Ex-presidente do BC e sócio da A.C. Pastore e Associados

Opinião|Os desafios que o novo governo Lula vai encontrar em 2023


No próximo ano, quando o crescimento cair, o compromisso com a responsabilidade fiscal será mantido?

Por Affonso Celso Pastore

O ambiente econômico atual é o inverso do prevalente durante o primeiro mandato de Lula, quando o enfraquecimento do dólar, aliado ao extraordinário crescimento da China – taxas anuais entre 8% e 14% –, gerou um superciclo de commodities, que turbinou o crescimento brasileiro. Em 2023, deve se acentuar a queda do crescimento global, e nas palavras da diretora-gerente do FMI, “os países que não estiverem em recessão sentir-se-ão como se estivessem”.

Como reagirá o governo quando enfrentar a queda do crescimento em 2023? Será que se manterá fiel ao compromisso com a responsabilidade fiscal?  Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Tal quadro resulta do combate à inflação mundial, que é a herança dos estímulos monetários e fiscais na reação à pandemia. Não é apenas o Fed que vem executando uma política monetária fortemente restritiva. Caminho semelhante vem sendo trilhado pelo BCE, pelo BoE, pelos bancos centrais de outros países desenvolvidos e de países emergentes. Através do fortalecimento do dólar, a política monetária restritiva praticada pelo Fed se transforma em uma política monetária restritiva em escala mundial, o que derruba a inflação à custa da queda do crescimento do PIB e do valor em dólares das exportações mundiais.

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O Brasil é afetado pelo comportamento da economia global e pelos efeitos da política monetária restritiva que vem sendo executada pelo BC. Medida pela taxa real de juros ex-ante de um ano, e pelo índice de condições financeiras, a política monetária no Brasil se mantém tão restritiva quanto durante a recessão de 2015/16, e o Banco Central nos informa que apenas deverá iniciar a redução da taxa de juros na segunda metade de 2023. O efeito combinado da desaceleração do crescimento global e da política monetária restritiva deverá derrubar o crescimento brasileiro em 2023, e os primeiros sinais já aparecem na produção industrial, nas vendas reais do comércio, no IBC-Br e nos vários índices de confiança empresarial.

O maior desafio, no entanto, relaciona-se à política fiscal. Contrariamente ao ocorrido quando recebeu de FHC um arcabouço fiscal que garantia a geração de superávits primários capazes de reduzir a relação dívida/PIB, o governo terá de construir um novo arcabouço. A solução depende da qualidade da nova equipe econômica e do apoio a ela dado pelo presidente. Qualquer que seja a solução, no entanto, terá não só de enfrentar a total ausência de espaço fiscal para promover o crescimento como convencer o Centrão a cooperar sem a “contrapartida” do “orçamento secreto”.

Como reagirá o governo quando enfrentar a queda do crescimento em 2023? Será que se manterá fiel ao compromisso com a responsabilidade fiscal?

O ambiente econômico atual é o inverso do prevalente durante o primeiro mandato de Lula, quando o enfraquecimento do dólar, aliado ao extraordinário crescimento da China – taxas anuais entre 8% e 14% –, gerou um superciclo de commodities, que turbinou o crescimento brasileiro. Em 2023, deve se acentuar a queda do crescimento global, e nas palavras da diretora-gerente do FMI, “os países que não estiverem em recessão sentir-se-ão como se estivessem”.

Como reagirá o governo quando enfrentar a queda do crescimento em 2023? Será que se manterá fiel ao compromisso com a responsabilidade fiscal?  Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Tal quadro resulta do combate à inflação mundial, que é a herança dos estímulos monetários e fiscais na reação à pandemia. Não é apenas o Fed que vem executando uma política monetária fortemente restritiva. Caminho semelhante vem sendo trilhado pelo BCE, pelo BoE, pelos bancos centrais de outros países desenvolvidos e de países emergentes. Através do fortalecimento do dólar, a política monetária restritiva praticada pelo Fed se transforma em uma política monetária restritiva em escala mundial, o que derruba a inflação à custa da queda do crescimento do PIB e do valor em dólares das exportações mundiais.

O Brasil é afetado pelo comportamento da economia global e pelos efeitos da política monetária restritiva que vem sendo executada pelo BC. Medida pela taxa real de juros ex-ante de um ano, e pelo índice de condições financeiras, a política monetária no Brasil se mantém tão restritiva quanto durante a recessão de 2015/16, e o Banco Central nos informa que apenas deverá iniciar a redução da taxa de juros na segunda metade de 2023. O efeito combinado da desaceleração do crescimento global e da política monetária restritiva deverá derrubar o crescimento brasileiro em 2023, e os primeiros sinais já aparecem na produção industrial, nas vendas reais do comércio, no IBC-Br e nos vários índices de confiança empresarial.

