Alckmin defende que nova âncora fiscal deve ser combinação de regras além do teto de gastos


Vice eleito diz que acredita numa composição de indicadores econômicos que passem a ser a regra de controle de gastos públicos, incluindo o resultado primário e a curva de endividamento da União

Por André Borges, Vinícius Valfré e Felipe Frazão
Atualização:

BRASÍLIA - O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin diz que o governo de transição defende a criação de uma nova regra fiscal que substitua o teto de gastos atrelada ao resultado das contas públicas e à sustentabilidade da dívida. Mas, segundo ele, essa discussão será feita após a posse do novo governo Luiz Inácio Lula da Silva.

“O ideal seria fazer uma combinação entre o teto – e se define a melhor fórmula – com a curva da dívida e do resultado primário”, afirmou Alckmin em coletiva no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB). “A âncora fiscal vai ter que ser discutida, haverá sim uma discussão e uma revisão”, acrescentou.

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De acordo com o coordenador da transição, a discussão sobre a nova âncora fiscal para substituir o teto de gastos – que limita o crescimento das despesas do governo à variação da inflação – deve ser feita mais à frente. “Cada coisa a seu tempo, estamos a 40 dias da posse. Então, a emergência é resolver o orçamento do próximo ano”, declarou o vice-presidente eleito. “A discussão para frente terá que ser feita, mas não nesses 30 dias”, seguiu.

PEC da Transição

Mais cedo, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes (MG), afirmou que o governo eleito avalia incluir na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição o retorno do dispositivo que previa uma revisão do teto de gastos por meio de lei complementar, como antecipado pelo Estadão.

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Geraldo Alckmin, vice-presidente eleito, diz que governo está confiante em aprovação de retirada do Bolsa Família dos limites do teto de gastos federais Foto: Nilton Fukuda/Estadão

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Essa previsão de revisão da fórmula do teto foi retirada da Constituição no ano passado, quando o Congresso aprovou a PEC dos Precatórios proposta pelo atual governo. “O ministro da Economia, Paulo Guedes, retirou essa possibilidade de revisão e discutimos se vamos incluir na PEC da Transição”, afirmou o deputado.

O ex-ministro e coordenador dos grupos temáticos da transição, Aloizio Mercadante, acrescentou que a discussão para reinserir via PEC o artigo para a revisão do teto não deve definir a data e nem a fórmula para isso. No artigo original, estava prevista a revisão por lei complementar em 2026, dez anos após a entrada em vigência da regra fiscal que foi criada no governo Michel Temer para vigorar até 2036.

No ano passado, o governo de Jair Bolsonaro optou por retirar a hipótese de revisão do teto da Constituição porque a PEC dos Precatórios já alterava a fórmula de cálculo da regra fiscal. Originalmente, o teto era calculado pela variação do IPCA nos 12 meses de julho a junho do ano anterior. Com a mudança, passou a ser nos 12 meses de janeiro a dezembro do ano anterior, o que abriu um espaço fiscal significativo em 2022 para o novo governo em decorrência do avanço da inflação na segunda metade de 2021.

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O governo de transição atua no Congresso Nacional para que seja aprovada a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Transição, que pretende excluir os custos do Bolsa Família dessa regra, liberando, assim, um valor adicional de R$ 105 bilhões que hoje estão carimbados para o programa de assistência social e que passariam a ser uma “janela” de gastos para investimentos gerais.

“Isso vai ter que ser discutido. A partir do ano que vem, a emenda constitucional propõe uma revisão (da regra do teto de gastos). O ideal é fazer uma combinação entre o teto, a curva da dívida pública e o resultado primário do país. Uma composição das três coisas”, disse Alckmin, sem dar mais detalhes de como essa combinação funcionaria, na prática.

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O assunto cabe ao Congresso, que recebeu a minuta da PEC da transição na semana passada. Perguntado sobre o andamento do texto e o prazo curto para sua tramitação e aprovação, Alckmin disse que as discussões estão em andamento, mas evitou dar detalhes sobre os pontos que o governo estaria disposto a ceder para ver a PEC concluída até 17 de dezembro, data final para sua aprovação.

