Líder do Agro na Câmara sugere que o setor pare de entregar carne para o Carrefour no Brasil


Anúncio de rede varejista de que não importaria mais para a França carne com procedência do Mercosul leva o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion, a sugerir represália

Por Isadora Duarte
Atualização:

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion (PP-PR), defendeu que o setor de proteínas pare de fornecer carnes ao Carrefour e demais marcas do grupo no Brasil. “Se a carne brasileira serve para ser consumida nas lojas do Carrefour e de todas suas outras empresas aqui no Brasil, ela serve também para a Europa. Sugiro, e já conversei com as entidades produtores de proteína, que parem de entregar seus produtos para o Carrefour e demais marcas dessa empresa aqui no Brasil, para que eles entendam o que é respeitar o produtor rural brasileiro”, afirmou Lupion, em vídeo na tarde desta sexta-feira, 22.

A suspensão do fornecimento sugerida por Lupion é uma resposta à declaração do CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, que afirmou que a varejista se compromete a não vender carnes do Mercosul, independentemente dos “preços e quantidades de carne” que esses países possam oferecer. A carta assinada por Bompard foi endereçada ao presidente da Federação Nacional dos Sindicatos dos Operadores Agrícolas (FNSEA), Arnaud Rousseau, e, segundo ele, a decisão foi tomada após ouvir o “desânimo e a raiva” dos agricultores franceses, que protestam contra a proposta de acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul. Em nota divulgada na quinta-feira, 21, o Carrefour afirmou que o veto à venda de carnes do Mercosul só vale para supermercados da rede na França.

Lupion classificou a medida do Carrefour como 'uma tentativa de lacração dos franceses' para atender os anseios dos produtores rurais locais Foto: Wilton Junior/Estadão
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Lupion classificou a medida como “uma tentativa de lacração dos franceses” para atender os anseios dos produtores rurais. “E nem isso conseguem. Vimos uma onda de protestos na União Europeia justamente contra medidas mais restritivas à produção agropecuária e agora eles vem criar regrar para nós, produtores brasileiros ou do Mercosul, numa tentativa de desvirtuar o acordo entre União Europeia e Mercosul. Não aceitamos e não aceitaremos”, refutou Lupion.

O presidente da bancada do agro destacou que a exportação brasileira de carnes à França é relativamente pequena. “É um adversário estridente e que gosta de lacração. Não aceitamos. Do mesmo jeito que foi com a Danone que teve de voltar atrás, o Carrefour também terá que voltar atrás porque vai sentir no bolso o prejuízo e a insatisfação dos produtores e consumidores brasileiros”, concluiu.

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A posição endossada por Lupion foi manifestada na quinta-feira, 21, por seis entidades do agronegócio -Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Sociedade Rural Brasileira (SRB) e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) - que em carta afirmaram que se o grupo Carrefour “entende que o Mercosul não é fornecedor à altura do mercado francês — que não é diferente do espanhol, belga, árabe, turco, italiano —, as entidades assinadas consideram que, se não serve para abastecer o Carrefour no mercado francês, não serve para abastecer o Carrefour em nenhum outro país”, sugerindo suspensão no fornecimento local.

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion (PP-PR), defendeu que o setor de proteínas pare de fornecer carnes ao Carrefour e demais marcas do grupo no Brasil. “Se a carne brasileira serve para ser consumida nas lojas do Carrefour e de todas suas outras empresas aqui no Brasil, ela serve também para a Europa. Sugiro, e já conversei com as entidades produtores de proteína, que parem de entregar seus produtos para o Carrefour e demais marcas dessa empresa aqui no Brasil, para que eles entendam o que é respeitar o produtor rural brasileiro”, afirmou Lupion, em vídeo na tarde desta sexta-feira, 22.

A suspensão do fornecimento sugerida por Lupion é uma resposta à declaração do CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, que afirmou que a varejista se compromete a não vender carnes do Mercosul, independentemente dos “preços e quantidades de carne” que esses países possam oferecer. A carta assinada por Bompard foi endereçada ao presidente da Federação Nacional dos Sindicatos dos Operadores Agrícolas (FNSEA), Arnaud Rousseau, e, segundo ele, a decisão foi tomada após ouvir o “desânimo e a raiva” dos agricultores franceses, que protestam contra a proposta de acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul. Em nota divulgada na quinta-feira, 21, o Carrefour afirmou que o veto à venda de carnes do Mercosul só vale para supermercados da rede na França.

