Brasil pode mais que dobrar exportação de carne bovina com acordo Mercosul-UE, estima a Agrifatto


País já é o principal responsável por atender a demanda europeia de carne bovina entre membros do Mercosul e deve se manter na liderança

Por Leandro Silveira

O Brasil pode mais do que dobrar a exportação de carne bovina à União Europeia a partir da formalização do acordo de livre comércio entre o bloco econômico europeu e o Mercosul. A estimativa, ainda preliminar, é da consultoria Agrifatto. “Hoje exportamos 5% do nosso volume para a Europa, e esse número pode chegar a 12% ou 13% com o acordo”, afirmou Lygia Pimentel, CEO da Agrifatto, ao Estadão/Broadcast.

Pelo acordo, o Mercosul poderá exportar 99 mil toneladas de carne bovina peso carcaça para a União Europeia, sendo 55% do volume na forma resfriada e 45% congelada, com alíquota de 7,5%. Esse volume será alcançado em seis etapas crescentes. Além disso, a Cota Hilton, que atualmente permite a exportação de 10 mil toneladas com alíquota de 20%, será isenta assim que o acordo entrar em vigor.

Grande parte dessa nova cota deve ser ocupada pelo Brasil. Segundo Pimentel, o país já atende 86% da demanda europeia e deve manter essa posição de liderança no Mercosul. “O Brasil tem plena condição de atender à nova cota, mesmo com as exigências impostas”, avaliou.

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Brasil deve permanecer como o maior fornecedor de carne bovina para UE entre países do Mercosul.  Foto: Ricardo Stuckert/PR

A CEO destacou que a assinatura do tratado, aguardada há mais de duas décadas, promete vantagens comerciais ao setor pecuário brasileiro e à indústria de proteínas, mas traz também desafios regulatórios. Entre os pontos sensíveis está o desmatamento legal, frequentemente mal interpretado no exterior, segundo Pimentel.

“Quando dizem que o desmatamento de 2021 para frente não será aceito, parece que o Brasil queria desmatar indiscriminadamente. Mas temos uma legislação extremamente exigente, que prevê limites claros, como manter 80% de áreas preservadas na Amazônia”, comentou, criticando o que classificou como protecionismo europeu. “Essas regras ferem a soberania, porque colocam limitações aqui que eles mesmos não seguem. Nós aceitamos, mas é um país estrangeiro legislando sobre o Brasil”, afirmou.

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Apesar das críticas, Pimentel avalia que o impacto do acordo será positivo. “A Europa sempre foi um bom pagador e o acordo ajuda a diluir a dependência do mercado chinês. Mas não será algo transformador: a cota é pequena e o aumento do volume exportado será limitado”, ponderou.

Até outubro de 2024, o Brasil já havia exportado 66.439 toneladas de carne bovina para a União Europeia, de acordo com o Agrostat, sistema de estatísticas de comércio exterior do agronegócio brasileiro.

O Brasil pode mais do que dobrar a exportação de carne bovina à União Europeia a partir da formalização do acordo de livre comércio entre o bloco econômico europeu e o Mercosul. A estimativa, ainda preliminar, é da consultoria Agrifatto. “Hoje exportamos 5% do nosso volume para a Europa, e esse número pode chegar a 12% ou 13% com o acordo”, afirmou Lygia Pimentel, CEO da Agrifatto, ao Estadão/Broadcast.

Pelo acordo, o Mercosul poderá exportar 99 mil toneladas de carne bovina peso carcaça para a União Europeia, sendo 55% do volume na forma resfriada e 45% congelada, com alíquota de 7,5%. Esse volume será alcançado em seis etapas crescentes. Além disso, a Cota Hilton, que atualmente permite a exportação de 10 mil toneladas com alíquota de 20%, será isenta assim que o acordo entrar em vigor.

Grande parte dessa nova cota deve ser ocupada pelo Brasil. Segundo Pimentel, o país já atende 86% da demanda europeia e deve manter essa posição de liderança no Mercosul. “O Brasil tem plena condição de atender à nova cota, mesmo com as exigências impostas”, avaliou.