“Cada coisa a seu tempo, estamos a 40 dias da posse. A emergência é resolver o orçamento do próximo ano. A proposta foi a exclusão do teto de gastos do Bolsa Família. Agora é ouvir as sugestões e o pronunciamento do Senado e da Câmara”, disse. / COM BROADCAST

BRASÍLIA - O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin diz que o governo de transição defende a criação de uma nova regra fiscal que substitua o teto de gastos atrelada ao resultado das contas públicas e à sustentabilidade da dívida. Mas, segundo ele, essa discussão será feita após a posse do novo governo Luiz Inácio Lula da Silva.

“O ideal seria fazer uma combinação entre o teto – e se define a melhor fórmula – com a curva da dívida e do resultado primário”, afirmou Alckmin em coletiva no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB). “A âncora fiscal vai ter que ser discutida, haverá sim uma discussão e uma revisão”, acrescentou.

De acordo com o coordenador da transição, a discussão sobre a nova âncora fiscal para substituir o teto de gastos – que limita o crescimento das despesas do governo à variação da inflação – deve ser feita mais à frente. “Cada coisa a seu tempo, estamos a 40 dias da posse. Então, a emergência é resolver o orçamento do próximo ano”, declarou o vice-presidente eleito. “A discussão para frente terá que ser feita, mas não nesses 30 dias”, seguiu.

PEC da Transição

Mais cedo, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes (MG), afirmou que o governo eleito avalia incluir na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição o retorno do dispositivo que previa uma revisão do teto de gastos por meio de lei complementar, como antecipado pelo Estadão.

Geraldo Alckmin, vice-presidente eleito, diz que governo está confiante em aprovação de retirada do Bolsa Família dos limites do teto de gastos federais Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Essa previsão de revisão da fórmula do teto foi retirada da Constituição no ano passado, quando o Congresso aprovou a PEC dos Precatórios proposta pelo atual governo. “O ministro da Economia, Paulo Guedes, retirou essa possibilidade de revisão e discutimos se vamos incluir na PEC da Transição”, afirmou o deputado.

O ex-ministro e coordenador dos grupos temáticos da transição, Aloizio Mercadante, acrescentou que a discussão para reinserir via PEC o artigo para a revisão do teto não deve definir a data e nem a fórmula para isso. No artigo original, estava prevista a revisão por lei complementar em 2026, dez anos após a entrada em vigência da regra fiscal que foi criada no governo Michel Temer para vigorar até 2036.

No ano passado, o governo de Jair Bolsonaro optou por retirar a hipótese de revisão do teto da Constituição porque a PEC dos Precatórios já alterava a fórmula de cálculo da regra fiscal. Originalmente, o teto era calculado pela variação do IPCA nos 12 meses de julho a junho do ano anterior. Com a mudança, passou a ser nos 12 meses de janeiro a dezembro do ano anterior, o que abriu um espaço fiscal significativo em 2022 para o novo governo em decorrência do avanço da inflação na segunda metade de 2021.

O governo de transição atua no Congresso Nacional para que seja aprovada a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Transição, que pretende excluir os custos do Bolsa Família dessa regra, liberando, assim, um valor adicional de R$ 105 bilhões que hoje estão carimbados para o programa de assistência social e que passariam a ser uma “janela” de gastos para investimentos gerais.

“Isso vai ter que ser discutido. A partir do ano que vem, a emenda constitucional propõe uma revisão (da regra do teto de gastos). O ideal é fazer uma combinação entre o teto, a curva da dívida pública e o resultado primário do país. Uma composição das três coisas”, disse Alckmin, sem dar mais detalhes de como essa combinação funcionaria, na prática.

O assunto cabe ao Congresso, que recebeu a minuta da PEC da transição na semana passada. Perguntado sobre o andamento do texto e o prazo curto para sua tramitação e aprovação, Alckmin disse que as discussões estão em andamento, mas evitou dar detalhes sobre os pontos que o governo estaria disposto a ceder para ver a PEC concluída até 17 de dezembro, data final para sua aprovação.