Lupion classificou a medida do Carrefour como 'uma tentativa de lacração dos franceses' para atender os anseios dos produtores rurais locais Foto: Wilton Junior/Estadão

Lupion classificou a medida como “uma tentativa de lacração dos franceses” para atender os anseios dos produtores rurais. “E nem isso conseguem. Vimos uma onda de protestos na União Europeia justamente contra medidas mais restritivas à produção agropecuária e agora eles vem criar regrar para nós, produtores brasileiros ou do Mercosul, numa tentativa de desvirtuar o acordo entre União Europeia e Mercosul. Não aceitamos e não aceitaremos”, refutou Lupion.

O presidente da bancada do agro destacou que a exportação brasileira de carnes à França é relativamente pequena. “É um adversário estridente e que gosta de lacração. Não aceitamos. Do mesmo jeito que foi com a Danone que teve de voltar atrás, o Carrefour também terá que voltar atrás porque vai sentir no bolso o prejuízo e a insatisfação dos produtores e consumidores brasileiros”, concluiu.

A posição endossada por Lupion foi manifestada na quinta-feira, 21, por seis entidades do agronegócio -Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Sociedade Rural Brasileira (SRB) e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) - que em carta afirmaram que se o grupo Carrefour “entende que o Mercosul não é fornecedor à altura do mercado francês — que não é diferente do espanhol, belga, árabe, turco, italiano —, as entidades assinadas consideram que, se não serve para abastecer o Carrefour no mercado francês, não serve para abastecer o Carrefour em nenhum outro país”, sugerindo suspensão no fornecimento local.

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion (PP-PR), defendeu que o setor de proteínas pare de fornecer carnes ao Carrefour e demais marcas do grupo no Brasil. “Se a carne brasileira serve para ser consumida nas lojas do Carrefour e de todas suas outras empresas aqui no Brasil, ela serve também para a Europa. Sugiro, e já conversei com as entidades produtores de proteína, que parem de entregar seus produtos para o Carrefour e demais marcas dessa empresa aqui no Brasil, para que eles entendam o que é respeitar o produtor rural brasileiro”, afirmou Lupion, em vídeo na tarde desta sexta-feira, 22.

A suspensão do fornecimento sugerida por Lupion é uma resposta à declaração do CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, que afirmou que a varejista se compromete a não vender carnes do Mercosul, independentemente dos “preços e quantidades de carne” que esses países possam oferecer. A carta assinada por Bompard foi endereçada ao presidente da Federação Nacional dos Sindicatos dos Operadores Agrícolas (FNSEA), Arnaud Rousseau, e, segundo ele, a decisão foi tomada após ouvir o “desânimo e a raiva” dos agricultores franceses, que protestam contra a proposta de acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul. Em nota divulgada na quinta-feira, 21, o Carrefour afirmou que o veto à venda de carnes do Mercosul só vale para supermercados da rede na França.

Lupion classificou a medida do Carrefour como 'uma tentativa de lacração dos franceses' para atender os anseios dos produtores rurais locais Foto: Wilton Junior/Estadão

Lupion classificou a medida como “uma tentativa de lacração dos franceses” para atender os anseios dos produtores rurais. “E nem isso conseguem. Vimos uma onda de protestos na União Europeia justamente contra medidas mais restritivas à produção agropecuária e agora eles vem criar regrar para nós, produtores brasileiros ou do Mercosul, numa tentativa de desvirtuar o acordo entre União Europeia e Mercosul. Não aceitamos e não aceitaremos”, refutou Lupion.

O presidente da bancada do agro destacou que a exportação brasileira de carnes à França é relativamente pequena. “É um adversário estridente e que gosta de lacração. Não aceitamos. Do mesmo jeito que foi com a Danone que teve de voltar atrás, o Carrefour também terá que voltar atrás porque vai sentir no bolso o prejuízo e a insatisfação dos produtores e consumidores brasileiros”, concluiu.

A posição endossada por Lupion foi manifestada na quinta-feira, 21, por seis entidades do agronegócio -Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Sociedade Rural Brasileira (SRB) e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) - que em carta afirmaram que se o grupo Carrefour “entende que o Mercosul não é fornecedor à altura do mercado francês — que não é diferente do espanhol, belga, árabe, turco, italiano —, as entidades assinadas consideram que, se não serve para abastecer o Carrefour no mercado francês, não serve para abastecer o Carrefour em nenhum outro país”, sugerindo suspensão no fornecimento local.

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