Brasil deve permanecer como o maior fornecedor de carne bovina para UE entre países do Mercosul.  Foto: Ricardo Stuckert/PR

A CEO destacou que a assinatura do tratado, aguardada há mais de duas décadas, promete vantagens comerciais ao setor pecuário brasileiro e à indústria de proteínas, mas traz também desafios regulatórios. Entre os pontos sensíveis está o desmatamento legal, frequentemente mal interpretado no exterior, segundo Pimentel.

“Quando dizem que o desmatamento de 2021 para frente não será aceito, parece que o Brasil queria desmatar indiscriminadamente. Mas temos uma legislação extremamente exigente, que prevê limites claros, como manter 80% de áreas preservadas na Amazônia”, comentou, criticando o que classificou como protecionismo europeu. “Essas regras ferem a soberania, porque colocam limitações aqui que eles mesmos não seguem. Nós aceitamos, mas é um país estrangeiro legislando sobre o Brasil”, afirmou.

Apesar das críticas, Pimentel avalia que o impacto do acordo será positivo. “A Europa sempre foi um bom pagador e o acordo ajuda a diluir a dependência do mercado chinês. Mas não será algo transformador: a cota é pequena e o aumento do volume exportado será limitado”, ponderou.

Até outubro de 2024, o Brasil já havia exportado 66.439 toneladas de carne bovina para a União Europeia, de acordo com o Agrostat, sistema de estatísticas de comércio exterior do agronegócio brasileiro.

O Brasil pode mais do que dobrar a exportação de carne bovina à União Europeia a partir da formalização do acordo de livre comércio entre o bloco econômico europeu e o Mercosul. A estimativa, ainda preliminar, é da consultoria Agrifatto. “Hoje exportamos 5% do nosso volume para a Europa, e esse número pode chegar a 12% ou 13% com o acordo”, afirmou Lygia Pimentel, CEO da Agrifatto, ao Estadão/Broadcast.

Pelo acordo, o Mercosul poderá exportar 99 mil toneladas de carne bovina peso carcaça para a União Europeia, sendo 55% do volume na forma resfriada e 45% congelada, com alíquota de 7,5%. Esse volume será alcançado em seis etapas crescentes. Além disso, a Cota Hilton, que atualmente permite a exportação de 10 mil toneladas com alíquota de 20%, será isenta assim que o acordo entrar em vigor.

Grande parte dessa nova cota deve ser ocupada pelo Brasil. Segundo Pimentel, o país já atende 86% da demanda europeia e deve manter essa posição de liderança no Mercosul. “O Brasil tem plena condição de atender à nova cota, mesmo com as exigências impostas”, avaliou.

Brasil deve permanecer como o maior fornecedor de carne bovina para UE entre países do Mercosul.  Foto: Ricardo Stuckert/PR

A CEO destacou que a assinatura do tratado, aguardada há mais de duas décadas, promete vantagens comerciais ao setor pecuário brasileiro e à indústria de proteínas, mas traz também desafios regulatórios. Entre os pontos sensíveis está o desmatamento legal, frequentemente mal interpretado no exterior, segundo Pimentel.

“Quando dizem que o desmatamento de 2021 para frente não será aceito, parece que o Brasil queria desmatar indiscriminadamente. Mas temos uma legislação extremamente exigente, que prevê limites claros, como manter 80% de áreas preservadas na Amazônia”, comentou, criticando o que classificou como protecionismo europeu. “Essas regras ferem a soberania, porque colocam limitações aqui que eles mesmos não seguem. Nós aceitamos, mas é um país estrangeiro legislando sobre o Brasil”, afirmou.

Apesar das críticas, Pimentel avalia que o impacto do acordo será positivo. “A Europa sempre foi um bom pagador e o acordo ajuda a diluir a dependência do mercado chinês. Mas não será algo transformador: a cota é pequena e o aumento do volume exportado será limitado”, ponderou.

Até outubro de 2024, o Brasil já havia exportado 66.439 toneladas de carne bovina para a União Europeia, de acordo com o Agrostat, sistema de estatísticas de comércio exterior do agronegócio brasileiro.

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