“Cada coisa a seu tempo, estamos a 40 dias da posse. A emergência é resolver o orçamento do próximo ano. A proposta foi a exclusão do teto de gastos do Bolsa Família. Agora é ouvir as sugestões e o pronunciamento do Senado e da Câmara”, disse. / COM BROADCAST

BRASÍLIA - O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin diz que o governo de transição defende a criação de uma nova regra fiscal que substitua o teto de gastos atrelada ao resultado das contas públicas e à sustentabilidade da dívida. Mas, segundo ele, essa discussão será feita após a posse do novo governo Luiz Inácio Lula da Silva.

“O ideal seria fazer uma combinação entre o teto – e se define a melhor fórmula – com a curva da dívida e do resultado primário”, afirmou Alckmin em coletiva no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB). “A âncora fiscal vai ter que ser discutida, haverá sim uma discussão e uma revisão”, acrescentou.

De acordo com o coordenador da transição, a discussão sobre a nova âncora fiscal para substituir o teto de gastos – que limita o crescimento das despesas do governo à variação da inflação – deve ser feita mais à frente. “Cada coisa a seu tempo, estamos a 40 dias da posse. Então, a emergência é resolver o orçamento do próximo ano”, declarou o vice-presidente eleito. “A discussão para frente terá que ser feita, mas não nesses 30 dias”, seguiu.

PEC da Transição

Mais cedo, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes (MG), afirmou que o governo eleito avalia incluir na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição o retorno do dispositivo que previa uma revisão do teto de gastos por meio de lei complementar, como antecipado pelo Estadão.

Geraldo Alckmin, vice-presidente eleito, diz que governo está confiante em aprovação de retirada do Bolsa Família dos limites do teto de gastos federais Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Essa previsão de revisão da fórmula do teto foi retirada da Constituição no ano passado, quando o Congresso aprovou a PEC dos Precatórios proposta pelo atual governo. “O ministro da Economia, Paulo Guedes, retirou essa possibilidade de revisão e discutimos se vamos incluir na PEC da Transição”, afirmou o deputado.

O ex-ministro e coordenador dos grupos temáticos da transição, Aloizio Mercadante, acrescentou que a discussão para reinserir via PEC o artigo para a revisão do teto não deve definir a data e nem a fórmula para isso. No artigo original, estava prevista a revisão por lei complementar em 2026, dez anos após a entrada em vigência da regra fiscal que foi criada no governo Michel Temer para vigorar até 2036.

No ano passado, o governo de Jair Bolsonaro optou por retirar a hipótese de revisão do teto da Constituição porque a PEC dos Precatórios já alterava a fórmula de cálculo da regra fiscal. Originalmente, o teto era calculado pela variação do IPCA nos 12 meses de julho a junho do ano anterior. Com a mudança, passou a ser nos 12 meses de janeiro a dezembro do ano anterior, o que abriu um espaço fiscal significativo em 2022 para o novo governo em decorrência do avanço da inflação na segunda metade de 2021.

O governo de transição atua no Congresso Nacional para que seja aprovada a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Transição, que pretende excluir os custos do Bolsa Família dessa regra, liberando, assim, um valor adicional de R$ 105 bilhões que hoje estão carimbados para o programa de assistência social e que passariam a ser uma “janela” de gastos para investimentos gerais.

“Isso vai ter que ser discutido. A partir do ano que vem, a emenda constitucional propõe uma revisão (da regra do teto de gastos). O ideal é fazer uma combinação entre o teto, a curva da dívida pública e o resultado primário do país. Uma composição das três coisas”, disse Alckmin, sem dar mais detalhes de como essa combinação funcionaria, na prática.

O assunto cabe ao Congresso, que recebeu a minuta da PEC da transição na semana passada. Perguntado sobre o andamento do texto e o prazo curto para sua tramitação e aprovação, Alckmin disse que as discussões estão em andamento, mas evitou dar detalhes sobre os pontos que o governo estaria disposto a ceder para ver a PEC concluída até 17 de dezembro, data final para sua aprovação.