O maior desafio, no entanto, relaciona-se à política fiscal. Contrariamente ao ocorrido quando recebeu de FHC um arcabouço fiscal que garantia a geração de superávits primários capazes de reduzir a relação dívida/PIB, o governo terá de construir um novo arcabouço. A solução depende da qualidade da nova equipe econômica e do apoio a ela dado pelo presidente. Qualquer que seja a solução, no entanto, terá não só de enfrentar a total ausência de espaço fiscal para promover o crescimento como convencer o Centrão a cooperar sem a “contrapartida” do “orçamento secreto”.

Como reagirá o governo quando enfrentar a queda do crescimento em 2023? Será que se manterá fiel ao compromisso com a responsabilidade fiscal?

O ambiente econômico atual é o inverso do prevalente durante o primeiro mandato de Lula, quando o enfraquecimento do dólar, aliado ao extraordinário crescimento da China – taxas anuais entre 8% e 14% –, gerou um superciclo de commodities, que turbinou o crescimento brasileiro. Em 2023, deve se acentuar a queda do crescimento global, e nas palavras da diretora-gerente do FMI, “os países que não estiverem em recessão sentir-se-ão como se estivessem”.

Como reagirá o governo quando enfrentar a queda do crescimento em 2023? Será que se manterá fiel ao compromisso com a responsabilidade fiscal?  Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Tal quadro resulta do combate à inflação mundial, que é a herança dos estímulos monetários e fiscais na reação à pandemia. Não é apenas o Fed que vem executando uma política monetária fortemente restritiva. Caminho semelhante vem sendo trilhado pelo BCE, pelo BoE, pelos bancos centrais de outros países desenvolvidos e de países emergentes. Através do fortalecimento do dólar, a política monetária restritiva praticada pelo Fed se transforma em uma política monetária restritiva em escala mundial, o que derruba a inflação à custa da queda do crescimento do PIB e do valor em dólares das exportações mundiais.

O Brasil é afetado pelo comportamento da economia global e pelos efeitos da política monetária restritiva que vem sendo executada pelo BC. Medida pela taxa real de juros ex-ante de um ano, e pelo índice de condições financeiras, a política monetária no Brasil se mantém tão restritiva quanto durante a recessão de 2015/16, e o Banco Central nos informa que apenas deverá iniciar a redução da taxa de juros na segunda metade de 2023. O efeito combinado da desaceleração do crescimento global e da política monetária restritiva deverá derrubar o crescimento brasileiro em 2023, e os primeiros sinais já aparecem na produção industrial, nas vendas reais do comércio, no IBC-Br e nos vários índices de confiança empresarial.

O maior desafio, no entanto, relaciona-se à política fiscal. Contrariamente ao ocorrido quando recebeu de FHC um arcabouço fiscal que garantia a geração de superávits primários capazes de reduzir a relação dívida/PIB, o governo terá de construir um novo arcabouço. A solução depende da qualidade da nova equipe econômica e do apoio a ela dado pelo presidente. Qualquer que seja a solução, no entanto, terá não só de enfrentar a total ausência de espaço fiscal para promover o crescimento como convencer o Centrão a cooperar sem a “contrapartida” do “orçamento secreto”.

Como reagirá o governo quando enfrentar a queda do crescimento em 2023? Será que se manterá fiel ao compromisso com a responsabilidade fiscal?

O ambiente econômico atual é o inverso do prevalente durante o primeiro mandato de Lula, quando o enfraquecimento do dólar, aliado ao extraordinário crescimento da China – taxas anuais entre 8% e 14% –, gerou um superciclo de commodities, que turbinou o crescimento brasileiro. Em 2023, deve se acentuar a queda do crescimento global, e nas palavras da diretora-gerente do FMI, “os países que não estiverem em recessão sentir-se-ão como se estivessem”.

