Com um aumento de mais de 40% neste ano, o botijão de gás vai se transformando no vilão das finanças domésticas.Conforme dados do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liqüefeito de Petróleo (Sindigás), o preço do gás de cozinha teve uma alta de 44% em 2017 nas refinarias.
Para o consumidor, no entanto, o aumento nos preços pode ser ainda maior. No Estado de São Paulo, o preço máximo do botijão de 13 quilos nas revendas já chega a R$ 82, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Com o produto cada vez mais caro, a saída é economizar o máximo possível. O pintor Reinaldo Barbosa, que mora no interior do Estado de São Paulo, conta que ele e a esposa, que trabalha como diarista, passaram a cozinhar apenas uma vez por dia.
"Levamos marmita e esquentamos no trabalho, então já conseguimos economizar um pouco do gás com isso", diz ele. Entre as principais despesas da casa, incluindo luz e água, Barbosa afirma que o gás é o que mais pesa no orçamento da família.
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Na companhia de gás localizada na Rua Domingos de Santa Maria, 590, na Vila Guarani, na zona sul da cidade de São Paulo, o botijão de gás residencial sai por R$ 70 para quem comprar no local e por R$ 83 na entrega, mas o atendente José Carlos alerta que o valor era válido apenas para a quarta-feira, 8.
"Estamos enfrentando um reajuste praticamente todo dia 5 do mês. Este é o valor antigo. Em breve, teremos que repassar novo reajuste ao consumidor", reforçou o funcionário.
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O motorista Ricardo Ferreira, que mora na zona norte, critica o aumento no preço do GLP residencial. "Eu compro um botijão a cada 45 dias. Em janeiro, eu pagava R$ 49 e agora o valor já está em R$ 82. Um aumento de mais de 50%, caso eu leve em conta os valores que eu paguei no ano", alertou o consumidor.