“Cada coisa a seu tempo, estamos a 40 dias da posse. A emergência é resolver o orçamento do próximo ano. A proposta foi a exclusão do teto de gastos do Bolsa Família. Agora é ouvir as sugestões e o pronunciamento do Senado e da Câmara”, disse. / COM BROADCAST

BRASÍLIA - O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin diz que o governo de transição defende a criação de uma nova regra fiscal que substitua o teto de gastos atrelada ao resultado das contas públicas e à sustentabilidade da dívida. Mas, segundo ele, essa discussão será feita após a posse do novo governo Luiz Inácio Lula da Silva.

“O ideal seria fazer uma combinação entre o teto – e se define a melhor fórmula – com a curva da dívida e do resultado primário”, afirmou Alckmin em coletiva no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB). “A âncora fiscal vai ter que ser discutida, haverá sim uma discussão e uma revisão”, acrescentou.

De acordo com o coordenador da transição, a discussão sobre a nova âncora fiscal para substituir o teto de gastos – que limita o crescimento das despesas do governo à variação da inflação – deve ser feita mais à frente. “Cada coisa a seu tempo, estamos a 40 dias da posse. Então, a emergência é resolver o orçamento do próximo ano”, declarou o vice-presidente eleito. “A discussão para frente terá que ser feita, mas não nesses 30 dias”, seguiu.

PEC da Transição

Mais cedo, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes (MG), afirmou que o governo eleito avalia incluir na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição o retorno do dispositivo que previa uma revisão do teto de gastos por meio de lei complementar, como antecipado pelo Estadão.

Geraldo Alckmin, vice-presidente eleito, diz que governo está confiante em aprovação de retirada do Bolsa Família dos limites do teto de gastos federais Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Essa previsão de revisão da fórmula do teto foi retirada da Constituição no ano passado, quando o Congresso aprovou a PEC dos Precatórios proposta pelo atual governo. “O ministro da Economia, Paulo Guedes, retirou essa possibilidade de revisão e discutimos se vamos incluir na PEC da Transição”, afirmou o deputado.

O ex-ministro e coordenador dos grupos temáticos da transição, Aloizio Mercadante, acrescentou que a discussão para reinserir via PEC o artigo para a revisão do teto não deve definir a data e nem a fórmula para isso. No artigo original, estava prevista a revisão por lei complementar em 2026, dez anos após a entrada em vigência da regra fiscal que foi criada no governo Michel Temer para vigorar até 2036.

No ano passado, o governo de Jair Bolsonaro optou por retirar a hipótese de revisão do teto da Constituição porque a PEC dos Precatórios já alterava a fórmula de cálculo da regra fiscal. Originalmente, o teto era calculado pela variação do IPCA nos 12 meses de julho a junho do ano anterior. Com a mudança, passou a ser nos 12 meses de janeiro a dezembro do ano anterior, o que abriu um espaço fiscal significativo em 2022 para o novo governo em decorrência do avanço da inflação na segunda metade de 2021.

O governo de transição atua no Congresso Nacional para que seja aprovada a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Transição, que pretende excluir os custos do Bolsa Família dessa regra, liberando, assim, um valor adicional de R$ 105 bilhões que hoje estão carimbados para o programa de assistência social e que passariam a ser uma “janela” de gastos para investimentos gerais.

“Isso vai ter que ser discutido. A partir do ano que vem, a emenda constitucional propõe uma revisão (da regra do teto de gastos). O ideal é fazer uma combinação entre o teto, a curva da dívida pública e o resultado primário do país. Uma composição das três coisas”, disse Alckmin, sem dar mais detalhes de como essa combinação funcionaria, na prática.

O assunto cabe ao Congresso, que recebeu a minuta da PEC da transição na semana passada. Perguntado sobre o andamento do texto e o prazo curto para sua tramitação e aprovação, Alckmin disse que as discussões estão em andamento, mas evitou dar detalhes sobre os pontos que o governo estaria disposto a ceder para ver a PEC concluída até 17 de dezembro, data final para sua aprovação.

