema da concessão conjunta entre os aeroportos não foi conversado. “Estou comemorando a vitória de hoje; o que vamos fazer depois com a concessão estou à disposição do governo federal para ajudar”, disse.
“Tem uma burocracia, certos cuidados e zelos, que têm que ser tomados. A Changi, concessionária do Galeão, já disse que quer ficar. Desistiu de desistir. Mas eu sinceramente não estou aí para quem vai ficar; acho que é bom ela ficar, mas tem que ter as condições de ela ficar”, declarou. “O que importa é que tenha voos no Galeão.”
Na segunda-feira, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), conversou com Lula sobre uma gestão compartilhada dos Aeroportos Santos Dumont e do Galeão. A administração dos dois terminais aéreos seria feita em parceria entre União, Estado e prefeitura.
Para o prefeito, a gestão compartilhada é um caminho. “Pode ser uma alternativa, mas esse tema é absolutamente irrelevante neste momento. Pode ser um caminho para superar a dificuldade jurídica”, pontuou.