Cientista político e economista

Opinião|Eleições nos EUA e no Brasil se aproximam enquanto Bolsonaro e Trump continuam suas lutas por poder


Nos Estados Unidos, Trump tem ameaçado a realidade do nosso próprio compromisso com a democracia

Por Albert Fishlow

Há muito tempo venho escrevendo sobre Bolsonaro e Trump, e sempre de forma negativa. Mas a paixão deles pelo poder parece nunca recuar.

As eleições estão chegando nos Estados Unidos, onde Trump tem ameaçado a realidade do nosso próprio compromisso com a democracia. No Brasil, o mesmo acontece com as corridas finais para as prefeituras. Será que Lula e o PT conseguirão garantir sua continuidade?

O que tornou a situação dos EUA tão especial foram dois fatores. Um deles é a guerra que se aprofundou muito no Oriente Médio. No último ano, Israel empreendeu uma guerra crescente na região, contra o Hamas, em Gaza, o Hezbollah, no norte, estendendo-se ao Líbano, em uma perigosa batalha com o Irã. Há apenas alguns dias, ocorreu a execução quase acidental do líder do Hamas, Yahya Sinwar. Isso despertou um súbito sinal de esperança em relação ao início de novas etapas que substituem os fracassos do passado para obter a paz entre israelenses e palestinos.

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Trump não deveria ser um candidato tão difícil de ser derrotado, mas todas as pesquisas mostram que ele é Foto: Nicole Craine/NYT

Um segundo ponto é o compromisso sério de compensar as mudanças climáticas. Isso significa um envolvimento mais ativo e contínuo. Não há mais base para dúvidas científicas.

Você pode pensar que um assunto adicional deveria ser a ameaça de imigração da população do exterior. Essa é uma questão à qual os EUA reagem de maneira uniforme. Trump parece sempre se lembrar dessa questão. No entanto, a verdade é que o crescimento da população global não parece ser uma preocupação negativa.

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Em outra década, estaremos preocupados com o nível de nossos cheques da previdência social, não com imigrantes estrangeiros. Portanto, para falar a verdade, Trump não deveria ser um candidato tão difícil de ser derrotado. Mas todas as pesquisas mostram que ele é. Talvez os homens dos EUA não consigam aceitar esse nível de poder para uma mulher: a vice-presidente Kamala Harris.

Já o Brasil terá sua próxima eleição em 27 de outubro. No primeiro turno, o PL, de Bolsonaro, conseguiu um desempenho um pouco melhor do que o esperado. Ele até tem esperança de concorrer à Presidência em 2026, apesar das limitações judiciais. O próprio Lula está ansioso para concorrer novamente por um PT que não se saiu tão bem no primeiro turno. Sua popularidade é muito menor do que em seu segundo mandato presidencial, em 2010, quando atingiu um máximo de 87%. Lula queria ser mais agressivo, mas intervenções regulares do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, impôs limites orçamentários.

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Vamos esperar um pouco para ver todos os resultados eleitorais.

Há muito tempo venho escrevendo sobre Bolsonaro e Trump, e sempre de forma negativa. Mas a paixão deles pelo poder parece nunca recuar.

As eleições estão chegando nos Estados Unidos, onde Trump tem ameaçado a realidade do nosso próprio compromisso com a democracia. No Brasil, o mesmo acontece com as corridas finais para as prefeituras. Será que Lula e o PT conseguirão garantir sua continuidade?

O que tornou a situação dos EUA tão especial foram dois fatores. Um deles é a guerra que se aprofundou muito no Oriente Médio. No último ano, Israel empreendeu uma guerra crescente na região, contra o Hamas, em Gaza, o Hezbollah, no norte, estendendo-se ao Líbano, em uma perigosa batalha com o Irã. Há apenas alguns dias, ocorreu a execução quase acidental do líder do Hamas, Yahya Sinwar. Isso despertou um súbito sinal de esperança em relação ao início de novas etapas que substituem os fracassos do passado para obter a paz entre israelenses e palestinos.

Trump não deveria ser um candidato tão difícil de ser derrotado, mas todas as pesquisas mostram que ele é Foto: Nicole Craine/NYT

Um segundo ponto é o compromisso sério de compensar as mudanças climáticas. Isso significa um envolvimento mais ativo e contínuo. Não há mais base para dúvidas científicas.

Você pode pensar que um assunto adicional deveria ser a ameaça de imigração da população do exterior. Essa é uma questão à qual os EUA reagem de maneira uniforme. Trump parece sempre se lembrar dessa questão. No entanto, a verdade é que o crescimento da população global não parece ser uma preocupação negativa.

Em outra década, estaremos preocupados com o nível de nossos cheques da previdência social, não com imigrantes estrangeiros. Portanto, para falar a verdade, Trump não deveria ser um candidato tão difícil de ser derrotado. Mas todas as pesquisas mostram que ele é. Talvez os homens dos EUA não consigam aceitar esse nível de poder para uma mulher: a vice-presidente Kamala Harris.

Já o Brasil terá sua próxima eleição em 27 de outubro. No primeiro turno, o PL, de Bolsonaro, conseguiu um desempenho um pouco melhor do que o esperado. Ele até tem esperança de concorrer à Presidência em 2026, apesar das limitações judiciais. O próprio Lula está ansioso para concorrer novamente por um PT que não se saiu tão bem no primeiro turno. Sua popularidade é muito menor do que em seu segundo mandato presidencial, em 2010, quando atingiu um máximo de 87%. Lula queria ser mais agressivo, mas intervenções regulares do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, impôs limites orçamentários.