“Cada coisa a seu tempo, estamos a 40 dias da posse. A emergência é resolver o orçamento do próximo ano. A proposta foi a exclusão do teto de gastos do Bolsa Família. Agora é ouvir as sugestões e o pronunciamento do Senado e da Câmara”, disse. / COM BROADCAST

BRASÍLIA - O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin diz que o governo de transição defende a criação de uma nova regra fiscal que substitua o teto de gastos atrelada ao resultado das contas públicas e à sustentabilidade da dívida. Mas, segundo ele, essa discussão será feita após a posse do novo governo Luiz Inácio Lula da Silva.

“O ideal seria fazer uma combinação entre o teto – e se define a melhor fórmula – com a curva da dívida e do resultado primário”, afirmou Alckmin em coletiva no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB). “A âncora fiscal vai ter que ser discutida, haverá sim uma discussão e uma revisão”, acrescentou.

De acordo com o coordenador da transição, a discussão sobre a nova âncora fiscal para substituir o teto de gastos – que limita o crescimento das despesas do governo à variação da inflação – deve ser feita mais à frente. “Cada coisa a seu tempo, estamos a 40 dias da posse. Então, a emergência é resolver o orçamento do próximo ano”, declarou o vice-presidente eleito. “A discussão para frente terá que ser feita, mas não nesses 30 dias”, seguiu.

PEC da Transição

Mais cedo, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes (MG), afirmou que o governo eleito avalia incluir na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição o retorno do dispositivo que previa uma revisão do teto de gastos por meio de lei complementar, como antecipado pelo Estadão.

Geraldo Alckmin, vice-presidente eleito, diz que governo está confiante em aprovação de retirada do Bolsa Família dos limites do teto de gastos federais Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Essa previsão de revisão da fórmula do teto foi retirada da Constituição no ano passado, quando o Congresso aprovou a PEC dos Precatórios proposta pelo atual governo. “O ministro da Economia, Paulo Guedes, retirou essa possibilidade de revisão e discutimos se vamos incluir na PEC da Transição”, afirmou o deputado.

O ex-ministro e coordenador dos grupos temáticos da transição, Aloizio Mercadante, acrescentou que a discussão para reinserir via PEC o artigo para a revisão do teto não deve definir a data e nem a fórmula para isso. No artigo original, estava prevista a revisão por lei complementar em 2026, dez anos após a entrada em vigência da regra fiscal que foi criada no governo Michel Temer para vigorar até 2036.

No ano passado, o governo de Jair Bolsonaro optou por retirar a hipótese de revisão do teto da Constituição porque a PEC dos Precatórios já alterava a fórmula de cálculo da regra fiscal. Originalmente, o teto era calculado pela variação do IPCA nos 12 meses de julho a junho do ano anterior. Com a mudança, passou a ser nos 12 meses de janeiro a dezembro do ano anterior, o que abriu um espaço fiscal significativo em 2022 para o novo governo em decorrência do avanço da inflação na segunda metade de 2021.

O governo de transição atua no Congresso Nacional para que seja aprovada a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Transição, que pretende excluir os custos do Bolsa Família dessa regra, liberando, assim, um valor adicional de R$ 105 bilhões que hoje estão carimbados para o programa de assistência social e que passariam a ser uma “janela” de gastos para investimentos gerais.

“Isso vai ter que ser discutido. A partir do ano que vem, a emenda constitucional propõe uma revisão (da regra do teto de gastos). O ideal é fazer uma combinação entre o teto, a curva da dívida pública e o resultado primário do país. Uma composição das três coisas”, disse Alckmin, sem dar mais detalhes de como essa combinação funcionaria, na prática.

O assunto cabe ao Congresso, que recebeu a minuta da PEC da transição na semana passada. Perguntado sobre o andamento do texto e o prazo curto para sua tramitação e aprovação, Alckmin disse que as discussões estão em andamento, mas evitou dar detalhes sobre os pontos que o governo estaria disposto a ceder para ver a PEC concluída até 17 de dezembro, data final para sua aprovação.

“Cada coisa a seu tempo, estamos a 40 dias da posse. A emergência é resolver o orçamento do próximo ano. A proposta foi a exclusão do teto de gastos do Bolsa Família. Agora é ouvir as sugestões e o pronunciamento do Senado e da Câmara”, disse. / COM BROADCAST

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