Como reagirá o governo quando enfrentar a queda do crescimento em 2023? Será que se manterá fiel ao compromisso com a responsabilidade fiscal?  Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Tal quadro resulta do combate à inflação mundial, que é a herança dos estímulos monetários e fiscais na reação à pandemia. Não é apenas o Fed que vem executando uma política monetária fortemente restritiva. Caminho semelhante vem sendo trilhado pelo BCE, pelo BoE, pelos bancos centrais de outros países desenvolvidos e de países emergentes. Através do fortalecimento do dólar, a política monetária restritiva praticada pelo Fed se transforma em uma política monetária restritiva em escala mundial, o que derruba a inflação à custa da queda do crescimento do PIB e do valor em dólares das exportações mundiais.

O Brasil é afetado pelo comportamento da economia global e pelos efeitos da política monetária restritiva que vem sendo executada pelo BC. Medida pela taxa real de juros ex-ante de um ano, e pelo índice de condições financeiras, a política monetária no Brasil se mantém tão restritiva quanto durante a recessão de 2015/16, e o Banco Central nos informa que apenas deverá iniciar a redução da taxa de juros na segunda metade de 2023. O efeito combinado da desaceleração do crescimento global e da política monetária restritiva deverá derrubar o crescimento brasileiro em 2023, e os primeiros sinais já aparecem na produção industrial, nas vendas reais do comércio, no IBC-Br e nos vários índices de confiança empresarial.

O maior desafio, no entanto, relaciona-se à política fiscal. Contrariamente ao ocorrido quando recebeu de FHC um arcabouço fiscal que garantia a geração de superávits primários capazes de reduzir a relação dívida/PIB, o governo terá de construir um novo arcabouço. A solução depende da qualidade da nova equipe econômica e do apoio a ela dado pelo presidente. Qualquer que seja a solução, no entanto, terá não só de enfrentar a total ausência de espaço fiscal para promover o crescimento como convencer o Centrão a cooperar sem a “contrapartida” do “orçamento secreto”.

Como reagirá o governo quando enfrentar a queda do crescimento em 2023? Será que se manterá fiel ao compromisso com a responsabilidade fiscal?

O ambiente econômico atual é o inverso do prevalente durante o primeiro mandato de Lula, quando o enfraquecimento do dólar, aliado ao extraordinário crescimento da China – taxas anuais entre 8% e 14% –, gerou um superciclo de commodities, que turbinou o crescimento brasileiro. Em 2023, deve se acentuar a queda do crescimento global, e nas palavras da diretora-gerente do FMI, “os países que não estiverem em recessão sentir-se-ão como se estivessem”.

Como reagirá o governo quando enfrentar a queda do crescimento em 2023? Será que se manterá fiel ao compromisso com a responsabilidade fiscal?  Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Tal quadro resulta do combate à inflação mundial, que é a herança dos estímulos monetários e fiscais na reação à pandemia. Não é apenas o Fed que vem executando uma política monetária fortemente restritiva. Caminho semelhante vem sendo trilhado pelo BCE, pelo BoE, pelos bancos centrais de outros países desenvolvidos e de países emergentes. Através do fortalecimento do dólar, a política monetária restritiva praticada pelo Fed se transforma em uma política monetária restritiva em escala mundial, o que derruba a inflação à custa da queda do crescimento do PIB e do valor em dólares das exportações mundiais.

O Brasil é afetado pelo comportamento da economia global e pelos efeitos da política monetária restritiva que vem sendo executada pelo BC. Medida pela taxa real de juros ex-ante de um ano, e pelo índice de condições financeiras, a política monetária no Brasil se mantém tão restritiva quanto durante a recessão de 2015/16, e o Banco Central nos informa que apenas deverá iniciar a redução da taxa de juros na segunda metade de 2023. O efeito combinado da desaceleração do crescimento global e da política monetária restritiva deverá derrubar o crescimento brasileiro em 2023, e os primeiros sinais já aparecem na produção industrial, nas vendas reais do comércio, no IBC-Br e nos vários índices de confiança empresarial.

O maior desafio, no entanto, relaciona-se à política fiscal. Contrariamente ao ocorrido quando recebeu de FHC um arcabouço fiscal que garantia a geração de superávits primários capazes de reduzir a relação dívida/PIB, o governo terá de construir um novo arcabouço. A solução depende da qualidade da nova equipe econômica e do apoio a ela dado pelo presidente. Qualquer que seja a solução, no entanto, terá não só de enfrentar a total ausência de espaço fiscal para promover o crescimento como convencer o Centrão a cooperar sem a “contrapartida” do “orçamento secreto”.

Como reagirá o governo quando enfrentar a queda do crescimento em 2023? Será que se manterá fiel ao compromisso com a responsabilidade fiscal?

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