Vamos esperar um pouco para ver todos os resultados eleitorais.

Há muito tempo venho escrevendo sobre Bolsonaro e Trump, e sempre de forma negativa. Mas a paixão deles pelo poder parece nunca recuar.

As eleições estão chegando nos Estados Unidos, onde Trump tem ameaçado a realidade do nosso próprio compromisso com a democracia. No Brasil, o mesmo acontece com as corridas finais para as prefeituras. Será que Lula e o PT conseguirão garantir sua continuidade?

O que tornou a situação dos EUA tão especial foram dois fatores. Um deles é a guerra que se aprofundou muito no Oriente Médio. No último ano, Israel empreendeu uma guerra crescente na região, contra o Hamas, em Gaza, o Hezbollah, no norte, estendendo-se ao Líbano, em uma perigosa batalha com o Irã. Há apenas alguns dias, ocorreu a execução quase acidental do líder do Hamas, Yahya Sinwar. Isso despertou um súbito sinal de esperança em relação ao início de novas etapas que substituem os fracassos do passado para obter a paz entre israelenses e palestinos.

Trump não deveria ser um candidato tão difícil de ser derrotado, mas todas as pesquisas mostram que ele é Foto: Nicole Craine/NYT

Um segundo ponto é o compromisso sério de compensar as mudanças climáticas. Isso significa um envolvimento mais ativo e contínuo. Não há mais base para dúvidas científicas.

Você pode pensar que um assunto adicional deveria ser a ameaça de imigração da população do exterior. Essa é uma questão à qual os EUA reagem de maneira uniforme. Trump parece sempre se lembrar dessa questão. No entanto, a verdade é que o crescimento da população global não parece ser uma preocupação negativa.

Em outra década, estaremos preocupados com o nível de nossos cheques da previdência social, não com imigrantes estrangeiros. Portanto, para falar a verdade, Trump não deveria ser um candidato tão difícil de ser derrotado. Mas todas as pesquisas mostram que ele é. Talvez os homens dos EUA não consigam aceitar esse nível de poder para uma mulher: a vice-presidente Kamala Harris.

Já o Brasil terá sua próxima eleição em 27 de outubro. No primeiro turno, o PL, de Bolsonaro, conseguiu um desempenho um pouco melhor do que o esperado. Ele até tem esperança de concorrer à Presidência em 2026, apesar das limitações judiciais. O próprio Lula está ansioso para concorrer novamente por um PT que não se saiu tão bem no primeiro turno. Sua popularidade é muito menor do que em seu segundo mandato presidencial, em 2010, quando atingiu um máximo de 87%. Lula queria ser mais agressivo, mas intervenções regulares do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, impôs limites orçamentários.

Vamos esperar um pouco para ver todos os resultados eleitorais.

Há muito tempo venho escrevendo sobre Bolsonaro e Trump, e sempre de forma negativa. Mas a paixão deles pelo poder parece nunca recuar.

As eleições estão chegando nos Estados Unidos, onde Trump tem ameaçado a realidade do nosso próprio compromisso com a democracia. No Brasil, o mesmo acontece com as corridas finais para as prefeituras. Será que Lula e o PT conseguirão garantir sua continuidade?

O que tornou a situação dos EUA tão especial foram dois fatores. Um deles é a guerra que se aprofundou muito no Oriente Médio. No último ano, Israel empreendeu uma guerra crescente na região, contra o Hamas, em Gaza, o Hezbollah, no norte, estendendo-se ao Líbano, em uma perigosa batalha com o Irã. Há apenas alguns dias, ocorreu a execução quase acidental do líder do Hamas, Yahya Sinwar. Isso despertou um súbito sinal de esperança em relação ao início de novas etapas que substituem os fracassos do passado para obter a paz entre israelenses e palestinos.

Trump não deveria ser um candidato tão difícil de ser derrotado, mas todas as pesquisas mostram que ele é Foto: Nicole Craine/NYT

Um segundo ponto é o compromisso sério de compensar as mudanças climáticas. Isso significa um envolvimento mais ativo e contínuo. Não há mais base para dúvidas científicas.

Você pode pensar que um assunto adicional deveria ser a ameaça de imigração da população do exterior. Essa é uma questão à qual os EUA reagem de maneira uniforme. Trump parece sempre se lembrar dessa questão. No entanto, a verdade é que o crescimento da população global não parece ser uma preocupação negativa.

Em outra década, estaremos preocupados com o nível de nossos cheques da previdência social, não com imigrantes estrangeiros. Portanto, para falar a verdade, Trump não deveria ser um candidato tão difícil de ser derrotado. Mas todas as pesquisas mostram que ele é. Talvez os homens dos EUA não consigam aceitar esse nível de poder para uma mulher: a vice-presidente Kamala Harris.

Já o Brasil terá sua próxima eleição em 27 de outubro. No primeiro turno, o PL, de Bolsonaro, conseguiu um desempenho um pouco melhor do que o esperado. Ele até tem esperança de concorrer à Presidência em 2026, apesar das limitações judiciais. O próprio Lula está ansioso para concorrer novamente por um PT que não se saiu tão bem no primeiro turno. Sua popularidade é muito menor do que em seu segundo mandato presidencial, em 2010, quando atingiu um máximo de 87%. Lula queria ser mais agressivo, mas intervenções regulares do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, impôs limites orçamentários.

Vamos esperar um pouco para ver todos os resultados eleitorais.

Opinião por Albert Fishlow

Economista e cientista político, professor emérito nas universidades de Columbia e da Califórnia em Berkeley

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