ENTREVISTAJosé Carlos Junqueira, Professor da Business School SP O senhor é um dos poucos brasileiros que conhece profundamente a história da Ajegroup. Por que o interesse? Estávamos atrás, para um estudo de caso, de uma empresa que fosse exemplo de um "Cisne Negro", com uma colocação inesperada num mercado específico. Queríamos uma companhia que tivesse surgido sem chamar atenção da concorrência e se destacado. A Ajegroup se encaixou perfeitamente.E o que faz da fabricante peruana um player do mercado de bebidas que não pode ser ignorado? As características do refrigerante são muito sedutoras para o mercado de baixa renda, que é a menina dos olhos desse setor. É um produto que chama atenção tanto pelo preço quanto pela qualidade que, embora não se compare com os refrigerantes top de linha, não chega a ser tão ruim quanto uma bebida de fábrica caseira. O sucesso da Ajegroup pode se repetir no Brasil? Acredito que eles terão espaço para crescer. A diferença é que aqui, terão de enfrentar o "custo Brasil": impostos, burocracia, legislação trabalhista. Nossos fabricantes já estão acostumados, mas eles não.